What If...? escrita por Miss Daydream


Capítulo 7
Capítulo 7 - Cassi


Notas iniciais do capítulo

Nem Cassy, nem Cass, nem Cassí. Cássi. Sério, o apelido que o Nathaniel deu pro Castiel é bem simples e bobinho, já que eles eram crianças. Da mesma forma que só o nosso Cass chama o Nathaniel de Nate (pronunciado como "Neite"), só o Nath chama o Castiel de Cassi.
Demorei dessa vez né? Explico direito nas notas finais!
Bom capítulo



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— Psiu... – eu chamei olhando, de cabeça para baixo, meus cabelos negros pendendo e se bagunçando, para a cama beliche abaixo da minha – Psiu... Nate?

— Hm...? – ele respondeu meio inebriado pelo sono

— Eu tenho algo para você – mexi a cabeça, balançando os cabelos e sorri levemente – Acorde!

Ele abriu um pouquinho os olhos, só para poder me ver e arregalá-los, levantando-se bruscamente na mesma hora.

— Seu maluco! – ele disse colocando as mãos em baixo da minha cabeça, como se isso fosse me impedir de cair. Nate vivia fazendo pequenas peripécias como aquelas, mas sempre ficava desesperado quando eu decidia imitá-lo – Desça já daí! Você vai cair!

Eu ri e balancei ainda mais a cabeça, fazendo-o se desesperar e ralhar comigo, enquanto eu o observava de cabeça pra baixo.

— Você é um idiota sem noção – ele revirou os olhos, mas sorriu – É sério, vai acabar caindo.

— Você se preocupa demais – eu balancei a cabeça de novo e dessa vez ele se posicionou na minha frente, segurando com as duas mãos as minhas bochechas

— Quando você cair eu vou rir – ele disse apertando-as, me fazendo ficar com um biquinho ridículo

— Se eu cair – eu falei frisando o “se”, com as bochechas ainda prensadas pelas mãos dele, minha voz saindo engraçada e fazendo-o rir

— Vamos, desça logo. – ele soltou meu rosto e se sentou na cama, esperando

Saí da posição em que estava, voltando a sentar na minha cama e pegando o embrulho de cima dela. Enfiei o livro dentro da camisa larga do pijama e desci as escadas rapidamente, logo me sentando na cama dele.

Tirei o embrulho das minhas roupas e mostrei para o loiro.

— Não quero doce, Cassi – ele revirou os olhos e deitou-se na cama, virando para o outro lado – Você sabe que eu não gosto tanto assim de todos os doces, depende muito do doce...

— Não é doce.

— E o que é? – ele me olhou um pouco mais curioso do que há dois minutos atrás

— É melhor que doce.

— Ah, é? – disse se levantando novamente e me olhando empolgado – O que pode ser melhor do que doce?

— Isso – eu entreguei o pacote para ele

Ele pegou o pacote com as mãos e o chacoalhou. Passou as mãos pelas bordas e rasgou o embrulho.

Na escuridão, era meio difícil identificar a cor e o titulo, mas logo ele percebeu.

— Esse é...? – ele abriu um enorme sorriso – Onde você conseguiu?

— Na lojinha da praia – sorri satisfeito

— Você lembrou?

— Do livro que você tava namorando hoje cedo? – eu falei irônico – Claro que me lembrei.

— Eu não namoro – ele resmungou – Namorar é pra bobocas.

— Você gostou? – perguntei esperançoso

Ele me olhou sorrindo por algum tempo, e logo depois pulou em cima de mim, num abraço muito apertado. Muito apertado mesmo. Eu podia sentir cada centímetro de seu corpinho pequeno de criança naquele momento.

— É o melhor presente de todos. – ele disse – Vou guardá-lo pra sempre.

— Que bom que você gostou. – eu sorri novamente – Mas veja se termina logo, ein? Quero saber a história.

— Posso começar agora mesmo – ele começou a abrir o livro e eu me acomodei ao seu lado, deitado no travesseiro, enquanto ele acendia o abajur. – Muito bem, Capítulo Um: A Estalagem da Baleia que Fuma.

— As baleias fumam? – eu perguntei olhando para ele – Que estranho, não sabia disso...

— Deviam fumar, naquela época, todo mundo fumava...

— Já viu alguma baleia fumando?

