Só o amor libertará - Dramione escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 10
Capítulo dez




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Meses se passaram depois que Hermione conversou com Rony. Ele não apareceu mais e não ligou também. Tinha ganhado uma boa bronca de Gina por ter sido um idiota com a menina. Quando Hermione contou a ruiva que estava com o Draco, ela ficou louca e começou a falar mal dele e ditar cada defeito e coisas ruins que ele já fez na vida.

Mas Hermione disse que ele mudou e as duas entraram em uma discussão que durou horas.

As duas estavam indo a loja da mãe de Gina. A ruiva queria ver se tinha algo para dar a Harry no seu aniversário de namoro.

Quando chegaram na loja Gina ficou boquiaberta. Hermione só ficou estática ao ver quem trabalhava lá.

— Você é o vendedor? – Gina pergunta histérica.

— Algum problema com isso?

— Bem, só o fato de você não precisar trabalhar porque é trilionário.

— Não sou. Meu pai é.

Gina fica em silêncio. Por essa ela não esperava...

— Por que não disse que trabalhava com a mãe da Gina? – Hermione pergunta o abraçando.

— Porque eu não sabia.

— O mundo virou de cabeça para baixo... – diz abismada.

— Gina não exagera!

— E a minha mãe?

— Vou chamar.

O loiro vai para o fim da loja.

— Isso parece um sonho. Daqueles que você sabe que está sonhando porque não tem como ser verdade, sabe?

— Gina! Existe uma coisa chamada segunda chance, você já ouviu falar?

— Ok – a ruiva suspira.

Molly aparece e sorri olhando Hermione.

— Oi minha querida! – a sufoca com um abraço. – Você sumiu. Estava com saudades.

— Eu também.

— Mãe quero dar alguma coisa pro Harry...

— Procure na loja, Gina.

— Ah, mãe! Me diga o que você acha melhor...

Molly vira os olhos.

— Querido ajude ela pra mim, por favor – fala com Draco.

— Claro. Vem comigo.

Gina troca olhares com Hermione e vai atrás de Draco.

— Então, por que você sumiu?

— Bem... É complicado.

— Rony fez besteira, não é? Eu sabia que ia estragar tudo!

— Ele só ficou confuso. Só que ele ficou confuso no momento que mais precisei dele e...

— Pode me contar, querida.

— Eu acabei conhecendo outra pessoa.

— Oh!

— Sinto muito.

— Não sinta. Se essa outra pessoa te faz bem é com ela que tem que ficar.

Hermione sorri.

— Quem é?

A menina olha na direção de Draco. Conversava com Gina e mostrava algumas coisas na prateleira.

— É o Draco?

— Sim – responde sem graça.

— Ele é um bom garoto.

A porta faz um barulho de sino. Toda vez que a abriam o sino tocava para mostrar que um cliente estava entrando. Hermione e Molly olham na direção da entrada e a menina sorri. Ela vai na direção da pessoa e abraça.

— Quanto tempo!

— Não aperta muito. Sabe que não gosto dessas coisas.

As duas riem.

— Como você está?

— Bem. E você, por que sumiu?

— Longa história.

Pansy fica paralisada olhando para trás de Hermione. A menina vira para ver o que ela olhava e Draco estava parado com uma certa distância a encarando.

— Que foi?

Antes que ela possa responder, o loiro já estava perto das duas. Seu olhar pegava fogo, se pudesse incineraria Pansy ali mesmo.

— Posso descansar um minuto? – pergunta sem tirar os olhos de Pansy.

— Claro... – Molly responde confusa.

Draco segura o braço de Pansy e a carrega pra fora da loja. Hermione fica confusa olhando os dois. A vitrine era de vidro e ela conseguia ver, mas não escutar.

— Eu devia te matar agora!

— Por quê? Você está livre, não é? – pergunta com deboche. – Deveria me agradecer! Se não fosse por mim, nunca saberia o que é amar de verdade!

— Mas quem me libertou foi ela.

Pansy olha Hermione.

— Não. Quem se libertou foi você.

— Como assim?

— A regra era você amar alguém e não alguém amar você.

Draco fica paralisado a olhando. Por essa ele não esperava.

— Mas ela me beijou e ai eu voltei ao normal...

— Hum... Você deu sorte dela também te amar, Malfoy. Espero que não faça besteira. Pessoas como Hermione são raras hoje em dia. Você não merece ela, mas... – diz o olhando de cima para baixo. – Se ela te quer mesmo... Fazer o que, né?

