O Cristal e o Diamante escrita por AlessaVerona


Capítulo 4
O Teste, e mais investidas de Nevra.




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Saphyre percorria pelo castelo tranquilamente, enquanto aguardava Kero no preparo do teste. Ainda um pouco perdida, tentava não ultrapassar dos lugares na qual ela um pouco conhecia, por ter feito um tour com Kero.

– E aí... Não voltou pra cela não? – Abordou o Ezarel, pegando no braço de Saphyre, firmemente, para a surpresa da garota.

– Eu vou ficar... E me integrar em um dos guardas, se não se incomodar... Ou melhor... Mesmo incomodando eu vou ficar, e com muito gosto. – Disse, encarando-o. Ele ficava surpreso pela audácia da garota.

– Você só vai servir de ser escrava, principalmente na minha guarda – Retrucou Ezarel, com risadas leves, mas irônicas.

– A guarda Absinto? Vou até anotar aqui pra eu não cair nela. – Respondeu Saphyre na mesma altura. Ezarel ficava ainda mais surpreso por ela saber em qual guarda ele era o líder.

– Ih... A escrava aprendeu direitinho, hein? Gostei de ver. Mas que tal aprender a limpar, e essas coisas de escrava? Ou quem sabe proporcionar prazer para os homens daqui? – Ezarel permanecia a sua postura irônica, mas um pouco mais agressiva.

– Posso ser humana imprestável, mas ainda eu tenho cérebro e bom senso... Coisa que você não tem... Ah... Esqueci, é a falta dos cristais que sumiram que o humor foi alterado, né? Olha... Eu um dia farei um sacrifício pra você pra ver se melhora um pouco essa acidez. – Disse Saphyre em um tom mais acima da Ezarel, com toques de arrogância, e em seguida empurrou ele, para o despertar mais surpreso ainda do azulado. Ele a colocou contra a parede, e aproximou seu rosto ao dela, pegando seu braço firmemente e com outra mão grudando naquele rosto sedoso e macio de Saphyre.

– Se você cair na minha guarda, vai aprender a não responder assim para o patrão... E quem sabe você aprende a me dar diversão um pouquinho. – Grunhiu Ezarel, com sorriso um pouco assanhado.

– Aconteceu alguma coisa? – Chegava Leiftan, que acompanhou a briga entre os dois.

– Nada não... – Ezarel soltou a Saphyre, parecendo ter muito medo do Leiftan por nunca tê-lo visto assim, que lançava um olhar intimidador.

– Nada não? Eu só não quero mais que intimide a Saphyre. Ouviu muito bem? Isso é muito patético! – Disse Leiftan, mantendo o tom de calma, mas com muita autoridade. Ele aproximava de Saphyre, enquanto Ezarel tomava seu rumo.

– Obrigada... Eu... Poderia me defender. – Saphyre agradeceu, se desgrudando da parede. Ela ajeitava o seu cabelo um pouco sem graça, enquanto Leiftan a observava com muita admiração.

– Ezarel mudou muito de uns tempos para cá. Talvez seja a influencia dos cristais de Eldarya que sumiram. – Respondeu Leiftan, ainda não perdendo a sua chance de admirar Saphyre.

– É, eu sei de toda esta história. Também deve ser difícil pra ele e pra todos vocês. – Saphyre olhava atrás, observando Ezarel de longe, que caminhava muito zangado.

– E você vai entrar para um dos guardas? Eu fiquei sabendo que vai fazer um teste com o Kero. – Leiftan puxava assunto, apoiando seu corpo na parede, de costas.

– É, é sim... Eu estou aguardando. – Saphyre respondeu sem jeito, e para se esquivar daquele olhar um pouco intimidador de Leiftan, olhando para baixo.

– Bom, eu vou ter que me encontrar com a Miiko e o Jamon, a gente se vê. – Leiftan sorria, mas ficou sem jeito pela Saphyre ter se sentindo um pouco tímida com ele naquele corredor. A grande verdade é que seu corpo se aquecia demais perto dela. Ambos sentiam a mesma coisa. Era algo muito bom, mas estranho e indescritível. Sem graça, mesmo estando sozinha naquele corredor, ela foi para direção contrária de Leiftan, encostou suas costas na parede e deixava seu corpo levemente cair para sentar-se no chão. Ela ouvia passos, e de repente Nevra e Valkyon chegavam.

– Saphyre! – Nevra chamou em voz alta, aparentemente feliz ao vê-la. Valkyon parou, sem alguma expressão.

