A castanha virou-se a contragosto e respondeu ao chamado suspirando pesadamente.

– O que foi Malfoy?

– Pelo que vi hoje pela manhã, você e seus amiguinhos leram o jornal de Hogwarts não é mesmo?Perguntou o loiro, cínico, enquanto sentava-se em uma das poltronas do hall.

  Ainda sem saber onde Draco queria chegar com aquela conversa, a castanha respondeu

ao cinismo.

 - Você quis dizer: As Fofocas de Hogwarts!Exclamou a castanha bufando ao recordar-se do que lera no jornal pela manhã.

–Pessoalmente eu ahei a manchete de hoje muito construtiva... Falou aumentando o cinismo e também segurando o riso. Queria ver a castanha explodir de fúria, e logo conseguiu.

  A dona das orbes castanhas, agora de frente para Draco, arregalou os olhos incrédula para o loiro.

– FOI VOCÊ QUE FEZ AQUILO?!

– Eu tinha um tempinho livre e como fazer da vida dos sangues-ruins um inferno está na minha lista de afazeres diários... Disse Draco com aparente seriedade, que se desfez rapidamente ao ver a feição “engraçada” de Hermione que bufava de ódio.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

Fala sério... Foi ou não foi .. GENIAL?! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Falou o garoto entre gargalhadas.

–Garoto você é INSUPORTÁVEL! COMO PÔDE INVENTAR UMA MENTIRA DAQUELAS?!! Gritou a garota, sem receber resposta do cara de doninha, que continuava a gargalhar largamente, ficando quase sem ar.

 Hermione bufou irritada e gritou : - TINHA QUE SER SONSERINO MESMO!!

   Na hora a garota não pensou muito para falar o que falou. Mas como em um flash back , a cena da briga com Harry de hoje pela manhã passou pela sua cabeça, dele dizendo a mesma coisa á Chris, que não merecia ouvir o que ouviu, nem ser julgado pela sua casa. Engoliu em seco. Será também que Draco não merecia ser julgado pela sua casa?  Na opinião da castanha , não.

– VOCÊ É LOUCO MALFOY! Gritou Hermione antes de entrar em seu quarto e bater a porta com força, deixando para trás um Draco com um sorriso vitorioso nos lábios.

 Ao entrar em seu quarto, Hermione esqueceu por alguns minutos a discussão que tivera com Malfoy. O quarto era esplendoroso, aumentado com magia, era bem espaçoso. Tinha uma Porta de vidro e madeira em frente à cama, com uma cortina vermelha com detalhes dourados na borda, que dava para uma pequena sacada, de onde se podia ver o campo de quadribol.

 Em um canto, havia uma escrivaninha com um porta-penas, tinta, e alguns pergaminhos e uma cadeira confortável.

 A cama era de casal, grande e aconchegante, forrada com uma roupa de cama vermelha

com detalhes em dourado, assim como a cortina. Na parede atrás da cama, logo acima da mesma havia o brasão da Grifinória, ao lado da cama a poucos metros tinha um guarda-roupa grande, onde todas as roupas da castanha já estavam acomodadas, como ela pode ver ao abrí-lo.

  Ao lado do guarda-roupa havia uma porta de madeira escura, a castanha caminhou para frente dela, virou a maçaneta  e entrou naquele que era o maior banheiro que ela já viu. Era um pouco menor que a metade do tamanho do quarto, tinha uma banheira enorme ao fundo, um box com um chuveiro ao lado, e outros artefatos necessários a um banheiro.

  A castanha tomou um longo banho quente, colocou seu pijama e se jogou na cama, dormindo em poucos minutos.

 Draco não ficou muito espantado com o tamanho de seu quarto, nem do banheiro. “ É...Dá para o gasto... É um tanto pequeno em comparação ao meu quarto da mansão, mas acho que vou me virar bem aqui...” Pensou ele ao entrar no quarto, que tinha uma decoração verde e prata, tanto nas cortinas como na roupa de cama, e nas toalhas do banheiro.

 Assim como a castanha, o dono das orbes azuis acinzentadas tomou um longo banho e ‘desmaiou’.