— Sabe, eu realmente tenho que te agradecer, afinal de contas... Se não fosse tudo isso, eu não teria visto o melhor de mim e realmente não ia amar ninguém além de mim mesmo. Obrigado, Pansy Parkinson.

Pansy fica em silêncio o olhando. A morena fica sem resposta. Ela não esperava um dia ouvir isso. Não pensou que ele fosse se libertar para falar a verdade.

— De nada, eu acho – franze a testa.

— Só não faça de novo!

— Você já teve sua lição.

— Que bom.

— Acho melhor voltar ou podem te despedir por ficar conversando.

— Tem razão. Até mais ver.

— Até.

O loiro dá as costas e entra na loja. Ele passa direto por Hermione e vai até Gina continuar a ajudando. A menina sai da loja e vai atrás de Pansy, a morena não voltou para a loja, estava indo embora.

— Pansy!

Ela para e vira de frente para Hermione.

— Oi.

— O que ele te disse? Parecia nervoso com você...

A morena sorri.

— Às vezes precisamos dar um empurrãozinho para que o destino possa agir e unir pessoas.

Coloca uma coisa na mão de Hermione e vai embora deixando ela confusa e perdida nos pensamentos. Voltou a loja e Gina dava pulinhos e batia palmas.

— Está maluca?

A ruiva dá língua pra ela.

— Achei a coisa perfeita!

Draco faz um falso pigarro.

— É, ele ajudou...

O loiro vira os olhos. Hermione dá uma risadinha.

Gina vai para a parte de trás da loja mostrar o que achou para sua mãe e os dois ficam sozinhos.

— O que você falou com a Pansy?

— Prometo que conto depois.

— Ela me falou uma coisa esquisita...

—  O que?

— Disse: “Às vezes precisamos dar um empurrãozinho para que o destino possa agir e unir pessoas.

Draco sorri. Que bruxinha sacana.

— Por que está sorrindo?

— Eu vou te explicar depois, tá bom? – beija a testa dela.

— Tudo bem.

— O que é isso na sua mão?

— Não sei. Pansy me deu.

Draco pega o papel das mãos dela. Era um jornal. O loiro arregala os olhos ao ler.

— O que? – vai para o lado dele e lê também, logo em seguida o olha.

Dizia no jornal que Lucius Malfoy foi preso por roubar dinheiro de empresas que eram sócias dele, que todos os bens roubados foram entreguem aos donos, mas que ele acabou morrendo na prisão e o que era dele por direito ficaria para o herdeiro.

— Céus!

— Acho que vai pedir para sair mais cedo, não é?

— Está dizendo aqui que o herdeiro sumiu e há suspeitas de que o próprio pai se livrou para não ter que dividir o dinheiro. Eu gostei dessa versão.

Hermione dá uma cutucada nele.

— Que foi? Eu gostei mesmo.

— Acho que hoje você vai ter muito o que fazer, não é? – diz colocando os braços em volta da cintura dele e ficando com a cabeça um pouco inclinada para olhar pra cima. Draco a abraça de volta.

— Parece que sim.

— Vai me ver mais tarde?

— Por que mais tarde?

— Ué porque você vai resolver tudo isso...

— Não quer ir comigo?

Hermione fica um pouco confusa.

— Por favor... – implora com o olhar.

— Tá bom.

Draco sorri e dá um selinho demorado nela. Passaram o dia resolvendo a papelada. Quando foi dito o que tinha ficado de herança, Draco ficou de boca aberta. Não imaginava que seu pai tinha tanta coisa.

— Pelo menos não vou mais ficar na casa do Isaque.

— Vai voltar pra sua antiga casa?

— Na verdade não.

Hermione o olha confusa.

— Tenho outros planos.

— Quais?

Draco sorri.

— Depois você vai saber.

— Você está cheio de mistérios hein...

— Eu sou assim.

— Eu sei e adoro isso em você.

O loiro a beija levemente nos lábios.

*********

Uns dias se passaram. Draco realmente não voltou para sua antiga casa. Ele comprou outra menor e vendeu a mansão.

— Vamos.

— Não quer um chá de camomila primeiro?

Draco o encara feroz.

— Brincadeirinha...

O loiro olha para fora da janela, estava no carro com Isaque indo a casa de Hermione. Estava apreensivo. Quando Isaque parou o carro em frente ao prédio, Draco ficou um bom tempo olhando a entrada do lugar.

Um barulho faz o loiro pular. Isaque dá uma risadinha. O celular de Draco estava tocando.

— Oi.

Você não vem?