– Oi... – Respondeu Saphyre, sem jeito.

– Já fez o teste? Já sabe em qual guarda entrar? – Nevra fuzilava Saphyre de perguntas, enquanto sentava-se ao lado dela.

– Ainda não. Eu estou aguardando o Kero. – Saphyre respondeu com muito bom humor.

– Eu espero que você entre na minha guarda, e eu prometo que cuidarei de você como uma rainha! – Nevra colocou seu braço nos ombros de Saphyre, muito entusiasmado e esperançoso. Valkyon ainda permanecia sem expressão, para o medo de Saphyre. Era muito chamativo o jeito de Valkyon, de quase nunca falar nada.

– Eu espero que não tenha influenciado ela. – Chegou Kero, com o teste na mão. Nevra levantou-se, e em seguida deu a mão para Saphyre levantar-se também. Enquanto isso, Valkyon avançou um pouco em direção ao elfo.

– Nevra não pode ver uma garota que já quer pra ele. – Disse Valkyon, cruzando os braços.

– Eu só estou me oferecendo a cuidar da donzela. Já que os garotos não fazem questão, eu faço. – Nevra defendia-se, ainda segurando a mão de Saphyre.

– Obrigada, Nevra. – Saphyre agradecia ainda envergonhada, e tentava soltar a sua mão.

– De nada, donzela. – Respondeu o moreno, curvando-se para beijar a mão de Saphyre. Em seguida, Valkyon o puxou com força para sair daquele corredor.

Kero aguardava Saphyre entrar na biblioteca para enfim realizar os testes.

– Entregarei esta folha, e toma esta pena para você marcar a resposta que você achar a melhor conforme a sua personalidade. Explicou.

– Tudo bem, Kero. Eu vou fazer agora mesmo. – Saphyre Respondeu. Sentou-se em uma cadeira que Kero havia pegado.

– Ok. Eu vou aguardar. – Sorriu Kero, observando Saphyre a fazer o exame.

[...]

Leiftan após se reunir com Miiko e Jamon, foi a procura de Kero. Ao passar do portão, avistou Ezarel colhendo algumas plantas do jardim. Ezarel vira para saber quem estava se aproximando, e se levanta com diversas plantas na mão para falar com o louro.

– E a fúria, passou? – Ezarel desafiava-o.

– Eu apenas não gosto que trate os outros desse jeito. Não há motivo algum de tentar humilhar a Saphyre. – Leiftan defendia-a.

– Qual é... Você está muito estranho desde que essa moça veio pra cá. Não vá me dizer que é capaz de se matar por uma humana? – Ezarel retrucava, rindo.

– Eu só quero que pare com isso. – Leiftan respondeu, avançando em Ezarel.

– Eu sei que você está na dela. E vai perder logo, logo. Nevra não perde uma. Fica só vendo. – Ezarel respondeu, colocando uma de suas mãos no ombro de Leiftan, impedindo dele avançar mais. Leiftan mal reagia com a realidade que Ezarel descrevia, e ficou pensativo enquanto Ele seguia para dentro do castelo, se sentindo que saiu por cima.

[...]

– Terminei – Respondeu Saphyre, um pouco exausta.

– Terminou até que rápido. – Kero aproximou-se da mesa e tomou o exame em suas mãos.

– Esse teste é bem de personalidade mesmo, hein? Eu não entendi algumas coisas, mas eu fiz o possível. – Saphyre sorriu, mas no fundo estava muito nervosa.

– Não tem problema. Esse teste é muito certeiro. – Respondeu Kero, enquanto ele lia o teste resolvido.

– E o resultado do exame? – Saphyre perguntou rápido, apreensiva. Aproximou-se mais de Kero, olhando para o semblante calmo.

– Vai sair em poucos minutos. Vou contar os pontos agora. – Respondeu Kero, sem olhar para a expressão ansiosa de Saphyre, revirando as páginas e contando para si mesmo os pontos.

Dois minutos se passavam, Saphyre estava sentada e olhando objetivamente para Kero, fazendo os cálculos das respostas do teste.

– Bom... Você caiu na guarda da Sombra, a guarda de Nevra. – Disse Kero, olhando para Saphyre.

– Uau! A guarda daquele moreno assanhado? – Saphyre se sentia um pouco incomoda.