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– Vocês viram a Mi hoje? Perguntou Gina após dar um selinho estalado em Harry, e se sentar junto dele, Rony e Luna .

– Ué, ela não dormiu no dormitório, junto de você e as outras meninas Gi? Perguntou Rony curioso.

– Não foi não Ron. Até achei estranho que chegamos tarde ontem, fui até o dormitório e a Mi não estava lá. Respondeu a ruiva preocupada.

– Aposto que ele sabe onde ela está. Disse Harry sério apontando com o queixo para a direção da mesa da Sonserina, sendo seguido pelos olhares dos amigos que souberam para quem ele estava apontando.

– É , talvez... Disse Luna serelepe sem perceber o que Harry queria insinuar.

– É mesmo... Vou lá perguntar ao Chris. Disse Gina levantando-se da mesa, sem conseguir prosseguir , pois Harry segurara em seu braço.

– Você tá louca? Não vou deixar você ir na mesa da Sonserina! Disse Harry olhando-a incrédulo.

– Harry, para com essa besteira. Eu vou lá sim, tenho que saber aonde a Mione está. Disse Gina repreendendo Harry e se soltando de sua mão.

– Mas Gina... Lamentou Harry.

– Sem mas Harry, afinal você quer ou não saber onde a Mi se meteu? E se ela estiver em perigo?

 Harry suspirou derrotado assentindo. Assim Gina começou a caminhar em direção a mesa da Sonserina mas não foi preciso terminar sua caminhada, quando começou a se afastar da mesa da Grifinória uma voz suave a impediu:

– Onde você está indo Gi? Perguntou Hermione.

– MI! Que bom que você está bem. Disse Gina, enquanto as duas retornavam para a mesa da Grifinória.

– Hermione! Onde você estava? Perguntou Rony enquanto via a castanha se sentar ao seu lado.

– A McGonagall me transferiu ontem para o quarto dos monitores chefes. Não deu tempo de avisar, já era tarde e eu estava com sono. Respondeu a castanha ainda sem jeito de estar ali com Ron e Harry depois do que fizeram.

– Mi, você está bem? Ta com uma cara estranha... Perguntou Gina á amiga.

– Estou ótima Gina. Mentiu a castanha.

– Erm... Na verdade Gi... Estou com um pouco de dor de cabeça, vou lá fora tomar um ar fresco. Disse a castanha levantando-se da mesa, sendo seguida pelos olhos de Harry.

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A castanha passou toda a manhã ora caminhando pelos jardins, ora sentada defronte ao lago, observando o reflexo do sol.

 Harry e Rony continuaram achando Chris uma péssima pessoa, ou seja apenas mais um sonserino  sem escrúpulos.

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– Não entendo como vocês puderam falar com a Mi daquele jeito ontem. Principalmente você Harry! Reclamava Gina para o namorado e o irmão, que permaneciam sentados no sofá do salão comunal defronte a ruiva.

– Mas Gina, você não vê? A Mione não consegue enxergar a verdade sobre aquele garoto! Ele não presta Gi, não presta! Reclamou Harry em resposta.

– Você é que não consegue enxergar todo esse seu preconceito e desconfiança. E outra: você nem ao menos conhece o garoto, já a Mi sim. Você sabe muito bem a opinião dela sobre os outros sonserinos. Mas se ela diz que o Chris é uma boa pessoa, é porque ele é. Confie na nossa amiga Harry.

– Eu confio... Afirmou Harry decidido, levantando-se do sofá e indo em direção á porta do salão comunal.

– Só não confio nele... O moreno disse saindo do salão.

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 Hermione ia caminhando em direção ao castelo - era hora do almoço e como não comeu nada no café da manhã, seu estômago implorava por alimento- quando Harry veio correndo em sua direção, parou e ainda ofegante disse:

– Eu... Quero falar... Com você...

– Ok. Disse Hermione respirando fundo.

Hermione e Harry andaram até o velho carvalho de frente ao lago, sentaram-se um ao lado do outro, ambos olhando para o lago, como se ele fosse mais importante naquele momento.

– Mi... Eu queria te pedir desculpas...