— Eu nunca nem vi uma baleia! – Nathaniel rebateu contrariado – Agora cale a boca e me deixe continuar. Caham... “Chamem-me simplesmente de Ismael. Faz uns anos – não me peçam para ser mais preciso – tendo-me dado conta de que o meu porta-moeda estava quase vazio, decidi voltar a navegar, ou seja, aventurar-me de novo pelas vastas planícies liquidas do mundo...”

— O que são planícies liquidas?

— Planícies que tem água ué – Nathaniel me olhou com reprovação

— O que é uma planície?

— Ah Cassi, não me faça perguntas difíceis – ele rebateu – Eu acho que ele está falando do mar, pois fala sobre navegar.

— Esse tal de Ismael não era muito inteligente, né? – eu apoiei a cabeça no ombro dele, para poder ver a figura – Porque não usava simplesmente a palavra “mar”?

— Pois nessa época as pessoas eram muito exibidas. – ele observou

— Então porque não usava “oceano”?

— Discuta com Ismael sobre isso, então! – Nathaniel disse impaciente – Vamos ter bastante tempo para isso, garanto. Agora me deixe continuar!

— Tudo bem, tudo bem – eu ri de leve – Continue.

— “Achei que nada haveria de ser melhor para desopilar, quer dizer, para vencer a tristeza e regularizar a circulação sanguínea...”

— O que é desopilar? – perguntei ainda mais confuso

— Ele disse o que é, eu não vou repetir! – Nathaniel revirou os olhos – Você é chato igual a esse Ismael.

— E você é exibido igual a ele, também! – eu ri – Então deve ser mal de quem tem “el” no final do nome! – provoquei e ele mostrou a língua, e voltou a olhar para o livro.

— “Algumas pessoas, quando atacadas de melancolia, suicidam-se de qualquer maneira. Catão, por exemplo, lançou-se sobre a própria espada...”

— O que é melancolia?

— Castiel, quer calar a boca?

— Esse tal de Catão, que apareceu do nada e já morreu, deve ter sido muito burro – comecei a minha teoria – Quer dizer, quem cai em cima da própria espada?!

— Concordo que ele não devia ser muito esperto... – ele pondera – Mas você também não é, então me deixe continuar.

— Ei!

— “Eu instalo-me tranquilamente num barco. O que não tem nada de espantoso. Os homens não se dão conta disto, mas todos, em algum momento da vida, sentiram um amor tão profundo como o meu...”

— Eles são todos muito burros! Isso é um absurdo! – eu disse indignado – Não viram o Ismael entrar! Como não viram?!

— Cassi!”

O despertador toca e eu acordo instantaneamente, sentindo um pouco de dor de cabeça, mas não chega a doer como há uma semana atrás. Espreguiço-me na cama e bocejo de leve, virando para o lado esquerdo e tentando fazer minha visão entrar em foco.

Vejo a cama de Nathaniel, e ele está dormindo todo bagunçado nela. Quase caindo dela, na verdade. Sua cabeça está perto da beirada, e ele abraça a si mesmo, todo encolhido. Os cabelos loiros caem sobre os olhos e sua boca está entreaberta enquanto ele respira calmamente.

Observo-o por certo tempo, então começo a achar a situação estranha. Está quase no horário da aula e ele nem se mexeu ainda. Sorrio malvado em sua direção, porque sei que ele vai acordar com uma ressaca daquelas.

Levanto calmamente da minha cama e me aproximo-me da dele, meu sorriso aumentando a cada passo. Abaixo-me até ficar com o rosto na altura do dele, me colocando logo na frente dele.

— Bom dia Nathaniel! – grito o mais alto que consigo, bem perto da orelha dele

Ele pula com o susto e bate a cabeça na cabeceira da cama, parece a ponto de me matar.

— Qual o seu problema, seu delinquente?! – ele grita comigo e parece se arrepender logo depois, levando as duas mãos à cabeça – Acho que vou morrer...

Rio um pouquinho da desgraça dele.

— Parece que tem 50 facas entrando e saindo da minha cabeça – ele diz de olhos fechados – E elas são muito afiadas mesmo. Meu corpo todo está doendo. Acho que morrer não é uma ideia tão ruim...

— Vai passar – eu me divirto mais um pouquinho, dando um soco leve no braço dele – Você só precisa de um banho gelado e comprimidos.

Ele se remexe na cama, virando de barriga pra cima, com as mãos ainda cobrindo a cabeça.

— Não consigo entender como cheguei aqui... – ele suspira e eu me encolho um pouco para trás

Talvez seja melhor que ele não saiba mesmo, já que a situação de ontem foi bem constrangedora. Impressiona-me que ele tenha esquecido, e até me deixa um pouco chateado, mas não deixo transparecer.