— Por que você insiste em achar que eu não vou voltar?

— Porque eu não quero que isso aconteça.

Draco sorri.

— Estou aqui embaixo, já vou subir.

Ok— os dois desligam e o loiro respira fundo. Finalmente sai do carro e quando fecha a porta...

— Boa sorte.

— Vai a merda, Isaque! – vira as costas e sai andando para dentro do prédio.

O moreno ri sozinho.

Draco entra no elevador e espera chegar no andar do apartamento de Hermione. Quando chega, o loiro sente um grande frio na barriga. Iria fazer algo que nunca pensou fazer na vida e isso era aterrorizador.

Tocou a campainha. Em pouco tempo a porta abriu e ela estava lá sorrindo radiante para ele. Nunca ia cansar dessa visão, mas ao olhar para dentro do apartamento viu Harry e Sirius sentados no sofá com os braços cruzados. Respirou fundo e entrou.

— Então... Diga logo o que quer.

— Sirius! – Hermione repreende.

— Tenho que sair em 10 minutos.

— Tudo bem não vai demorar...

Os três ficam em silêncio o olhando. Draco engole em seco e suspira. Por que era tão difícil?

— Quero pedir a Hermione em casamento.

Os olhos de Harry e Sirius se arregalam quando ele diz isso. Hermione por sua vez fica de boca aberta. Draco os olhava tranquilo, mas por dentro queria correr muito dali... Só não ia demonstrar isso nunca!

— Ca-casamento? – Sirius gagueja.

— Mas a Hermione é muito nova! – diz Harry.

— Quem sabe disso sou eu, né?

— Mas Hermione... – pensa um pouco. – É isso que você quer? – Sirius pergunta.

Hermione olha Draco. Estava a olhando apreensivo. Claro que só ela percebeu isso, o semblante dele poderia mostrar que estava calmo, mas os olhos não mentiam e ela o conhecia bem.

— Eu... – um sino toca e Sirius olha o relógio.

— Eu tenho que ir. Bom eu aceito se for o que ela quiser, se ela acha que é o melhor pra ela. Dou todo o apoio.

Hermione sorri.

— Obrigada.

— De nada. Agora vamos Harry.

O moreno levanta do sofá e segue Sirius. Os dois passam pela porta. Draco e Hermione trocam olhares, em poucos segundos Sirius volta.

— Não se atrevam a fazer qualquer coisa no meu apartamento – fecha a porta e vai embora. Os dois riem.

— Então... Qual sua resposta?

— Esse é um bom jeito de dizer que vai aparecer sempre...

Draco ri um pouco.

— Eu nunca vou querer me afastar de você. O que fez por mim nunca será esquecido.

— Mas foi a Pansy que fez o trabalho sujo.

Os dois riem.

— E você limpou. Muito bem limpo por sinal.

A menina sorri.

Ela se aproxima lentamente e faz carinho em seu rosto sem desviar os olhos dos dele. Em pouco tempo se aproximou e o beijou nos lábios.

— Eu quero muito ficar com você pra sempre... – sussurra com os lábios bem próximos aos dele.

Draco sorri e Hermione o beija de novo antes que consiga falar algo.

— Então vem comigo... Quero te levar em um lugar para comemorar – diz sorrindo.

— Acho que podemos comemorar aqui mesmo...

Draco franze a testa. Hermione se aproxima dele e o beija intensamente. O loiro a segura pela cintura fortemente.

A menina começa a conduzi-lo para o quarto dela.

— Hermio... – ela o beija impedindo que fale.

Quando viu já estava na cama dela deitado e ela por cima dele. O loiro a afasta um pouco e a olha nos olhos.

— Que foi?

— Tem certeza que quer isso?

— É claro que tenho.

— Mas eu queria que fosse mágico pra você.

Hermione sorri. 

— Se vai ser com você, como não seria mágico?

Draco acaricia o rosto dela.

— Mas eu acho melhor não ser aqui. Eu me lembro da ameaça que recebi antes de seu padrinho ir embora.

Os dois riem.

— E onde seria então?

— Confia em mim...

— Ok.

— Agora sua apressadinha... – diz levantando da cama. Ele coloca a mão no bolso. – Quero te dar isso – mostra a caixinha de veludo. – Acho que vem primeiro, né? Depois a brincadeira na cama...

Hermione dá um tapa no ombro dele.

A menina abre a caixinha e fica de boca aberta. O anel era lindo. Com pedras brilhantes e de ouro puro.

— Isso deve ter sido uma fortuna!