– Eu aposto que você vai dar muito bem com ele. Tendo em vista que o Nevra foi o menos hostil do grupo. Acho que foi o melhor pra você. Valkyon e Ezarel não seriam perfeitos para a sua integração no grupo deles. – Explicou Kero, muito atencioso.

– É, eu acho que vou me dar bem. – Saphyre disse em duvida por ter prévio medo, era um mundo novo, vida nova, e pessoas que mal conhecem.

– Não faça esta cara, Nevra não vai te devorar – Kero disse, entre risadas leves.

– Eu acho... – Respondeu Saphyre, com incerteza.

– Será que atrapalho? – Chegou Nevra atrás da porta, com intuito de saber em qual guarda Saphyre entrou.

– Se não é o curioso do Nevra. A Saphyre está no seu grupo. – Respondeu Kero, para a alegria de do moreno.

– Sabia! Você não vai se arrepender! Eu, Nevra, prometo protegê-la de tudo e de todos, e ensiná-la tudo que eu sei. – Ajoelhou-se Nevra para Saphyre que ainda estava sentada na cadeira, pegou a sua mão outra vez e beijou-a.

– Ah, Kero, estás aqui. Você terminou a... – Leiftan chegou em seguida, já que a porta estava aberta, ele entrou sem hesitar e parou de falar por ver Nevra ajoelhando-se para Saphyre, que estava tímida com a situação.

Os sentimentos de Leiftan eram misturas de raiva e ciúmes, algo que apertava seu peito. Era prova viva de que Ezarel havia lhe dito. Nevra manifestava claramente seu interesse por Saphyre. Mas algo lhe disse que não poderia desistir. Sentia que de qualquer maneira, ela lhe pertencia. Desde a primeira vez que seus olhares se cruzaram, era algo como o imã, a peça que encaixava seu quebra-cabeça... Era indescritível e indecifrável o que ele sentia, mas que te deixava leve, mais desafiador... Feliz.

Saphyre se distraiu ao ver Leiftan. Realmente era o homem que mexia mais a sua cabeça e seus sentimentos. Ela levantou-se junto com Nevra que ainda havia ficado de joelhos. Mas pouco importava o moreno estar em sua frente, e sim poder cruzar seus olhos azuis aos belos pares olhos verdes e doces de Leiftan.

– Espera um pouco. – Disse Kero para Leiftan, expressando muita pressa. Ele foi guardar as folhas do teste.

– Leiftan. – Chamou Saphyre, e sorriu timidamente, coçando a nuca.

– Saphyre... Realizou o teste? – O loiro respondeu com uma pergunta, atenciosamente, olhando para ela de um modo especial e um pouco bobo.

– Sim. Estou na... – Avançava Saphyre de encontro com Leiftan, mas foi interrompida por Nevra.

– Ela está na minha guarda! Terei o privilégio de cuidá-la. – Ele colocou suas mãos nos ombros de Saphyre, onde nitidamente as alturas eram bem notáveis. O queixo de Nevra vinha na altura do topo da cabeça de Saphyre, onde ele pousou seus lábios para beijar. Leiftan ficava um pouco surpreso pela ousadia.

– Que ótimo. – Respondeu sério para Nevra. Não estava gostando de saber que ele estava muito mais a frente e que teria muito tempo de ficar com Saphyre.

– Vamos nessa? – Kero saia da biblioteca, sabendo pro que o Leiftan viria procurá-lo.

– Sim, a Miiko disse que precisamos nos reunir mais uma vez e rápido. Acho que estamos atrasados. – Respondeu o Loiro, e por fim fitou Saphyre mais uma vez antes de sair.

– Bem, eu vou mostrar como funciona a minha guarda. Venha, Saphy. – Pegou Saphyre pela mão, e levou-a consigo.

– Tudo bem. – Respondeu Saphyre, curiosa de como é o trabalho da guarda da sombra.

– A nossa guarda é responsável em missões noturnas, e espionagem relâmpago. A Agilidade e a Discrição são grandes características para as nossas missões sucederem.

– Eu acho bacana! E o que vocês estão fazendo ultimamente? –

– Colhendo informações, sobre os cristais desaparecidos, principalmente. A gente entra muito em conflito, alguns roubam nossos cristais para nos enfraquecer. E a nossa missão é manter Eldarya longe do perigo, e que não percamos mais o que já perdemos ultimamente. As batalhas têm sido muito duras, e muitas pessoas foram feridas no último ataque. Agora estamos na missão de coletar informações e infiltrarmos na área de nossos inimigos, e também encontrar mais vestígios para saber onde está localizado o resto dos cristais. – Explicou Nevra, muito sério. Pela primeira vez a Saphyre o viu daquele jeito, e parecia entender que Eldarya estava passando por uma crise turbulenta.

