Só o amor libertará - Dramione escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 9
Capítulo nove




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/604761/chapter/9

Os dois seguiram até a escada e quando chegaram lá, Draco ficou rígido na hora.

Lucius estava perto da porta parado. Assim que vê Draco na escada faz cara de surpresa. Ele não esperava mesmo por isso. Achou que ia se livrar de um peso extra e agora... Seu plano foi por água abaixo. O homem faz cara de raiva.

— Que foi? Pensou que eu estaria morto nesse momento?

— Não sei do que está falando.

— Ah sabe sim! Seus capangas não vão achar a tal “fera” porque ela se foi.

— Estou vendo.

— Cínico!

Hermione aperta a mão de Draco ao ver o olhar de Lucius.

— Como conseguiu?

— Não é da sua conta!

— Acha que está falando com seus colegas?

— Não interessa quem você pensa que é. Eu falo como eu quiser – olha a menina ao seu lado. Ela sorri levemente.

— Creio que também faça o quer de sua vida, logo não precisa de mim.

— Nunca precisei.

— Então vá embora e não volte mais.

— Nunca ia querer voltar.

— Ótimo!

Draco desce as escadas segurando a mão de Hermione. Quando os dois passam perto de Lucius ele ri.

— Qual a graça?

— Sabia que chegaria ao fundo do poço, mas ficar com uma empregada foi além dos meus pensamentos – diz debochado.

— Ela não é empregada e sabe... – se aproxima o encarando bem perto. – Até um monte de merda é melhor que você – vira as costas e vai embora levando Hermione.

Os dois vão caminhando pela estrada em silêncio absoluto. Hermione ainda tentava processar tudo que aconteceu nesse dia.  

— Você está muito quieta...

— Estou tentando entender o que aconteceu...

Draco para e fica de frente pra ela.

— Pra eu ter voltado ao normal?

— Sim.

— A pessoa que me amaldiçoou disse que só uma coisa me libertaria.

— O que?

— O amor.

Hermione fica em silêncio o olhando. Amor? Oh! Ela o ama? Céus! É maior do que pensava então!

— A-amor?

Draco acena.

— Por quê? Você tem dúvidas? – se aproxima.

A menina engole em seco.

— Não achei que fosse tão forte assim...

— Mas então sente algo por mim?

— Sim.

O loiro sorri e acaricia o rosto dela. Hermione fecha os olhos, apesar não ter mais pelos e nem garras, a suavidade em fazer carinho era igual a antes. Draco se aproxima ficando com os lábios bem perto dos dela.

— Pois eu não tenho dúvida nenhuma... – sussurra.

Antes que Hermione possa reagir ele a enlaça pela cintura e a beija. Dessa vez um beijo de verdade, não só um selinho.

A menina segura os braços dele com o susto, mas logo leva os braços em direção ao pescoço dele.

Trocaram um beijo lento e calmo. Puta merda! Além de tudo ela beija tão bem! Não queria parar, mas claro que os pulmões dele tinham que discordar disso.

O loiro se afasta quando falta o ar.

Hermione acaricia o rosto dele e sorri. O loiro beija a testa dela.

— O que vamos fazer agora?

— Vamos procurar a estrada e pedir carona.

— E depois?

— Vou te levar pra casa.

— E você?

— Eu vejo depois... – pega a mão dela e começa a andar em frente.

— Mas você não tem para onde ir.

— Eu disse que vou pensar nisso depois. Quero que você esteja segura primeiro.

Hermione fica em silêncio. Nunca pensou ouvir tal coisa sair da boca de Draco.  

O loiro a puxa para o canto quando percebe que vinha um carro. Ele iria pedir carona, mas o carro parou ao lado deles.

— Entrem logo – era Isaque e parecia estar ali escondido.

Os dois entram no carro no banco de trás. Isaque sai dali com pressa.

— Tenho a impressão de que meu pai não sabe que está aqui.

— E não sabe. Eu quero ajudar vocês, mas se ele descobrir pode dizer que roubei o carro.

— Melhor não se arriscar então, Isaque – diz Hermione.

— Não tem problema. Ele está tão furioso que não conseguiu o que queria que nem deve sentir minha falta.

