Inimigos Mortais não se Beijam escrita por Sabrina Pires


Capítulo 7
Atitudes precipitadas


Notas iniciais do capítulo

* fugindo das pedras e dos avadas*
Eu sei que prometi postar mais cedo gente, mas tive trabalhos enorgigantes pra fazer esse mês e não deu, sem contar que semana passada ou antes disso sei lah.. a net não funfou ''
Enfim... Antes tarde do que nunca. Ta aí o cap 7 , espero que gostem



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A castanha permaneceu parada naquele mesmo local onde a pouco um moreno a fez balançar. Ficou refletindo sobre o que acabara de fazer, questionando se aquilo fora prudente e como irá repercutir em sua amizade com Christian.


– Ai! Repentinamente alguém esbarra na morena, tirando-a de seus pensamentos.


– Me desculpe... Ah, Mi é você. O moreno desculpou-se virando para a garota em quem havia esbarrado, movimento que o fez perceber que se tratava de Hermione.


– Oi Harry. Disse a castanha corando sem saber o motivo.


– O almoço foi bom? Perguntou cínico desviando o olhar verde esmeralda das orbes castanhas.


– Não vai começar a falar mal do Chris não é mesmo? A castanha disse calmamente para não iniciar uma briga, mas revirando os olhos entediada.


O garoto respirou uma, duas vezes profundamente, antes de responder.


– Não, não vou. – Mas agora você é toda minha. Falou animado e sorridente, enlaçando a morena pela cintura, puxando-a para seu lado, e logo em seguida começando a caminhar, fazendo a castanha caminhar junto.


– Como assim Harry? A garota fez cara de espanto e corou ao mesmo tempo.


– Bom, eu também mereço um tempinho com minha melhor amiga, não?


– Claro Harry. Respondeu sorridente, mas com um tom levemente decepcionado, que passou despercebido pelo amigo. No fundo Hermione esperava que a frase de Harry tivesse outro sentido.


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–Aiinn Draquinhooo! Que bom que você chegou! Exclamou Pansy com sua costumeira voz de ganso com dor de garganta enquanto ia toda serelepe em direção ao loiro que adentrava ao salão comunal da Sonserina na companhia de Zabinni.


– Eu já estava ficando preocupada! Concluiu a desmiolada, parando de caminhar ao chegar ao pé da pequena escada que dá acesso ao salão.


Ao ver a garota, Draco parou imediatamente de caminhar e escondeu o caldeirão que carregava, atrás de si.


– O que é isso aí Draquinho? Perguntou Pansy ao ver que o garoto escondia algo atrás de seu corpo.


– Isso o quê Pansy? O garoto perguntou olhando para os lados, apertando com mais força a alça do caldeirão.


– Isso aí atrás de você. Pansy esticou-se ficando na ponta dos pés para tentar ver o que Draco escondia.


– Não tem nada atrás de mim, você é que está ficando doida garota. Draco respondeu rispidamente como de costume, para não levantar mais suspeitas, e em seguida cutucou Blaise com o cotovelo.


O amigo entendeu o recado e rapidamente inventou algo mirabolante para distrair Pansy.


– Se eu fosse você Pansy, não se preocuparia com o Draco, mas sim com uma grifinória que anda falando mal de você... Iniciou o moreno como quem não quer nada.


– Grifinória? Que história é essa Blaise? Imediatamente a garota transferiu o olhar, de Draco para Zabinni.


– É, uma grifinória. Ouvi por aí que ela anda dizendo pelos quatro cantos do castelo que você tem cara de buldog, é uma vadia que vive dando em cima de todo mundo, tem o cérebro do tamanho de uma semente de girassol e uma voz tão irritante que torna até a aula da Trelawney é suportável comparado a ouvir você.


A cada palavra que saía da boca de Blaise, o rosto de Pansy ficava mais vermelho, e o ódio ia tomando conta de seus pensamentos.


Já com a varinha em punho, e o rosto com a cor de um tomate maduro, a garota perguntou bufando:


– E quem é essa... Morta? Desejos assassinos (que se depender de Pansy logo se tornarão fatos) povoavam a mente da morena naquele momento.


