O Cristal e o Diamante escrita por AlessaVerona


Capítulo 3
Conhecendo Eldarya




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"Antes de conocerte el mundo era plano
Aunque lo discuta usted el Señor Galilei
Y me cansé de besar ranas en vano
Pero el príncipe azul
Jamás no encontré" - Shakira - En tus pupilas

Leiftan se encantava com a beleza de Saphyre. Era impossível não perder a razão de seus sentidos e de seus pensamentos. Olhava um pouco surpreso e perdido nos olhos azuis brilhantes e profundos daquela jovem. Perdia-se ar. Saphyre também se desencontrava com a sua realidade nos olhos verdes de Leiftan, e o seu jeito simpático de ser. Não se viam mais nada em volta. Ambos estavam atônitos com fusões de sentimentos que explodiam em seus corações. Saphyre voltou à razão primeiro.

– Eu... Er... Meu nome é Saphyre. – Sorria um pouco sem graça, querendo fugir daqueles olhares de Leiftan que parecia ficar por eternidade. Ele sorriu bobo.

– Acho que eu sei por qual motivo veio este nome. Seus olhos são chamativos demais. Prazer, Saphyre, meu nome é Leiftan. – Estendeu a mão para jovem para ser apertado pelas mãos delicadas de Saphyre.

– Bem... Que nome esquisito o seu. E não é só o nome. Pelo menos vocês falam a mesma língua que eu. – Disse Saphyre olhando para Leiftan de cima a baixo. O traje de Leiftan era extremamente estranho para o mundo de onde Saphyre Largou. Mas nada era tão chamativo quanto os olhos doces de Leiftan.

– E o seu nome não é muito estranho, é o nome do bicho da Taiga. E sim, falamos a língua dos humanos. É universal e muito rica. Eu gosto muito. Falamos pouco em Eldaryano por que não é compatível com a grandeza do seu mundo. Por isso que falamos a mesma língua. – Respondeu Leiftan, notando a semelhança, e por fim explicava um pouco daquele mundo, ao menos sobre o idioma compatível até então.

– Taiga? – Saphyre pensava se Taiga era alguma moça, ou quem sabe talvez o conjugue de Leiftan.

– Bem, você vai conhecê-la. Olha, Saphyre, eu vim aqui para interrogar você por não sabemos como você veio parar aqui. – Voltando ao objetivo.

– Nem eu mesma sei. Eu só queria voltar para casa. – Lamentava Saphyre, dizendo com jeito muito triste. Leiftan também expressou a tristeza.

– Vai ser complicado voltar para a sua casa. Lamento muito. – Leiftan colocou sua mão no ombro de Saphyre.

– Eu entendo... Bom, eu quis fugir de todos os meus problemas, e parei em uma maior. Não me matando, eu ficarei muito bem aqui... – Respondeu Saphyre, para a curiosidade de Leiftan.

– Como assim? – Leiftan perguntou muito curioso.

– Vamos logo com o interrogatório, certo? – Respondeu Saphyre, ansiosa. Quis que o interrogatório fosse logo. Leiftan deu a passagem a frente para Saphyre, demonstrando cavalheirismo, e a levava para a sala do cristal. Ela ficava muito encantada com a grandiosidade daquele castelo. Caminhava distraída com vários detalhes únicos que aquele castelo tinha, como as suas cores vibrantes.

– Se o interrogatório sair bem, e vai sair com toda certeza, eu posso lhe apresentar tudo isso aqui - Disse Leiftan, percebendo a curiosidade de Saphyre.

– Eu adoraria conhecer este mundo... – Respondeu encantada, olhando para o teto do castelo e reparando que o pé direito daquele palácio parecia ser imensurável. Leiftan para de caminhar bem no centro da sala do cristal, em seguida Saphyre parou também, olhando tudo em volta.

– Bom, eu vou chamar a Miiko e o pessoal. Fique aí. – Sorriu, caminhando para trás para não perder a miragem. Agora tudo claro com a luz do dia, Leiftan pode perceber que Saphyre era mesmo, muito bonita. Saphyre respondeu apenas com sorriso no rosto, que deixava Leiftan mais encantado.

Saphyre aguardava na sala do cristal, um pouco curiosa. Ao menos o Leiftan dava a impressão de todo o resto daquele mundo.

