O melhor verão da minha vida escrita por Roberta Valentina


Capítulo 6
Festa - com certeza - inesquecível parte 2


Notas iniciais do capítulo

Meus amooores obrigada pelo carinho e por lerem, mas se achou o outro capitulo bombástico, este vai estar dez vezes pior.
P.S: Eu tô muito cansada, mas como estava muito animada para postar, resolvi postar sem revisar, por isso, se tiver algum erro grotesco, desculpem-me.



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Mas que porra é essa?! Gritei mentalmente, tentando não transparecer meu choque. Todos nos encaravam como se fossemos dois alienígenas, especialmente a mim. Olhei para “meu noivo” e ele parecia um poço de tédio, respondendo algumas perguntas indiscretas do povo que estava super curioso. Uma ruiva alourada parecia que ia me fuzilar com os olhos enquanto metralhava-o de perguntas:

–Vocês se conhecem há quanto tempo?

–Dois anos. – Disse prontamente e eu assenti, também compactuando com essa mentira.

–Como? – Percebi que ela só queria destilar veneno e que Edward não sabia mas como continuar essa falsa história, então resolvi salvá-lo dessa enrascada, embelezando como a gente se conheceu:

–Bom... Um amigo de Ed... – Fiz uma pausa para acariciar sua barba por fazer e continuar: - nos apresentou e eu me apaixonei pelo seu jeito viril e... hum... dominante. – Suspirei, e ele mostrou uma expressão de surpresa com minha declaração, o que, com uma cotovelada, sumiu e voltou a frieza de sempre. - Para encurtar a história, quando eu dei por mim, já estava morando aqui com o amor de minha vida. – Acho que convenci, pois algumas pessoas sorriram para nós, saindo de perto, porém a loira azeda não desgrudava e fez mais uma pergunta ao Conde:

–Você não me disse que se casar era algo repugnante a você? – Seu tom ressentido era evidente.

–Não, querida Tanya. Você me entendeu errado. - Notei seu tom irônico ao responde-la. – Eu disse que me era repugnante casar com você. – Depois dessa queimada, ela saiu batendo pé deixando-nos em paz finalmente. – Vamos dançar? – Convidou-me e eu aceitei.

Todos abriram espaço para que pudéssemos passar e nos posicionar bem no centro do salão. A música que tocava era linda e bastante romântica, ótima para dançar agarradinho. Foi meio estranho, no início, estar tão próxima ao seu corpo, porém com o tempo me acostumei. Não fizemos nenhuma performance – até porque seria inviável graças ao seu estado e aos meus dois pés esquerdos – mas não estávamos passando vergonha.

–Obrigada por me ajudar, Isabella. – Ele disse, de repente, enquanto eu encostava minha cabeça em seu peito e nos balançava lentamente. Eu olhei para cima e ele estava me encarando intensamente. –Não só por mentir hoje, mas por essas duas semanas.

–Obrigada o senhor, por me deixar ficar. –Agradeci e ele sorriu. Sério, ele sorriu! Não tô mentindo! Tudo bem que foi meio torto, mas valeu! – Não sei como, já que eu tenho uma boca do tamanho do mundo, mas tudo bem...

–Por isso mesmo. – Afirmou e depois que eu fiz cara de confusa, ele explicou: - Você tem coragem de falar o que eu preciso ouvir, mesmo que isso possa soar extremamente ofensivo. –Eu ri sem graça com a última parte e ele prosseguiu: - Mesmo sabendo que eu sou da realeza, que sou rico, que sou seu patrão... – Eu quase ia interrompendo ele pra me defender, mas ele pôs o indicador sob meus lábios, silenciando-me. – Enfim, mesmo sabendo até de toda a minha situação, você não me trata como se eu fosse um ser intocável ou moribundo, pois não tem medo ou pena de mim. E isso... me faz sentir incrível e estranhamente mais normal. –Eu simplesmente fiquei sem palavras após esse discurso e apenas fiquei aproveitando do calor confortável dos seus braços envolta do meu corpo por mais algum tempo, até que ele me pediu licença, foi até a banda e pegou o microfone.