Blaise olhou para Draco, deu um sorriso de canto de boca, em seguida voltou o olhar para Parkinson e então falou.


– Hermione Granger.


Pansy-Mal-de-Parkinson não pensou duas vezes antes de sair correndo do salão comunal da Sonserina em busca, ou melhor, caça da castanha.


– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Isso vai ser bom... Muito bom. Draco caiu na gargalhada e em seguida um sorriso maquiavélico pairou sobre seus lábios.


– Fala aí, mandei bem ou não? Perguntou Zabinni rindo-se.


– E como... Mas agora vamos para o dormitório, é melhor deixar a poção aqui com você, não quero correr o risco daquela velha rabugenta me pegar com isto no quarto dos monitores. Concluiu o loiro. Blaise concordou com um aceno de cabeça, e então se encaminharam para o dormitório masculino.


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Ao chegarem aos jardins de Hogwarts Harry e Hermione colocaram-se a caminhar por entre alunos e árvores, trazendo olhares curiosos dos primeiros.


– No que está pensando Harry? Vendo a feição pensativa e um tanto quanto preocupada do amigo, a castanha arriscou perguntar.


– Em nada importante... Respondeu desviando o assunto.


– Mas, e então aonde vamos? Perguntou Harry animado, a fim de deixar a pergunta anterior no esquecimento.


– Ahm... Não sei Harry... Respondeu com sinceridade.

– Que tal Hogsmead? Podemos ir à Dedos de Mel , a tempos não vamos lá.


– Hogsmead? Claro! Seria ótimo. Respondeu entusiasmada e sorridente a morena.


Logo que decidiram onde seria o passeio dos velhos amigos, puseram-se a caminhar para onde pegavam as carruagens. Porém, ainda no início da caminhada, um contratempo os deteve, e esse contratempo tinha nome: Pansy Parkinson.


Estupefaça! Hermione, antes de costas, ao lado de seu amigo em sua caminhada, agora havia sido jogada a uns três metros de distância de onde se encontrava, caindo brutalmente na grama.


A situação arrancou uma onda de “ooohh” dos alunos que estavam por perto e logo uma multidão se formou nas proximidades.


–HERMIONE! Harry gritou pela amiga e foi correndo até ela, a fim de ver se ela estava bem.


Chegando próximo à amiga, Harry se abaixou até ela. Verificando que a castanha estava bem, o garoto se levantou ajudando a amiga a se erguer junto.


Com certa dificuldade a morena levantou-se e caminhou receosamente até aquela que até o momento, por desconhecida razão havia a atacado.


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– Pronto. Acho que aqui está bem escondido. Afirmou Draco com veemência enquanto fechava o fundo falso de um alçapão embaixo da cama de Blaise.


Após colocarem a cama no lugar, Blaise exclamou: - Agora vamos, não quero perder o show que vai ser a Pansy acabando com aquela sangue-ruim!


Draco assentiu com um sorriso maldoso, que tomava conta de seus lábios. Logo aparataram para os jardins, supondo que por ser domingo, a maioria dos alunos estariam lá, inclusive a Granger e logo, a Pansy.


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Logo que chegaram, Draco e Blaise se acomodaram entre as pessoas mais próximas da confusão e assistiram ao espetáculo.


– Isso Grangerzinha, se arraste até a mim, e apresse seu encontro com a morte. Pansy cuspia as palavras de forma odiosa.


– Por que está fazendo isso Parkinson?! Harry interviu perguntando.


– Não se meta cicatriz! Respondeu ríspida a morena.


– O que eu te fiz Pansy? Perguntou Hermione quase que num murmúrio, de cabeça baixa.


– Você ainda pergunta? Eu sei muito bem o que você anda falando de mim por aí!

Outra onda de “ooohh” percorreu a multidão, com exceção de dois sonserinos sem escrúpulos que tentavam abafar os risos com as mãos.


– Não sei do que você está falando Pansy e não vou duelar com você... Hermione virou-se para ir embora, quando uma voz esganiçada a impediu.


– Não me dê as costas Granger! Você vai duelar comigo quer queira, quer não!