– Se eu for pensar pela simpatia daquele rapaz, deve haver muita gente legal aqui – Pensava, cruzando os braços e demonstrando ansiedade.

– Olá? – Soou uma voz, aproximando-se de Saphyre. Em instante ela se depara com Nevra, também muito encantado com a moça que olhava de cima a baixo. Seu coração começava a aquecer, e seu nervosismo tomava conta da sua razão. Era muito mais que beleza. Era presença, era a alma... Olhos tão profundos.

– Olá... – Respondeu a Saphyre bem baixinho, com olhar perdido e muito inseguro. Nevra ficava abismado com aquela criatura tão linda.

– Você é a intrusa que a Miiko falava? – Disse enquanto olhava diretamente para os olhos de Saphyre.

– É... Notícias correm rápido nesse mundo. – Respondeu Saphyre, muito irônica em suas palavras.

– Você é muito linda, fico encantada com uma preciosidade dessas. – Nevra pegou a mão de Saphyre enquanto curvava-se seu tronco para beijá-la.

– Prazer... – Respondeu Saphyre sem graça. Logo vinha Leiftan, Miiko, Kero, Valkyon, Ezarel, Jamon e Taiga. Leiftan percebia o assanhamento de Nevra e olhou um pouco nervoso.

– Era pra ter já interrogado a moça. O que tanto fazia, hein? – Disse Miiko para o Leiftan.

– É bom todos estarem reunidos. – Respondeu Leiftan, caminhando para ficar ao lado de Saphyre.

– Tá, tudo bem... Vamos lá, garotinha... – Disse Miiko de modo muito áspero. Saphyre ficou um pouco em silêncio por todos a olharem. Taiga a olhava secamente, Valkyon friamente, já Ezarel a olhava como se fosse uma escrava. Nevra faltava babar pela moça. Já Leiftan sorria muito.

– Meu nome é Saphyre. – Taiga olhava para Saphyre surpresa, por ser o nome de seu bicho de estimação.

– Só vai falar seu nome? – Disse Miiko colocando uma de suas mãos na cintura. Encarou Saphyre muito insatisfeita.

– Como parou aqui, hein? – Perguntou Taiga, de um jeito hostil.

– Menos, Taiga. – Defendeu Leiftan, um pouco nervoso.

– Eu parei aqui quando ontem a noite veio uma luz muito forte em um bosque por qual eu nunca fui. Eu estava fugindo... – Disse Saphyre, olhando para baixo, aflita.

– Fugindo de que? Olha, moça, quem foge é ladrão. – Taiga pressionou-a.

– Tem razão. – Reforçava Ezarel, dizendo áspero.

– Diga para aqueles que querem fugir da pressão, da injustiça, de viver a vida por qual não escolheu e é obrigado... Fugi naquela noite muito feliz, com orgulho de mim mesma por se sentir capaz de negar tudo que é imposto a mim. – Disse Saphyre muito firme, olhando para a expressão de cada um que estava lá. Eles se entreolhavam com muitas dúvidas e Miiko apenas tinha desinteresse de tudo aquilo.

– Tá, tá... E como veio parar aqui? – Repetiu Miiko a mesma pergunta que a Taiga tinha feito anteriormente, após respirar fundo demonstrando impaciência.

– Eu vi umas luzes e um rosto muito angelical, muito aflito. Ela parecia pedir por ajuda... E aquelas luzes pareciam me consumir... E depois disso eu acordei depois de um apagão geral da minha consciência. - Respondeu Saphyre, muito segura e sem medo. Leiftan sentia a sinceridade dela.

– Eu não tenho mais perguntas...- Disse Leiftan olhando para Miiko.

– Acredita fácil assim? Você não é o senhor cético? – Miiko olhava para Leiftan mais impaciente ainda, com a mão na cintura e batendo um de seus pés.

– Confiem em mim, esta moça não poderia fazer mal algum. – Leiftan defendia Saphyre com unhas e dentes.

– Loirinha, bonitinha, inocente... Ai que dó, viu? – Disse Taiga muito impaciente, nervosa e com seus toques irônicos.

– Só bonitinha? Essa moça é a descrição da beleza – Completava Nevra, nem um pouco interessado se a Saphyre era um perigo ou não. Ele estava cada vez mais encantado.