— Espero que não – olha para o lado e vê que Draco a olhava. Sorri sem graça.

— O que você vai fazer quando encontrar o Weasley?

— Acho que a gente vai precisar conversar.

— Sobre o que?

— Toda essa situação.

— Essa situação inclui a gente?

Hermione franze a testa.

— Acha que isso é uma situação?

— Não, mas não sei o que você acha.

— Penso que tenho que digerir muita coisa ainda...

— Entendo – diz olhando pelo vidro.

— Que foi? – pergunta puxando o rosto dele para olhá-la.

— Você ainda tem dúvidas quanto a ele...

— O que? Como pode achar isso? Se fosse assim você estaria de outro jeito, não acha?

Draco fica pensativo. Hermione vira o rosto e respira fundo.

— Desculpa. Tem razão. É só que... – para de falar de repente.

— O que?

— Não quero te perder...

A menina fica em silêncio o olhando surpresa. Draco não desviava os olhos dela. Em pouco tempo se aproximou e o beijou intensamente. Isaque olha através do espelho retrovisor e sorri um pouco. Sabia que ela era a pessoa certa para domar aquela fera!  

Depois de um tempo de viagem Hermione dormiu com a cabeça apoiada no ombro de Draco. Os dois tinham os dedos entrelaçados.

— Isaque...

— Oi.

— Você mora sozinho?

— Sim.

— Será que eu poderia ficar na sua casa uns dias?

Isaque faz cara de surpresa.

— Seu pai te mandou embora?

— Eu quis ir.

— Pode ficar comigo o tempo que precisar, senhor Malfoy.

— Me chame de Draco.

— Tudo bem.

Isaque parou o carro em um hotel para eles descansarem da viagem.

Dessa vez tinham dois quartos, só que um deles era com cama de casal.

— Boa noite pra vocês – Isaque diz sorrindo ao lembrar o que ela fez com ele.

— Boa noite – Draco responde desconfiado.

Ele e Hermione seguiram até o quarto deles.

— Aconteceu algo que eu não sei entre você e o Isaque?

— No dia que ele me levou, não tinha mais quartos e a gente ficou no mesmo.

Draco a olha de boca aberta.

— Mas eu disse que ele dormiria no chão.

— E dormiu?

— Não tive coragem...

— Dormiu com ele? – fala alto.

— Coloquei um edredom no meio da cama. E vou fazer de novo.

Draco fica em silêncio.

— Por quê?

— Pra você não tentar nada comigo e se tentar te jogo no chão!

O loiro ri.

— Não vou fazer nada que você não queira.

— Ótimo! E o que eu quero é o edredom no meio da cama – fala colocando ele no lugar.

Draco fica parado a observando com um sorriso no rosto.

— Por acaso tem medo de mim?

Hermione para o que estava fazendo e vira de frente pra ele.

— Não.

— Então por que não confia que não vou fazer nada?

— Porque homens sempre dizem que não vão fazer e fazem!

O loiro fica em silêncio a olhando nos olhos.  

— Alguém já fez alguma coisa com você?

Hermione desvia o olhar.

— Quem?

— Não me fizeram nada – continua arrumando o edredom.

Draco segura o pulso dela e faz virar de frente para ele de novo.

— Já disse, você é uma péssima mentirosa.

— Tive uns namorados abusados.

— O Weasley está incluído nisso?

— Um pouco.

— Por quê? O que isso quer dizer?

— Quer dizer: vou tomar banho e já volto – passa por ele e entra no banheiro.

Draco suspira frustrado.

O loiro tira o edredom da cama e deita em um dos lados.

Quando Hermione volta ao quarto, cruza os braços.

— Por que você tirou?

— Porque eu não sou seus ex-namorados.

— Mas é homem!

— Acha que um simples edredom pode te proteger se eu for te fazer algo?

Hermione desvia o olhar.

— Vem cá...

Ela se aproxima e senta na cama. Draco a puxa pra mais perto.

— Eu nunca vou fazer nada que você não queira.

— Tá bom – diz de cabeça baixa.

— Por que está assim?

— Porque eu sou virgem droga! Por isso sou paranoica!

Os dois ficam em silêncio. Draco a olhava surpreso e ela olhava as mãos. O loiro puxa o rosto dela a fazendo com que o olhe.