– Pelo quê? Perguntou irônica.As coisas que o moreno havia lhe falado a magoou muito,além do sofrimento que as palavras de Harry lhe causaram, sofreu também por Chris, ele não merecia ouvir nada daquilo. Queria vê-lo se desculpar por tudo.Ele respirou fundo e respondeu. – Por ter brigado com você, ter te chamado de todas aquelas coisas... Eu não queria ter dito aquilo...

– Às vezes eu acho que você mudou tanto... Começou a castanha, apoiando os braços nos joelhos, observando o lago, como se quisesse ver o quão profundo ele era. – Você está diferente... Diferente do que era quando nos tornamos amigos no 1º ano... E não digo isso pela aparência afinal, todos crescemos, mudamos fisicamente... Me refiro a como você era, livre de pré-julgamentos, doce, carinhoso. Sempre disposto a ajudar os outros, sempre disposto a salvar nossas vidas, mesmo que para isso tenha que perder a sua... Continuou ela tristemente, abaixando a cabeça, tentando evitar chorar.

Harry nada respondeu... O silêncio prevaleceu por longos minutos, até que ambos viraram-se um para o outro, os verdes esmeralda miraram os castanhos, que retribuíram.

  Harry segurou a mão de Hermione levemente, acariciando-a com o polegar suavemente.

– Me perdoe Hermione... Por tudo... Disse o moreno olhando suplicante para a garota.

 A garota deu um leve sorriso, e disse: - Como não te perdoar Harry? Você é um dos meus melhores amigos... Sorriram um para o outro, fizeram menção de se abraçarem, mas foram interrompidos por um moreno de olhos azuis esverdeados.

– Hermione!

– Ahn... Erm... Chris. Disse a garota meio sem jeito, o moreno havia aparecido repentinamente. Harry olhou para Christian de cima a baixo e revirou os olhos.

– Erm... Estou interrompendo alguma coisa? Perguntou o moreno receoso.

– Não Chris... Não está não. Respondeu a castanha sorrindo.

– O que quer aqui? Perguntou Harry áspero. Em retribuição , Chris se fez de desentedido.

– Eu vim te chamar para almoçar comigo Hermione. Disse o moreno animado olhando para a amiga que permanecia sentada no chão.

– Aaah Chris... Não estou muito a fim de ficar no salão principal, com toda aquela gente sabe... Respondeu Mione não correspondendo ao entusiasmo do amigo.

– Aaah sim. Mas isso não será necessário, porque eu vim chamar você para almoçar comigo em Hogsmead, fiquei sabendo de um restaurante muito bom que tem lá. Respondeu o garoto mais animado que antes.

– Hogsmead é? Uhmm, já está bem ambientado aqui não é mesmo?Disse a castanha em tom brincalhão, tirando risos de Chris, e um olhar entediado de Harry.

– Então vamos? Perguntou por fim.

– Não sei Chris... Meus pais não me mandaram dinheiro esse mês ainda, acho que o que tenho não é suficiente. Lamentou a garota.

– Aaah. Isso não importa. Afinal eu estou te convidando, então eu pago.

– Não posso aceitar Chris... Insistiu a castanha.

– É claro que pode menina. Larga esse orgulho! Disse ele em tom de “pai mandão”.

– Aaah... Tudo bem então... Disse Hermione entre um suspiro de derrota.

  A castanha despediu-se de Harry, com um beijo no rosto, e foi com Chris feliz e saltitante, deixando para trás um garoto morrendo de raiva daquele moreno intrometido.

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– Então Blaise, leva um dia inteiro para ficar pronto. Por isso vamos começar agora. Sussurrou Draco para o Amigo, com um livro grosso nas mãos, em um dos últimos corredores da biblioteca. Logo se formou um sorriso maquiavélico no rosto de Blaise, e ambos saíram da biblioteca com o livro e com o máximo de cuidado possível, afinal era um livro da sessão reservada. Como conseguiram entrar na sessão reservada em plena luz do dia? Simples: usaram a maldição Imperius. Brincadeira... Eles usaram alguns feitiços costumeiros da vida desregrada dos dois.