– Servindo como uma escrava e presa para os animais, tá de bom tamanho. – Grunhiu Ezarel entre risadas ácidas e sorriso insano.

– Olha, esse papinho furado aqui já tá ficando desgastante. Eu só quero voltar pra casa, tudo bem? – Saphyre levantava o tom da voz, odiando aquele ambiente. As expectativas que ela gerou foram em vão.

– Não vai pra casa tão cedo... – Respondeu Miiko, olhando para Saphyre com desdém.

– Se eu consegui vir pra cá, eu posso muito bem voltar, não? – Disse Saphyre, mantendo o tom, mas com muita preocupação.

– Infelizmente... Não. É muito fácil de entrar, mas muito difícil de sair. – Finalmente Kero disse algo. Ele estava um pouco nervoso e angustiado pelo drama de Saphyre.

– É, o último portal de saída de Eldarya foi quebrado na última guerra. – Completou Taiga tranquilamente, tirando seu capuz.

– E há algum outro jeito? – Saphyre perguntou muito assustada, e com sentimentos estranhos com o novo mundo por qual pisou.

– Por enquanto nenhuma, portanto, você será a nova escrava, humanazinha.- Respondeu Ezarel com muita audácia, avançando um pouco.

– Menos, Ezarel – Respondeu Leiftan, não gostando muito da forma que Saphyre era tratada.

– Chega, pessoal! E Leiftan, o que você diz? O que fazemos com ela? – Disse Miiko dando ordens, suspirando.

– Vamos deixar que ela fique aqui, por enquanto. Vamos dar uma chance a ela, talvez ela possa entrar em um dos guardas. – Respondeu Leiftan, sorrindo muito. Ele queria muito que Saphyre ficasse.

– Eu fico sim... – Disse Saphyre conformada, pois ela não tinha muito a perder. Se voltasse para casa, as coisas poderiam complicar. De certa forma este novo mundo lhe dava uma segurança, apesar dela ser mais nova integrante daquele espaço. Leiftan olhava para Saphyre sorrindo, feliz por vê-la bem e conformada.

– Tá... Tá... Espero que esta decisão seja boa. Kero-chan vai cuidar da Saphyre e apresentar o palácio. Já o resto... Venham comigo. – Caminhava para saída da Sala do Cristal. Todos iam logo em seguida. Leiftan era dos últimos a sair, e mirou para trás antes que partisse. Sorriu para Saphyre mais uma vez, e ela respondeu da mesma forma e acenando para ele.

– Saphyre, isso? – Perguntou Kero, um pouco confuso.

– Sim, e você é o... – Saphyre respondeu, e em seguida vez uma pergunta que interrompida.

– Keroshane, mas todo mundo me chama de Kero. – Sorriu. Saphyre estendeu a mão para Kero, encantada com a simpatia.

– Prazer. – Sorriu com a mão estendida, e Kero logo correspondeu e cumprimentou-a.

– Saphyre é um nome muito bonito. – Elogiou-a, com bochechas coradas.

– Muito obrigada. – Respondeu Saphyre com bochechas coradas, sem jeito de encarar Kero.

– Vou contar um pouco mais sobre este mundo, enquanto caminhamos em todos os lugares deste castelo. – Kero disse com muito entusiasmo. Saphyre e Kero saiam da Sala do Cristal e foram dar o passeio.

Ao mesmo tempo, Miiko liderava a caminhada que tinha Leiftan, Taiga, Valkyon e Ezarel.

– Aí, Miiko. Não tem medo de tomar uma galhada? Vai deixar aquela loura com o teu namoradinho? – Questionou Taiga, com muitos toques de ironia em sua voz.

– É pra sair perdendo trocar uma Kitsune poderosa e linda para uma humana imprestável. – Respondeu Miiko, com muita arrogância e confiança.

– A Loira é muito mais bonita do que você. Assuma isso. Todos ficariam de queixo caído pelo rostinho inocente da moça. Não vá contar com o seu poder a favor não, hein, querida? Aquela loura tem cara de que gosta de pegar rapaz comprometido. – Retrucou Taiga, entre risadas irônicas. Miiko gemia de raiva. Leiftan deu longos passos à frente de todos.

