What If...? escrita por Miss Daydream


Capítulo 15
Capítulo 15 - Tentando


Notas iniciais do capítulo

OI AMORES! Tudo certo? Dessa vez não demorei tanto, né?
Primeiramente gostaria de dedicar esse capítulo a Mileh Diamond! Obrigada pela recomendação MARAVILHOSA! Nem preciso dizer que chorei lendo né? Sou super manteiga derretida e suas palavras me deixaram nas nuvens, obrigada pelo carinho!
Também gostaria de agradecer especialmente a Jowlly! Obrigada pelo carinho! Ver seus comentários em todos os capítulos me deixou feliz de uma forma que eu nem sei explicar! (Chorei lendo alguns também, menina obrigada por ser maravilhosa assim!)
Obrigada pelo apoio de todas e todos que continuam aqui, lendo minha história! Nunca achei que teria esse retorno maravilhoso de pessoas maravilhosas como vocês! Vocês são os melhores leitores do mundo todo!
Sem mais demora, bom capítulo! Nos encontramos lá embaixo.



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Duas semanas se passaram desde o meu pequeno... Incidente emocional.

Desde então, as coisas só melhoraram. Ambre ficou de bico fechado e recentemente tem me olhado com nojo. Tudo bem, eu mereço. Fui agressivo e babaca, mas o que eu posso fazer sendo que tive um delírio pra lá de esquisito com o irmão dela?

E quanto a Nathaniel... Ele sequer desconfia, e isso me deixa extremamente satisfeito.

A gente não se fala mais. Ele fica lendo e estudando em sua escrivaninha ou na cama, e seu lado do quarto é impecável. Mantém a parte dele em ordem, como tem que ser. Não interfere na minha bagunça e não reclama.

Ele não fala nada.

E bem, nem eu. Na verdade eu nem olho para ele. Quer dizer, o que eu posso fazer? Eu estou sentindo algo muito esquisito por um cara que eu não queria mais nem amizade. A melhor coisa a se fazer é reprimir meus sentimentos guardando-os para mim, porque eu sei que eles vão sumir.

Eu estou feliz.

Ou era para eu estar.

***

Acordo com os bipes incessantes do meu despertador. Bato nele com agressividade, e me surpreendo ao perceber que ele continua vivo.

Quanto tempo será que ele aguenta?

Como tem sido um costume nessas duas últimas semanas, Nathaniel já saiu do quarto com antecedência, sem me encher a paciência. Eu não sei dizer o porquê, mas todas as vezes que eu acordo sozinho, sinto como se estivesse vazio.

Mas é melhor assim.

Era pra ser...

E, bem, é!

Levanto-me com preguiça e faço minha higiene matinal. Ao me olhar no espelho, não encontro nada de especial. Percebo que a raiz do meu cabelo precisa ser retocada e o remexo com descaso. Posso tentar arranjar tempo para isso antes de sair para a excursão amanhã. Não é muito complicado...

Escovo os dentes rapidamente e me enfio em uma camiseta preta de manga comprida. O frio tem sido cada vez mais rigoroso, então ultimamente eu só uso calças bem grossas com as minhas botas e coturnos, além de jaquetas pesadas de frio.

Cubro a raiz negra aparente nos meus cabelos com uma touca de frio vermelha e simples, cato minhas coisas e as jogo dentro da mochila com descaso ao mesmo tempo em que pego minhas chaves e me preparo para sair.

Vai ser um dia longo.

***

Chego à sala de aula com dois minutos de atraso, nada gritante. Afinal, a aula é do Sr. Brunner, o professor de literatura que tanto me causou problemas. E, pra variar, ele não está nem aí.

Sento-me ao lado de Lysandre, que voltou a ser meu amigo alguns dias depois de eu decidir que ele e Elizabeth estavam perdoados por serem cuzões comigo. Ele ficou contente e não comentou mais nada sobre o assunto, como um bom melhor amigo deve fazer.

Ao contrário de Nathaniel, que com certeza ia dar o maior chilique do mundo todo, e reclamaria que eu não posso sair por aí fazendo tudo o que quero porque isso magoa os outros e...

Porque meus pensamentos sempre terminam nele? O rumo da minha vida agora é ficar tendo malditos devaneios sobre esse imbecil?!

Ah, vai tomar no cu!

Chacoalho a cabeça em negação, tentando afastar os pensamentos e percebo que Sr. Brunner escreve algo na lousa.

