A Proposta escrita por Larissa Carvalho


Capítulo 11
Spiritual - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pela recomendação!
Amo vocês.
Boa Leitura!

Spiritual - Katy Perry



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607129/chapter/11

Acordei com alguém batendo a porta do meu quarto. Ainda com os olhos fechados lembrei-me de não tê-la trancado ontem à noite quando cheguei com o Luke da festa do hospital. E então ainda com os olhos fechados eu sorri com a imagem de Sonya bêbada.

Abri os olhos e encarei a rosa vermelha no travesseiro ao lado. Eu engoli a seco. Tinha um cartão junto a ele. – pensei.

– Dimitri. – sussurrei para mim mesma. Abri o cartão e reli aquele pequeno texto como boba com um sorriso que Lissa classificaria de garota apaixonada.

Desculpe-me por ter sido um idiota. Eu te amo, Roza.

Eu suspirei.

Como sempre.

Eu o amava como sempre. Mais ele me magoou demais para que eu outra vez me deixasse iludir com suas palavras e promessas.

Levantei da cama e quando meus pés pousaram no chão me deparei com pétalas de rosas. Meu coração acelerou. Ele está aqui. Segui o caminho feito até a minha penteadeira e me deparei com um vestido preto.

Eu fiquei chocada ao tocar a seda, mas depois algo mudou na minha expressão. Era alegria. Eu amava aquele vestido. Lissa insistiu para que eu comprasse aquele vestido, mas eu deixei-o na vitrine esperando por mim... Até um russo tirá-lo de lá.

Três batidas na porta me fizeram pular, ainda agarrada ao vestido. Lissa apareceu na porta, sorridente.

– Vejo que gostou. – disse. Ela andou até mim e me abraçou. Eu senti tristeza naquele abraço. Era por um motivo. Era por André.

– Eu sinto tanto. – murmurei.

– Tudo bem. – disse. – Feliz aniversário. – ela se afastou de mim e me estendeu um caixinha que eu nem percebi em suas mãos. Eu sorri, curiosa.

– O que é isso? – perguntei, enquanto pegava-a.

– É o terceiro presente de Dimitri. – falou. Eu levantei o cenho enquanto ela gargalhava por minhas dúvidas.

– Quais foram os outros dois? – perguntei.

– O primeiro foi a rosa vermelha e o pedido de desculpas e o segundo foi o vestido que você tanto queria. Agora para de graça e abre essa caixinha. – eu revirei os olhos e larguei o vestido em cima da cama.

Abri a caixinha com o lacinho vermelho e me deparei com uma chave. Eu olhei para Lissa curiosa e com um sorriso bobo no rosto. Ele estava mesmo desposto a fazer tudo aquilo por um pedido de desculpas?

Quer dizer, eu poderia reconsiderar.

Quando eu olhei para a minha mãe ontem no café da manhã, eu vi o quanto ela precisa de proteção, assim como Lissa e os outros. Eu não podia deixa-los desprotegidos, e cumprir a proposta com Dimitri era o que eu deveria fazer. Eu não poderia deixar que nada os machuca-se, e se eu pudesse impedir, eu o faria.

Então, beijei Dimitri. Para que ele entendesse que eu ainda estava dentro do jogo. Mas por algum motivo, por algo que explodia toda vez que ele me tocava, eu também queria estar no jogo. Não por dever. Mas para poder tê-lo sem medo.

– Vocês estão me dando um carro? – perguntei. Eu tinha esperança de ser um Porsche.

– Não. – ela fez carranca. – Ele esta te dando uma chave e hoje a noite ele te explica. – eu a encarei.

– E o papai e a mamãe? – perguntei. – Ela vai pirar quando souber que vou passar meu jantar de aniversário em outro lugar.

– Ela só iria pirar se essa chave fosse um cartão de quarto de motel. – eu revirei os olhos.

– Acho melhor eu me trocar. Tenho pelo menos que tomar café com eles. – murmurei.

– Não. – disse Lissa. Eu fitei-a. – Eu e você vamos ao salão.

– O que? – perguntei.

– Isso mesmo. – falou. – Eu planejei tudo e você não vai estragar a sua surpresa.

E não estraguei.

Ela não me deixou estragar.

