A Proposta escrita por Larissa Carvalho


Capítulo 17
Garden Of Exile


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha. Agora que estou bem, venho trazer mais um capitulo fresquinho e novidades. Estou providenciando uma nova fic, não sei se vai ser longa ou curta, estou com ideia para mais duas fic’s. Uma delas de ação e outra bem maneirinha que acho que vocês vão se divertir muito. Quanto à essa fic, bom... Ela esta chegando no final. E estou muito feliz pelos comentários, recomendações e por todos que acompanharam e favoritaram, até pelos fantasminhas. Eu amo vocês quando não comentam e quando comentam. Obrigada por tudo até agora. Bom, eu só precisava muito dizer isso... Tenham um bom capitulo.
P.S: Já recomendei, mas não canso de dizer como as fics da Letilopes são incríveis. Super recomendo:
https://fanfiction.com.br/historia/629489/Meu_Garoto_Skatista/
https://fanfiction.com.br/historia/594757/Its_just_a_dream/



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Pov Dimitri

Os dedos de Rose naquele piano era a única certeza que eu tinha na minha vida. Na verdade eu não sei exatamente onde eu estava e o porquê. Às vezes eu achava que poderia acordar no meu apartamento, pelo qual eu iria dividir com André se não fosse aquele acidente.

Ter Rose ao meu lado, com três semanas apenas para o casamento, era algo que eu não poderia prever nem em meus melhores sonhos. Eu a amava e eu tinha certeza disso. Eu a queria na minha vida, de todas as formas possíveis.

Seu sorriso, seu olhar, seu beijo...

Ela fazia de mim uma pessoa normal. Ela podia me mudar, ela me entendia. Mostrava-me que a vida era mais que um simples jogo de interesse. Eu a amava tanto. Eu a queria tanto. E eu sabia o quão perigoso era esses sentimentos, porque eu sabia o que poderia acontecer depois.

Talvez, agora... Ali sentado junto aos outros. Com olhares maravilhosos para a minha Roza, eu veja o quão idiota eu fui há um ano. Quando eu levei-a para o céu e joguei-a no inferno. Ela não disse as palavras, porque quanto mais alto se vai, mas dor se sente na queda.

Ela tinha medo. Eu também.

Eu tinha por todos nós, mas não queria que ela soubesse ou se culpasse. Eu tinha feito um trato comigo mesmo. Eu ia amá-la, ia me divertir com ela, faze-la sorrir, fazê-la conhecer a vida e só então, se algo acontecesse, eu ia saber que ela foi feliz.

Eu ia amá-la.

Os aplausos de todos, até mesmo os de Jesse e Tasha me fizeram voltar a olhar para Rose e esquecer esses pensamentos por um tempo. Ela ainda tinha uma expressão triste. Quem lhe ajudou a aprender piano foi André. Essa era a musica deles.

E agora, era a música dela.

Cristian estava estranho. Ele permaneceu em silencio e nem ao menos bateu palmas. Tinha se passado três semanas desde a festa de Mia, na qual Rose chegou tarde junto a Cristian alegando estarem com Karp e agora, nenhum dos dois se desgrudavam.

Lissa estava feliz com a aproximação dos dois, mas eu não. Eu sabia que Rose não dava ponto sem nó e que provavelmente eles estavam aprontando alguma coisa nada agradável. Rose me olhou suplicante, e eu entendi o que ela queria.

Levantei-me da mesa e fui até ela, enquanto o garçom passava servindo alguma bebida cara. Adrian e Sydney estavam em sua própria bolha e Tasha tentava entreter Tatiana com alguma conversa desnecessária.

A casa de Tatiana era absurdamente grande. Totalmente em mármore e com cristais. O tipo de casa que deixaria um rei com inveja. Aproximei-me de Rose e me ajoelhei à sua frente. Levei minha mão ao seu joelho, que estava com uma meia grossa e preta, que não permitia muito contato com sua pele macia e exótica, que tanto me deixava louco.

Seu olhar era triste e seu rosto pálido. Algo em mim apertou-se em desespero. Ela estava com alguma coisa além da tristeza e eu sabia que se não tirasse ela dali agora, não ia dar muito certo.

– Roza. – murmurei. Ela me encarou, com dificuldade para esconder uma cara ruim. A cara de alguém que não consegue ficar em pé.

– Preciso ir embora. – disse.

– O que você tem? – perguntei.

– Só me tire daqui. – depois de alguns segundos encarando-a, eu finalmente assenti.