– Vocês não dão nenhum minuto de paz para ela não, né? – Defendia Leiftan exclamando, um pouco irritado.

– Pois é, gente... Deixem que ela enfeite esse mundo maravilhoso com aquele sorriso lindo, aqueles olhos azuis puros... – Disse Nevra aos suspiros. Leiftan encarou o dono daquela frase que o fazia ficar no mar da fúria.

– Olha, por mim aquela moça não pisava mais aqui. – Valkyon disse firme.

– Eu também mantenho a mesma opinião – Apoiou Taiga, dizendo de maneira ríspida. – Vamos deixar uma pessoa que mal conhecemos circular neste mundo? Vocês perderam a noção, foi isso? Miiko, você que era tão severa deixou esse loiro meio a meio dar a última opinião aqui? – Completou.

– Pois é. Eu também sou contra. Aquela moça amanhã pode dar o bote! – Grunhiu Ezarel, muito irritado.

– CHEGA!!! A moça vai ficar, e ela não tem maneiras para voltar, o portal foi quebrado no último confronto, e graça a esses dois aí que ficam dormindo durante a batalha! – Respondeu Miiko muito nervosa, e apontava para Taiga e Valkyon, os sujeitos da frase de acusação pela líder.

– O portal foi quebrado por culpa dele, tá? Faz-se de valentão e na hora H ele se borra de medo! – Taiga atacava Valkyon.

– Olha aqui, mocinha. Na minha terra o homem é quem fala mais alto. – Respondeu Valkyon, inclinando seu corpo na Taiga e encarando com olhar muito furioso.

– Você é uma pamonha mal cozida mesmo. Só se paga de machão! – Taiga pisou no pé de Valkyon com força. O seu salto agulha de sua bota acabou perfurando nas botas de couro de Valkyon.

– Você é muito folgada mesmo! – Ele levantou seu pé, e Respondeu Grunhindo de dor.

– Quem era mesmo que dava a última palavra na sua terra? Cabeção!!! - Taiga virou pra ele de costas e saiu andando.

– Mas olha só... Olha o nível desse pessoal. Vocês já foram mais unidos. Brigas não vai levar a lugar nenhum. É um confronto de ego somente. Deixam de ser tolos e parem um pouco com isso. Não vão ganhar troféu por dar a última palavra, e muito menos vai proteger Eldarya. – Discursou Leiftan, demonstrando ter mais cabeça que a própria líder. Todos pararam e entreolharam-se, e ficaram em silêncio.

– E para o chororô, e para o mimimi... A moça fica. – Completou Nevra, suspirando no final e olhando para o teto, sonhador.

Todos continuaram com as atividades, e Miiko tomava a cabeça de todos eles com as decisões e tarefas que tinham que fazer.

[...]

Kero encerrava as explicações de como funcionava Eldarya. Saphyre ficou encantada com a beleza e os princípios que eles tinham.

– Você entendeu tudinho? – Perguntou Kero, sorrindo para Saphyre.

– Acho que sim! Eu fico muito admirada com este mundo, Kero. Eu entendo o trabalho de vocês de poder manter. – Respondeu sorrindo.

– Sim, Saphyre. Você vê o cristal atrás de mim? Ele é muito importante para o nosso mundo. É ele que controla a magia e energia, a moeda... É indispensável para nós, é como um segundo oxigênio... Porque uma vez que destruiu a nossa principal fonte de energia e muitos de nós têm sido enfraquecidas, tornaram-se loucos, ou extremamente agressivos. Sempre houve uma espécie mais perigosa do que outra em Eldarya... Mas é ainda pior agora, e nós temos que tomar muito cuidado para garantir que tudo isso não degenere... – Respondeu Kero, para a aflição de Saphyre. Ela entendia perfeitamente o motivo de ter sido desconfiada. O mundo deles não estava nada fácil.

– Eu sinto muito. – Respondeu Saphyre, expressando ainda mais sua aflição.

– Eu sei, mas vamos recuperar. Enfim... Você não deve se preocupar, eu tenho certeza que eles não vão fazer você fazer alguma coisa perigosa. – Confortou Kero, colocando a mão no ombro de Saphyre. Ela respondeu sorrindo timidamente.