Fomos ao shopping e ela comprou roupas para mim, já que aquela caixinha não era presente dela. Eu em agradecimento, queria pagar o salão de beleza, mas Lissa não deixou. Dimitri já tinha pagado o meu e o dela. E esse era o quarto presente.

Eu e Lissa almoçamos no restaurante mais caro e no lugar mais reservado daquele shopping e Lissa apenas assinou seu nome em um papel no lugar da conta. Esse era o quinto presente. Dimitri pagou o restaurante também, deixando que eu e Lissa escolhêssemos o que quiséssemos.

Depois disso ela me levou para comprar sapatos. Escolhi três pares, mas Dimitri também tinha escolhido um para mim. Esse foi o sexto presente. Eu confesso ter ficado sem graça com tudo aquilo. Mas Lissa apenas assentia e mandava-me sorrir. E eu o fazia.

Logo em seguida fomos para casa no carro de Lissa. Eu tinha visto meus pais, brevemente no café da manha, mas a minha mãe estava tão ocupada com tudo do casamento, junto à Tatiana e Olena, que nem ligou sobre o fato de eu passar a noite em lugar que eu não fazia ideia de onde seria e nem ao menos com quem.

E a cada momento que a hora ia passando e ia anoitecendo, com Lissa me fazendo de sua boneca e me enfeitando, eu ia ficando mais nervosa. Nunca pensei que ele fosse me deixar assim mais uma vez, até reencontrar ele.

Quando já anoitecera e eu já estava pronta, Lissa foi rápida em se arrumar e me puxar até o carro. Ela não fez mistério e muitos menos vendou-me. Apenas disse que iriamos a um lugar e no caminho descobri ser a casa de Olena.

Depois que ela estacionou, descemos. Eu com aqueles saltos pretos da cor do vestido. Ele ficava melhor em mim do que naquele manequim e eu fiquei em êxtase por isso. Lissa tinha me dado ordens para colocar a chave em algum lugar do vestido. Eu o coloquei no decote do sutiã e ninguém além de mim saberia o que tinha ali.

Andamos até a sala da casa de Olena e ela sorriu quando entramos e as luzes se ascenderam com outros gritos de parabéns. Dos meus pais, de Olena e Vikka, de Tatiana e Adrian, com Sydney e os meus amigos e outros membros da empresa do meu pai que me conheciam. Presente número seis.

Cristian veio até nós e me abraçou.

– O que deu em você? Lissa não tem dado conta do recado? – ele se afastou e sorriu irônico, já agarrando Lissa.

– Estou pegando leve pelo seu aniversário. Deixa chegar amanha.

– Obrigada. – falei. Ele assentiu.

– Tem alguém ficando mais velha? – perguntou Adrian atrás de mim. Eu sorri e o abracei. Logo em seguida abracei Sydney e Tatiana.

– Obrigada. Está tudo incrível. – falei. Tatiana sorriu.

– Que bom que gostou, Rose. – ela sorriu para Lissa. – Vasilisa foi magnifica criando esta decoração.

Eu sorri com seu modo formal de se referir à festa surpresa na sala de Olena. Lissa realmente tinha feito uma milagre com aquela sala. Ela tinha posto bolas vermelhas e faixas de parabéns. Lissa tinha esse dom. Eu amava isso nela.

– Pode chamar de Lissa. – murmurou Lissa.

– Ah claro. – disse Tatiana. – Me desculpe.

Eu assenti para Lissa, enquanto caminhava para fora daquele circulo dos horrores. Varri os olhos pelo local na inútil tentativa de achar Dimitri e nada. Ele não estava ali.

Senti uma mão no meu braço e virei-me para encarar Sydney.

– Oi. – falei. Ela sorriu.

– Oi. – ela olhou para onde Adrian estava e eu vi quando o próprio parecia distraído com as expressões gentis de Lissa para a formalidade de Tatiana.

Lissa agradava à todos. Ela era gentil, doce, agradável, simpática, bonita,... Ao contrário de mim. Acho que era por isso que nos dávamos tão bem. Uma era o equilíbrio do que a outra não tinha e assim ambas, estavam bem com sua balança.

– Precisamos conversar. – falou Sydney. Eu balancei a cabeça para espantar os pensamentos.

