What If...? escrita por Miss Daydream


Capítulo 14
Capítulo 14 - Memória


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEEEE ADIVINHEM QUEM VOLTOUUUU
*se desvia das pedradas e facas*
DESCULPEM O SUMIÇO, O MOTIVO TÁ NAS NOTAS FINAIS
AMO VOCÊS, OBRIGADA POR CONTINUAREM AQUI ♥

Capítulo dedicado especialmente à Lisseniere (vulgo minha linda Alexy) e a Idontcare!
As recomendações de vocês me fizeram chorar meninas! Foi o gatilho final que me fez voltar com a fanfic! Muito obrigada pelas lindas palavras, de coração

OUÇAM ESSA MÚSICA COM O CAPÍTULO: https://www.youtube.com/watch?v=4EVqR6BCZYA



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Nathaniel balançava o lápis grafite de um dedo para o outro, com tamanha habilidade que chegava até ser questionável para alguém como ele. Ele parecia impaciente, como se tudo estivesse dando errado, inclusive (e principalmente) aquele trabalho de matemática.

– Você vai me enlouquecer se continuar balançando essa merda desse jeito. – grunhi irritado. Devia fazer pelo menos uns dez fucking minutos que eu o estava observando

– Desculpe, é só que não consigo entender o porquê do valor deste ângulo absciso ser 130º... – Nate mal olhou para mim, apenas largou o lápis no sofá

Estávamos na minha casa, eu zapeando os canais, tentando inutilmente encontrar algo que prestasse, e ele rodeado pelos livros de cálculo enquanto preenchia as lacunas em branco dos exercícios.

O celular ao meu lado apitou, e eu o peguei para encontrar ali uma mensagem de Debrah. Dei um risinho e o joguei no tapete.

– Quem era? – Nathaniel perguntou entediado, quase não saindo da concentração de seus inúmeros exercícios

– Debrah. – sorri para a televisão – Acredita que ela me chama de “gatinho” agora? Logo eu, que detesto esse bicho ingrato. Tsc.

– Não fale mal dos gatos. – o loiro me repreendeu. Sabia que ele o faria – Peça para que ela pare se você não gosta.

– Mas eu gosto.

Ele ergueu a cabeça e me fitou com um olhar enigmático por alguns segundos. Logo depois abaixou a cabeça para os livros e começou a balançar a perna, naquele tique insuportável de ansiedade que ele tinha.

Fui até ele, apoiei as mãos em suas pernas para que ele parasse e coloquei a cabeça na frente dos livros, com uma expressão séria.

– Para. Com. Essa. Merda.

– Ninguém merece você, sabe? – ele me empurrou pelos ombros e eu caí de bunda no tapete da sala

– Ninguém merece você e esses seus tiques de estresse. – revirei os olhos – Para com isso, vai acabar ficando maluco.

– Não me enche, eu preciso ir bem nessa matéria. – Nathaniel se espreguiçou e pude ouvir suas costas estralando

– Você precisa ir bem em absolutamente tudo! E outra, já não tirou um belo 9,5 na prova oral?

– Ainda tem a escrita.

– A oral é mais difícil, e vale bem mais. Relaxa.

– Eu bobeei, deveria ter estudado mais. Essa nota pode me trazer vários problemas...

– Como um maldito 9,5 pode te trazer problemas?! – gritei enfezado. Tirei 4,0 na mesma prova – É quase um 10!

– Mas não é!

– Ok, chega.

Levantei em um salto e joguei todos os livros, papéis soltos e materiais que estavam em cima do sofá para o corredor. A barulheira acabou assustando Dragon na lavanderia, que latiu em protesto.

– O que você pensa que está fazendo?! – Nathaniel me olhou fulo da vida e eu ri – Que droga, Castiel! Pare de se meter onde não é chamado! Não sei nem porque eu vim aqui, saco! Você não me leva a sério!

– Eu não levo nada a sério. – segurei as bochechas dele, como ele costumava fazer quando éramos crianças – Por isso ainda estou são.

