Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 5
Capítulo 5 - Wait, what?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas, como estão? Capítulo novinho, espero que gostem.
Gostaria de dedicar esse pra Vi Reed, como dediquei o anterior pra Aninha ♥. Obrigada por estar comentando, flor.
Espero que gostem, boa leitura.



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Emmett a abraçou forte, o que notei pelas curvas que os braços dele faziam na cintura dela, e os amassados no avental dela, causados pela força dos mesmos. Ela era alta, loira, cabelos ondulados em um palmo abaixo dos ombros, olhos verdes e pele branca.  Retiro metade do que disse sobre ela ser alta. Perto de Emmett, ninguém era alto o bastante.

—Quanto tempo! - ela segurou as mãos dele, enquanto observava o rosto com atenção -

"Tudo bem, você está bem. Ele nem está retribuindo, olhe só.", pensei comigo mesma.

BANG! Cedo demais.

—Você está linda, Tanya. - ele passou os olhos pelos cabelos dela, e os arrastou pelas curvas feitas pelo avental. -

—Olha quem fala. - ela sorriu. Droga, um sorriso de cinema.- Os olhos azuis continuam tão lindos quanto antes. - ela moveu uma das mãos para o braço direito dele, folgando-a ali. - Está mais forte também. Andou malhando? - ela quis saber -

—Não podia ficar pra sempre no corpo daquele garoto magrelo, né? - eles riram juntos. -

—Ah, não fale assim. - ela sorriu - Na oitava série você já era fortinho, tinha os braços grandes. - ela parecia se lembrar BEM - Sempre foi bonito, Emm. - O QUE?! EMM?! AH, PARA FLOR. -

Emmett sorriu. Eu me incomodei com os cinco minutos em que fiquei ali parada, como uma peça de museu. Me incomodei mais ainda, com o rumo que aquela conversa estava tomando.

Pigarreei, para que ambos ouvissem. Levantei a cabeça, em sinal de "Eu estou aqui, flor.".

—Quem é sua amiga? - Tanya passou os olhos por mim, dos pés á cabeça. Mal sabia ela que eu odiava análises rápidas e como as dela. -

Emmett  gesticulou, me indicando. Porém, antes que ele pudesse falar, falei eu mesma.

—Rosalie Hale. - sorri, demonstrando o desprezo, como sempre. -

—Tanya Denali. - ela sorriu, falsa. -

Não nos cumprimentamos, o que foi ótimo. Falsidade não é o meu forte.

Olhei dela para Emmett, procurando saber se ele ia falar que eu era "namorada" dele. Arregalei os olhos para ele, mandando que falasse logo, ou ela provavelmente teria que pegar um pano para limpar a baba que caía quando ela olhava para ele.

—Vamos, Rose? - ele me olhou, tentado fugir. - Minha mãe deve estar saindo já.

Fiquei calada.

—Fique mais dois minutos. - ela implorou com o olhar, para Emmett. - Conhece Emmett há quanto tempo, Rosalie? - ela quis continuar o assunto - Estudam juntos?

—Nos conhecemos na escola, mas já namoramos fazem alguns meses. - sorri, satisfeita -

A expressão dela pareceu se desmontar. A dele então, nem descrição explicaria melhor. Se ele não teve coragem de contar, não me faltou. Contei mesmo.

—É mesmo... Emmett? - ela tentou continuar, sorrindo, sem jeito - Parabéns. - ela falou, sem emoção. -

Ela fez menção de se afastar, porém ouviu o que Emmett tinha a dizer. Acho que ela faria de tudo só para ouvir um milésimo de segundo a mais, a voz dele.

"De repente os dois minutos passaram tão rápido, não é mesmo, linda?!", pensei.

—Obrigado. - Emmett sorriu, com as covinhas surgindo. - Já vamos indo, nos vemos outra hora.

"OUTRA HORA?!"

—Está bem, foi um prazer rever você. - ela sorriu e se afastou -

Logo em seguida nos afastamos, indo na direção oposta à dela. Não demos as mãos, nem nada parecido. Só andamos um ao lado do outro, com passos quase iguais, que percebi por estar distraída com os olhos no chão. Decidi abrir o jogo.

—Não queria contar á Tanya sobre nós. - afirmei convicta e dispensei as aspas -

—Contar alguma coisa nova para Tanya é sinônimo de querer espalhá-la pelo mundo. - ele ia rir, mas permaneceu sério. -

—Então, teria problemas com isso? - indaguei, perdendo a cabeça. -

—"Isso" o que? - ele se perdeu -

—Em "o mundo todo" saber sobre nós. - o fitei, querendo saber mais. -

—Claro que não, Rose. Não tem nada a ver. - ele afirmou -

—Tenha certeza do que está dizendo. - sugeri. -

Ficamos em silêncio. Agora, Emmett parecia pensativo, contudo, logo voltou a falar.

—Quer ir aonde? - ele sorriu -

—Tanto faz. - dei de ombros, sem esboçar sorriso algum. -

Ele percebeu. Droga.

—O que foi? - ele me encarou, parando ao canto de uma parede, perto das escadas que desceríamos. -

—Nada. - dei de ombros, de novo. -

—Rosalie, fala sério, me responde. O que aconteceu? - ele parecia sério -

—Não foi nada, já disse. - desci as escadas para a garagem, apressada. -

Ele me seguiu pelos lances de escadas que se seguiam, infinitos, enquanto falava.

