Forgotten Life escrita por NoodlesDark


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Fangirl pela recomendação linda! Pirei assim que vi!
Boa Leitura :3



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CAPÍTULO 03

Uma Hermione revoltada seguiu para a porta principal do quarto escancarando-a com violência e logo perdeu a respiração ao observar o ambiente fora do mesmo.

Ela se viu em um corredor longo e largo, rico em todas as decorações que iam desde quadros, que a castanha tinha certeza já ter visto em algum museu famoso, até candelabros de parede que, assim como o abajur no quarto, tinha partes em ouro que reluziam mostrando o quão limpo estavam. Aparentemente, a porta do seu quarto “fechava” o corredor e todas as outras se encontravam posicionadas milimetricamente uma frente à outra. Uma curiosa Hermione quis explorar cada uma delas, mas sua raiva foi maior e a única coisa que ela realmente pensava era em sair dali. Continuou sua caminhada e ouviu passos atrás de si, o que garantia que os que antes estavam no quarto agora a seguiam.

Estava, realmente, decidida a não parar de andar, mas ao chegar no fim do corredor se deparou com um cômodo ainda mais luxuoso que todos os outros que já tinha estado. Diante do lugar ela ficou petrificada e se lembrou de só ter ficado assim uma vez, que foi quando entrou pela primeira vez na biblioteca de Hogwarts. Entre todas as inúmeras decorações presentes no lugar, a que primeiro se tinha a vista era o imenso lustre que pendia do teto em toda sua elegância. O lustre era de cristais e a uma das coisas que mais se destacava nele era o tamanho, o qual Hermione só podia classificar como gigantesco.

— Merlin... Que lugar é esse? — Ela exclamou andando até se apoiar num corrimão anexo de duas escadas que abriam-se gloriosamente para uma sala ampla com uma gigantesca porta de madeira branca aparecendo bem no meio oposto ao lugar onde a castanha se encontrava. A porta contava com laterais em vidro e duas grandes plantas artificiais, conhecidas como buxo, ficavam posicionadas ao lado da mesma.

— Isso é incrível! Ela consegue ter as mesmas reações que teve na primeira vez que viu a Mansão Malfoy. — Draco falou respondendo indiretamente a pergunta da castanha, enquanto se posicionava ao lado da mesma admirando uma parte de suas posses.

— Mansão Malfoy? Por que eu estou aqui? — Questionou confusa virando o rosto na direção da mãe, a espera de uma resposta da mesma. A luxuosidade do ambiente lhe deixou impressionada demais para lembrar dos últimos acontecimentos.

— Como por quê? Você é uma Malfoy que é casada com um Malfoy e está grávida de outro Malfoy! Seu lugar é, obviamente, na Mansão Malfoy! — Draco respondeu exasperando-se com a pergunta de sua esposa. Uma luz pareceu se acender na cabeça da castanha que finalmente parecia cair em si e perceber tudo que aparentemente tinha acontecido em sua vida.

— Oh! Eu me casei com um Malfoy... Pior, me casei com DRACO Malfoy! Merlin! — A confusão em seu rosto era evidente ao passo que percebia o quanto de sua vida tinha perdido. Afastou-se minimamente do corrimão e apoiou as costas das mãos na testa, parecia estar à ponto de desmaiar, mas logo tudo isso foi embora quando uma outra onda de fúria e dúvida a atingiu. — COMO RONY E HARRY DEIXARAM ISSO ACONTECER?! — Depois da pergunta em forma de grito de Hermione, Gina pareceu se lembrar de seu marido e do irmão.

— Céus! Tenho que avisar todo mundo! — E saiu em disparada na direção de uma das várias portas. A Sra. Granger olhou na direção da ruiva e virou-se para a sua filha que tinha uma expressão raivosa.

— Preste atenção Mione! Muita coisa aconteceu desde o seu quinto ano e por mais que não queira e nem vá acreditar nisso agora, você AMA o Draco. — A senhora argumentou expressando-se demasiado, achando que isso iria funcionar. O rosto da castanha se contorceu numa careta de nojo evidente e Jane teve certeza que seu argumento não servira de nada.

— Isso é impossível! E ainda que seja verdade, não faz o menor sentido! Não é possível que do nada os meninos tenham resolvido que eu me casar com a Doninha que eles tanto odiavam era uma boa ideia. E mesmo que isso tudo, que nem preciso repetir que é impossível, tenha acontecido, os Malfoy nunca se misturariam com uma nascida trouxa. Aliás, onde estão aqueles dois arrogantes, que tanto tinham nojo de mim? — depois dessa pergunta o ambiente assumiu um ar sombrio e todos pareciam ter ficado desconfortáveis.