– Não afirmaria isso com tanta certeza... – ele disse com a voz engraçada e cruzando os braços, irritado

Ri mais uma vez e o soltei, indo procurar por um DVD no meio dos jogos da minha mãe. Ela comprara um punhado daqueles videogames idiotas pra dançar, porque queria emagrecer. Eu nunca os uso, mas tem gente que diz que dançar acalma os nervos, e tudo o que eu queria era que Nathaniel se acalmasse.

Coloquei no console o primeiro que achei, e aumentei o volume no máximo.

– Que é que está fazendo, Cassi?

– Vem dançar milady, deixo você escolher a música.

– Para de ser besta.

– Para você.

Olhou-me por alguns segundos e logo voltou a arrumar os materiais caídos, colocando-os com cuidado em cima do sofá novamente.

– Larga de ser chato, Nate! – puxei-o pela barra da camiseta azul que ele vestia, e o loiro se desequilibrou – Vai ser divertido se você não for um merda.

– Não estou sendo um...

– Vai logo, nunca te peço nada.

– Não, imagine. – não deixei escapar o tom irônico na voz dele

Levantei irritado e escolhi qualquer uma das músicas ali, depois me espreguicei e preparei-me para dançar.

Nunca fui muito de dançar, por ser bastante desajeitado com movimentos assim. Minha habilidade está nas mãos, na melodia, e não nos movimentos que vem dela. Mas o fato é que eu via as pessoas se divertindo com isso, e já fazia muito tempo que eu e Nate não nos divertíamos. Ele estava tão distante, eu queria puxá-lo para a Terra.

Talvez a única maneira de fazer isso fosse me ridicularizando.

(Apertem o play no YouTube!)

A batida da música começou, e achei até que era boa. Tentei seguir os movimentos do dançarino e as instruções na televisão, e devo dizer que minha imitação de avião estava incrível, mas ouvi risadas vindas do garoto de olhos dourados, logo atrás de mim.

– Que é? Você disse que não queria, mas não é por isso que eu vou deixar de fazer...

– Você é tão desajeitado Cassi, espera só eu gravar e mostrar pra Tia Valérie! Ela vai amar.

– Cale a boca, sou leve feito uma pena. Saca só. – comecei a cruzar os braços, de acordo com o dançarino na televisão e quase tropecei no tapete

Isso acabou arrancando mais gargalhadas de Nathaniel.

– Você é péssimo.

– Melhor que você!

– Claro que não.

– Prova.

– Nunca.

Só que na metade do segundo refrão ele já estava ali, dançando comigo. Eu pude ver seus ombros mais relaxados, a tensão no pescoço diminuída. O sorriso tranquilo e divertido nos lábios.

– Ai! Você esbarrou em mim! – reclamou, me empurrando no meio tempo de um dos passos – Entrei na metade e estou ganhando, você é péssimo.

– Ei! – empurrei-o de volta, tentando não rir – Presta atenção no seu espaço!

Depois de chutarmos o sofá por pelo menos cinco vezes, nós dois desistimos e decidimos tirá-lo do caminho. Afastamos a mobília e juntamos as coisas num canto só, para ficar fora do caminho.

Perdemos boa parte da música e da pontuação, e quando voltamos não conseguíamos acompanhar. Por isso, comecei a imitar um avião, rodeando Nathaniel e fazendo-o dar risada.

– Mayday mayday! Estamos caindo, não aterrissaremos vivos! – gritei empurrando-o

– Com um piloto péssimo igual a você, não me admiro muito! – Nate gritou enquanto girava para me acompanhar

– Mayday mayday! Houston, temos um problema! Tem um chato imbecil à bordo, e ele está me desconcentrando! – comecei a girar para o outro lado, tentando não rir

– Você é uma vergonha para o seu pai! – o loiro dava risada

– É a maior espécie de imbecil já vista na face da Terra! Temos que descer para catalogar, acho que é rara!

Ele entrou na brincadeira, abrindo os braços e girando como eu, para imitar um avião da maneira mais tosca e engraçada possível.