Draco pega a caixa da mão dela e tira o anel de lá. Depois pega a mão dela e coloca o anel em seu dedo.

— Você merece tudo – beija a mão dela.

— Mas eu não ligo para essas coisas, Draco. Sabe que não preciso de carros, mansões e dinheiro para ser feliz, não é?

— Eu sei, mas eu posso te oferecer tudo isso.

— Sim, mas se você ainda fosse o vendedor daquela loja, mesmo assim eu ficaria com você.

O loiro sorri.

— E é por isso que eu te amo – a puxa pela cintura e a beija.

— Eu também te amo.

Draco fecha os olhos ao ouvir isso.

Sentia seu coração inflado. Parecia que ia explodir. Nunca sentiu algo assim na vida. E era tão bom!

Nunca ia cansar das sensações que tinha quando estava com ela.

— Podemos ir agora? – Draco pergunta beijando o rosto dela.

— Posso tomar banho e me arrumar primeiro?

O loiro sorri.

— Como quiser.

Hermione foi para o banheiro e Draco ficou na sala esperando. Como ela demorava, ele começou a observar as coisas que tinha na sala. Era tudo bem simples e o apartamento era pequeno. O loiro foi até a pequena estante e sorriu ao ver uma foto de Hermione quando criança. Os cabelos mais rebeldes do que nunca. O sorriso era o mesmo e o olhar puro e feliz. Ela não tinha mudado tanto.

De repente a visão dele acaba, vendo que Hermione apareceu ali e deitou o porta retrato.

— Não olha isso!

— Por quê? Era tão bonitinha... – fala rindo.

— Ah não... – pega o porta retrato e leva dali.

Draco vai atrás dela.

— Deixa de ser boba.

— Não quero que olhe minhas fotos de criança – diz emburrada.

O loiro sorri e fica observando ela terminar de arrumar o cabelo. Estava prendendo ele em um rabo de cavalo.

— Vamos? – vira de frente pra ele.

Draco se aproxima e faz carinho no rosto dela.

— Você está linda.

— Não exagera. Eu me arrumei muito rápido.

— E daí? Podia estar que nem naquela foto, mas ainda assim estaria linda.

— Você bebeu hoje?

— Não.

— Fumou alguma coisa ou comeu algo estragado?

Draco ri.

— Vamos logo.

Os dois saem de casa e seguem para o carro. Isaque queria perguntar, mas pelo olhar que Draco lhe lançou, era melhor ficar de boca fechada e dirigir. Draco pediu para que ele continuasse trabalhando na casa dele. Ofereceu um salário muito maior do que o seu pai pagava e eles eram meio que amigos. Bem mais do que um dia Blásio foi, pois depois que ficou amaldiçoado, nunca mais ouviu falar dele.

Depois de um tempo Isaque parou o carro.  A menina olhou ao redor em dúvida.

— Que lugar é esse?

— Fecha os olhos.

— Por quê?

— Anda logo!

Hermione suspira e fecha os olhos. Draco sai do carro e a puxa de lá de dentro.

O loiro coloca as mãos na frente dos olhos dela para garantir e vai carregando ela pelo lugar. Depois de alguns passos ele para. 

— Chegou? – Hermione pergunta impaciente e Draco dá uma risadinha.

— Sim – tira as mãos da frente dos olhos dela.

Estavam em um lugar grande, tinha algumas árvores e um gramado. Algumas grades também.

— É o zoológico?

Draco acena. Hermione sorri largamente. Sempre quis ir ali, mas nunca pôde. 

Os dois passearam pelo lugar. Hermione estava muito feliz e estava adorando ver os animais.

A menina para em frente a uma das grades e fica observando. Draco estava mais afastado comprando refrigerantes. O loiro segue até ela e estende a mão com o refrigerante. Ela o pega sem tirar os olhos do que tinha atrás da grade. Draco franze a testa e olha também.

Era um leão. Os dois ficam em silêncio observando o animal.

— Isso te lembra alguma coisa? – Draco pergunta sem tirar os olhos dele.

— Um pouco...

Silêncio.

— Sabe... Eu gosto de leões... Sempre achei um animal forte e bonito – o olha. 

— Tudo ficou claro agora – os dois riem e o loiro se aproxima a abraçando. – Você vai querer ver os preparativos para o casamento? As mulheres sempre gostam disso...

— Acho que a Gina vai gostar de ver isso.

— E você não?

— Eu não ligo para como vai estar arrumado ou se o doce é de chocolate ou beijinho, o importante é casar com você.