Expelliarmus! Pansy lançou o feitiço em Hermione.

–Protego! A castanha virou-se no exato instante, se protegendo com o feitiço.


– Eu vou repetir, não quero duelar com você Parkinson. Hermione agora a encarava com uma feição séria, com os cabelos sujos e desarrumados assim como sua roupa.


– Pois então te obrigarei a duelar! Agora havia mais ódio na voz da morena com a voz esganiçada. Não ter acertado a castanha aumentou sua raiva no mínimo umas quatro vezes.


Pansy mirou a varinha em direção à castanha, a ergueu a fim talvez de tomar impulso, e apontou novamente para o alvo lançando um feitiço sem pronúncia. Harry empurrou Hermione para o lado fazendo-a cair na grama, e consequentemente sendo atingido pelo feitiço em seu lugar.


–Harry! Hermione olhou com desespero para o amigo que fora jogado contra uma árvore, e agora estava junto às raízes da planta, desacordado provavelmente pelo feitiço ou pelo choque com a árvore.


A castanha levantou-se e se pôs a caminhar com ódio nos olhos em direção a sua inimiga. Uma raiva jamais vista na feição da morena agora predominava. Hermione não estava dando importância a esse surto de Pansy, tão pouco aos absurdos que disse até o momento.


Entretanto, Parkinson mesmo que sem intenção atingiu Harry, e isso foi o fim da calmaria para a dona das orbes castanhas.


Hermione agora estava a pouco mais de um metro de distância de Pansy. E firme de sua decisão e na voz, pronunciou o que Pansy de certa forma não esperava.


– Você quer duelar Parkinson? Então vamos duelar!


Ambas as garotas puseram-se em posição de duelo. Cruzaram olhares dos quais não se sabia dizer qual expressava mais fúria.


Quando Pansy entreabriu a boca para exclamar o primeiro feitiço, uma voz exasperada interrompeu.


– MAIS O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! McGonagall ficou chocada com a cena, e mais desesperada ainda ao ver Harry desacordado:


– Srº Potter! A mulher correu em direção ao garoto, abaixou-se colocando a mão sobre a boca em sinal de espanto. Logo se ergueu e se dirigiu ás “baderneiras”


– Estou aterrorizada com esta cena Srtªs! E tão decepcionada quanto espantada com as duas! Venham comigo, levarei as duas para a sala de Dumbledore.


– Me disseram que a Srª mandou me chamar Minerva. Pomfrey havia acabado de chegar aos jardins.


– Ah, sim Madame Pomfrey. Leve o Srº Potter para a enfermaria. Ele está desacordado, isso me preocupa. Disse McGonagall em tom de acolhimento.


Pomfrey assentiu e levou Harry para a enfermaria.


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– Sim, entendi. Obrigado por trazê-las Minerva. Disse Dumbledore assentindo com a cabeça após McGonagall explicar o motivo de ter levado as garotas até ele. A professora logo se encaminhou para a porta, se retirando.


– Pois bem, ao que me parece houve um engano aqui, um grande engano. De sua parte Strª Parkinson. O velho professor iniciou dizendo a última parte com os olhos na direção da louca estabanada que iniciou toda a confusão.


– Mas... Pansy tentou argumentar, mas foi interrompida por Alvo.


– Entretanto, apesar de não passar de um engano toda essa confusão, não poderei deixar de puni-la Srtª Parkinson. Afinal, o Srº Potter ficou ferido por causa da sua falta de sabedoria.


– Me punir?! Mais por quê? Foi ela que andou me difamando por Hogwarts inteira! Esbaforiu Pansy revoltada com a decisão, apontando para Hermione ao se referir a ela.


– Como eu disse anteriormente Srtª, o que ocorreu foi um grande engano, pois a Srtª Granger nada disse sobre você.


Pansy fechou a cara e rolou os olhos, se o velho disse que a Granger não a difamou, infelizmente, ou felizmente, era verdade. Logo, a doida da vez com a ajuda dos seus solitários neurônios percebeu que Blaise havia mentido para ela, e isso a garota não deixaria barato.


