O melhor verão da minha vida escrita por Roberta Valentina


Capítulo 7
Não foi... mas foi real, é real e será real?


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, obrigada a tds que me deixaram reviews! Obrigaaaaaaaaaaaaada msm! E apesar de n ser grande como me pediram, esse capitulo foi feito com mto carinho. E, bom, eu posto regularmente, então vcs n podem se queixar! Bjs



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Quando acordei pela manhã, nossa! Foi como se alguém estivesse cruelmente martelando minha cabeça com uma marreta. Sentei na cama, ainda meio desorientada e abri os olhos. Tive que piscar algumas vezes para me acostumar com a claridade excessiva. Passei a mão no rosto, tentando espantar o sono e isso fez com que o lençol descobrisse a parte superior do meu corpo. Olhei para baixo e tomai um choque.

Eu estou pelada! Concluí e ao olhar por debaixo dos lençóis de linho, cheguei a triste conclusão: Completamente pelada.

–Jesus, o que foi que eu fiz? – Tentei me lembrar de alguma coisa, olhando para os lados, mas tudo estava exatamente igual, apesar das janelas estarem abertas. (As arrumadeiras pareciam fantasmas, pois ninguém via, mas sabia que elas passaram por lá)Pus a mão no rosto, tentando lembrar de qualquer coisa e um metal frio roçou minha bochecha.

O anel de noivado. Bom, isso eu me lembro, o que mais?! Tentei forçar minha memória, mas isso estava fazendo com que minha dor de cabeça piorasse insanamente. Virei para pegar um analgésico em uma das gavetas da minha mesinha de cabeceira e me surpreendi de encontrar um copo d’água, um analgésico e um bilhete de alguém com uma letra belíssima.

Espero que esse remédio diminua a ressaca que deve estar sentindo agora. Já me ajudou muito nos velhos tempos... Enfim, caso esteja confusa sobre a noite passada, observando o alto grau de álcool que ingeriu, estarei no jardim à sua espera. Atenciosamente, Edward Cullen.

Logo ele sabe o que aconteceu?! Aí Santa mãe das causas perdidas, faz com que eu não tenha feito nenhuma besteira imensa! Roguei aos céus, enquanto me vestia apressadamente e corria, quase caindo das escadas, confesso, mas chegando ao jardim em tempo recorde! Não pude deixar de me admirar com a paisagem lindíssima à minha frente. As árvores e o rio insípido davam um ar pitoresco e romântico ao jardim de uma maneira esplendorosa. Com certeza, essa propriedade era de tirar o fôlego de qualquer mortal.

Em por falar em morte... Ola o Conde ali! Só poderia ser tamanha dor para me fazer ter um pensamento de tão mau gosto.

Encontrei Edward recostado a uma grande cerejeira, com um violão nas mãos dedilhando distraidamente, enquanto olhava para o horizonte. Não resisti e, sacando meu celular do bolso, tirei uma foto escondida. Porém, o flash fez mais barulho do que eu imaginava e ele se virou assustado, mas quando percebeu que era somente minha insignificante presença, ele se acalmou e me lançou um sorriso torto.

–Pensei que fosse algum paparazzi invasor. – Explicou e eu neguei com a cabeça, ajoelhando-me próximo a ele. –Por que tirou uma foto minha? Quer vender para alguma revista? – Seu tom era irônico e eu fiquei sem saber se ele estava brincando ou falando sério, por isso tratei logo de me explicar:

–Eu... Eu.. Só queria guardar uma lembrança sua e você estava tão bonito aí que eu não consegui resistir. – Admiti sem graça. – Mas se quiser, eu apago. – Eu já ia apertar o botão de deletar, quando ele segurou minha mão, impedindo-me.