–Boa noite, senhoras e senhores. Como boa parte das pessoas aqui já devem saber, eu estou noivo! – Comunicou seguido por uma salva de palmas que me deixou corada de vergonha. – Mas não oficialmente ainda. – E um “Ah...” em uníssono foi ouvido em quilômetros! –Por isso, eu gostaria de chamar Isabella Swan até aqui. – Eu engoli a seco, quando todos os olhares foram na minha direção foi como se tivesse um holofote em cima de mim. Eu lentamente fui ao encontro de Edward, que tinha um sorriso mais falso que o de Judas, e que se abaixou assim que cheguei ao seu lado.

–O que você tá fazendo? – Perguntei entredentes.

–Cortando alguns itens da minha lista. – Disse simplesmente bem baixinho, afastando o microfone. Depois, com uma caixinha aberta na mão, onde se encontrava um anel grotescamente grande e tão brilhante que refletia, ele me pergunta: - Isabella Swan, quer casar comigo?

Se você negar um dos últimos desejos de um cara que tá morrendo, é bem capaz de ele vir puxar seu pé de noite depois que partir uma dessa pra melhor! Minha mente conjecturou quando eu paralisei, sem saber o que responder. Você quer ser assombrada pelo resto da sua vida?!

–É... Claro. –Respondi meio incerta, recebendo um beijo inesperado dele. Recebemos grande ovação, por causa dessa cena, mesmo de duas pessoas: Tanya, que ao ouvir isso, saiu esbravejando e Jake, que me olhou desapontado.

Não sei como foi que aconteceu, mas de repente meu “noivo” estava lá e no outro tinha sumido no meio da multidão que dançava animadamente ao som da música eletrônica. Ainda meio aturdida pelo meu noivado falso/surpresa, fui no bar e pedi um coquetel mais forte que tinha. O líquido ardente desceu na minha garganta queimando, dando-me ânsia de vômito, porém quando eu dei por mim, já estava no décimo drink, dançando em cima do balcão com um bando de pervertidos bêbados pedindo que eu tirasse a roupa.

Bom, essa foi minha última memória dessa noite.

PDV de Edward

Quando Jacob me chamou, desesperado, pois a minha bendita noiva estava ameaçando fazer um strip-tease na frente de todos, eu não acreditei. Porém, depois de muita insistência do rapaz, resolvi checar se era verdade mesmo. Para minha total surpresa, assim que eu chego no bar, encontro uma versão bêbada da Bella, tentando, ao que me pareceu, dançar sensualmente. Minha vontade inicial foi de rir do papel ridículo que ela estava fazendo, mas ao ver que um bando de tarados estava a sua volta, incitando-a a se despir, fiquei possesso.

–Bella, sai daí agora! – Mandei firme, mas ela nem sequer me ouviu e continuou rebolando para eles. – Eu tô mandado! – Usei meu tom mais ameaçante, mas ela não parecia ligar, até se aproximou de mim e disse-me bem próxima ao meu rosto.

–Você não manda em mim, não é meu dono! – Seu bafo de álcool era perceptível de longe, ela estava altamente embriagada tanto que caiu sentada. Porém, aproveitando seu vacilo, eu a puxei, tirando-a de cima do balcão e carregando-a para fora dali.

Não sei de onde veio essa força toda para conseguir carrega-la até o segundo andar, onde ficava seu quarto, mas consegui. Deveria ser a raiva de ver aqueles homens todos tentando tirar proveito dela... Sei lá. Ela reclamava e batia no meu peito, mas eu sabia que deixa-la só naquele instante só ia piorar a situação. Coloquei-a em cima da cama, porém ela continuava muito alterada.

Em pensar que foi essa vida que eu levei até dois anos atrás... Afugentei essas lembranças deprimentes, já que a bêbada revoltada só queria me xingar.

–Me deixa sair, seu idiota! – Gritava, se debatendo enquanto tentava sair e eu a impedia. Só que do nada, ela para e fecha os olhos, sua pele ficando mais pálida que o normal. – Edw.. Edwa.. Edward... Acho que eu vou vom... – Antes mesmo de completar a sentença, ela vomita sobre mim, sujando-me completamente.

–Que nojo! – Reclamei, distanciando-me dela que ainda vomitava feito a menina do Exorcista. –Tá vendo?! É isso que dá querer ser bonzinho. –Perguntei a mim mesmo, olhando o estrago que ela fez na minha roupa e em boa parte do quarto.