— Que horas são? – ele pergunta com a voz abafada

— Nove e meia – eu falo um pouco seco e ele se levanta bruscamente, levando as mãos novamente a cabeça e reclamando ainda mais do que antes

— Tenho meia hora – ele ralha consigo mesmo – Só meia hora. Merda! Porque você não me acordou antes?

— E porque eu acordaria? – sento no chão e encaro preguiçosamente os olhos dourados entreabertos – Me de um bom motivo pra acordar antes das nove e meia em um dia que as aulas começam as dez?

— Ressaca – ele responde resignado e eu dou risada

— Ok, pode até ser uma boa razão – admito – É a primeira vez que você faz algo assim?

— A segunda – ele responde ainda dominado pelo torpor da dor de cabeça e do sono – Ah meu Deus, porque estou contando isso pra você?

— Porque eu perguntei – respondo e ele finalmente abre completamente os olhos, me encarando – Quando e como foi a primeira?

— Castiel, me de um bom motivo para que eu te conte uma coisa dessas – ele sorri cansado – Só um, e então eu te conto. E estou exigindo um bom motivo de verdade, e não coisas como “porque sim” – ele diz mostrando a língua como um débil e numa tentativa ridícula de imitar a minha voz – “porque eu sou o dono do mundo” ou “porque eu sou lindo” e essas coisas típicas de você.

— Hm... – coloco a mão no queixo, pensando – Porque eu quero saber...?

— Que droga de motivo – ele ri e eu o acompanho – Me de outro.

— Você pediu só um.

— Eu exigi um motivo bom— ele pondera – E o que você me deu não chega nem perto.

— Porque pode ser engraçado e talvez melhorar o seu humor? – tento e dessa vez ele parece pensar no assunto

— Estou aceitando qualquer coisa que possa melhorar isso, então certo, você venceu – ele se rende e eu lhe dou meu melhor sorriso malicioso – Na primeira vez que eu fui a um lugar desses, foi contra a minha vontade. A Ambre saiu sem avisar, meu pai... Pirou e me mandou atrás dela. Eu fui, entrei lá e a avistei dançando com uns três caras ao mesmo tempo. Claro, ela é minha irmãzinha, então...

— Correção: vocês são gêmeos. Ela não é sua irmãzinha – eu levanto o dedo indicador – Pode continuar a narrativa.

— Você não tem irmãos, então não vai entender – ele me olha irritado e dá de ombros – Agora cale a boca e me deixe terminar, se não vai ficar sem saber.

O que ele me diz lembra-me tanto do meu sonho que eu fico um tanto atônito. Há momentos em que o antigo Nathaniel, aquela versão angelical do próprio diabo, que não parava quieto um minuto apesar de saber muito bem como exigir silêncio das outras pessoas, emerge do interior dele, revelando sua personalidade um pouco difícil mas incrível de se decifrar. Quando você começa a entender, fica fascinado e todas as conversas são quase como desafios bem elaborados.

— Continue, então. – jogo o cabelo para o lado e ele me olha satisfeito

— Certo, então eu fiquei bem bravo de ver a minha irmãzinha— ele frisa a palavra e me dá um sorriso maldoso, só para me irritar – Sendo rodeada por todos aqueles urubus, e fui tirar satisfação com eles, para afastá-los da Ambre.

— Com a sua camisa e gravata você deve ter mesmo botado medo neles, não? – eu também sei jogar, Nate

— Como se eu realmente estivesse vestido assim – ele diz seguro, mas percebo que suas bochechas ficam um pouco mais avermelhadas – Antes de conseguir chegar até ela, uma das amiguinhas idiotas me sequestrou.

Não aguento e começo a rir. Talvez seja por causa da forma como ele fala, mas soou mais engraçado do que deveria, e ele me olha sério e até um pouco ofendido.

— É sério! Mas essa amiga dela era muito linda, ao menos – ele diz olhando para cima, provavelmente lembrando-se de algo – E então eu meio que me deixei ser sequestrado.

— Você não presta.