– Eu tenho muito interesse em lhe ajudar. Já que não há mais alguma alternativa de voltar para casa... Eu ficarei satisfeita vivendo por aqui... Se não se incomodarem, claro. – Saphyre estava sem jeito, ela sabe que não se adequaria a este mundo.

– Mas parece que você nem tem tanta vontade assim para voltar para casa. Não querendo intrometer, houve algo de errado lá no seu mundo? – Kero a questionou, muito preocupado e curioso.

– É uma longa história. Talvez aparecer aqui foi algo oportuno. Eu fugi de um momento que mudaria minha vida para sempre. – Respondeu Saphyre com lágrimas nos olhos e com voz embargada. Kero corou-se, não sabendo como reagir.

– Eu... Sinto muito mesmo... E... Fugiu do quê exatamente? – Kero fez mais outra pergunta, oferecendo seu ombro amigo para a humana estranha.

– Hoje, nesta hora... Eu poderia estar casada com um homem que eu não amo. Meu pai forçou a situação, praticamente me vendeu por riquezas em troca. – Respondeu Saphyre, olhando no fundo dos olhos negros do Elfo. Kero ficou um pouco surpreso com a história.

– Isso é terrível. – Respondeu Kero muito nervoso, tirando seus óculos.

– Sim, eu sei. Corri desesperadamente da festa que meu pai fez para minha despedida de solteiro... E aqui estou. Imagina como eu poderia ficar se eu permanecesse por lá? Se nada disso tivesse acontecido? Eu penso que apesar deste mundo ser estranho e eu não ter condições de me adequar, eu aceitaria toda qualquer condição, menos ver a cara do meu pai e do meu ex- noivo, já que posso assim dizer. – Saphyre desabafou, derrubando lágrimas.

– Mesmo que eu não te conhecendo muito, você já tem todo o meu apoio. Não ligue para as hostilidades de outras pessoas. Está certo? Mas, você não tem uma família? Além de seu pai, claro. – Kero confortou-a, aproximando um pouco de Saphyre.

– Eu só tenho meu pai como parentesco. A minha mãe... Ela... Eu não sei bem o que aconteceu, meu pai disse que acabou me abandonando e a ele, não sei muito bem o que houve. Eu era um bebê ainda. Meu pai me cuidou a vida inteira, sozinho... Com muitas ambições em mente. E... Ele decidiu que eu teria que me casar e... A história eu já lhe contei. – Saphyre disse baixo e olhando para o chão. Kero prestava muita atenção e teve a intimidade de passar a mão nas mechas loiras de Saphyre e alisando-as pra atrás da orelha.

– Cada um tem suas dificuldades... Você parece ter forças para superá-las. – Disse Kero, sorrindo com bochechas coradas ao perceber que Saphyre ergueu a cabeça para olhá-lo.

– Bem... Eu... Vou superar. Pelo menos aqui eu posso ficar solteira. – Saphyre riu, tentando tirar algum humor da situação.

– Acho que isso não será muito fácil. – Disse Kero, entre risos leves. Saphyre sorriu sem graça.

– Você foi muito legal comigo. Devo muito a você. – Saphyre ergueu-se para dar um beijo na bochecha de Kero, de maneira tão espontânea. Kero ficou surpreso com a atitude, muito corado e nervoso com a situação. Ele sorriu bobo.

– O... Obr... – Kero tentava responder, quando Miiko chegava com Jamon.

– E aí? – Miiko notava o nervosismo de Kero.

– Ah? – Kero grunhiu assustado.

– Posso participar da conversinha? – Miiko estava muito nervosa com aquilo e muito ciúmes.

– Bem... Er... A Saphyre conhece o básico de Eldarya, então ela poderia fazer o teste para entrar em um dos guardas, não acha? – Kero disse muito nervoso.

– Tudo bem... Tudo bem... Quero ver até quando isso vai durar... - Respondeu Miiko, aparentemente cansada, apostando que Saphyre não duraria muito tempo.

– Então, vou preparar o teste para Saphyre, e em minutos ela estará em uma das guardas! – Continuou Kero, entusiasmado com a integração de Saphyre, que também se animou um pouco mais com aquele mundo.

– É... Vamos ver o que isso vai dar. – Disse Saphyre para si mesma, olhando em volta e admirando mais um pouco a beleza daquele lugar.


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