– Jean Paul, seu filho é uma vergonha para a história dos pilotos de avião!

– Mayday! Toda vez que ele abre a boca é pra falar merda!

As risadas vindas de Nathaniel aumentaram e ele começou a correr atrás de mim, e quando percebemos estávamos correndo em círculos, ao redor do sofá. Ele fechou os olhos enquanto sorria, invadido pela paz e felicidade. Fazia tanto tempo que eu não o via daquele jeito que pareceu até clandestina.

Acabei me distraindo olhando-o e tropecei no tapete, quase caindo de cara no chão. Me virei no ultimo segundo e caí de costas no chão. Como a sorte não estava ao meu favor, Nathaniel só ouviu o estrondo quando era tarde demais, e acabou caindo em cima de mim.

– Ai... – ergueu-se e ficou apoiado nos cotovelos, enquanto olhava para mim de cima – O que aconteceu? Pouso forçado?

– Engraçadinho... – massageei a cabeça – Eu me joguei no chão.

– Parece mais que você caiu...

– Ah, me erra!

Nathaniel soltou uma gargalhada tão gostosa que quase me envolveu. Quase.

Seus olhos pareciam bem mais bonitos vistos por esse ângulo, e brilhavam por causa das risadas e da tranquilidade. Levei minha mão até seu ombro esquerdo e o apertei.

– O que foi, Castiel? – ele disse vermelho de tanto rir enquanto ajeitava o cabelo com uma das mãos, apoiando-se em meu peito e me deixando sem ar – O que? Perdeu o fôlego de ver tamanha beleza na sua frente?

– Parece que alguém mudou da água pro vinho, ein? – ri com dificuldade

Ele deixou de sorrir e saiu de cima de mim, deitando-se ao meu lado enquanto olhava para mim.

– Obrigado. – o garoto loiro disse de repente – Eu ando muito estressado ultimamente...

– E distante.

–... E distante – ele complementou a contragosto – Estou passando por uma fase um pouco difícil potencialmente e complicada.

– É pra isso que os amigos servem não é? – eu ri – Estou aqui, ok?

Nathaniel não mostrou os dentes dessa vez, mas pude ver o canto de sua boca se erguer um pouco e seus olhos sorrirem.

– É. Amigos são para essas coisas.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo capítulo BOSTA! Estou voltando aos pouquinhos então peço paciência, ok?
Eu não escrevo nada desde julho porque em julho eu perdi alguém muito importante. E quando essa pessoa foi embora da minha vida pra sempre, eu perdi a inspiração entendem? Não conseguia escrever nada que me agradasse, que me fizesse satisfeita...
E então, pra piorar, vieram as responsabilidades de terceiro ano. Ai, que terrível! A pressão é um negócio extremo, e era muita coisa pra fazer. Tava tudo uma correria sem fim.
Eu tinha também minha apresentação de teatro, que exigiu muito mais tempo e dedicação do que qualquer uma que eu tenha feito no passado.
Além de eu dedicar bastante parte do meu tempo no meu crush (que agora virou meu namorado :>)
Então eu peço milhares de desculpas a vocês pela demora. Mas estou aqui, e estou voltando aos poucos e cheia de ideias.
Eu sei que vocês mereciam muito mais do que esse merreca que eu fiz, mas é o que eu consegui por enquanto. E eu achei que vocês mereciam uma memória, já que nos comentários vocês me falam hiper bem delas! Vou continuar de onde parei no cap seguinte
Eu amo vocês, obrigada por continuarem aqui! Vou precisar de todo o apoio pra voltar agora, e conto com vocês, maravilhosos!

Postei uma SongFic de Halloween em Dezembro! Passem lá pra dar uma olhadinha e me digam o que acharam! Por MP, comentário lá, comentário cá... Tanto faz! Quero saber a opinião de vocês, é muito valiosa pra mim!
Aqui o link: https://fanfiction.com.br/historia/662735/Dollhouse/

Obrigada amoressss