— É o sujo falando do mal lavado – ele sorri irônico e eu rio mais uma vez. Talvez devamos embebedar Nathaniel mais vezes, sendo que o seu lado malvado aflora, e este é bem mais engraçado do que o outro – E então, como eu estava falando antes de ser interrompido bruscamente – ele me olha irritado – Ela acabou me sequestrando por mais tempo do que o esperado, e a Ambre veio me procurar. Ela estava muito brava mesmo, e foi até engraçado. Mas então chegamos em casa, e ela abriu a boca, e deixou de ser engraçado – ele estremece, numa mudança brusca de humor

— A Ambre encontrou vocês? – eu digo imaginando a cena e rindo – E quando foi isso?

— Um pouco depois de... – ele endurece ainda mais a expressão – De...

E eu sei a resposta. "Um pouco depois da nossa briga."

— Não fala. – eu peço baixinho e ele me olha intrigado por um tempo, mas depois olha para o relógio e sai correndo de cima da cama

— Quinze minutos! – ele grita e coloca as mãos na cabeça pela quinta vez, enquanto tenta pegar outra muda de roupas – Obrigado por estragar o meu horário Castiel!

— Disponha – digo levantando também – Não demora, quero escovar os dentes.

— Eu também quero escovar os meus – ele faz uma careta – E provavelmente vou demorar. Parece que um gambá morreu aqui dentro.

— Efeitos colaterais de beber até cair, literalmente – eu digo rindo e depois me lembro de que não quero que ele saiba que o carreguei até o quarto. E de que caiu. E de que eu caí em cima dele. – Vai logo.

Ele entra no banheiro e tranca a porta apenas uma vez.

***

Depois de ele ter saído correndo enlouquecido do quarto, alegando que estava atrasado, e escovei meus dentes com a maior calma do mundo. Até escolhi meu cachecol vermelho preferido para vestir hoje, já que o tempo está bem frio.

Ando calmo pelo corredor do dormitório masculino, descendo as escadas enquanto os outros alunos conversam animados sobre algo. Avisto Lysandre descendo as escadas calmamente e o espero, para conversar.

— E aí? Como foi a noite? – sorrio malicioso, e ele me olha sorrindo um pouco também

— Ótima – ele responde – E a sua? Porque sumiu tão de repente?

— Problemas com o representante de classe – eu revelo sinceramente para meu amigo albino

— Castiel, você não é babá dele...

— Eu sei.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e então ele bate na testa.

— Droga, sabia que estava esquecendo algo... – e só então noto que ele não carrega a mochila

Sério Lys? Aposto que só não perde essa cabeça por dois motivos: 1. ela é grande demais e 2. ela está grudada nesse maldito pescoço. As vezes a memória curta de Lysandre é tão absurda que me irrita.

— Vamos, eu vou com você – suspiro irritado e subimos as escadas novamente, correndo

Assim que chegamos a porta do meu amado antigo quarto, ela se abre abruptamente, revelando um menino um pouco mais baixo que eu, de cabelos verdes e olhos esmeralda.

— Lysandre! Eu estava agora mesmo indo te chamar – ele diz – Você esqueceu a mochila de novo...

— Obrigado, Jade! – Lysandre sorri sem graça e eu rio de leve

— Bom dia pra você Castiel – Jade sorri e joga a mochila dele por cima dos ombros, colocando a boina logo em seguida

— Olá – respondo simplesmente

— Vou indo, quero passar no clube de jardinagem primeiro – ele informa, como se fosse importante que nós soubéssemos daquilo – Sabem como é essa época do ano, tudo murcha e fica frio...

Ele sai correndo e segue em direção oposta à escada que temos de descer. Olho para Lysandre, que apenas sorri e dá de ombros.

Ele tem um colega de quarto tão estranho quanto ele.

***

Nathaniel não está na sala.

Esse é o primeiro pensamento que me ocorre assim que me sento no meu costumeiro lugar ao fundo da sala, ao lado de Lysandre. É esquisito porque ele saiu antes de mim, e ainda por cima desenfreado.

Quase como se eu o tivesse invocado, Nathaniel se esgueira pela porta, um segundo antes do Professor Faraize entrar e fechá-la. Rio internamente com a falta de habilidade de Nathaniel quanto a coisas simples como essa, e então ele se senta atrás de Armin, que o olha surpreso e pergunta alguma coisa.

Nathaniel apenas resmunga algumas coisas e se debruça sobre a cadeira, completamente esgotado logo de manhã. É estranho ele deixar seu lugar lá na frente vago, e Elizabeth já se vira para trás fazendo uma cara meio chateada, provavelmente se perguntando se Nathaniel está bravo com ela por tê-lo abandonado ontem.

