We Both Changed escrita por MsNise


Capítulo 25
Esclarecendo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Tudo bem? :3
Então, eu sei que deveria ter postado ontem, mas o meu Nyah! estava com problema e o texto ficava sem edição :( Mas hoje melhorou e eu pude postar :3
Espero que gostem ♥



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— Ian, por que fez isso sem me avisar? — disse assim que encontrei meu irmão. Minha voz estava afetada.

Ele franziu o cenho e passou o seu olhar para Sunny, que estava cuidadosamente perto de mim o tempo todo. Ela apertou meu braço mais forte.

— Olá, Ian — murmurou e sorriu sem mostrar os dentes. Estava hesitante, mas, ao mesmo tempo, grata por toda a ajuda de Ian. Queria poder suavizar a confusão de seus pensamentos e deixá-la sentindo apenas uma coisa, apenas aquilo que predominava e importava: a sua alegria por ter voltado. No entanto, ainda não tinha adquirido aquele poder.

— Oi, Sunny — ele também sorriu sem mostrar os dentes. — Seja bem-vinda de volta.

— Obrigada — ela assentiu. — Fico feliz em poder sentir o cheiro de mofo dessas cavernas novamente.

Ian riu.

— E eu fico feliz por você.

Sunny suspirou, parecendo satisfeita pelo curto diálogo, e me olhou com as sobrancelhas arqueadas. Seu sorriso se suavizou.

— Vou deixar vocês dois sozinhos — ela murmurou. — Preciso tomar um banho.

— Tudo bem — assenti e beijei sua testa.

Meu coração ficou apertado somente em vê-la partir. A última vez que tinha visto aquela cena, Sunny tinha partido com a intenção de ir embora para sempre. Percebi que os nossos fantasmas nos perseguiriam por muito tempo ainda e isso me entristeceu.

— Por que não falou comigo? — murmurei chateado, voltando meu olhar para Ian. — Você já sabia.

Ele desviou o olhar.

— Eu não imaginei que Jodi fosse se suprimir, a princípio. Pensei que fosse apenas embora, sabe? E ela deixou claro que não queria que você soubesse quando disse que não sabia como dizer que te amava antes de partir — Ian parecia angustiado. — Eu não sabia o que fazer, Kyle! Estava chocado com toda a situação, mas ao mesmo tempo tinha que ser um suporte para Jodi. Eu sabia que era a última opção.

Tentei ficar irritado com Ian, mas não consegui. Estava preenchido somente por um sentimento de gratidão pelo fato de Jodi ter tido um suporte no momento mais difícil de sua vida. Ian estava lá como se fosse o seu irmão, falando para ela que tudo daria certo. Ele tinha sido mais capaz que eu; capaz de ser justo e falar a verdade, assim como capaz de continuar apoiando-a apesar de tudo.

E eu não poderia brigar com ele por ter sido uma boa pessoa.

— Tudo bem, Ian — murmurei. — Está tudo muito confuso ainda, mas eu acho que te agradeço, sabe? Se você não estivesse aqui, Jodi não teria ninguém para apoiá-la e ajudá-la a compreender a verdade. Eu nunca fui capaz disso.

Com o receio deixado de lado, Ian cruzou o espaço que nos separava e colocou a mão sobre um de meus ombros.

— Ela entendeu, Kyle. Ela entendeu que você já não podia mais aguentar aquela situação e que amava Sunny. Jodi partiu sem nenhuma mágoa, apenas alívio por conseguir te libertar.

E, por mais incrível que pudesse parecer, senti meus olhos se encharcarem de lágrimas intrusas. Somente naquele momento que eu senti o peso do sacrifício de Jodi e entendi que ela me amava verdadeiramente, de uma maneira que não conseguia demonstrar em vida.

Engoli em seco.

— Então, muito obrigado, Ian.

Ele balançou a cabeça.

— Você merece, Kyle — e então sorriu, alegre por me ver finalmente aliviado. — Você vale o sacrifício de Jodi. Agora só resta fazê-lo valer a pena.

Soltei um riso fraco e abracei Ian. Meu irmão. Meu querido irmão.

— Eu farei. Eu farei, Ian.

.

SEIS MESES DEPOIS

.

— Kyle, você tem certeza? — Sunny sussurrou, sua boca sendo esmagada pela minha.

Suspirei e passei minhas mãos na dobra de seus joelhos, erguendo-a no colo. Ela fez carinho em minha nuca.

— Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida — sussurrei, mergulhando minha boca na sua mais uma vez.

Sunny ofegou e se deixou envolver pelo momento. Nunca tinha a visto tão entregue, tão certa daquilo que queria. Ela não estava tão hesitante como na primeira vez; ou, pelo menos, não por enquanto.

Com movimentos delicados, a carreguei até a cama. Ela se afastou um pouco e sorriu quando alcançou a bainha de minha camiseta, puxando-a lentamente para cima. Seus olhos se demoraram em meu peitoral, mas não havia malícia. Apenas alegria e admiração. E uma pontada de desejo.