– Puxa... Isso me dá até medo, e fico triste por vocês... – Saphyre murmurou preocupada, pois sentia muito medo do que poderia acontecer. Não queria que aquele mundo acabasse.

– Pode deixar. Eu vou estar ao seu lado. Você vai ser muito útil para nós. Não ligue pelo fato de você ser humana e frágil... Pois eu acredito que você consiga mostrar o que tem: A bondade e a vontade de nos ajudar. Isso é o que conta. – Disse Nevra, acariciando os cabelos de Saphyre, confortando-a.

– Obrigada... Mas eu não sei se eu serei tão capaz assim. Este mundo é tão complexo e se torna perigoso. Sou do último escalão da raça. Enquanto vocês tem toda esta força sobre-humana, eu posso me ferir muito mais fácil. – Lamentou a loira, olhando para o chão.

– Ninguém está em perigo quando está comigo! Prometo que não vai se machucar e nem nada. – Nevra cada vez mais se derretia pela fragilidade de Saphyre. Ele disse com muita vontade, enquanto acariciava o queixo dela, fazendo ela se intimidar.

– Eu agradeço ao apoio. Vocês foram gentis comigo. Você, o Kero... O Leiftan...- Agradeceu a Saphyre, muito corada.

– Que isso! Não ligue para os outros... Um dia eles vão gostar de você, e será muito fácil – Nevra respondeu, jogando charme para cima de Saphyre, que corava mais ainda e não conseguia reagir perante a situação.

– Então... É... Não tem alguma missão? – Perguntou Saphyre, nervosa, querendo puxar outro assunto.

– Por enquanto não. Logo mais a noite a gente vai com a minha guarda para nos reunirmos. Enquanto isso, poderíamos dar uma volta? Acho que você não viu a parte de fora – Convidou Nevra, levando Saphyre para o Jardim.

– Eu adoraria. – Respondeu, com um belo sorriso que deixava Nevra se derreter.

[...]

Valkyon treinava Taiga na masmorra, cada um com uma espada e escudo nas mãos.

– Vamos lá, machinha. – Valkyon ironizava-a, preparando-se para um possível ataque.

– Não me subestime... Você vai sair com a minha espada enfiada naquele lugar – Grunhia, enquanto davam golpes com a espada, sendo bloqueados por Valkyon com seu escudo.

– Vamos ver se a nossa querida Taiga está forte – Deu um golpe duro, mas Taiga bloqueou rápido, e com a força de sua defesa com o escudo, virando o braço dele pra trás, deixando ele sem jeito de revirar, ajoelhando-se para render-se. Para finalizar, Taiga colocou a ponta da espada no pescoço de Valkyon

– Apesar da força, eu tenho mais técnica e jeito que você. – Sorriu, vitoriosa.

– Jogo baixo. Eu que te ensinei o golpe. – Valkyon disse de maneira dura, levantando-se.

– Vamos. Eu não tenho tempo pra lamentações do grandalhão. – Posicionou-se para treinar.

– Você está cada vez mais abusada! – Respondeu Valkyon, muito nervoso.

– Faz parte do meu charme. – Taiga disse rindo, ironicamente.

– Mulher charmosa é mulher delicada, que não faz essas coisas aí. – Respondeu o guerreiro, muito furioso.

– Ih... Então vai lá pegar a branquela loira azeda lá... A humana que vai capengar na nossa. – Debochava Taiga referindo-se a Saphyre, relaxando a sua postura na qual estava.

– Que branquela loira azeda o quê, também não tenho tempo de ser babá de humanazinha não! – Grunhia Valkyon, cerrando os punhos de nervoso, largando a espada e o escudo, indo para o chão.

– Mas é o que ela é. Delicadinha, princesinha, dondoquinha... Só o Nevra mesmo pra ficar lambendo nela o dia inteiro. Daqui a pouco eles estão aí as escondidas, dando uns amassos durante a missão. Aí quero ver como vai ficar isso aqui – Taiga disse imaginando o que poderia acontecer, enquanto sentava em uma grande pedra.

– Se ele começar a fazer isso eu vou dar umas duras nele. – Valkyon não perdia a postura, muito nervoso. Ele se agacha para pegar sua espada e seu escudo.