Alexy o cutuca levemente, perguntando alguma coisa e os ombros de Nathaniel tremem, denunciando que ele está rindo. Kentin belisca Alexy, chamando a atenção do azulado para frente.

A aula passa e eu decido anotar o que o professor passa, por motivos desconhecidos. Mas minha cabeça está na minha amada guitarra, embaixo da minha cama.

Juro que se eu pudesse, faria um tipo de santuário só para ela. Não que já não tivesse um dentro da capa, que eu fiz questão de acolchoar e deixar tudo o mais protegido possível, para que o objeto tão adorado não sofresse nenhum dano.

Amo aquela guitarra mais do que amo muita gente por aí, e trocaria algumas pessoas por ela sem nem pensar duas vezes.

Assim que o sinal toca, percebo Nathaniel se remexer e sair apressado da sala. Não posso evitar a onda repentina de curiosidade que me atinge sobre ele e fico imaginando o porque de ele estar tão agitado, mesmo com toda a história da ressaca.

***

Mais um dia chato, cheio de aula chata, gente chata e Ambre chata. Tudo isso só me dá mais impulso para querer tocar minha amada guitarra, algo que não faço faz tempo. Chamo Lysandre* para me acompanhar até o quarto e revisar alguns acordes.

Não contei a ele o que pretendo, e acho que talvez seja melhor assim. Quero falar com ele e Elizabeth na hora certa, sem fazer besteira.

Assim que abro a porta, nós dois nos deparamos com algo inacreditável.

A primeira coisa que penso é: lindo. Muito lindo mesmo. Apesar de não entender muito sobre, já que estou acostumado com outro tipo de instrumento...

Logo depois, me pergunto o porque de ter um baixo azul maravilhoso sobre a cama de Nathaniel. Quer dizer, ele não toca, toca?

— Uou Castiel! – Lysandre abaixa-se ao lado da cama, completamente maravilhado – É da melhor qualidade! Decidiu começar a tocar baixo também? Nem é tão difícil, e vai ser delicioso tocando em um desses! Quero dizer, eu adoro o meu, mas este aqui é incrível!

— Lysandre, esse baixo não é meu – eu digo admirando o instrumento azul da mesma forma que ele, talvez nem tão apaixonado assim, já que só tenho olhos para a minha guitarra

— Então é de quem? – ele indaga curioso

— É meu. – nós dois viramos ao mesmo tempo, Lysandre maravilhado e com uma pontinha de inveja e eu de queixo caído, mais surpreso do que nunca.

Quantas surpresas Nathaniel têm nas mangas? Primeiro o boxe e agora isso. Sinceramente...

— Você toca Nathaniel? – pergunta Lys, muito educado como sempre

— Ah, um pouquinho – Nathaniel diz sem olhar pra mim, passando as mãos pelo cabelo num gesto de nervosismo

— Deve tocar muito bem, porque escolheu simplesmente o melhor baixo do mundo! – Lysandre exclama, e é uma daquelas poucas vezes em que ele fica tão animado que seus olhos heterocromáticos brilham

— É o que dois anos inteiros economizando mesada podem pagar – ele ri – Mas valeu a pena...

— Com certeza! – Lysandre sorri, se contendo um pouco melhor agora – Você faz aulas?

— Sou autodidata – Nathaniel explica – Aprendi vendo vídeos na internet e tablaturas, porque meus pais nunca investiriam em algo como isso.

— Inacreditável – exclamo ainda meio tonto pela coronhada que foi descobrir que o representante pode surpreender a qualquer um quando quer


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Notas finais do capítulo

*O Lys da fic toca baixo magnificamente (melhor que o Nathaniel)além de escrever suas poesias e músicas, não sei, acho que o baixo dá um ar mais tímido e misterioso
E então, valeu a pena a demora? Essa é a minha lembrança favorita das que escrevi até agora, porque é a mais bonitinha haushauhs
É a última sobre o livro também, mas garanto em breve muitas outras!
Desculpem mesmo pela demora, eu fui uma péssima pessoa! Mas eu tive um bloqueio literario gigantesco essas semanas, e não consegui escrever o cap. 8. Eu estou escrevendo e postando, sempre com um capítulo de folga para conseguir manter o compromisso e essas coisas.
Como estou em semana de provas (3º colegial... Choro ao longe.....) eu provavelmente só posto semana que vem ;-;
Esse cap foi bem descontraído, pro nosso querido Cass começar a perceber coisas que antes não ligava no Nathaniel.
Devo continuar?
Beijooos



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