Levantei-me, em seguida, puxando-a para mim. Coloquei meu braço ao redor de sua cintura e comecei a andar, só então percebendo que eu andava por nós dois. Ela tentou sorrir para as pessoas que Tatiana tinha em sua casa hoje. E elas nem percebiam o quão mal Rose estava.

Lissa correu disfarçadamente até nós e observou Rose e sua feição pálida. Era como se ela tivesse a ponto de cair em meus braços e eu não podia fazer nada para ajudar, além de ficar ali, olhando.

– Rose? – perguntou Lissa, à nossa frente, tão baixo que quase não escutei.

– Eu só preciso dormir. Não estou muito bem.

– Não está muito bem há três semanas? – perguntou Lissa. Eu a encarei. Era como se eu e ela estivéssemos apenas abraçados, não chamamos atenção de ninguém, além de Lissa.

– Três semanas? – perguntei indignado.

– Três semanas. – repetiu Lissa.

– To bem. – murmurou. – Devo ter pegado alguma virose na Itália.

– Eu vou te levar ao médico agora mesmo. – falei. Ela tentou se soltar de mim, mas foi em vão.

– To ótima. Faltam só três semanas para o casamento, você não vai me levar a lugar algum.

– Não quero uma noiva pronta para cair desmaiada na hora do sim. – ela me fuzilou.

– Aprendendo a fazer piadas, camarada? – ela me deu um dos seus sorrisos irônicos e eu automaticamente corei. Lissa me encarou.

– Leva ela, Dimitri. – pediu. Eu assenti.

– Só preciso dormir. – disse Rose, tentando reforçar a ideia.

– E você vai. – falei. Ela semicerrou os olhos na minha direção, mas eu dei de ombros. – Vamos.

Lissa deu um rápido beijo na bochecha de Rose e ficou de se retratar para Tatiana. E eu deixei que ela o fizesse, não estava com paciência para nada além de Rose.

Ela parecia tão mal enquanto cochilava no banco do carona ao meu lado. Tentei não mudar o caminho para o hospital mais próximo, umas cinco vezes, mas levando em consideração que ela tinha pedido para não leva-la, eu apenas obedeci.

Ela estava estranha nessas ultimas semanas.

Nós dormíamos na cabana, ou na minha casa. O pai da Rose ainda não tinha voltado de viajem e ela ainda estava cuidando da mãe, que estava cada vez maior e cansada. Janine é forte, mas a falta de Abe estava deixando-a abalada. O que fazia Rose ficar mais nervosa. Então, por alguns segundos, considerei a ideia de Rose estar sobrecarregada e precisar dormir.

Quando o portão abriu, Rose despertou de imediato. Depois de contornar a fonte com o carro, eu abri a porta para que ela saísse, mas seus passos cambaleantes me fizeram pegá-la no colo.

Ela não reclamou, apenas colocou a cabeça no meu peito e relaxou o corpo. Alberta já nos esperava com a porta aberta. Lissa disse que avisaria para ela também, o que facilitou a minha entrada com Rose.

Subi as escadas. Era bem tarde para Janine estar acordada, então agradeci mentalmente por isso. Alberta me permitiu ficar assim que coloquei Rose na cama. Eu fechei a porta do quarto e deitei ao seu lado na cama, observando o quanto eu era sortudo por ter alguém como ela ao meu lado.

E assim adormeci.

***

– Camarada... Acorda... Camarada. – abri meus olhos com alguém me sacudindo. Rose ainda com seu vestido preto, estava em cima de mim, e me sacudia como louca.

Seu sorriso me fez sorrir e ela parou de me sacudir.

– O que houve? – perguntei.

– Temos uma festa.

– Festa? – perguntei novamente. Ela sorriu ainda em cima de mim. – Você passou mal em uma ontem e já quer me arrastar para outra hoje?

– Dimitri, é aniversário da Lissa. Achamos que seria legal fazer uma surpresa no clube para ela. E além do mais, aquele chato do Victor Dashkov vai estar lá.

Eu gargalhei. Rose não gostava de ninguém que gostasse da Tasha. Isso incluía Victor. Enquanto ela fazia carranca, tratei de rolá-la para o lado e ficar em cima dela. Ela sorriu com a nova posição e quão perto a minha boca estava da dela. Ela me puxou para um beijo e eu deixei.

Ela me deixava louco e eu não ligava para mais nada. Só para amá-la.

***

– Bom dia mãe. – disse Rose, assim que entramos no carro. Janine me olhou, e depois as minhas roupas trazidas pela minha mãe, uma bermuda taquitel e uma blusa de manga simples. Por um momento me senti mal com seu olhar.