Ela tem te ajudado tanto... Lembra quando ela te pegou no chão do banheiro no dia que você caiu e nem conseguia se levantar? Ela sequer riu de você. Minha mente fez questão de me lembrar, em tom acusatório e eu fiz careta. Ela tava certo, eu tinha o dever de ajudar a garota.

–Você precisa de um banho. – Ela observou, rindo da minha cara e eu suspirei.

–É, eu sei. – Concordei com ela. - Você também.

–Vamos tomar juntos? – Sugeriu, assustadoramente alegre com a ideia. Eu fiquei abismado por ela ainda ter algum pudor para perder bêbada. Eu pensei que ela não tinha nascido sem essa virtude. –Por favor... –Pediu fazendo bico e, se a situação não fosse tão bizarra, eu riria. – A gente já se viu pelados mesmo... Que diferença vai fazer?

Pensando por esse lado...

Decidindo por uma ducha, pois fiquei com medo dela se afogar na banheira, depois de tirar o vestido pela sua cabeça e descartar minhas roupas, meti ela dentro do chuveiro frio. Tentei dar o máximo de espaço pra ela, mas a louca, me agarrou, colando nossos corpos debaixo da água congelante.

–Não sei se notou, mas eu continuo um homem. –Comentei, estranhamente sem graça.

–E daí? –Perguntou meio grogue.

–E daí que isso estranho. – Tentei me desvencilhar, mas foi em vão.

–Eu disse juntos. – Falou autoritária, se espremendo em mim novamente e eu respirei fundo para não acabar fazendo merda.

Quem diria que bêbada a santinha ficaria tão leviana? Mas pelo jeito aí, ela vai acabar te estuprando! Meu diabinho comentou, debochado.

–Já tô limpo o suficiente. – Comuniquei saindo e Bella soltou um muxoxo.

Coloquei um roupão e ajudei a pôr o dela. Foi estranho estar em seu lugar naquele momento, ajudando alguém que não conseguia fazer as coisas sozinha. Eu não sentia pena, mas sim compaixão. Provavelmente, ela deveria sentir o mesmo por mim. Apesar de agora estar querendo me seduzir.

–Você é tãoooo lindo. – Disse meio debilmente e, segurando riso, respondi:

–Obrigado, você também não é de se jogar fora. –Ela sorriu feliz e eu a ajudei a deitar-se na cama. Ela já estava com os olhos fechados quando resolveu abrir a boca e pedir:

–Dorme comigo, Edward? – Sua voz doce me pegou desprevenido.

–Por favor... Além do mais, você não vai conseguir subir as escadas para o seu quarto depois de tanto esforço em me carregar mesmo. –Apelou e suspirei, vencido. Eu realmente estava cansado e, depois de tudo, não ia doer deitar-me ao lado dela. Até porque, para todos os efeitos, ela era minha noiva e passar a noite no quarto dela, com certeza, aumentaria a credibilidade da nossa história. Eu realmente não queria que ninguém descobrisse ou desconfiasse da minha doença.

Empurrando-a um pouquinho para o lado, deitei ao seu lado e ela logo pôs a cabeça sob meu peito, onde ela pôde ouvir meu coração acelerado inexplicavelmente. Ela respirava ritmicamente e eu até pensei que ela já estava dormindo, quando ela resolve voltar a me elogiar:

–Você é tão gostoso que é até um desperdício você morrer cedo, sabia? – Seu tom era de quem estava desolada. –Só acho...

–Obrigado novamente, Bella. Mas não combinamos que você manteria seus comentários sobre mim para você mesma? –Lembrei-a e ela bufou.

–Qualé! Só tô falando a verdade! –Gargalhou. –Se você não fosse meu patrão...

–Se eu não fosse seu patrão... –Incentivei-a a continuar, curioso e confesso um pouco “feliz”, digamos assim.

–Eu esqueceria de tudo que você é e tem, e cortaria mais uma coisa da sua lista. – Finalizou juntando nos lábios e abrindo meu roupão e eu, bom... não a impedi.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que achara? Será que Edward teve coragem de ir até o fim?



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