–Não, não precisa. – Garantiu olhando bem nos meus olhos, ainda com a mão sobre a minha. –Eu confio em você. -Putz... Esse simples gesto me fez perder a fala. Principalmente quando, invés de apertar o delete, ele clicou no ícone da câmera, girando-a. – Vamos tirar uma Selfie. – Falou, abrindo seu sorriso esplendoroso e eu fiquei com uma cara de choque, igual a de um fã ao tirar uma foto com seu ídolo. – Depois me manda, por favor. – Eu não só estranhei sua anormal educação, mas toda essa bizarra situação.

Cadê o neurótico por privacidade e rude até o último fio de cabelo?! O que esse clone bem educado, gentil e de bom humor fez com ele?! Perguntei-me mentalmente, olhando-o desconfiada.

–O que foi? você tá me olhando estranho... –Ele me questionou e isso só me fez acha-lo ainda mais suspeito.

–Hm... Você tomou todos os seus remédios hoje? – Fiz outra pergunta invés de responder, ele apenas assentiu.

–E você, tomou o remédio que eu deixei no seu quarto? – Seu tom de voz voltando ao normal. Ou seja, autoritário.

–Sim, senhor. E muito obrigada, já estou me sentindo quase melhor. – Agradeci e ele sorriu, deitando a cabeça em meu colo.

Ãh?! Oi? Perdi algo?

Primeiro, eu fiquei aturdida, sem saber porque diabos ele fez isso. Porém, depois do espanto inicial, fiquei sem saber o que fazer com essa informação de que ele ficou mentalmente insano. Deveria ter algo a ver com a festa de ontem, sei lá. Por falar em festa, voltei ao meu objetivo que me fez vir até aqui, encontra-lo.

–Hm... V.Graça... O senhor poderia dizer como foi o final da festa ontem? – Gaguejei, um pouco sem graça e ele me encarou, levantando-se abruptamente das minhas pernas.

Isso soou tão estranho... Minha mente perva comentou, como quem não quer nada e eu a mandei calar a boca.

–Você não lembra de nada? – Merda! Pelo jeito com que ele falou, com certeza deveria ter algo pra lembrar. Eu neguei com a cabeça. – Não lembra de dançar em cima do balcão, de vomitar o quarto inteiro, de tomar banho comigo? – Eu arregalei os olhos, enquanto negava novamente. – Então... Com certeza não deve lembrar do que fizemos juntos. –Categorizou e eu empalideci.

– A gente... – Comecei sem saber como falar e ele ficou esperando eu dizer alguma coisa. – A gente... hm... Fez alguma coisa? – Eu não conseguia nem formular uma frase direito e ele me olhava cauteloso, parecendo estar escolhendo bem suas próximas palavras.

–Quase. –Admitiu e eu escancarei a boca, em completo espanto. – Antes que me acuse de abusar de uma incapaz, você praticamente me forçou a participar de tudo. – Garantiu, tentando se ausentar da culpa.

–Como uma garota bêbada de 1,60 ia forçar um cara sóbrio de 1,90?! – Perguntei indignada pela sua cara de pau sem tamanho.

–Você tem armas muito poderosas e persuasivas. – Observou e eu comecei a ficar a cada instante com mais raiva da sua despreocupação e descaso sobre um assunto tão importante como este.

Ah, qual é! Era da minha primeira vez que estávamos discutindo ali, não uma relação sexual qualquer! E ainda mais com quem?! Meu patrão! Meu patrão gato, maravilhoso, cheiroso e gostoso... Mas meu patrão! Aí Meu Deus.... Eu perdi minha virgindade com meu chefe e sequer me lembro! Por favor, meu pai, me mata logo, vai. Por que tá muito difícil viver nesse mundo onde eu só faço merda!

