Draco Malfoy não estava bem. E isso não era normal. O bruxo se prezava muito por sempre manter bem seu estado físico e emocional. Afinal aprendera a se controlar em todas as situações com seu mestre e padrinho, Severo Snape.

Mas naquele momento todos os ensinamentos que tivera pareciam desaparecer. Ele simplesmente não conseguia manter a concentração necessária ao negócio que estava tentando fechar com bruxos turcos.

E a causa para sua total desconcentração era Hermione Granger e seu rebento, pois desde o dia anterior que não tinha qualquer notícia de Paris e isso o deixava totalmente exposto como se algo pudesse acontecer a eles a qualquer momento e ele não pudesse fazer nada a respeito.

Quando finalmente o relatório diário das atividades de Hermione Granger, chegaram nas mãos dele, ele pode finalmente respirar. O documento dizia que a bruxa passara boa parte da manhã em casa e só saíra um pouco a tarde, apenas para ir ao médico e após ela foi ao tal serviço social francês.

Ao ler tal coisa, Draco amassou o relatório, extravasando a ira que tinha dentro de si.

Não iria deixar Hermione continuar com o plano diabólico de dar o seu filho á adoção, e furioso demais para continuar a pensar em negócios, Draco dispensou os bruxos, terminando com a reunião de horas e aparatou direto pra casa.

Ao chegar em casa, perguntou para a elfa Panim, onde estava a sua mãe. Com a resposta o bruxo foi diretamente para um quarto que nos últimos meses estava sendo bastante utilizado por Narcisa. O quarto do bebê.

Ao chegar na porta, Draco viu todo o trabalho que sua mãe estava fazendo ali, afinal o que antes era apenas mais um quarto sem vida e inútil na Mansão Malfoy, agora era um quarto todo iluminado e cheio dos mais variados itens para um verdadeiro príncipe ou princesa usar.

Afastando todos os pensamentos que tinha ao ver o zelo de sua mãe para com o filho dela, Draco a chamou.

_ Mãe.

_ Draco. Chegou cedo.

_ Sim. Preciso falar com a senhora.

Narcisa parou de montar magicamente algumas peças do enxoval do neto e olhou para o filho. Draco não parecia nada bem e isso a fez tomar sua postura e lhe perguntar:

_ O que houve Draco?

_ Acredito que logo Hermione dará a luz. E quero estar lá quando acontecer. Quero estar presente para evitar que ela o dê para adoção.

_ E como sabe que chegou a hora? Essas coisas não acontecem tão repentinamente assim, Draco.

_ Eu sei. Mas ultimamente ela não tem saído, a não ser para o hospital ou o maldito serviço social. Quero botar meu plano em ação. Agora.

Narcisa observou mais atentamente o filho e viu que ele estava determinado e que nada que o dissesse o faria mudar de idéia.

_ Está bem. E o que quer que eu faça?

_ Cuide de tudo aqui. Deixe tudo pronto para quando voltarmos.

_ Está bem. Mas você tem certeza que esse plano vai dar certo, Draco?

_ Sim, Hermione confia nos trouxas, tanto que vai dar a luz em um hospital deles. Pois bem, quando ela piscar vai ver que o “verme maldito” já estará a léguas de distância dela.

_ Está bem. Que assim seja, meu filho. Que assim seja.