“Entrega das notas da prova sobre o livro Noite na Taverna”.

Porra! Mas ele já vai entregar?!

Engulo em seco, um pouco desesperado. Sei que estudei e li o livro com Nathaniel, mas e se não tiver sido o suficiente? Eu estou com a corda no pescoço, e repetir não é uma boa ideia apesar de eu fingir nunca ligar para isso.

Estou muito tenso. Sinto cada músculo de meu corpo se contrair e aperto a mesa com força discretamente. Lysandre está tão alienado com aquele bloco de notas idiota que nem percebe. Saber que ele não pode me ver assim é um pequeno alívio.

– Vou chamar por ordem alfabética. – Brunner fala enquanto equilibra uma moeda nos dedos – Todos devem vir até a minha mesa quando ouvirem seus respectivos nomes. Os que tiverem tirado menos da metade da nota máxima estão detidos na recuperação. Alexy,venha até aqui.

Observo o azulado levantar confiante, se espreguiçando. Bagunça os cabelos já desarrumados de Kentin e sorri, caminhando calmamente até a mesa do professor.

Merda, merda! Porque é que eu tinha que ser logo o quarto na lista de chamada?! Meu nome tinha mesmo que começar com a letra C?!

Começo a roer as unhas, em sinal de ansiedade. Isso não é nada bom, toda a minha confiança foi jogada pela janela. Tenho certeza que apesar de tudo, vou ter que fazer a recuperação, perder a excursão para o clube de esqui, não conseguir, repetir o ano...

– Castiel. – ouço a voz do Sr. Brunner chamar – Vou ter que ir até aí te buscar? É a quinta vez que chamo.

– Estou indo... – pigarreio sem graça

Perdido em devaneios novamente... Isso virou um péssimo hábito, que precisa ser corrigido imediatamente.

Enquanto ando até a mesa do professor minha mente parece entrar em blackout. Eu me esqueço de tudo, até de como respirar. Não sei nem explicar como é sentar à mesa para ouvir o veredicto.

Talvez eu vomite.

– Parece que você está bem acordado agora, huh? – Brunner não da risada. Parece mortalmente sério – Estudou pelo menos? Ou foi na sorte?

– Eu li. – falo com toda coragem que consigo arrumar – Estudei. Agora para com essa pressão maldita e me entrega logo a prova.

– Olhe lá como você fala com o seu professor, Castiel. – Brunner fala todo sério, mas vejo o sorriso de canto que se forma em sua boca – Está aí.

Pego a prova que está virada para baixo. Toda amassada, mostrando que me dediquei muito mesmo a ela. Espero ter tido resultados.

Respiro fundo, e é como se o mundo tivesse ficado em câmera lenta. Viro a prova com cautela, esperando a caneta vermelha denunciar minha falha. Mas ela não está lá.

Porque eu tirei um fucking 19*!

– Parabéns. – Brunner ri

Abro um sorriso tão grande que nem parece meu. Nem me importo com o ponto que perdi, só consigo pensar que passei! Eu passei, porra!

Levanto-me, segurando para não fazer uma vergonhosa dancinha da vitória na frente da sala toda. Localizo Lysandre na sala, tentando não demonstrar preocupação. Sorrio e pisco para ele, que ergue os cantinhos da boca, orgulhoso.

Elizabeth está com os olhos brilhando, e Rosalya comemora com as mãos. Alexy faz sinal de positivo ao mesmo tempo em que o irmão, e Kentin bate continência, mesmo que não sejamos lá muito próximos.

E Nathaniel... Ah, Nathaniel. Ele está me olhando com uma felicidade que provavelmente escapou sem seu consentimento. Ele sorri quase tão abertamente quanto eu, orgulhoso. Ele pareceu esquecer tudo o que aconteceu, só por aquele milésimo de segundo. Agradeci por estar passando como se o mundo estivesse parando.

Eu queria gritar para ele. Queria dizer que estava tudo bem, que eu tinha conseguido por causa dele. Por causa da ajuda dele! Queria poder abraçá-lo e pedir desculpas.

Queria muito pular em cima dele.

Mas as coisas não são como a gente quer, então o nosso pequeno segundo acaba tão rápido quanto começou. Eu me dirijo até o fundo da sala, meu cérebro não mais em câmera lenta como antes, e ele continua virado para frente esperando seu nome ser chamado.