Eu só percebi que fiz alto minha oração, quando Edward chorou de tanto rir. Eu o olhei tão séria e com raiva saindo pelos olhos de tão possessa, que o riso dele cessou imediatamente. Ele limpou a garganta e falou:

–Calma, Bella. Tecnicamente falando... Sua virgindade ainda está intacta. – Garantiu-me e eu suspirei aliviada. – Você acha que eu sou um monstro ou o quê? – Perguntou-me e eu dei de ombros. – Quando eu vi que você não tava mentindo quando disse que era virgem, eu não forcei a barra. - Contou-me e eu fiquei vermelha ao imaginar como ele sabe disso. –Eu jamais tiraria a virgindade de uma garota que, além de não se lembrar nada depois, certamente não tinha certeza do que estava fazendo. Por isso, pode ficar tranquila... Sua virgindade está à salvo do Conde Drácula aqui! - Disse meio exagerado.

–Hum... Obrigada. Muito cavalheiro da sua parte. – Agradeci e ele fez uma mesura e só depois que eu me toquei que foi pura ironia, já que ele não era capaz de falar (e nem fazer) nada sem pelo menos ter uma ponta de sarcasmo. E eu nem sabia que ele tinha noção do seu apelidinho carinhoso.

–Sempre à sua disposição, milady. – Disse isso e beijou minha mão direita, enquanto eu rolava os olhos e lhe negava a carícia. Ignorando minha má educação, ele comentou: – Por falar nisso, o anel da minha tataravó ficou adorável em você.

Só naquele instante que ele tocou no assunto, eu parei para realmente apreciar a joia lindíssima no meu dedo anelar. Era uma pedra enorme de diamante, perfeitamente incrustada com outras pedras que eu acho que devem se tratar de rubis (Sei lá, nunca tive dinheiro o suficiente para ter, quanto mais diferenciar uma pedra da outra, porém, como dizem: “Diamantes é o melhor amigo de qualquer mulher”, então eu o reconheceria de longe.) Tava na cara que esse anel deveria ter custado uma fortuna, estar há gerações na família do Conde e que eu realmente não merecia nem estar usando tamanha preciosidade. Por isso, cautelosamente tirei-o e depois de me despedir dele em pensamento, devolvi-o ao verdadeiro dono.

–Não posso aceitar. – Recusou, dando-me as costas e voltando para o castelo.

–Por quê? – Perguntei o seguindo.

–Por que ele é seu, ora essa. Eu te dei. – Observou como se fosse o assunto mais desinteressante do mundo. –Na frente de todos. Provavelmente deve até ter um vídeo no Youtube. – Conjecturou e eu tive que insistir:

–Mas é um anel de noivado! – Meu tom de voz esganiçado fez com que ele se virasse, me encarasse sério e afirmasse:

–Eu sei. Já que pra te dar, eu tive que me abaixar e te pedir em casamento. – Seu tom era de quem estava dizendo a coisa mais óbvia do século!

–E daí?! O anel não me pertence. Eu não o aceito! - Repliquei, oferecendo o anel novamente a Edward que respirou fundo dessa vez, antes de me responder com cara de quem já estava perdendo a paciência.

–Você já aceitou, querida! Você disse sim na frente de trezentas pessoas! A partir disso, essa porcaria é sua. Entendeu ou quer que eu desenhe?! – Terminou já gritando.

Ei, não fale assim do meu precioso! Minha patricinha interna bradou, admirando-o em seu trono.

–Mas esse casamento não é real! – Rebati também alterada.

–É sim, em todos os sentidos falando! –Afirmou para logo completar: - Depois que nos casarmos, você será parte da realeza, caso não percebeu.

–Hein?! – Soltei aturdida. – Quem disse que eu aceitei ser parte de qualquer coisa, que ser sua esposa?! –Questionei petulante.

–Argh! Eu já estou começando a achar que vou me casar com uma porta! – Ofendeu-me, perdendo qualquer paciência que ele podia ter, se é que tinha antes. - Você disse, criatura. Ontem. Na frente de praticamente toda a família real daqui. – Explicou-me como se eu fosse alguma retardada mental. Porém, um pouco mais calmo, mas acho que foi por ter me dado as costas novamente, ele acrescenta: - Se não acredita, como eu já disse, deve ter um vídeo no Youtube.


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Notas finais do capítulo

Então, mereço um reviewzinho ou não?



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