– Por hora vocês podem ir, amanhã será informada de sua punição e conversaremos mais Srtª Parkinson. Concluiu Dumbledore apontando a porta para as garotas.


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– Madame Pomfrey! Onde está o Harry?! Gina adentrou a enfermaria esbaforida.


– Acalme-se Srtª Wesley. O Srº Potter está aqui. Disse a senhora bondosa indicando a cama para onde estava levando um remédio.


Gina junto de Rony e Luna que a acompanhavam, seguiu para a cama indicada.


– Harry! Exclamou Gina, mais como um murmúrio desesperado do que como uma exclamação ao chegar ao lado do namorado. Tocou-lhe o rosto suavemente, na esperança de que o toque o fizesse despertar.


– Ele está bem Madame Pomfrey? Perguntou Rony preocupado com o amigo.


– Não. Foi atingido por um feitiço sem pronúncia, deveras forte, levará um tempo para se recuperar. Respondeu séria a experiente enfermeira.


– Bom, para quem sobreviveu a um Avada Kedavra, qualquer outro feitiço é insignificante. Disse Luna sorridente, o que deixou Rony e Gina relativamente tranqüilos. A enfermeira sorriu.


– Pois bem, tratarei do Srº Potter com o maior cuidado, fiquem tranqüilos. Agora peço que vão. Podem voltar aqui amanhã no horário de visitas.


Os alunos assentiram e saíram da enfermaria. Gina antes se despediu de Harry encostando seus lábios nos dele em um movimento leve e rápido, mesmo sabendo que o garoto não estava consciente.


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– Cara, se a Pansy se convencer de que a sangue-ruim não falou mal dela... Agente tá ferrado. Disse Blaise a Draco, enquanto se jogava no sofá do salão comunal.


– Relaxa Blaise, ela não irá se convencer tão fácil. Aliás, nem terá tempo para pensar nisso, já que colocaremos a fase decisiva do nosso plano em prática amanhã. Respondeu o loiro com um sorriso no rosto.


Blaise acompanhou Draco com um sorriso igualmente maquiavélico.


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Hermione andou, ou melhor, correu pelo castelo em direção a enfermaria. Sabia que Harry estaria lá e queria se certificar de que ele estava bem, de que aquela louca desvairada não o feriu gravemente.


Já no corredor que dá acesso a enfermaria, a castanha foi avistada pela última pessoa que queria ver no momento.


– Mione! O moreno a chamou enquanto se aproximava.


– Chris. Disse quase que num murmúrio corando.


– Queria falar com você Mi. O garoto falou seriamente.


– Agora não dá Chris, tenho que ir à enfermaria... Ver o Harry. Respondeu de imediato para encurtar a conversa.


– Ah, sim, fiquei sabendo que ele se feriu hoje, em um duelo entre você e a Pansy. Disse de forma despreocupada.


– Pois é. Depois agente se fala ta? Hermione disse rápido e saiu andando até sumir ao entrar na enfermaria.


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Hermione entrou pela enfermaria correndo.


– Srtª Granger! A Srtª não pode ficar aqui, o horário de visitas já acabou. Madame Pomfrey bronqueou com a castanha.


– Por favor, Madame Pomfrey, me deixe ver o Harry. Pediu Hermione.


– Não posso permitir Srtª, regras são regras.


– Mas Madame Pomfrey, ele está aqui por minha causa, ele foi me defender e acabou levando o feitiço em meu lugar. Preciso vê-lo... Tocar nele... Saber se ele está inteiro, se ele vai ficar bem. Hermione implorou tentando fazer a voz não falhar.


A enfermeira soltou um suspiro de derrota. – Tudo bem Srtª, mas seja breve! Vou ali pegar alguns remédios e quando voltar espero que não esteja mais aqui.


Hermione assentiu com a cabeça e seguiu para a cama onde estava Harry.


–Ah Harry... Quantas vezes mais você vai arriscar a vida por mim hein? A castanha falava com o garoto enquanto acariciava alguns fios de seu cabelo próximos à testa.