Draco aperta a cintura dela e aproxima o rosto.

— Para de falar assim. Senão vou ter que te levar no outro lugar e resolver o que você queria na sua casa...

Hermione dá uma risada gostosa e ele sorri.

*********

Meses se passaram e o dia do casamento chegou. Hermione estava super nervosa, mas também não via a hora de sair da igreja casada com ele.

Passou o dia no salão fazendo cabelo, unhas, depois vestido e sapatos. Tudo cansativo e chato para ela.

— Ai meu Deus! Você está linda! – Gina fala alto quando ela finalmente está pronta.

— Acha mesmo?

— Tenho certeza! Uau... Apesar de achar que você é muita areia pro caminhãozinho dele...

— Gina!

A ruiva ri.

— É brincadeira! Vocês formam um casal lindo.

— Obrigada.

— Agora vamos logo que ele deve estar impaciente te esperando.

A menina respira fundo.

— Vamos.

Saíram do salão e Isaque estava esperando perto do carro. Quando viu as duas sorriu. Hermione se aproxima e ele abre a porta para ela. A menina entra no carro e ele fecha.

—  Não vai abrir a porta pra mim?

— Claro – abre a outra porta e Gina entra.

— Você é muito boba, Gina.

Isaque entra no carro e dá a partida.

— Por quê?

— Você tem mão para abrir a porta.

— E você também.

— Só que minha unha não está totalmente seca. Por isso deixei ele abrir.

— Até parece! Ele deve fazer isso sempre pra você.

— Na verdade ela nunca deixa. Sempre tira minha mão da porta e abre sozinha – Isaque se mete na conversa e Hermione sorri.

— Não gosto dessas madames que dependem de tudo e agem como se não pudessem fazer nada. Parece que são aleijadas...

Gina dá uma gargalhada.

— Mas você querendo ou não, vai ser uma madame, querida.

— Eu não.

— Sim. Se você ainda não sabe, está se casando com o cara mais rico do país – diz cínica.

— E daí? Eu não sou e nunca serei assim.

— Mas quando vocês forem convidados para uma festa grã-fina vão todas falar de você.

— E eu não estou nem ai pra isso.

Gina dá de ombros e Isaque sorri. Imaginou a cena de Hermione no meio das madames. Falando umas boas verdades e arrumando várias inimigas.

— Chegamos, meninas.

Hermione olha pela janela. Harry e Sirius esperavam ela na porta da igreja. Estava bastante nervosa. Tanto que quando Isaque abriu a porta ela deu um pulo com o susto.

— Calma, você já enfrentou coisas piores. A primeira vez que te levei era bem mais assustador, não acha?

— É... Acho que sim.

— Então isso aqui vai ser moleza.

— Obrigada, Isaque – segura a mão dele e sai do carro.

A menina sobe as escadas e para na porta perto de Harry e Sirius.

— Você está linda – diz Sirius e dá o braço a ela.

— Obrigada.

Harry e Gina entraram na frente deles, pois eram os padrinhos. Logo atrás, ela e Sirius começaram a entrar. Hermione viu Draco em pé perto do altar esperando.

— Tem certeza que quer isso? – pergunta enquanto caminham lentamente até o início da igreja.

— É claro. Você sabe muito bem que se não quisesse não estava aqui.

Sirius dá uma risadinha.

— Tem razão, mas se mudar de ideia ou acontecer qualquer coisa, saiba que a porta da minha casa vai estar sempre aberta pra você.

Hermione sorri.

— Obrigada, Sirius, mas acho que não vou precisar – diz olhando Draco, que sorri. Já estavam perto.

Sirius a entrega a Draco. O loiro segura as mãos dela e beija. Hermione sorri.

Enquanto o homem falava, Draco olhava Hermione o tempo todo. Não imaginou um futuro assim, não pensava em se casar com ninguém e muito menos amar.

Agora podia dizer que Pansy foi um anjo na vida dele e não uma bruxa. O loiro olha para os bancos do lado esquerdo e vê a morena sentada. Ela dá um meio sorriso e faz cara de “me agradeça depois”. Draco vira os olhos. Logo fica estático ao ver Isaque sentar ao lado dela e os dois entrelaçarem os dedos.

— Draco Malfoy, aceita Hermione Granger como sua legitima esposa?

— Sim – responde cheio de orgulho e a menina sorri.

— Hermione Granger, aceita Draco Malfoy como seu legitimo esposo?

— Sim – responde sorrindo.

Agora era oficial, ele era dela e ela era dele para sempre.


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