Por um segundo eu quase me esqueci de tudo, de todos os problemas. De tudo o que aconteceu entre nós no passado e recentemente. Eu me lembrei apenas de nós dois, mesmo que nós dois não exista e talvez nem venha a existir.

Nós fomos feitos para ser Castiel e Nathaniel.

Mas quem sabe não possamos nos tornar apenas Cassi e Nate novamente?

A esperança sempre é a última que morre...

***

– Um 19?! Caraca Castiel, você arrasou! – Lizzie grita, me abraçando pelo pescoço com toda a sua pequenice – Como foi possível?! Você deve ser algum tipo de super gênio incubado!

Decidi ser também amigo de Elizabeth novamente. Mas isso não significa que eu não leve mais em conta da paixonite dela pelo Nathaniel. Eu levo, e sei que ela tem muito mais chances do que eu... Até espero que eles sejam felizes.

Ah... A quem eu quero enganar? Não os quero juntos. Mas também não quero eu e ele juntos. Isso tudo ainda é muito esquisito para a minha cabeça, sinto como se fosse um maldito nó que não consigo desatar.

Admitir para mim mesmo que eu esteja possível e minimamente gostando de Nathaniel já é muito complicado, então um passo de cada vez.

– Eu sempre fui um gênio incompreendido. – dou-lhe um sorriso torto – Agora, mudando de assunto, você já arrumou suas malas?

– Dã, claro que sim! – ela apontou para si mesma, com cara de superioridade – Eu sou super responsável!

– Essa excursão de Natal vai ser a melhor de todas! – Rosalya, que está logo atrás de nós com Lysandre, grita animada – Eu adoro a Estação de Esqui!

– É um lugar bastante agradável. – Lysandre diz com um sorriso discreto

– Espero que seja mesmo muito boa! – Lizzie anda de costas, olhando para Lys enquanto fala – É minha primeira vez indo a uma dessas!

– Sim, sim! Só tente não quebrar a perna antes disso! – Lysandre a segura pelos ombros com cautela exagerada – Ande direito ou vai tropeçar.

– Você se preocupa demais Lys... – Elizabeth ri, mas atende as recomendações do albino – E quanto a você Cas? Animado?

– Até que sim. – respondo com certa indiferença – Se me dão licença, tenho que ir arrumar as minhas coisas.

– Deixar tudo para a última hora é mesmo a sua cara. – Rosa dá risada

– E não é da sua conta...

– Ai, credo. Até mais, mal humorado. – ela pega Lizzie pelo braço – Vamos, preciso falar com o Leigh no telefone...

– E porque diabos eu preciso ir junto contigo?

– Porque você é minha melhor amiga, e é isso o que as melhores amigas fazem. – a garota de cabelos platinados rebate com maestria

– Não é convincente. – a loira diz – Aqui, leve o Lysandre. Ele é irmão do Leigh.

– Não me meta nisso, mocinha. – ele sorri abertamente

– Ah, parem com isso. Venham comigo os dois!

Enquanto ela os arrasta, consigo ouvi-los protestando.

Não é por nada, mas está parecendo que o meu amigo de olhos heterocromáticos tem uma quedinha pela Liz. E isso não é nada bom para ele se as minhas hipóteses estiverem corretas.

Bem que ele podia levá-la para bem longe de certo garoto loiro.

Merda, mas o que eu estou pensando? Grande besteira...

Preciso focar no que realmente importa: exibir minha nota magnífica por aí e reunir minhas roupas e botas de frio para ter um merecido descanso na excursão anual da escola.


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Notas finais do capítulo

*A nota máxima na França é 20! Castiel tirou então meio que um 9, mais do que suficiente para ele poder passar na matéria
E então? Gostaram? Infelizmente o "melhor" na cabeça do Castiel é o pior na cabeça de nós, as shippers sofredoras uahsuas
Pelo menos ele voltou a falar com os amigos né? Acho que ficar só deve ser o maior medo do Cas, porque ele vive isso constantemente. Então tentei fazer com que as coisas dessem certo pelo menos um pouquinho.
Se encontrarem algum erro me avisem!
Um aviso sobre os reviews lindos de vocês: meu computador tá dando problema, e agora estou postando pelo da minha mãe! Por isso, vou demorar um pouquinho pra responder os reviews, mas de pouco em pouco eu vou respondendo tá? Eu tardo mas não falho! auhsuahs
Feliz véspera de Natal para todos vocês! Boas festas



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