— Nem se você não fosse eu faria algo...

— Você nunca usou as garotas dessa forma?

Draco engole em seco.

— Algumas... Mas isso foi antes de te conhecer. Você me mudou tanto... – se aproxima lentamente.

Hermione suspira e coloca uma das mãos no rosto dele. Logo estavam com os lábios colados.

— Você confia em mim? – pergunta quando se separam.

— Sim.

— Então deita e dorme.

Hermione acena. Os dois deitam na cama um de frente para o outro. Draco fazia carinho no cabelo dela.

Definitivamente ela não vai parar de surpreende-lo. Virgem? Ela é pura demais até...

Com o carinho Hermione dormiu rápido, mas Draco não. Ele ficou um bom tempo a admirando.

Começou a lembrar do primeiro dia que a viu. A primeira vista gostou dela, mas como era um idiota mimado, teve que estragar tudo. Suspirou ao lembrar de tudo que fez. Mesmo assim ela estava ali e o libertou da maldição!

Ficou uma boa parte da noite observando ela dormir. No dia seguinte abriu os olhos e percebeu que ela o olhava.

— Bom dia.

— Bom dia – se aproxima e dá um selinho nela.

Hermione sorri.

— Dormiu bem?

— Sim. Consegui dormir. E você?

— Também. Estranhamente foi o melhor sono da minha vida.

— Que bom.

— Deve ser sua companhia...

— Fala sério! – senta na cama.

Draco segura o braço dela.

— Estou falando.

Hermione fica em silêncio. Ele parecia falar sério mesmo.

— Tudo bem...

Trocaram de roupa e depois de comer alguma coisa seguiram viagem. Horas depois estavam na casa de Sirius.

— Você quer entrar?

— Você não mora sozinha, não é?

— Moro com o Sirius.

— Seu padrinho.

Hermione franze a testa.

— Como sabe disso?

— Melhor deixar pra lá.

— Tá... – responde confusa. – Vai ou não?

— Melhor não.

— Mas onde você vai ficar? Posso pedir ao Sirius pra você ficar aqui.

Draco fica surpreso.

— Acho que não é uma boa ideia. Isaque deixou eu ficar na casa dele por enquanto.

— Hum. É verdade, Isaque?

— Sim.

— Então tudo bem. A gente se vê amanhã?

— Óbvio!

Hermione sorri. Os dois trocam um beijo e a menina segue para casa.

— Não vou ficar muito tempo em sua casa.

— Já disse que pode ficar o tempo que precisar.

— Obrigado, Isaque.

O moreno acena com a cabeça, nem conseguiu responder. Draco nunca lhe agradeceu, não verdadeiramente.

Hermione entrou no apartamento e deu de cara com Sirius e Harry. Os dois ficaram parados a olhando de boca aberta.

— Não vão falar comigo? – assim que pergunta isso, Sirius levanta da cadeira e a abraça apertado.

— Você voltou! E está inteira!

— Não exagera!

Harry se aproxima e abraça quando Sirius a solta.

— Bem, vendo pra onde você foi e pra quem foi trabalhar eu esperava qualquer coisa...

— Ele te liberou?

— Acho que sim.

— Acha?

— Não disse nada que não podia ir embora.

— Você decidiu vir por si mesma?

— Bem, eu fiquei lá por muitos meses e acho que trabalhei bastante.

— Eu também acho – diz Sirius. – Estou feliz que tenha voltado.

— Eu também.

— Rony e Gina vão pirar! – diz Harry.

Hermione fica séria quando ele fala de Rony.

— Algum problema?

— Rony não te disse nada?

— De que?

— Cachorro... – resmunga.

— Do que está falando?

— Deixa pra lá... Estou com fome. O que temos ai?

— Pizza.

— Eba!

Os dois riem quando ela corre até a mesa.

*********

Draco chegou ao apartamento de Isaque e observou bem o lugar. Era pequeno e muito arrumado pra quem é homem e mora sozinho.

— Bem, como você pode ver não tem muito luxo.

— Eu não ligo.

Isaque ergue uma sobrancelha. Hermione foi um remédio e tanto...

— Tudo bem, mas eu não tenho outro quarto. Se você não se importar, pode dormir no sofá.