Suspirei e voltei a beijá-la delicadamente, tentando deixá-la confortável. Percebi que suas mãos tinham começado a tremer. Provavelmente o nervosismo a estava invadindo, deixando-a desconfortável naquele momento que deveria ser tão perfeito. Permiti que minhas mãos avançassem um pouco para dentro de sua regata solta, fazendo-a ofegar e separar um pouco nosso beijo.

— Agora é você que não tem certeza — murmurei, sem conseguir perder o ponto de contato com o seu corpo quente.

Ela hesitou alguns segundos antes de fechar os olhos e encostar nossas testas.

— Eu tenho — ela sussurrou um pouco sem fôlego. — É apenas… a insegurança, você sabe. Nunca fiz isso antes.

— Eu vou me esforçar muito para que tudo seja perfeito, Sunny.

— Eu sei — ela sorriu e acariciou meu rosto, afastando-se de novo. — Eu confio em você e sei que fará tudo como tem que ser… Podemos continuar, Kyle?

Estreitei meus olhos, mesmo que estivesse embriagado de desejo.

— Tem certeza?

Ela sorriu amplamente.

— Nunca tive tanta certeza em toda a minha vi… — mas não pude deixá-la concluir a frase. Aproximei-me rapidamente e beijei-a, com ainda mais vontade.

Minhas mãos adentraram sua blusa cada vez mais fundo, até que eu sentisse que era hora de eliminar aquele pano. Segurei na bainha de sua regata e a puxei lentamente, exibindo o corpo bronzeado e magro de Sunny. Ela se encolheu quando a analisei. Naquele dia, o sutiã que ela trajava era rosa bebê. Combinava com ela.

Sorri e segurei em seus ombros, acariciando-os. Ela ainda mantinha os braços cruzados sobre o seu corpo e se recusava a me olhar nos olhos.

— Me desculpa, Kyle… — falou com a voz inaudível. — Eu sei que você esperava algo diferente…

— Eu não esperava — interrompi-a, erguendo seu rosto com a ponta dos dedos e a fazendo olhar nos meus olhos. — Eu sei o quanto isso tudo deve ser perturbador pra você, Sunny, eu entendo. Principalmente se considerar o que aconteceu na última vez — ela desviou seu olhar. — Mas não vai mais acontecer. Você está segura… Eu prometo.

— Não prometa — ela balançou a cabeça.

— Hoje — enfatizei. — Eu prometo hoje. Apenas isso.

Ela respirou fundo e descruzou os braços, deixando que eu a visse. Mesmo que estivesse corada, parecia decidida novamente. Suspirei e me posicionei às suas costas, retirando o seu cabelo gentilmente para o lado e beijando a sua nuca. Ela estremeceu quando alcancei o fecho de seu sutiã e o abri, em seguida deslizando as alças pelos seus ombros.

— Está tudo bem — sussurrei, esperando que ela se habituasse à ideia.

Ela respirava com dificuldades quando finalmente deixou o tecido do sutiã cair ao lado junto com sua regata. No entanto, ajeitou seu cabelo sobre seus seios antes que eu me postasse em sua frente, com a clara intenção de escondê-los. Ainda estava corada.

— Eu confio em você, Kyle — ela sussurrou quando a beijei novamente enquanto a deitava na cama. — Você é a única pessoa que eu confio.

— Me parece o suficiente — murmurei, beijando seu pescoço e percorrendo um caminho de beijos até chegar à sua calça. Ela ainda parecia hesitante, mas, ao contrário do esperado, não se encolheu quando eu comecei a deslizar o tecido por suas pernas. Pelo contrário, fechou os olhos bem forte e permitiu que eu concluísse o trabalho.

— Porque realmente é — ela concluiu, abrindo os olhos e me fitando demoradamente assim que voltei a cobrir seu corpo com o meu. — É o suficiente.

Voltei a beijá-la. Sunny deixou que eu fosse até o fim, com algumas hesitações ao longo do caminho, mas principalmente satisfeita com o que acontecia. Ela apertava forte as nossas mãos entrelaçadas e falava constantemente que confiava em mim e me amava. Permitia que eu a beijasse e a tivesse, por inteira, por completo.

Finalmente.

Sunny não parecia mais uma alma independente, uma centopeia brilhante dentro da cabeça de Jodi. Naquele momento, o corpo todo pertencia a ela. E a mim. Ela era o todo, não apenas uma parte daquilo. Ela era minha, totalmente minha, de alma, coração e corpo.

E eu, mais do que nunca, pertencia a uma criatura de oito centímetros. Igualmente, por completo. Naquele dia, me doei para Sunny, deixando-me com ela para que cuidasse de mim. Para que também me protegesse. Para que me amasse.

Eu sabia que ela o fazia.

E rezei para que o sentimento dela fosse, pelo menos, um por cento do meu. Porque eu sabia que já era o suficiente para construir toda uma vida.


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Notas finais do capítulo

E entãããããão? O que acharam?
Semana que vem tem o último capítulo. E então será o fim da trilogia ;-; Vou sentir taaaaaanta falta de vocês ;-;
Digam-me o que acharam!
Até semana que vem ♥



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