No capitulo anterior de Break Wings...

–Você não sabe se é ou não meu tipo de garota, você não tem o direito de decidir por mim, e eu estou pouco me lixando para o que você é, eu apenas sei que você é a Clary e que eu quero te beijar... A propósito, você está voando. –Ele disse, puxando Clary pelo o braço, e a puxando para ele, beijando-a.

...

Clary se sentia flutuando e talvez estivesse mesmo, mas ela sabia que estava nos braços de Jace, ele havia a beijado e aquilo era todo que ela precisava, ele disse a ela que ela era o seu tipo de garota, Clary não precisava mais que aquilo para ser feliz. Ela e Jace se beijaram, e Clary sentiu um calor e ao mesmo tempo um frio subiu-lhe a espinha e ela tremeu nos braços de Jace, ela sentiu como se nunca tivesse sentido nada como aquilo, mas chegou um momento que Jace se reteve observando Clary.

–Clary, eu sei que você deve saber disso, mas... Você está brilhando. –Ele disse e Clary olhou para si mesma, fogo celestial. Ela bufou e o olhou assustada.

–Eu te machuquei? –Ela perguntou, ele deu de ombros.

–Não. –Disse, mas Clary sabia que havia o machucado, pois ela viu os braços dele vermelhos, queimados.

–Me desculpe. –Ela disse e se sentiu esfriando, suas asas também pararam de bater.

–Não se desculpe. –Ele disse negando e se inclinando para Clary, acariciando sua face. –Eu nunca me senti assim.

–É o fogo celestial.

–Não, é você. –Clary se sentiu corar. Jace pegou sua mão e a convidou a se sentar, eles se sentaram, e Jace relutante olhou pra Clary. –Eu posso? –Clary confusa, olhou pra ele e deu de ombros, ele passou o braço sobre os ombros dela, seu braço roçando levemente nas asas dela, Clary tremeu. –Então... Estamos bem? –Ele perguntou, Clary suspirou e se encostou em Jace, a asa de Clary se abriu e relaxou como se contorna-se Jace e a própria Clary, Jace observou e riu levemente.

–Eu não posso controla-lá, não ainda.

–Bom, Magnus disse que ela responde aos seus sentimentos, certo? –Jace disse e Clary assentiu. –Acho que me sinto bem com ela então.

Clary riu, e Jace a acompanhou.

–Então... Clary, me conte algo que eu não entendi.

–O que seria?

–Da onde saiu seu talento para desenhar. –Clary sorriu para Jace.

–Minha mãe.

–A inquisidora? –Ele perguntou olhando para Clary surpreso

–Sim, Herondale, a Inquisidora... –Clary disse como se isso a ofendesse, a surpresa dele, mas ela tinha um sorriso no rosto.

–Ela não parece ser uma mulher que gosta de pintar e sim... Aplicar leis e vista grossa a todo o resto.

–Bom, não foi sempre assim.

–Você está falando de quando seus poderes deram sinais de vida?

–Não... Estou falando de quando meu pai estava vivo. –Jace se enrijeceu.

–Valentim? –Ele perguntou para Clary, Clary assentiu. –O que seu pai tem haver?

–Tudo. –Ela disse dando de ombros.

–Mas tipo, seu pai não era... Tipo horrível? –Clary suspirou.

–As ideias que meu pai tinha eram horríveis, mas... Ele amava minha mãe, amava a Jonathan e iria amar a mim igualmente.

–Ah... Ele morreu antes de você nascer, certo? –Clary assentiu.

–Jonathan que falou, quando eu comecei a entender que as outras crianças tinham dois pais invés de apenas uma mãe, eu compreendi que... Nossa família era diferente. Eu perguntei a ele, e ele me contou.

–Te contou o que?

–Mamãe amava papai, mas... Ele começou a enlouquecer, porque queria que o seu nome fosse conhecido por toda a Idris se não todo o mundo. –Ela disse. –O poder subiu a cabeça, sabe? –Jace assentiu. –Você conhece a história toda.

–Sim, conheço, meu tio me contou ela milhões de vezes.

–Bom, então... A história começa no colegial, na verdade, a escola preparatória de Idris, minha mãe acabou conhecendo meu pai e bom, ela o amou. –Disse dando de ombros. –E o sentimento foi recíproco. –Ela disse. –Eles se amaram, até mamãe perceber que Valetim estava fazendo... Ele mandou Lucian seu parabatai, após virar um lobisomem se matar, também fez a cabeça de vários outros que participaram com ele no circulo, mas Jocelyn percebeu como Valentim tinha mudado, quando começou a ouvir, os gemidos ecoados do anjo em toda a casa, aquilo atormentou os pesadelos de minha mãe por meses, antes mesmo dela ficar grávida de mim. Jonathan era pequeno, ele não sabia de muito, mas o que ele sabia ele me disse, mas acho que até isso foi nos tirado, mas resumindo, houve um conflito e segundo ao que sei o corpo do meu pai foi encontrado já deformado, por ficar muito tempo no lago onde julgaram ele de ter se matado após perceber que tinha perdido tudo.

–E ele não sabia que sua mãe estava grávida?

–Sabia. –Eu disse assentindo. –Ele lhe dava sangue em pó todos os dias, com todas as refeições que ela tinha, ela não percebeu e quando percebeu eu tinha 5 anos. –Clary disse dando de ombros.

–Você falou de algo, sobre... Algo ser tirado de você.