Draco olha o sofá e calcula se caberia nele.

— Está ótimo, Isaque.

— Vou pegar cobertor e travesseiro – entra em uma das portas.

Draco vai até a janela e olha para fora. Precisava fazer alguma coisa para não ficar muito tempo nesse lugar.

Draco arrumou mais ou menos o sofá e deitou. Ficou a maior parte da noite pensando no que poderia fazer para não ficar muito tempo na casa de Isaque e também ficou pensando em Hermione.

Como as coisas são engraçadas... Quem diria que ela o libertaria, que ela o amaria. Nunca pensou que alguém poderia amar ele. Ainda mais que sempre fez burrice com as meninas, as usando como bem entendia e jogando fora quando “enjoava”. Ele era um completo babaca!

Mas no final foi bom, pois conheceu Hermione e não fez a mesma coisa com ela. E agora poderia finalmente ser feliz.

No dia seguinte levantou cedo e saiu de casa. Quando Isaque acordou estranhou ele não estar ali, mas como tinha que trabalhar não poderia ficar atrás dele.

Draco saiu bem cedo e foi procurar algo para trabalhar. Nunca fez isso na vida, mas ia dar o jeito dele... Não poderia ficar sem dinheiro e na casa dos outros. Então teria que se sustentar sozinho. Hermione estava certa, ele não precisa do pai pra isso.

Ficou uma boa parte do dia procurando em que lugar poderia trabalhar e o que poderia fazer. Passou em frente a uma loja e viu um papel falando que precisavam de vendedores. Entrou no local. Era uma loja pequena e cheia de pequenos enfeites. Como uma loja de lembranças.

— Bom dia! – uma gentil senhora se aproxima dele. Era baixinha e tinha o cabelo curto e cor de fogo.

— Bom dia.

— Posso ajudar?

— Eu vi que vocês estão precisando de um vendedor...

— Oh! Sim estamos – diz sorrindo. – Você tem experiência?

— Não.

A mulher fica pensativa o olhando.

— Já trabalhou alguma vez?

— Não...

— Não tem problema! Eu te ensino tudo que precisar – se aproxima e segura pelo braço.

— E isso quer dizer...?

A mulher o carregava pela loja.

— Que a vaga é sua.

— Obrigado.

— Não tem de que. É muito fácil trabalhar aqui. Vou te explicar tudo – diz sorrindo. – Qual seu nome mesmo?

— Draco.

— O meu é Molly.

*********

Hermione abriu os olhos e estranhou não estar na mansão. Ignorou essa sensação e levantou da cama. Sirius e Harry estavam sentados à mesa tomando café da manhã.

— Até que enfim! Pensei que não ia levantar hoje.

— Eu não dormi muito, Harry.

— Você costumava acordar mais cedo antes de ir trabalhar por lá.

Hermione vira os olhos.

— Deixa ela, Harry.

A menina senta à mesa com eles.

— E então... Está namorando a Gina?

Harry engasga com o café.

— Por que acha isso?

— Ué vocês não estavam “ficando” antes de eu ir?

— Sim.

— Então...

— Estamos.

Hermione sorri.

— Estou com saudade dela.

— Ela também está. Vai vir aqui mais tarde.

— Você disse que estou aqui?

— Não. Vai ser surpresa.

Os dois saíram para trabalhar e ela ficou sozinha. Seus pensamentos foram direto para o loiro. Que coisa esquisita esse negócio... Nunca ficou pensando tanto em alguém como agora. Mordeu o lábio ao lembrar o lado bom do dia anterior. Draco nunca mostrou ser uma pessoa legal, mas esse tempo que passou com ele, ela percebeu o quão doce ele pode ser. E adorava o lado bom dele.

Queria o encontrar, mas se quer tinha o telefone dele. Franziu a testa. Será que ele não vai aparecer mais? Usou ela para se livrar da maldição e vai sumir? Ele seria capaz? Como ela vai saber?

Roeu as unhas quando começou a escurecer e nada de Draco dar sinal de vida.

Ouviu um barulho e foi até a sala. Sorriu largamente quando viu quem estava ali. Em pouco tempo recebeu o abraço mais apertado de todos.

— Está me sufocando...

