Tom Riddle

Eu andava de um lado para o outro na pequena sala de aparatação a espera de, pelo menos, uma notícia sobre a Charlie, mais nada até agora e isso estava me deixando mais nervoso.

Ouvi o som conhecido de aparatação e me virei para observa a Hemione, Abraxas e a Charlie. Corri até eles e assim que cheguei perto deles a Charlie desmaiou em meus braços.

— Charlie — Mione gritou assustada — Vamos levá-la para a enfermaria.

Peguei a Charlie no colo e a levei correndo até a enfermaria, Abby e a Mione estavam logo atrás de mim, o enfermeiro se assustou assim que abrir a porta.

— Sr.Riddle o que... — seus olhos foram em direção a garota desacordada em meus braços — Coloque-a na cama.

Depositei a Charlie sobre a cama mais próxima e me afastei o suficiente para que ele pudesse examiná-la e o suficiente para que Hermione e Abby me explicassem o que havia acontecido na mansão de Grindelwald depois de uma bateria de exames ele caminhou até nós e pela sua expressão as notícias não eram nada boas.

— O que ela tem? — perguntei rapidamente fazendo o mesmo se assustar.

— Acalme-se Sr.Riddle — ele falou e eu o encarei como se disse-se “Ta mesmo me pedindo isso?” ele pareceu entender porque suspirou e encarou os dois ao meu lado — Seu núcleo mágico foi realmente danificado desta vez e talvez ela jamais possa voltar a fazer magia. Ela também está muito desidratada e parece que não se alimenta a dias, ela só esta viva agora por conta da magia que Hogwarts emana no sangue dela.

— Como sabe que... — Mione não terminou a pergunta pois ele sorriu pra mesma.

— Desde que chegaram aqui eu percebi — sorriu divertido — Só uma garota com o sangue grifinorio pra sempre visitar a enfermaria assim. Bem, se me dão licença devo comunicar o estado da Srta. Ravenclaw ao diretor.

— Obrigada — Mione agradeceu e recebeu um aceno de cabeça em troca.

Observei o mesmo se retirar da ala hospitalar e me aproximei da cama da mesma. Ela estava dormindo serenamente como da última vez, seus cabelos loiros caiam um pouco pelo seu rosto e eu o tirei e no fundo eu esperava que ela abrisse os olhos e me olhasse com aqueles olhos cinzas que de um tempo para cá voltaram a ser opacos e sem vida.

— Eu sei que é meio tarde para te dar a resposta para sua pergunta — respirei fundo e alisei seu rosto — Eu tenho um motivo para te querer por perto e eu sei que é um tanto egoísta, mais eu não posso partir sem antes dizer que te amo. Você me mostrou que ser Tom Riddle é melhor do que ser Voldemort e eu agradeço muito por isso e se for preciso para te manter segurar eu faço tudo por você. Adeus Charlie.

Selei nossos lábios e me virei para sair da ala hospitalar assim que abrir a porta ouvi algo que fez meu coração parar.

— Tom.

Antes que eu desistisse da minha loucura e voltasse correndo para os braços daquela garota que me fez deixar de alcançar meus objetivos por causa do seu sangue, que me transformou no verdadeiro Tom Riddle e transformou Voldemort em uma parte que eu nunca me tornaria eu respirei fundo e dei um passo para sair da sala e a mesma voz me fez parar.

— Não ouse sair por essa porta Tom Riddle.

Então eu sair e a deixei me chamando e quando eu já estava longe o suficiente me permitir deixar as lágrimas caírem, era o fim e eu tinha aceitado isso.