– Claro. Mais hoje não. – falei. Ela assentiu parecendo aflita.

– Amanha. Às quatro. No hospital. – eu assenti e ela se aproximou. – Sonya falou com você? – perguntou.

Eu balancei a cabeça para os lados. Ela estava bêbada demais para falar alguma coisa que não fosse para pedir mais bebida.

– Não. – falei. – Vou sem falta. Prometo. – falei. Ela assentiu, já saindo de perto de mim. Eu a puxei. – Hey, você já contou para o Adrian? – ela ficou pálida e eu tive minha resposta. – Sydney...

– Rose eu não posso. – interrompeu-me. – Ele vai me odiar. Ela vai me odiar. – eu demorei um pouco para entender e depois eu encarei Tatiana de longe.

– Não vai. – falei. – Mais se for, você só vai saber se contar. – falei. Ela assentiu.

– Obrigada. – eu sorri para Sydney e quando encarei Adrian ele tinha os olhos em todos os lugares da sala de Olena.

– Ele está te procurando. – falei. Ela o procurou com o olhar e acenou para ele.

– Estou indo. Até amanha. – e então se afastou.

Eu suspirei. E algo no meu decote vibrou. Era o celular.

Eu peguei-o dali despercebida de todos e olhei para a mensagem no visor.

“Hora do presente número Oito”

Eu sorri. Era a mensagem de Dimitri.

Antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, Lissa já estava na minha frente com a mesma caixinha da chave em sua mão. Ela me puxou pelo braço até a porta da frente da casa de Olena e quando chegamos lá, sem que todos nos vissem, ela me estendeu a caixinha.

– Coloque a chave na caixinha. – mandou. Eu peguei a chave do meu decote e coloquei de volta na caixinha. Ela sorriu.

– O que eu faço agora? – perguntei. Ela sorriu.

– Segue as pistas. – ela virou-se e levantou seu dedo indicador para a floresta que Olena tinha ao redor de sua casa e eu pude perceber algo brilhando em meio à escuridão.

– Eu sei eu sou uma garota imprudente, mas não é perigoso? – ela gargalhou.

– Vai logo. – falou. Eu revirei os olhos e lhe dei um último abraço.

Andei com Lissa ainda lançando seu sorriso.

Entrei na floresta, e me surpreendi ao ver tudo iluminado por velas pequenas. Formava um lindo caminho luminoso. Segui aquelas luzes e não pude evitar o sorriso. Eu tremi com a possibilidade de saber aonde aquilo ia parar.

Continuei andando pelo caminho luminoso. Até me deparar com um buque de rosas vermelhas. Eu gargalhei, abaixando-me para pegá-lo. Ele tinha um cartão. Juntei as flores ao meu corpo, equilibrando a caixinha em algum lugar durante aquele processo. E então abri o bilhete.

Presente número nove. Continue andando.

Eu obedeci, a caixinha estava entre as flores assim como o bilhete. Então eu tinha uma mão livre, mas isso logo teria que mudar. Depois de alguns passos percebi mais um presente. Uma caixa em formato de coração que tinha um bilhete em cima. Eu peguei-o com um pouco de dificuldade.

Você adoça minha vida como esse chocolate! Presente número dez. Continue.

Eu sorri e obedeci. Equilibrei os itens em minhas mãos e continuei andando. Andei mais passos que os anteriores ainda com velas iluminando meu caminho. Surpreendi-me por elas estarem acesas, apesar de estar ventando.

Eu não podia deixar de me surpreender com aquilo ali. Dimitri tinha me salvado, tinha passado a noite comigo, mas fora só isso. Eu apesar de tudo tinha medo de ele levar a sério todas as minhas palavras e atitudes e eu o queria para mim, mas tinha medo pelo meu coração.

Continuei andando até me deparar com o fim do caminho de velas e ainda estava escuro, mas conseguia ver a cabana em meio à tudo aquilo. Com a porta aberta e iluminada. Eu suspirei ao pensar em quem estava ali. Eu percebi um banco coberto por um pano de seda vermelho e com um bilhete. Eu o peguei com certa dificuldade.

Leve somente o presente número três.