— Que saudade amiga! Por que não disse que ela estava aqui? – pergunta a Harry.

— Queria fazer surpresa.

Ficaram conversando durante horas. Gina queria saber de tudo que aconteceu com ela nesse tempo que ficou fora. Hermione contou tudo que fez e inventou algumas coisas, claro que não contou nada sobre a fera e ainda não era a hora de falar de Draco.

— Rony está lá embaixo.

Hermione fica em silêncio.

— Você chamou ele?

— Sim. Não era para chamar?

A menina suspira.

— Vou lá falar com ele.

— Aconteceu alguma coisa?

— Te conto depois.

— Ok...

Hermione sai do apartamento e desce até a portaria. Assim que sai do prédio vê ele parado perto das escadas. Ele sorri ao vê-la, mas ela não mostra reação alguma. Em pouco tempo para na frente dele.

— Oi.

— Oi.

— Não sabia que ia voltar agora.

— Nem eu.

— Está tudo bem?

— Melhor impossível.

— Está chateada comigo?

Hermione suspira e o encara.

Draco tinha saído de seu novo trabalho e ia direto até a casa de Hermione. Estava louco para encontrá-la de novo. Quando chegou viu os dois parados um de frente para o outro e ficou em um lugar que eles não o veriam.

— Você foi o mais idiota do mundo com o que fez.

— Desculpa, Hermione eu só estava confuso pela distância e aquele negócio de cartas era demais pra minha cabeça – tenta se aproximar, mas ela dá um passo para trás mostrando que não queria aproximação.

— Só que você esqueceu que eu fui pra lá sozinha, não conhecia ninguém e só tinha você.

O ruivo fecha os olhos e respira fundo.

— Sinto muito.

— Não, não sente. Você só gostava de mim quando estava perto e podia te oferecer alguma coisa. Só que não é assim que funciona um relacionamento, Ronald, é nas dificuldades também. Mas isso foi bom pra eu ver o que você queria de verdade porque na primeira dificuldade você me deixou na mão.... Isso é triste, mas real. Mesmo que a gente não estivesse namorando, Rony, eu nunca te deixaria de lado por uma confusão.

— Você está certa. Eu fui um idiota imaturo.

Hermione acena com a cabeça

— Mas eu me arrependi. Queria te mostrar que gosto muito de você e que queria que voltássemos a namorar.

— Mas eu não quero mais.

O ruivo fica em silêncio.

— Por quê?

— Isso tudo também serviu pra eu perceber que não gostava tanto de você. Não profundamente.

— Por quê? Você achou outra pessoa que goste dessa forma?

— Sim.

Rony desvia o olhar e trinca os dentes.

— Quem?

— Não importa. Não estamos aqui para falar de mim ou da minha vida.

— Está certo. Eu entendo.

— Espero...

— Tenho que ir. Fala pra Gina que mamãe quer ela em casa antes das 23 horas.

— Ok.

O ruivo vira as costas e vai embora. Hermione fecha os olhos e respira fundo. Quando ela abre de novo dá de cara com Draco.

— Você voltou! – sorri e o abraça.

— Achou que não voltaria?

— Achei...

— Por quê?

— Eu não sei... Fiquei com medo.

— Nunca vou te deixar – fala a apertando em um abraço de urso. – Vi que conversava com o Weasley... – diz quando se afastam um pouco.

— É... Gina falou com ele que voltei.

— E como foi a conversa?

— Pra mim foi ótima. Disse tudo que queria.

— E quando você não faz isso? – pergunta sarcástico.

Hermione dá um tapa no ombro dele.

— O importante é que está tudo certo agora.

— E o que isso quer dizer?

— Falei tudo que queria. Terminamos “oficialmente” e... Você está aqui – fala sorrindo.

— Desculpa a demora. Eu estava trabalhando.

A menina fica em silêncio o olhando surpresa.

— Trabalhando? Onde?

— Em uma lojinha aqui perto.

— Você está tão diferente...

— Espero que isso seja bom.

— E é – se aproxima lentamente e coloca os braços em volta do pescoço dele.

Draco sorri e a enlaça pela cintura. Seus lábios se encontram como se tivessem ímã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Só o amor libertará - Dramione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.