—Não gostou da Tanya, não é? - ele me parou, me segurando pelo braço. -

—Não, como adivinhou? - ironizei -

—Ela foi simpática, não tem motivos. - ele pensou bem, mas deixou que eu respondesse. -

—Realmente, então pare de paranóia. - me soltei das mãos dele que envolviam meu braço, e saí andando, continuando pelas escadas. -

—Está com ciúmes. - declarou, alto. -

Ouvi os passos pararem atrás de mim, quando por impulso, também parei. O tom alto me chamou atenção. Ele estava mais longe de mim agora.

—Que besteira. - continuei a descer. Dessa vez, mais devagar, encarando meus pés, pensando. -

Senti o toque quente de sua mão em meu braço.

—Então diga, Rosalie. - ele me empurrou em uma das portas dos andares e  deixou seu rosto a milímetros do meu, olhando nos meus olhos. - Diga que não está com nem uma ponta de ciúmes e eu te deixo em paz. - ele olhou dos meus olhos para os meu lábios. - Diga, mas tenha certeza. Me dê sua palavra, Rosalie Hale.

Por algum motivo meu coração estava acelerado, minha respiração desregulada estava me deixando cada vez mais ofegante e minha adrenalina estava nas alturas. Não me pergunte, eu não sei dizer o por quê de toda essa aceleração, mas ele me deixou assim. Acalorada, afobada, com a pulsação ardendo em batidas frenéticas que não paravam e nem se aquietavam.

—Diga Rosalie, me confirme com toda essa certeza, que de fato, não está com ciúmes. - ele me fitou, sem tirar os olhos dos meus nem um segundo sequer -

—Eu estou com ciúmes, Emmett! - exclamei, cansada de tanta pressão. Além da dele, da minha própria pressão, da minha cobrança comigo mesma. Exatamente o que ele me disse para não fazer: "Não faça de tudo sempre."

Ele ficou em silencio, e sorriu.

—"Não faça de tudo sempre.", não é isso? - sorri, encostando uma das mãos ao rosto dele -

—Exato. - ele sorriu. Os olhos ardendo em felicidade, mais azuis ainda no escuro. -

Ficamos alguns segundos assim. Os braços dele cercando meu corpo, me impedindo de fugir, eu mesma hesitando fugir, nossos rostos a milímetros de se encostarem. Repousava meu olhos nos dele, com o relaxamento da presença se instalando.

Bingo! O celular no bolso dele tocou, quebrando o gelo pulsante que se instalava entre nossos corpos, de supetão. Imediatamente afastei minha mão do seu rosto, enquanto ele se afastava com um passo para trás, ainda assustado com o toque alto do telefone. Atendeu, sem olhar o visor.

—Alô? - o mar azul dos olhos dele vagava pelo ambiente, sem rumo. -

—Emmett, aonde você está? - a voz era masculina, identifiquei pelo som alto da ligação -

—Eu, é... Eu estou na praça a uma quadra do hospital. - ele me olhou rápido - Por que? - parecia pensar, enrolando na conversa. -

Emmett me pegou pelo braço, sem que eu esperasse, e saiu voando pelas escadas, me puxando até que chegássemos na porta para o estacionamento. Olhou para todos os lados, se certificando de que Carlisle não estava ali, e continuou a falar com ele ao celular, ignorando o fato de que sua respiração poderia parecer ofegante demais para quem supostamente estava parado. Sem me dizer quando e para onde, corremos juntos, amarrados pelo braço de Emmett no meu pulso, que me puxou até o portão de saída de carros, aberto, por sorte.

—O que está fazendo? - falei baixo, confusa, quando paramos por segundos. -

Ele fez sinal de que explicaria depois, e continuou ao telefone.

—Está bem pai, entendi. - ele tentava dar fim á conversa. -

Carlisle foi insistente e continuou falando algo ao telefone com ele, que não entendi. Sem perguntar, como nas outras vezes, Emmett me puxou para o lado direito da rua, numa calçada de pedras, por onde corremos quase todo o caminho, até completarmos uma quadra de distância e chegarmos na então praça.

Sentei num banco assim que chegamos. Era um lugar cheio de árvores, parecia um bosque, porém, tinha bancos, um lago com pedras em volta e luzes. Emmett finalizou a ligação em um dado momento que não presenciei.

Quando estávamos distraídos observando a paisagem há alguns minutos, ele puxou conversa.

—Gosta daqui? - não tirou os olhos das árvores. -

—Nunca tinha vindo antes, mas agora gosto. - sorri, olhando para o céu. - É tão "beleza natural".

—Fora do comum, poucas pessoas e coisas são assim. - ele sorriu - Por isso gosto de vir aqui. - me encarou - Com as pessoas que gosto. E que são assim.

Gelei. As borboletas girando no meu estômago, de novo.

—Achei que tivesse vindo aqui só para fugir do seu pai a tempo. - ri e ele acompanhou -

—Também, mas só escolhi rápido porque é sempre o primeiro lugar que venho quando preciso de um tempo. - o Sol brilhou nos olhos dele -

—Até mesmo da família, não é? - gargalhei com duplo sentido da frase, que o fez fazer o mesmo -

—Digamos que sim. - ele sorriu, me olhou de relance e voltou seu olhar para o caminho de pedras no chão. -

Ficamos em silencio, até que o som do pequeno portão da praça me fez atentar o olhar para um garoto que entrava pelo mesmo, no dado momento em que me virei para olhar. Sem perceber, ele veio em nossa direção, e entregou um papelzinho para mim. Encarei Emmett, que assentiu, me incentivando a abrí-lo. Imaginei que ele leria também.

Então, abri o pequeno papel azul e li:

"Pra que correr do amor, quando podemos correr pra ele?".

Meu coração parou por um segundo. Meu pulso palpitou. 

—Você acredita em coincidências? - encontrei os olhos azuis de imediato, sem buscar outro destino -.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Reviews?
Beijoo
Clarie ♥