Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 4
Capítulo 4 - What?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Aninha, flor linda, por comentar. Capítulo pra você, como prometi.
Boa leitura.



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O silencio permaneceu por alguns segundos, no entanto, Alice tratou de quebrá-lo, com algumas meias palavras.

—Mãe, vou até o primeiro andar comprar um salgadinho, volto logo. - ela saía andando, quando uma outra voz feminina a fez parar -

—Com que dinheiro vai comprar? Pediu ao seu pai? - a mulher sorridente, agora se mostrava autoritária -

—Eu tenho dinheiro. - a baixinha deu de ombros e "mandou um beijo", gesticulando com a mão á frente da boca -

—Tem dez minutos. - ela avisou, sem alterar a voz. -

A garota apenas assentiu, de costas, andando pelo corredor.

—Alice, Alice. - Emmett sacudiu a cabeça negativamente, em meio á um riso de vergonha - Não se preocupe com ela, é meio temperamental. - eu reprimi a gargalhada, mostrando apenas um sorriso com uma curva de lábios. -

—Tudo bem, ela parece legal. Deve ser primeira impressão. - tentei apaziguar a culpa que ele mostrava -

—Tenho certeza, querida. - a mãe dele, Esme, sorria, passando os dedos por entre os fios soltos de meus cabelos, caídos nas costas. - Você é linda, Emmett ainda não tinha falado de você para nós. - ela sorriu, gentil e amavelmente -

Sorri, tentando demonstrar todo o amor que ela passava através do olhar.

—Obrigada, Senhora Cullen. - sorri e voltei o olhar para Emmett -

—Senhora não, por favor, dispense as formalidades. - Esme sorriu - Apenas Esme.

—Vou tentar, Esme. - ri e ela acompanhou -

Só me dei conta de que o homem alto de cabelos loiros, por sinal chamado Carlisle, pai de Emmett, estava conversando com um enfermeiro há minutos, quando desviei o olhar para o elevador atrás dele. A conversa parecia envolvente, então deduzi que conversavam há alguns minutos.

Logo, Esme voltou sua atenção para o marido, deixando Emmett e eu, á vontade para trocarmos algumas palavras.

—Tinha compromisso, não? - perguntei, lembrando do que ele havia dito mais cedo. -

—Tinha, precisava comprar umas decorações com meus pais e Alice, tudo para receber meu primo Jasper, que virá morar perto de casa. Íamos comprar tudo de uma vez, mas meu pai precisou vir atender uma paciente, assinar o papel de alta, eu acho. - ele falou, sem certeza nas últimas palavras. -

—Que coincidência, vim visitar minha quase cunhada. - dei enfase no "quase". -

—O que ela tem?

—Está meio doente, eu acho que deve ser anemia ou algo parecido. Pelo que sei e conheço desse assunto, logo ela sai do time de líderes de torcida, porque essa história toda de ficar sem alimentação correta e balanceada não está certa. - percebi a preocupação na minha voz, e tentei corrigir. - Depois fica de cama e meu irmão chora as mágoas no cobertor... Comigo. - ri -

—Ah, as líderes sempre sofrem com isso. - ele revirou os olhos - Não que seja certo, é claro que não, mas bem que elas podiam se cuidar de vez em quando. - ele sorriu, e beijou o topo de minha cabeça. Estranhei. -

O silêncio ficou ali por alguns minutos, até que Carlisle sorrisse e olhasse para nós novamente.

—Rosalie, me desculpe a falta de atenção, quase não conversamos direito. - ele sorriu, gentilmente - Estou com uns pacientes para atender, mas qualquer dia passe lá em casa, quem sabe passamos uma tarde em família? - ele sorriu novamente, o sorriso brilhante, os olhos dourados, ofuscando a luz vinda da janela -

—Claro, obrigada pelo convite. - sorri -

—Não espere pelos convites de Emmett, ele esquece das coisas a cada minuto que passa. - eu ri - Vá mesmo que ele não a tenha chamado, a porta sempre estará aberta. - ele estendeu a mão num cumprimento, e eu retribuí. -

—Obrigada Senhor Cullen... Carlisle. - corrigi, olhando para Esme, que sorriu com minha correção. -

Assim, ele pediu licença e se retirou. Esme se despediu de nós e foi logo atrás de Alice, que não chegara até então.

—E então, sua mãe disse algo? - ele sorria -

—Só disse a ela que namorávamos quando perguntou. Ela não sabe, de fato, a quanto tempo estamos "namorando" e nem que íamos sair hoje. Edward deve saber do passeio, já que sabe da brincadeira.