Mas assim que olhei para Vikka já dentro da limusine, tratei de me acalmar. Olhar de sogra era bem pior do que eu imaginava que poderia ser.

Assim que chegamos ao clube, nos mandaram para a piscina. Não foi tão ruim quanto pensei. Fiquei conversando com Cristian sobre os negócios. Rose e Lissa pareciam radiantes com Mia e Sydney do outro lado.

Os homens as cobiçando e eu a admirando por sua beleza. Ela estava linda com aquele biquíni marrom. Por mais que uma parte de mim estivesse com vontade de socar todos aqueles homens, Rose ainda era a minha garota linda. E daqui a algumas semanas, a minha mulher.

Tasha me encarava do outro lado com algumas de suas amigas, e eu me limitei a um rápido aceno com a cabeça, que Rose percebeu. Não queria que ela desconfiasse do meu amor. Eu amava Rose com a minha vida. Tasha não era mais nada.

Adrian veio até nós algum tempo depois e entrou no assunto. Ele e Cristian estavam em um empasse sobre as ações da empresa e eu continuava observando-a.

– Ela é bonita. Você é um homem de sorte.

Olhei para o meu lado. Cristian e Adrian já não estavam mais ali, ao contrário de Victor Dashkov que observava Rose com o mesmo ardor que eu.

Há quanto tempo eu estava observando-a? – pensei.

– Sim. Eu sou. – falei. Ela sorriu, me estendendo-me um copo de whisky. Eu peguei mais me limitei a apenas isso.

– Três semanas. – disse. – Está nervoso? – eu o encarei e forcei um sorriso.

– Por que estaria? – perguntei. Seus olhos vieram até os meus. – Ela é tudo que eu preciso.

– Você é muito jovem, menino Belikov. – falou. Seu sorriso parecia falso.

– Talvez. – falei. – Mas eu já a amo demais.

– Ah, o amor... – começou. – Tão capaz de sacrifícios. Tão capaz de mostrar o lado negro.

– Desculpe, não estou compreendendo. – seus olhos me estudaram, seu sorriso não sumia.

– Não precisa, menino Belikov, compreenderá na hora certa.

Eu o encarei sem entender muito e não me importei quando ele começou a se afastar de mim. Eu não o queria mais por perto. Além da influencia de Tasha, eu sabia que Rose não gostava dele e eu queria que ela sempre ficasse satisfeita.

Virei-me, ainda com o copo e não vi Rose. Olhei novamente e uma mão apertou meu braço. Quando me deparei com uma Sydney nervosa e logo atrás uma Lissa chorosa. Meu coração e apertou em um nome. Roza.

– Cadê Rose?

– Não sabemos. – falou Sydney. – Ela sumiu.

– Como assim sumiu? – perguntei. Minha voz estava aparentemente alterada.

– Natalie foi chama-la para fazer alguma coisa e ai voltou sozinha.

Quem é Natalie? – pensei.

– Dimitri. – ouvi um grito. Meu corpo se alarmou. Adrian estava a alguns metros de mim e chamou a atenção de quase a metade da festa. Eu encarei de longe seu desespero. Lissa se contorceu ao meu lado. E eu já sabia o que era. Era Rose. – Dimitri vem. – gritou Adrian novamente.

Eu não pensei. Corri o mais rápido possível até ele, mas ele também era rápido. Mal percebi que tinha outras pessoas atrás de mim, mas eu não me importei. Só queria a minha Roza.

Adrian parou em frente ao corredor que leva para a sauna e abriu a primeira porta. Eu entrei na frente dele e corri até a porta da sauna. Estava trancada com um cadeado e correntes, meu coração estava confuso, até eu olhar para o vidro. Até eu ver Rose.

Minha Roza inconsciente lá dentro.

Olhei para Adrian suplicante e ele entendeu o recado. Foi até a parede e pegou o instintor. Era nossa única garantia. Peguei as correntes e ajeitei de um modo melhor para que Adrian conseguisse bater ali.

Ele tentou três vezes até minhas mãos se separarem com a quebra das correntes. Enquanto Adrian jogava o instintor para longe de nós eu metia meu pé na porta de madeira. Estava quente e com fumaça. Eu demorei a localiza-la.

Assim que percebi o corpo de Rose, desmaiado perto dos bancos de pedra eu corri até ela e coloquei-a em meus braços. Ela estava mole e pálida. Tinha sangue em sua cabeça, como se tivesse levado uma pancada ali.

Olhei para Adrian bem atrás de mim e suspirei quando saímos pela porta. Agora em meus braços, ela estava a salvo.


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Notas finais do capítulo

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