– Espero que fique bem logo... Preciso de você... Agora mais do que nunca... Hermione inclinou-se sobre Harry e lhe deu um beijo na testa. Em seguida saiu da enfermaria pedindo em pensamento que seu amigo acordasse logo e ficasse bem.


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Hermione passou o resto dessa tarde conturbada de domingo na biblioteca, lendo para se distrair e tentar esquecer os maus acontecimentos do dia. E também estava evitando encontrar Christian. Não saberia o que dizer ao amigo depois do que aconteceu.


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A noite chegou a Hogwarts e junto com ela o cansaço da castanha, mas não podia ir dormir antes de falar com Gina, que provavelmente a interrogaria sobre seu sumiço.

A morena dirigiu-se para o salão comunal rapidamente e com o maior cuidado para não ser vista por ninguém, ou melhor, por Chris.


Hermione disse a senha para o quadro da mulher gorda e em seguida entrou no salão. Assim que adentrou o local, Gina correu em sua direção lhe recebendo com um abraço apertado e um turbilhão de perguntas.


– Mione! Onde você estava? O que Minerva falou com você e com a Parkinson? E afinal porque a Parkinson atacou você daquele jeito? E... Gina foi interrompida por Hermione, que para calar a amiga colocou a mão sobre sua boca.


– Gina, se acalma. Minerva levou a mim e a Parkinson para o Dumbledore, aquela louca me atacou por que achou que eu tinha falado mal dela por algum motivo, e eu passei na enfermaria para ver como Harry estava e fui para a biblioteca, fiquei lá o dia todo. Respondeu a castanha, tomando fôlego e retirando a mão da boca da amiga no fim.


– Aquela sonserina é doida mesmo... Disse Rony, que acabara de se jogar no sofá.


– Bom, não sei vocês, mas, eu estou exausta.Só passei aqui porque sabia que você ia ter mil perguntas. Vou tomar um banho e me deitar. Boa noite. Disse Hermione mudando de assunto e virando-se para o buraco na parede.


– Boa noite. Os irmãos responderam em uníssono.


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Hermione por motivos desconhecidos até então, acordou feliz e saltitante como nunca. Extremamente disposta, levantou-se rapidamente e logo correu para o banheiro para tomar um banho bem gelado, sim gelado. Terminou seu delicioso banho e encaminhou-se para o dormitório, se vestiu calmamente e penteou os cabelos sem pressa alguma.


Como ainda estava muito cedo, a castanha resolveu dar uma volta pelo entorno de Hogwarts.


O dia iniciava frio, e uma brisa gélida podia ser sentida por Hermione enquanto caminhava próximo ao campo de quadribol. Caminhou por ali pensando nas tantas partidas desse jogo tão sem sentido ela assistiu só por causa de Harry. Inevitavelmente a cena de alguns dias atrás, de Harry beijando Gina no treino da Grifinória veio à mente da castanha.


Querendo livrar-se desse pensamente perturbador, a garota dos cabelos rebeldes saiu daquela área e seguiu para o lago da lula gigante. Próximo ao lago a brisa era ainda mais congelante, mas a castanha achava que valia mais a pena ventos frios do que pensamentos inoportunos.


–Acordada tão cedo Mi? Perguntou um moreno atrás da garota. A voz grave do garoto a fez assustar-se, virando bruscamente para trás.


– Sinal de que está melhor não é? O garoto sorriu ao ver a expressão assustada da amiga.


– Oi Chris... Você... Me assustou. Sorriu-se e corou ao mesmo tempo.


– Da última vez que nos falamos você estava com o semblante tão triste... Está melhor agora? Para ter acordado a essa hora deve estar. Soltou um riso divertido.


Hermione correspondeu ao riso, mas a timidez ainda predominava em sua face.


– Estou melhor sim... Obrigada por perguntar. As bochechas avermelhadas deixavam aos poucos sua cor.


– E seu amigo Harry como está? Ontem você estava indo vê-lo não? Inquiriu o garoto tentando deixar Hermione menos tímida.


– Bem ele não está, mas irá ficar. Madame Pomfrey disse que ainda vai demorar um tempo para Harry se recuperar, mas ele ficará melhor.


–Bom Hermione eu... Preciso falar com você. Agora era Chris quem corava.