 Chegando a uma sala qualquer do castelo, Draco e Blaise entraram. Enfeitiçaram a sala para que ninguém pudesse encontrá-los, conjuraram os itens necessários, e começaram a por a primeira fase do plano em prática.

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– O que está achando de Hogwarts Chris?  Perguntou a castanha, caminhando ao lado do moreno, por uma rua de Hogsmead.

– Aaah, estou gostando bastante. Claro que é bem diferente de Durmstrang, mas isso é bom. Respondeu sorrindo.

– Já fez muitos amigos?

– Não muitos... As pessoas da sonserina não são muito amigáveis sabe... Respondeu com desânimo.

– É eu sei... Mas relaxa, logo vai fazer muitos amigos, que não precisam ser da sonserina necessariamente. Falou a morena sorrindo. Chris sorriu de volta, retribuindo.

– É aqui. Disse Chris parando em frente a um restaurante com um charme francês - mas ao mesmo tempo com um jeito londrino - entrando no lugar em seguida.

 Entrando no restaurante, sentaram em uma mesa no centro do local, que tinha uma iluminação romântica, meia luz, as mesas eram em um tom escuro com detalhes em prata e vermelho talhados na madeira, assim como todo o ambiente. Tocava uma música bem agradável, e os garçons eram bem vestidos.

 Assim que se sentaram um dos garçons veio lhes atender. Entregou o cardápio, e se retirou para dar tempo de escolherem.

– Erm... Chris... Chamou a castanha.

– Sim Hermione? Respondeu o garoto sem tirar os olhos do cardápio.

– Esse lugar parece um pouco caro... Não quero te incomodar. Disse a castanha.

– Você nunca me incomoda Mi, ao contrário: sua companhia me faz muito bem. Falou sorrindo. A castanha sorriu timidamente, corando.

 - Com licença. Já escolheram ? Perguntou educadamente o garçom, aproximando-se da mesa.

– Para mim um Pato ao molho cranberry, por favor. Disse Chris entregando seu cardápio para o homem.

– E a Srtª? Perguntou ele, virando-se para a castanha.

– Erm... Vou querer o mesmo. Respondeu um pouco sem jeito com toda a situação.

– E o que vão beber?

– O que vai querer Hermione? Perguntou Chris com tanta doçura que fez a castanha viajar com a aquela voz suave.

– Hermionee? Chamou Chris.

– Hã? Disse a morena abandonando os pensamentos longínquos.

– O que vai querer para beber? Perguntou o garoto.

– Aahm... Não gosto muito de bebidas mas... Talvez um vinho tinto suave.

– Excelente escolha Strª. Disse o garçom , recolhendo o cardápio de Hermione e retirando-se .

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– Me passa as folhas de blorgwam . Disse Draco á Blaise estendendo-lhe a mão.

– Tem certeza que isso vão dar certo Draco? Perguntou Blaise enquanto passava o último ingrediente da poção ao amigo.

– Claro que vai Blaise. O que foi, está com medinho?Perguntou o loiro divertido.

– Lógico que não Draco! Desde quando eu tenho medo de aprontar alguma?! Exclamou o moreno.

– Que seja... Vamos, eu terminei. Agora é só esperar o tempo necessário. Disse Draco se levantando com um caldeirão onde estava a poção, nas mãos.

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–O almoço foi ótimo Chris. Disse a castanha limpando os restos de comida da boca com o guardanapo.

–Que bom que gostou Mi. Disse o garoto sorrindo em resposta.

 Em seguida Chris pagou a conta e junto da morena saiu do restaurante caminhando em direção ás carruagens.

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– Que cara é essa amor? Perguntou Gina á Harry quando o viu se aproximar da mesa da grifinória.

–“ Quer almoçar comigo Hermione” Harry repetiu as palavras de Chris fazendo uma voz fina e irritante, enquanto se sentava ao lado de sua ruiva.

–Idiota... O moreno resmungou.

– Não vai me dizer que a Mi foi almoçar com aquele... Iniciou Ron sem poder continuar, pois Harry logo o interrompeu: - Sim Ron, a Mione foi almoçar com o tal “Chris”. Respondeu o moreno, e Ron bufou.