— Nós somos os Malfoy. — Draco falou enquanto colocava uma máscara de indiferença e descia as escadas batendo o pé fortemente. Ele logo desapareceu em uma das laterais da sala, provavelmente indo para outro cômodo extremamente decorado e luxuoso.

— Certo! Alguém pode me explicar o que raios está acontecendo? —Hermione falou sem paciência se dirigindo à sua mãe que parecia estar ainda mais desconfortável com a situação.

— Olhe querida, acontece que os Malfoy... — Jane começou com um olhar triste sendo direcionado para todos os lugares, enquanto piscava compulsivamente, parecendo querer esconder o choro. Hermione sentiu seu interior se contorcer, odiava ver a mãe chorar. Sentiu-se extremamente feliz ao ver a ruiva sair do quarto no qual tinha acabado de entrar com um pouco de um pó esverdeado no cabelo e tomando fôlego rapidamente.

— Acabei de falar com minha mãe pela Rede-de-Flu. Ela me garantiu que iria avisar todo mundo o mais rápido possível. — A castanha instantaneamente lembrou-se dos métodos de aviso rápido da Sra. Weasley, berradores. Sentiu pena dos que iriam receber seu “recado” — Em cerca de meia hora todos vão estar aqui. — Gina concluiu e deu um sorriso animador.

— Provavelmente Draco não vai gostar de ter tanta gente em casa... — A frase proferida pela Sra. Granger provocou uma súbita raiva em Hermione, que imaginou, mais uma vez, como tinha se casado com alguém tão insuportável quanto um Malfoy.

— Sim, tem razão. Mas já fazem algumas semanas desde que ele não vai trabalhar, então não vejo por quê ele ficaria irritado, certo? — a ruiva argumentou, esperando uma resposta em concordância da senhora, que veio em forma de leve aceno de cabeça.

— Como assim? Ele só fica irritado quando vai trabalhar? — A ex-Granger ficava cada vez mais confusa. Sua mãe tentou responder:

— Sim... Quer dizer, não. Não sei. Ele parece irritado a maioria das horas, mas ele acha ruim não ter um pouco de descanso quando está em casa. Você sabe, quem é medi bruxo tem que dedicar muito de seu tempo para os pacientes... — Hermione se lembrou de alguns pedaços da conversa que tiveram com o Dr. Relief, tinha ficado bem claro que o atual Sr. Malfoy trabalhava como medi bruxo e que, era muito respeitado no cargo. Sua mente logo pensou no garoto egoísta que antes dividia algumas aulas com ela, com toda a certeza ele não era o que se espera de um medi bruxo, que tanto tem de amar aos seus semelhantes.

E, pela primeira vez desde que acordou, Hermione começou a cogitar que realmente tivesse acontecido uma grande mudança na personalidade do Sonserino. Lembrou-se das gargalhadas que teve de aguentar uns minutos atrás e das piadinhas sem graça. Não, ele definitivamente era o mesmo Sonserino nojento, maldoso, egoísta, fuinha, asqueroso e vários outros adjetivos ruins que ela tinha costume de lhe destinar no passado.

— Então Mione, pretende receber todos os Weasley com essa agradabilíssima camisola quase transparente? Olha, até entendo que o Draco goste dela, mas não acho que ele vá aprovar que meu querido irmão te veja assim. — A Potter falou com um sorriso maldoso, exatamente igual ao da ruiva travessa que soltava piadas indecentes quando ambas conversavam sobre garotos em Hogwarts.

— Espero que sua resposta pra essa pergunta seja: “Não Gina, não lembro que me casei, mas não pretendo trair meu marido lindo e maravilhoso com o trouxa do seu irmão” — Draco voltava para a escadaria e falava com voz de falsete tentando imitar a esposa. A raiva subiu à cabeça da castanha e foi demonstrada através de um vermelho nas bochechas.

— Ora Malfoy! Se fosse você não teria tanta certe-

— E que história é essa de “receber todos os Weasley” Sra. Potter? — Draco a ignorou completamente questionando a ruiva com um olhar de quem não estava nada feliz com aquilo. — Não quero “todos os Weasley” na minha casa. Ainda mais se um em especial vier.

— Preste atenção! — Hermione se impôs, extremamente irritada com a pose pomposa do loiro. — Não me lembro, mas a casa também é minha! Eu tenho tanto direito quanto você de decidir quem entra aqui ou não! — ela falou enquanto andava na direção dele lhe apontando o dedo. Ele ergueu uma sobrancelha e deu uma risada debochada.