–Bom... Você conhece o licantorpo que Jonathan não é muito amigável?

–Sim, Luke.

–Sim, ele. Luke é Lucian, o parabatai do meu pai... O que se transformou em lobisomem, e meu pai o mando se matar.

–Mas ele está vivo.

–Sim, ele não se matou, mas ele que ajudou a minha mãe a ajuntar alguns Downworlder e combater contra Valentim de frente a frente... Jonathan contou o pouco do que sabia da história dos meus pais, mas Lucian foi quem contou tudo, ele era algo como um pai pra mim ou um tio e minha mãe cortou a amizade com ele quando ele contou sobre o passado dela e de Valentin para nós e também porque a Clave falou que ela teria mais chances de ser Inquisidora se ela não tivesse um lobisomem em sua rede de amigos... Ela apagou nossa memória quando tínhamos 11.

–E porque você se lembra disso? Feitiço de memória funciona em você?

–Funciona, mas antes de que eu visse você e aquela garota se beijando, bom, Utieh fez uma runa em mim, falando que não ia me fazer lembrar de tudo, mas de algumas coisas.

–Ah, então foi Utieh que devolveu sua memória? –Jace perguntou com certo ciúme bobo.

–Não toda, agora acho que ele quebrou alguma regra por fazer isso. –Clary diz dando de ombros. –E eu também não me importo, mas ele falou que eu precisaria, porque Luke iria entrar em contato comigo.

–Bom, então temos que esperar pra ver.

–É... Esperar. –Clary disse assentindo. Jace suspirou e abraçou a cintura de Clary a puxando para seu colo, de lado de forma que não incomodava Clary e nem a machucava, as asas ainda em volta dos dois.

–Bom enquanto esperamos, podíamos aproveitar... –Ele disse acariciando a bochecha dela e ela sorriu.

–Sim, podíamos. –Ela entrelaçou os dedos em sua nuca, e Jace beijou Clary novamente. Enquanto se beijavam Jace sentiu aquele sentimento, aquela eletricidade, aquele calor, ele sabia que era o efeito do fogo celestial de Clary, mas não se importava, mas Jace de repente ficou com frio, mesmo com o calor do fogo celestial, o vento bateu em suas costas nuas. Ele tremeu. Clary se afastou assustada.

–Eu te machuquei? –Ela perguntou assustada.

–Não, eu estou com frio. –Ele disse, Clary suspirou e assentiu, então foi que Jace sentiu a falta das asas roçando em suas costas. -Clary?

–Sim?

–Cadê suas asas? –Jace perguntou, isso pareceu despertar Clary que tocou nas costas alarmada, e realmente não havia asas. –Elas... Sumiram? Ou alguém... Pegou e...

–E sentiria se alguém tivesse pegado elas, Jace. –Ela disse, e suspirou, foi um suspiro de alívio, Jace pode identificar. –Olhe as minhas costas. –Ela pediu se virando pra ele e puxando o cabelo de lado, Jace viu duas grosas cicatrizes que começavam um pouco acima das omoplatas de Clary e desciam mais do que o corte do vestido podia mostrar, as cicatrizes estavam rosadas.

–Onde arranjou essas cicatrizes? -Jace perguntou tocando nas costas de Clary.

–Quais? –Jace percebeu que havia mais, mas as outras eram antigas e desbotadas.

–Essas duas cicatrizes enormes.

–Ah, bom, Jace... Essas cicatrizes apareceriam se eu conseguisse controlar mais asas. –Clary disse e se virou sorrindo para Jace.

–Oh, nossa e cadê suas asas?

–Como elas nasceram, elas voltaram.

–E toda vez que você for querer tipo voar, vai ter que sofrer todo aquele processo?

–Não, não. –Clary disse negando. –E só a primeira vez, pelo o que Utieh disse-me uma vez. -Jace bufou.

–Você só fala desse cara, mesmo ele querendo te matar, você continua falando nele, como se ele fosse um amigo.

–Ciúmes Herondale? –Clary disse lhe arqueando uma sobrancelha, ela sabia que sim, ela sentia.

–Confesso que um pouco. –Jace disse concordando.

–Falo de Utieh como se ele ainda fosse meu amigo, porque é doloroso pra eu pensar nele como alguém que virou todo o mundo dos Downworlder contra mim, entende? E além do mais, ele me ensinou muitas coisas que sem elas eu estaria perdida, você sabe disso. –Ela disse, Jace suspirou e assentiu. –Ainda está com frio?

–Sim, um pouco.

–Bom, então... Me beije. –Clary disse e Jace a beijou. Jace sentiu o fogo celestial a tomando e tomando ele também, ele podia tocar nas costas nuas de Clary e senti-lá tremer em seus braços, ele enterrou os dedos em seus cabelos ruivos e a puxou para mais rente a ele, ele poderia dizer que ficou quente em todos os sentidos, mas os dois foram interrompidos por um pigarreou. Jace conhecia o pigarreou, era de Hodge.

–Ah... Acho que está na hora de ambos dormirem. –Ele disse, Clary não sabia quem era que estava mais constrangido se era o seu novo tutor, ou ela, ela abaixou a cabeça.

–Me desculpe. –Pediu assim que passou por ele de cabeça baixa.

–Não foi nada Clary. –Hodger disse. Jace seguiu Clary despreocupadamente.

–Boa noite Hodge. –Ele disse sorrindo, Hodger revirou os olhos, para Jace.