– Não vejo o motivo de vocês ficarem com essas caras. Disse Luna inocente e aereamente tomando mais um gole de seu suco de abóbora.

– Ele é um sonserino Luna, esse é o motivo. Disse Harry sério.

– Sabe... Nunca entendi direito essa richa entre Grifinória e Sonserina. Na verdade não

vejo razão para você ficar dessa forma com o garoto por ele ser sonserino, afinal, pelo que sei Harry, o chapéu seletor queria te mandar para a Sonserina, disse que você se daria bem lá. Luna disse com simplicidade e calma, afinal tudo o que acabara de dizer era verdade.

 Harry ficou sem ter o que dizer e agora Gina, Ron e inclusive Luna o observavam , esperando alguma reação. Tudo que Luna acabara de dizer, a mesma Luna que sabe o que são nargulés, que inventa teorias improváveis, que é chamada de Di-Lua e Lunática, era a mais pura verdade. Harry nunca havia pensado por esse lado, nunca nem cogitou a idéia de que poderia estar na Sonserina. Que poderia estar convivendo com aqueles que tinham o seu ódio, o seu desprezo.

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– Eu adorei almoçar com você Chris, foi realmente ótimo. Disse a morena sorrindo para o garoto dos olhos azuis esverdeados, enquanto entravam no castelo, caminhando pelos corredores sem rumo. O moreno sorriu de forma doce em resposta.

– Um dos poucos momentos essa semana em que me senti bem... Disse a garota dos cabelos rebeldes em tom de desânimo, abaixando a cabeça.

 Christian segurou a mão da castanha parando de andar, fazendo a morena parar também, acariciou as costas de sua mão com o polegar direito e com a mão esquerda ergueu lentamente o queixo da garota para poder admirar suas orbes castanhas.

 Quando finalmente pôde mirar seus olhos, Chris percebeu a tristeza nos olhos daquela morena á sua frente.

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Cinco minutos se passaram e Harry não fez nem disse absolutamente nada. Seus amigos o olhavam ansiosos e apreensivos quando o moreno antes de cabeça baixa, mirou o melhor amigo junto de sua respectiva namorada e sua ruiva, levantou-se da mesa e saiu do salão principal, deixando para trás amigos com cara de interrogação.

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 Chris olhou fundo nos olhos da castanha, que agora o olhava curiosa, mas sem tirar a tristeza do olhar.

– Não fique assim Mi, as coisas vão melhorar. Disse o moreno docemente, fazendo a castanha indagar de onde um ser humano tirava tanta doçura e gentileza.

 Em seguida, após receber um sutil sorriso da castanha, Chris aproximou-se perigosamente dela a ponto de a garota conseguir sentir seu hálito fresco batendo em seu rosto em contraste com sua respiração quente.

  Agora a mão do moreno que dantes acariciava a mão da castanha, segurava na cintura da mesma, deixando Hermione sem reação, com um olhar assustado e ao mesmo tempo curioso.

  Chris aproximou mais ainda seu rosto do da castanha, e agora seus narizes se tocavam, aos poucos os lábios do moreno diminuíam a distância entre os dois, e quando a distância já era mínima, Chris encostou seus lábios nos da castanha, a assustando.

  Logo, o moreno iniciou um beijo tão romântico quanto podia ser, tão doce e ao mesmo tempo tão quente quanto se podia imaginar, e a castanha que no começo assustou-se com a ação inesperada, se rendeu ao beijo desejosamente doce do moreno levando suas mãos á nuca do garoto e logo subindo um pouco mais as mãos, acariciou seus cabelos sedosos.

  Hermione apesar de todos os pesares, estava adorando o beijo inesperado de Chris, nunca havia sido beijada de forma tão doce, com tanto carinho e cuidado.

  Após algum tempo, que nenhum dos dois sabia ao certo quanto fora, foram aos poucos se desfazendo do beijo.

 Chris a olhou amorosamente, acariciou seu rosto e se despediu dando um selinho demorado na morena, que ficou confusa e ao mesmo tempo flutuando.

– Tenho que ir. Disse ele antes de virar-se e ir caminhando até o fim do corredor, sendo seguido por um par de olhos castanhos.