Eu levantei o cenho. Qual era o presente numero três entre os dez? Eu pensei por alguns segundos. Bom, tecnicamente eu estava usando um dos presentes e já estava com frio, por mais que estivesse gostosa demais para estragar tudo e colocar um casaco.

Então a caixinha na minha mão brilhou e eu me toquei. A chave era o presente número três e eu queria muito que tivesse um carro estacionado ali dentro, mas só deveria ter um Russo bem gostoso. E para o bem dele, acho bom que ele esteja somente de cueca e gravata. Ok... Só de gravata.

Coloquei os outros presentes no banco e continuei andando, sem equilíbrio algum, até a cabana. Senti meu coração acelerar a cada passo que eu dava, mas quem liga? Eu estava indo na direção dele.

Subi os degraus e entrei no lugar. Não tinha ninguém. Só uma mesa com uma toalha branca. E o lugar estava totalmente coberto por pétalas de rosas vermelhas. A cama tinha pétalas e um bilhete. Eu esqueci os outros detalhes por alguns segundos. As velhas espalhadas pelo lugar, as pétalas e fiquei somente rodeada pelas lembranças daquela cama. Até resolver ir até ela e pegar o bilhete, e abri-lo.

Por algum motivo eu sabia que você o abriria primeiro. Acho que eu também o faria, afinal, eu nunca vou esquecer o que essa cama me proporcionou junto a você. Foi a melhor noite da minha vida. Eu queria que fosse a primeira de muitas com você, mas tenho medo de que algo possa nos separar.

Poderia ser uma doença, ou talvez a morte, mas isso não chega nem perto do que eu sentiria se perdesse você por causa da minha burrice. Sim, eu deveria ter te colocado no meu carro e te arrastado junto à mim para Nova York. Ou ter entrado em qualquer faculdade em Montana para poder ficar perto o suficiente e não deixar que ninguém além de mim tocasse em você, do jeito que eu te toquei nessa cama.

Então, como presente número onze, considere o meu pedido de desculpa. E como presente número doze, a minha vida dedicada totalmente à você, mesmo que você não me queira do jeito que eu te quero.

D.B

P.s.: Gostaria de procurasse outros bilhetes antes de se direcionar até a mesa.

Eu sorri.

Sim.

Eu aceitava que ele ficasse na minha vida. Eu o aceitava.

Encarei o lugar ainda com o bilhete que estava em cima da cama e achei outro bilhete colado de modo delicado na cadeira. A cadeira que eu me sentei para jantar com ele. Eu sorri levemente e peguei o bilhete da própria. Abrindo-o.

Obrigada por não estragar tudo, Hathaway.

Essa foi à cadeira que você sentou na primeira refeição civilizada que nós dois tivemos em anos de convivência e você não sabe o quanto foi interessante ver você comer aquele macarrão com tanta vontade. É incrível como você sempre despertou meu lado sensível, selvagem e protetor. Como você despertou a criança e o adulto. Eu quero mais refeições com você, Roza. Mesmo que eu vá a falência com isso.

P.s.: Esse é o presente numero treze.

Eu gargalhei já sentindo as lágrimas queimarem meus olhos. Funguei na tentativa vão de tentar não chorar, mas olhei para o armário perto da cozinha e vi mais um bilhete.

Caminhei até ele, lembrando-me quando ele e Jesse brigaram, e eu curei aquele machucado de seu rosto. Como eu senti o toque de sua pele em minha mão e como aquilo me fez sentir viva.

Abri o bilhete.

Quero que você continue curando a minha alma, como só você sabe fazer. Quero que me levante quando eu cair, quero que me guie como sua luz sempre fez. Quero você na minha vida, Roza. E eu prometo que nunca vou sair do seu lado, mesmo que você não me queira. Aprendi com os meus erros e peço mais uma vez perdão por eles.

O seu presente número quatorze é saber que eu nunca vou sair do seu lado. Nunca.

P.s.: Abra o armário.

Eu sorri, já com lágrimas. Abri o armário e peguei uma caixinha de madeira. O próximo bilhete poderia estar ali. Quem sabe!

Abri-a já me aproximando da cama e as lágrimas caíram. Era uma foto. Minha e de André na noite do meu aniversário de quinze anos, no bar do Mikhail. Eu tinha acabado de cantar na frente de todos para pagar uma aposta e tiramos essa foto.