– E ele dando umas duras na loura, acho que não vai prestar isso aí... Tem ainda o meio ao meio que está muito esquisito depois que a conheceu. – Respondeu Taiga, confortando-se na pedra.

– Aí, o formiga, para de papo furado. Vem cá, precisa treinar muito pra chegar ao menos em um patamar abaixo do meu. – Chamava a Taiga pra lutar.

– Eu não... Vai lá mostrar o espadão pra loura mimada, vai. A delicada precisa de você. – Respondeu a morena, ironizando.

– Ih... Tá com ciúmes? – Valkyon debochava de Taiga, com seu semblante de vitorioso.

– Estou é com fome... Vou indo nessa, preciso alimentar a Saphyre também... Não é a loirona azeda pois o Nevra que dá comidinha na boca dela, e sim da minha linda e maravilhosa Dalafa! – Desceu da pedra e foi caminhando em direção à escada, mas antes passo pelo Valkyon, ignorando completamente. Ele sorri, aparentemente feliz com tudo aquilo.

[...]

“Well I just heard the news today

It seems my life is going to change

I close my eyes, begin to pray

Then tears of joy stream down my face

– Aqui é muito lindo. – Admirava Saphyre, ao dar um passeio pela floresta com Nevra.

– Sim, eu gosto muito daqui. Gosto de dar alguns passeios à noite ás vezes. – Concordava com Saphyre, olhando e admirando-a.

– E as flores então? Elas são... Tão diferentes do meu mundo. As cores aqui são tão vivas, e o povo é muito alegre também. Tudo aqui é fascinante. – Saphyre avistava uma árvore com folhas coloridas. Uma mistura de verde, rosa e azul.

– Essa arvore é exótica. Só aqui que tem. O Ezarel que sabe mais que eu, mas pelo que eu sei, essa árvore dá flores com cores incríveis. – Explicava Nevra, olhando Saphyre tentando pegar um ramo de algumas flores que tinha em um dos galhos. Como não conseguia alcançar, Nevra se prontificou para ajudá-la. Ele pegou na cintura de Saphyre e encostou seu corpo ao dela, podendo sentir o seu perfume adocicado. Enquanto Nevra pegava aquelas flores, Saphyre se arrepiava com a presença dele.

– Peguei – Sussurrou Nevra, deixando Saphyre ficar com pernas bambas. A respiração ofegante dele soprando na orelha dela fazia-a arrepiar, deixando a sua respiração descompassada.

– Obr-Obrigada – Agradeceu Saphyre, com a voz suave. Ela virou-se cabisbaixa, não sabendo como iria sair daquela situação.

– De nada. É um belo buquê. – Nevra se afasta um pouco, enquanto Saphyre via de perto as flores. Havia um espinho que picou o dedo indicador da delicada mão.

– Ai. – Assustou-se, e viu o filete de sangue escorrer. Ela chupou seu dedo delicadamente e em seguida pressionou o local para que não sangrasse mais. Nevra interrompe pegando na mão dela, e beija umidamente o dedo que foi perfurado, sentindo um pouco do gosto de ferro, mas pouco se importava. Ele puxou Saphyre consigo pelo braço e transferiu a mesma mão para aquela cintura novamente. A outra mão pegava na nuca de Saphyre, aproximando-a para a tentativa de um beijo. Ele fixava seu olhar para os olhos de Saphyre, que demonstrava um pouco de nervosismo.

– Eu acho que... Tá muito cedo pra isso... – Murmurou, por não conseguir respirar.

– Eu... Estou perdendo toda a razão. Eu sempre perco quando estou perto de você. – Nevra disse suavemente, mas disse firme o que realmente desejava, o que realmente pensava. Ele fixava seu olhar para os lábios rubros de Saphyre, que era a sua tentação. Ela se perdia, não sabia como reagiria. Seus sentimentos eram confusos, e qualquer passo que fosse dado poderia mudar seus rumos, mas a grande verdade é que Nevra a fez perder a cabeça, por ser um rapaz decidido, porém não o conhecia bem para poder dar o passo maior que a perna. Era tão difícil pensar naquela pressão que fechou seus olhos, sentindo a aproximação da respiração confusa dele, e o calor daquele ar perfumado vindo do bom hálito. Por fim Nevra estava decidido, sabia muito bem o que queria fazer naquele momento.



“With arms wide open

Under the sunlight

Welcome to this place

I'll show you everything

With arms wide open

With arms wide open”

Creed - With Arms Wide Open


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