Ao dizer da palavra "brincadeira", o sorriso no rosto dele se apagou. As covinhas sumiram como num estalo, e ele deixou que meus dedos escapassem dos seus, de leve, devagar.

—O que foi? - o fitei, séria. -

—Nada. - ele tentou recuperar a expressão. -

—Sei quando está mentindo. - joguei verde -

—Não é nem ao menos, ainda, minha melhor amiga. - ele pegou pesado -

Fiquei em silencio.

—Parece que não. - dei o gelo, para ele se servir. - Sou namorada, não? - o sorriso voltava de leve aos lábios dele -

Parece que sim. - seus olhos encontraram os meus, rapidamente. -

Andamos por todo o corredor conversando, até encontrarmos um elevador. Eu me esqueci totalmente de que deveria avisar Edward de com quem estava e aonde, todavia, ele deveria saber e se não soubesse, saberia depois.

No elevador, tudo ficou em silencio. Minhas mãos continuaram grudadas às dele, os meus olhos vidrados no painel de andares, os dele, no chão liso. Tudo parou quando descemos.

Assim que o fizemos, encontramos Alice com Esme na então lanchonete. Esme levava Alice pela mão, enquanto a mesma ria, com um pacote de salgadinho de batatas na outra vazia. Emmett e eu sorrimos, enquanto elas passavam a alguns metros de nós. A cafeteria próxima nos atraiu, e fomos comer bolo e tomar café, apesar de não ser um horário próprio para isso.

—E então? - ele bebericou o café -

—O que? - coloquei a xícara na mesa e o fitei -

—Você está bem? Seu irmão? As coisas com a sua mãe? - ele se mostrou tomado por meus "problemas". -

—Sim, eu, meu irmão, todos bem. Minha mãe talvez seja sempre um inconveniente quando falamos de "bem" - ri -, mas ela está me entendendo aos poucos. - ele sorriu, satisfeito. -

—Rose, eu queria te dizer algumas coisas. - ele remexeu a colher no prato de café -

—Claro, pode falar o que quiser. - permiti -

—Rose, quero que saiba que não acho justo a forma como sua mãe te trata. Você trata com naturalidade o jeito rude com que ela fala com você, simplesmente respondendo à altura, mas não é como deve ser. - ele me encarou, cheio de preocupação. - Você é uma garota linda, tem um ótimo desempenho nos esportes, o que reflete no seu corpo tão... - ele pareceu envergonhado - bonito, além de que você tem boas notas, é inteligente, esperta, leal, se veste bem, tem personalidade. Sabe Rose, eu não acho que seja o que sua mãe diz. Não a deixe dizer simplesmente tudo isso. Não... - ele engoliu a seco - Não faça de tudo, como sempre. Você é mais do que tudo isso, e não precisa provar a ela, porque ela não enxerga por não querer. Isso não quer dizer que precise engolir o que ela diz. Apenas, seja você. Rose, você é uma garota boa. Não deixe que o jeito dela reflita em você. - agora, ele falava com certeza, do meu mau-humor incomum -.

Eu abaixei a cabeça, mas me peguei sorrindo. De repente, uma onda de calor me fez sentir que, finalmente, alguém me reconhecia. Não como a garota doce de antes, mas também não como a garota das trevas. Ele me reconhecia como eu era. De verdade.

—Emm...- eu sorri - Não sei o que dizer. Eu só... - ele me interrompeu -

—Não diga. Deixe que tudo seja como deve ser. Vai saber o que dizer quando tiver que dizer. - ele deu uma piscadela e continuou a comer, assim como eu fiz. -

Depois de uma hora e alguns minutos andando pelos arredores do hospital, e depois de ter avisado meu irmão de onde estava e ter recebido notícias de Isabella, Emmett e eu fomos visitar o laboratório de experiências, no lado interior daquele lugar enorme. Lá, acabamos vendo algumas fotos e enfermeiros-chefes, que nos explicaram algo sobre aquilo tudo. Em meio á explicação, de minutos, uma voz feminina atrás de nós.

—Emmett? - avistei uma loira, alta, atrás de mim, sorridente. -

—Tanya?! - ele sorriu -

Os dois partiram para um abraço.

Senti algo me incomodar nos cinco segundos que aquilo durou.

Não, não pode ser.


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Notas finais do capítulo

E aí? Reviews? Obrigada por lerem!
Beijos coloridinhos,
Clarie ♥