Escrito atrás da foto tinha a caligrafia de Dimitri.

Presente número quinze.

Levei a mão à boca e então percebi uma carta. Era uma feita em folha de caderno, que já estava amarelada. Eu peguei e identifiquei na hora a caligrafia errada de André. Eu sorri quando me lembrei da tia Rhea brigando pelo jeito torto de seu B. Então fiz o que meu coração mais queria. Eu li.

Bom, irmãzinha, vamos começar.

Hoje é um dia muito especial na sua vida. Seus tão sonhados 18 anos. Hoje você faz quinze anos e nada mais justo que comemorar antecipado a data que você mais espera. Essa carta só vai ser entregue daqui à alguns anos, porque eu estou bêbado, então vou ter muito tempo para colocar mais coisas aqui. Preciso dedicar à essa carta meu tempo sóbrio também. Além do mais preciso melhorar o meu B.

Só tenho a agradecer. Tenho a Lissa e tenho você. Minhas princesas. Eu as amo tanto que já estou pensando o quão difícil vai ser ficar longe quando eu for com Dimitri para a faculdade. Mas eu quero que saiba que, de longe ou perto, eu nunca vou deixar que alguém magoe você. A Lissa, eu já tive aquela velha e conhecida conversa com o Cristian, mas quanto a você, se arranjar um almofadinha ou der bola para Jesse, ele que se prepare.

Ah, o que eu farei seus conselhos idiotas Hathaway?

Sem suas bebedeiras e suas brigas com o Belikov?

Apesar de achar essas brigas divertidas, ele seria o único cara que eu não bateria por pegar a minha irmãzinha postiça. Mas mesmo assim, eu daria umas dicas para agradar você. Sou bom com dicas, Hathaway. E você sabe bem. Aprendeu a pular o muro com o bonitinho aqui.

Enfim, eu te amo. Amo a Lissa.

Mas acima de tudo, cabeça dura, eu te amo.

Feliz aniversário.

Eu já estava chorando. Aquelas palavras eram exatamente o que descrevia minha vida ao lado de André. Apesar das fofocas com a Mia terem separado um pouco nós dois. Ainda amava o jeito que ele me tratava e amava ter um irmão mais velho não responsável.

Eu remexi ainda mais na caixa e achei um pequeno cartão.

Presente número Dezesseis. Abra a pequena caixa da Lissa.

Procurei feito louca a caixa e achei no meio de tantas fotos na caixa de madeira, que agora estava no meu colo. Abri a caixa, deixando a carta de André em cima da minha cama.

Era uma pulseira, tinha meu nome gravado nela, mas também um pingente com o símbolo da família Dragomir. Eu sorri. Ela tinha mesmo me dado algo de sua família.

Abri o cartão e sorri com a grafia perfeita de Lissa.

Presente número dezessete.

P.s.: Abra o presente em cima da mesa.

Meu coração deu um salto. Finalmente. Eu saberia o que tinha naquela caixinha em cima da mesa com as velas em volta. Larguei tudo em cima da cama e fui em direção à mesa, perfeitamente arrumada.

Peguei o bilhete e com uma das mãos livres peguei a caixinha. Abri o bilhete, ainda curiosa, Para só então senti o cheiro de pós-barba invadir o ambiente. Mas eu não me deixei distrair, eu prestei atenção nas poucas letras no bilhete.

Casa comigo?

Eu fiquei muda. Mesmo sabendo que ele estava atrás de mim.

– Sei que eu não mereço nada. Sei que eu sou tolo de perguntar. Sei que eu sou idiota de sentir. Mais sou conservador para me ajoelhar. – finalmente me virei e lá estava ele. Terno, gravata e... De joelhos. – Rosemarie Hathaway Mazur, casa comigo? Mesmo que seja uma proposta. Casa comigo?

Eu o encarei por um tempo e depois de um longo suspiro eu respondi, ainda com a caixinha em minhas mãos.

– Sim. – falei. Ele sorriu e levantou-se vindo até mim.

Ele abriu a caixinha e colocou o solitário que eu tanto gostei no meu dedo.

– Voltamos à proposta? – perguntei. Ele sorriu.

– Nunca saímos dela. – respondeu.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!