— Claro que sim. Vamos seguir essa linha de raciocínio. Você é minha. — O Sonserino falou e pegou a mão com a qual Hermione lhe apontava o dedo. Puxou a Grifina para si e começou a arrasta-la para o quarto.

— Não! Malfoy, pense bem no que está fazendo! — ela começou a gritar enquanto era carregada a força.

— O que estou fazendo? Estou garantindo que quando aquele Weasel* chegar você vai estar coberta dos pés ao pescoço. — ela firmou os pés no chão e o fez parar.

— Ah é? Então por que não me manda logo para o Oriente Médio? — O loiro a olhou confuso. Ela percebeu que fez uma referência ao mundo Trouxa e bufou sabendo que ele não iria entender. — Esqueça. Mas entenda uma coisa, VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! — gritou proferindo toda a sua raiva. Todos no ambiente escutaram um estalo que foi seguido pela voz preocupada da Sra. Weasley.

— Mione, querida! Vejo que mesmo perdendo a memória continua autoritária. — Ela disse rindo e foi na direção da Sra. Malfoy, que já tinha soltado-se de Draco. Lançou os braços a sua volta com o famoso abraço de urso de Molly Weasley. — Como você está? — Perguntou com o olhar cuidadoso.

Hermione estava pronta para responder, mas vários outros estalos interromperam sua fala. Os estalos e diversos ruivos, de repente invadiram sua casa com olhares preocupados e alguns até de pena. Seu marido que antes discutia com ela, lhe apontou a varinha e ela entrou em desespero achando que seria morta ali mesmo, mas tudo que aconteceu foi sua roupa ser transfigurada em um vestido azul que deixava sua barriga em evidência, sendo apertado até os seios e ficando folgado a partir daí. O vestido ia até o joelho e era bem composto.

Em poucos segundos tudo que se enxergava era laranja, mas no meio de tantos ruivos um se destacou, Rony. Porém, ao contrário do que de era costume para Hermione, seu coração não disparou, ela não começou a suar frio e nenhum dos sintomas que lhe dizia estar apaixonada pelo ruivo aconteceu. Tudo que ela sentiu foi um sentimento fraternal. Ela estranhou isso, e decidiu que a culpa de ela não sentir mais nada por ele era do cansaço que parecia a tomar de uma forma extrema.

Rony veio junto de um bebê. Uma verdadeira miniatura sua, de aproximadamente três anos, que esperneava desesperadamente pela mãe. Ele esticava todo o corpo na direção de uma pessoa na sala. Hermione olhou para o lado que o mini ruivo se esticava e viu uma loira que ela tinha certeza que já tinha visto, apesar de não se lembrar de absolutamente nada a respeito da mesma. A mulher trazia uma grande barriga, que era bem menor que a sua. Ela já tinha pensado que essa cena poderia acontecer e achou que sentiria seu coração despedaçar, mas novamente seus sentimentos pareciam alheios à cena que se seguia. Ela sabia que aquilo significava que seu amor pelo ruivo já não era mais o mesmo, porém ficou tão incomodada com a constatação que decidiu virar o rosto para qualquer outro lugar no cômodo. Virou os olhos para a direita e logo encontrou Harry.

O menino que sobreviveu agora de menino não tinha mais nada. Tinha envelhecido tanto quanto todos os outros e, assim como a antiga paixão de Hermione, ele trazia uma criança no colo. O menino tinha os mesmos cabelos revoltos do o pai, mas os olhos eram castanhos, assim como a mãe. Aparentava ter a mesma idade do outro, mas as semelhanças acabavam aí. Ele era muitíssimo comportado e parecia distraído com uma mini vassoura que carregava, manipulando-a como se estivesse em voo.

Os dois homens se aproximaram de Hermione e lhe deram um abraço apertado. O abraço irritou em demasiado o loiro que se preparou para discutir, mas foi parado pelas perguntas que irromperam do nada como um Aguamenti no deserto.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que vocês acharam??
Esse capítulo NÃO foi revisado pela Min, mas a Beoubye (que também foi quem fez essa nova capa divosa) deu uma olhada nele. Ela faz parte da equipe do Dramione World, que inclusive eu também estou, é um blog só pra quem gosta de Dramione e lá você encontra TUDO que quiser sobre os dois.
Tá aqui o link do blog: dramioneworld.blogspot.com

Enfim, não deixem de comentar,
Bjssssssssssssssssss *---*

PS: Fantasminhas, A-P-A-R-E-Ç-A-M!!