“Ótimo, agora ele vai querer falar sobre o beijo... Eu sabia. Sabia! Era justamente disso que eu tinha medo... Droga! E agora? O que eu vou dizer?” A morena pensou.


– Mas não aqui, nem agora. Encontre-me na hora do almoço na ponte de madeira. Proferiu o moreno despedindo-se da castanha com um beijo estalado no rosto.


A castanha respirou aliviada, pelo menos por hora não teria que se preocupar com Chris. Isso dava a ela mais tempo para pensar no que dizer.


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– Até que enfim apareceu Mione. Estávamos preocupados com você! Exclamou Rony ao ver a castanha aproximando-se.


– Onde você estava Mi? Perguntou Gina após a amiga se sentar.


– Acordei mais cedo, fui dar uma volta e acabei perdendo a noção do tempo. Respondeu soltando um sorriso amarelo.


– Olá amigos. Disse Luna aproximando-se com seu olhar aéreo.


– Oi Luna. Responderam em uníssono.


– Bom dia amor. Luna cumprimentou Rony dando-lhe um selinho e logo se sentou à mesa.


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– E aí Blaise? Todos já saíram? Perguntou Draco enquanto adentrava o salão comunal da sonserina.


– Sim. Vamos botar a última fase do plano em prática. Confirmou o moreno, fazendo brotar na face do loiro um sorriso maquiavélico.


Subiram as escadas para o dormitório masculino. No dormitório, fizeram o mesmo processo de ante, pegaram a poção colocaram em um frasco, usaram o feitiço limpar no caldeirão, e guardaram em qualquer lugar e saíram do salão comunal.


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O café da manhã havia acabado, e Pansy, assim como os outros alunos saiu do salão principal em direção as masmorras (poções seria a primeira aula).


A fila de alunos, tanto sonserinos quanto grifinórios iniciou a descida pelas escadas, Pansy era uma das últimas da fila e caminhava com completo desânimo e irritação.


– Pansy! Pansy! Draco descia as escadas empurrando alguns alunos.


– Draquiinhoo! Onde você esteve amor? Pansy agarrou-se ao pescoço do garoto, parando de descer a escada.


– Eu fui pegar um presente para você. O loiro sorriu para a morena.


– Um presente? Aaainn Draquiiinhoo você é um fofo! A garota apertou o loiro ainda mais e deu-lhe um beijo na bochecha. Draco revirou os olhos, entediado, movimento que passou despercebido pela morena.


– E cadê o presente? Perguntou empolgada.


Draco estendeu a mão direita, em que havia uma caixinha de presente rosa com um laço sobre ela. Pansy rapidamente pegou a caixinha, tirou o laço e abriu a tampa em rápidos movimentos.


– Aaiinn que bonitinho Draquinhoo! Um bolinho em forma de coração! Pansy novamente pulou no pescoço do loiro apertando-o mais fortemente.


– Vamos, coma. Comprei especialmente pra você. Qualquer um teria percebido a vingança no olhar de Draco, menos a morena doida, que estava encantada de mais com o presente.


Pansy não hesitou em dar uma bela mordida no bolinho.


– Uhmmm. É uma delícia. Pansy não resistiu a outra mordida, e logo todo o bolinho havia desaparecido.


– Gostou? Perguntou Draco exibindo falsa esperança.


– Adorei. Pansy deu mais um beijo no rosto de Draco e juntos encaminharam-se para a sala.



– Sejam rápidos. Não tenho tempo a perder. Já sabem suas duplas, então se sentem logo. Severo como sempre, adentrou a sala repleto de felicidade e purpurina.


– Abram seus livros na página quinhentos e oitenta e... O que está havendo com a Srtª Parkinson aí atrás? Snape percebeu que a garota estava em pé, quase caindo, mas em pé. Pansy estava cambaleando.


–Acho que ela não está bem professor! Alarmou um dos alunos da sonserina.



Bastou o aluno fechar a boca para que Pansy aparentemente desmaiasse. Draco correu em sua direção e conseguiu segurá-la



– Deixe-me levá-la para a enfermaria professor. Pediu o loiro em tom heróico, fazendo sonserinas e algumas grifinórias suspirarem.


