Consequências do passado escrita por Carolina S Salazar


Capítulo 18
SEQUESTRO DESEJÁVEL


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! De volta com dois capítulos novos, são dois, porém são longos e importantes para a história!!! Aproveitem!!



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_ Hermione, você já está pronta? Porque senão estiver eu vou sem você!

_ Calma, Dorín. Eu vou, já estou terminando o banho.

_ Tá bem, já que você ainda está no banho, eu vou entrar e arrumar minha maquiagem.

E assim a bruxa entrou no apertado banheiro e com o espelho começou a se maquiar. E continuou a falar:

_ Sabe Hermione, por um momento eu pensei que você não iria. Você anda tão cansada e quase não quer ver ninguém ultimamente.

_ É verdade Dorín. Mas é a sua colação. Eu não poderia simplesmente ignorar. Afinal você é a minha única amiga.

Dorín sorriu com tal afirmação. A bruxa sabia que ser amiga de Hermione Granger era um grande feito. E não por ser Hermione Granger uma das heroínas da guerra, mas sim por Hermione Granger ser uma bruxa que já sofreu demais e simplesmente não confiava mais tão facilmente nos outros.

_ Obrigada, Hermione.

_ Não precisa agradecer Dorín. Aliás, se fosse para agradecer, você sabe que eu ficaria o dia intei...

_ O dia inteiro?

Silêncio.

_ Hermione?

_ Dorín, eu acho que a bolsa estourou.

_ Merlin! Está falando sério?

_ Sim.

_ Está bem! Ok. Você me disse que quando isso acontecesse eu tinha que chamar os trouxas! Não é isso?

_ Sim. Mas primeiro, respira, Dorín. Agora, você tem que ir lá na cozinha, no painel e pegar o número do telefone da ambulância. É o bilhete verde, lembra?

_ Sim, sim eu lembro. Aí eu aparato até aquela cabine e disco os números e os trouxas vão vir te buscar, não é isso?

_ Exatamente!

_ Tá bem. Tá bem, eu vou fazer isso. Mas você vai ficar bem, Hermione?

_ Vou. Eu não tô sentindo as contrações ainda. Vou terminar o banho, colocar uma roupa e esperar por você.

_ Ok, então eu vou lá. Rapidinho eu estou voltando.

O “rapidinho” de Dorín, não foi tão rápido. Hermione saiu do banho, se secou e se vestiu, e quando ia pegar a mala com os pertences do bebê, ela sentiu a primeira contração.

Parecia que seu corpo estava em estado de dor quase absoluta. Sua barriga pesava e seu quadril parecia querer expelir seu filho dali pra fora. Hermione mais do que nunca precisava que Dorín tivesse conseguido chamar os médicos, e como magia, Dorín apareceu bem na sua frente.

_ Desculpa a demora, eu me enrolei com os números mas consegui! Eles já estão vindo. Você está bem?

_ Acabei de sentir a primeira contração.

_ Sério?

_ É. Mas não é tão bom como parece. Parecia que eu tinha levado um crucio leve.

_ Minha nossa, Hermione!! Será que não é melhor a gente ir para o hospital das irmãs fraudinas? Lá eles vão saber o que fazer.

_ Nada disso, Dorín. Esse bebê vai viver entre trouxas e tem que nascer em um hospital trouxa.

_ Ok,ok.

_ Agora me ajude a pegar essa mala, por favor.

Dorín ajudou a pegar a mala, a sustentar o peso da amiga e trancar o apartamento. Quando já estavam no corredor, Hermione sentiu outra contração. Ainda mais forte e mais longa. Dorín já estava assustada e quase em pânico, quando finalmente os médicos trouxas apareceram. Eles colocaram Hermione em cima de uma maca e pelas escadas a escoltaram até a ambulância. Dorín nunca tinha visto uma ambulância antes e ficou surpreendida com a eficiência dos médicos trouxas.

Após alguns minutos intermináveis para Hermione, eles chegaram ao hospital. A colocaram em uma cadeira de rodas, e a levaram para a ala do hospital onde acontecia os partos.

Dorín ficou do lado de fora, torcendo para que tudo ocorresse bem.

Já Hermione não tinha tanta certeza que tudo ocorreria bem. Ela estava bem fisicamente, era o que dizia a médica obstetra que a acompanhara desde o quarto de mês de gestação.

Mas dentro de si ela sentia medo do que estava para acontecer. Angústia de ter que se livrar do filho que ao longo dos meses ela aprendeu a amar. E principalmente pânico do que Draco Malfoy poderia fazer.

Porque ela sabia que ele continuava lhe vigiando. Sabia que ele queria o bebê, que não aceitaria de jeito nenhum que ele fosse dado a adoção. Mas ele não entendia que esse era o melhor jeito do bebê viver.

Hermione via como a maioria dos bruxos a observavam torto só de vê-la por aí grávida sem um marido do lado. Imagina um bebê bruxo de mãe solteira. Ou de pai solteiro como era o que queria Draco Malfoy.

Não, ela já tinha sofrido demais para permitir que seu filho sofresse também. Por isso a cada dia que passava, ela se convencia mais de que o filho viveria melhor se fosse criado por trouxas, longe de todo o preconceito dos bruxos e soberba dos Malfoy.

Assim, com a cabeça lotada de todos os pensamentos possíveis quanto ao futuro, Hermione começou a entrar literalmente em trabalho de parto. A médica a tinha examinado e agora ela já tinha passagem o suficiente para o bebê. Sua pressão arterial estava boa e ela estava pronta para começar. Então a médica começou a estimulá-la a empurrar o seu filho para a vida. E ela começou a fazer.

E enquanto ela empurrava e suava e se esforçava ao máximo para colocar seu filho no mundo, perto dela, mais precisamente na sala onde o bebê seria lavado, pesado e depois levado ao berçário, estava um jovem enfermeiro de cabelos loiros platinados esperando pacientemente até a hora do bebê nascer.

E finalmente depois do que pareceram horas, o bebê nasceu. Hermione sentiu um alívio absoluto da dor, logo que aquele pequeno ser saiu de dentro dela. E sentiu lágrimas em seus olhos quando a médica disse que era um lindo menino.

_ Aqui está ele, Hermione, seu filho.

Hermione o olhou, ele ainda estava sujo de sangue e seus olhos estavam fechados. Com mais lágrimas no rosto ela disse:

_ Não posso pegá-lo.

_ Mas...

_ Eu não posso pegá-lo. Por favor.

A médica assentiu e deu o pequenino para uma enfermeira. Esta levou o bebê até a sala onde seria lavado, mas nunca chegou a lavá-lo, pois o jovem enfermeiro a estupourou e aparatou do hospital com o pequeno herdeiro Malfoy nos braços.


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