Blaise lançou um olhar cúmplice para Draco enquanto abafava risos, e o loiro lhe correspondeu.


– Que seja. Leve-a logo, não quero mais interrupções em minha aula. Respondeu Snape ríspido.


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Draco entrou pela enfermaria com Pansy nos braços e pôs a garota na primeira cama que encontrou.


– O que houve com ela Srº Malfoy? Perguntou Pomfrey apressando o passo em direção à garota.


– Estávamos na aula de poções, talvez tenha confundido suco de abóbora com alguma poção. Disse de maneira inocente.


A enfermeira examinou a garota dos pés a cabeça. Draco esperou pacientemente e torceu para que ela não descobrisse que poção fora ingerida por Pansy.


– E então, o que ela tem? Perguntou ansioso.


– Aparentemente ela bebeu uma poção do sono. Não acordará tão cedo, mas irá ficar bem. Disse a mulher mirando o loiro do outro lado da cama da garota.


– E essas manchas vermelhas? Perguntou o loiro fingindo surpresa.


– Oh! Merlin! Não havia notado! A enfermeira alarmou-se – Aah sim... Não é nada, talvez uma reação alérgica à poção.


– Assim como essas espinhas enormes e o cabelo gigantesco e espetado? Perguntou o loiro percebendo os outros efeitos da poção se manifestando.


– Tenho que ir buscar um composto alergênico imediatamente. E o Srº deve sair Srº Malfoy. Outra hora pode voltar para visitar sua amiga. Disse a enfermeira empurrando Draco para fora da enfermaria.


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O restante das aulas da parte da manhã transcorreram normais e tranqüilas como em um mosteiro. Vez ou outra Draco e Blaise trocavam olhares cúmplices seguidos de risos abafados. Hermione, como estava sentada ao lado de Draco não pôde deixar de notar a manifestação suspeita entre os garotos. Logo deduziu que eles tinham algo a ver com o ocorrido com a destrambelhada cara de bulldog.


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– Sinceramente, essa idéia de juntar as casas rivais foi terrível, aqueles sonserinos são insuportáveis! Reclamou Rony jogando-se no banco da mesa da grifinória.


– Vocês vão visitar o Harry hoje? Perguntou Luna, sentando-se ao lado de Ron.


– Creio que sim Luna. Respondeu Gina, sentada do outro lado da mesa ao lado de Hermione.


– Gente, depois vocês me digam a que horas irão visitar o Harry tá? Disse a castanha levantando-se da mesa depois de pegar um bolinho.


– Não vai almoçar Mi? Perguntou Ronald.


Hermione lançou um olhar para a mesa da sonserina e voltou a mirar Rony: - Não, depois eu como algo, tenho que ir a um lugar.


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– Que bom que veio Mi. Chris, que estava escorado na proteção de madeira da ponte virou-se e sorriu para a castanha, e ela retribuiu sorrindo também.


A castanha se aproximou do garoto e escorou-se na proteção ao seu lado.


– Mi... Sobre aquele beijo... Erm... Iniciou Chris.


“Eu sabia! OH MERLIN! E agora? O que vou dizer?” A castanha se desesperou.


–Bom, queria dizer que não foi um ato inconseqüente meu... É difícil para mim, estar aqui falando tudo isso pra você, mas... Eu gosto muito de você Mi... Desde que eu entrei aqui em Hogwarts você tem sido minha amiga, sempre me dando apoio...


Agora ambos não mais estavam escorados na ponte, agora se encaravam, os azuis esverdeados miravam os castanhos.


Christian segurou a mão da castanha e acariciou-a, preparando-se para dizer o que tinha que dizer. O garoto ajoelhou-se de frente para a castanha e finalmente pronunciou as palavras que tanto martelaram em sua cabeça nos últimos tempos.


– Hermione Granger, você aceita namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

Eu NÃO sou má okay? (a)hehehe. E aí o que acharam? Mandem reviews viu? Pleease. Mesmo que seja para criticar, criticas são boas, nos fazem melhorar
Kissus ;**