S.C.M escrita por lagrimas estelares


Capítulo 2
Gabriel, lembranças, Princesa Leia, abelhinha e Meg.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada loucos e loucas que comentaram! Eu estou super animada e esse capítulo acabou de sair do forninho. Segurem ele, please.

Os capítulos serão intercalados entre o ponto de vista traumatizado do nosso pequeno Cass e do nosso galã Deanno, okay? Esse, por exemplo, é um ponto de vista do Dean.

Lembrem-se: COMENTEM A HISTÓRIA, POR FAVOR! Eu adooooooro responder reviews grandes e eu não me importo, de verdade.

Amo vocês desde já



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❝Don't carry the world upon your shoulders

Dean, desde sempre, observou Castiel de longe. Entretanto, naquele dia o contador de histórias o observava pelo fato de que o de olhos azuis tinha se recusado a falar com Dean pela manhã. Ele apertava o sobretudo contra o corpo algumas vezes, mas nada que não dissesse respeito ao seu TOC e autismo.

– Com licença, Dean – uma paciente, Joanna, se aproximou. Ela se cobria com uma manta preta – Pode pedir para Bela parar de importunar?

Os olhos verdes desviaram-se do seu foco, e Dean parou para lembrar-se de que não sabia o que havia levado a garota ao hospital, mas chutava serem os acessos de raiva. Então era melhor o enfermeiro intervir antes que algo de pior acontecesse.

– Bela! Assim eu vou ter que pedir pra você ficar no refeitório ao invés de ficar vendo TV – Dean avisou e a bipolar revirou os olhos, entregando o controle à loira que voltou a se sentar bem perto da TV, ambas logo voltando a conversar.

O enfermeiro voltou os olhos para o pequeno homem na mesa. Ele percebeu que o mesmo tinha um curativo no rosto e julgou ter sido colocado ali por causa de um ferimento com a lâmina de barbear, uma vez que o rosto estava limpo da mesma.

Os olhos estavam concentrados no pote de vidro no qual ele havia guardado sua abelha, e Cass parecia satisfeito ao ver que a mesma voava na direção da flor dentro do pote.

– Você parece um bobo apaixonado – uma voz surgiu do nada e Dean teve que olhar para cima ao sentir a mão do irmão em seu ombro. Sam tinha aquele sorriso infantil nos lábios e assim como o enfermeiro ele mantinha na cabeça uma coroa de flores. Todavia, suas flores de plástico eram amarelas e realçavam os olhos cor-de-mel – Oh, espere. Bobo apaixonado é um pleonasmo – jogou.

– Cale a boca, Alce – Dean olhou para os lados estranhando o seguidor de Sam, Gabriel, não o estar importunando – Onde está o seu chiclete? – indagou ao mais velho que suspirou, aparentando estar cansado pela décima vez na semana.

– Gabe teve mais um de seus pesadelos e ele ficou acordado praticamente a madrugada toda. Eu fiquei conversando com ele até agora, lhe dei os remédios e parece que pelo menos agora ele vai conseguir cochilar.

Gabriel era um paciente recente que havia chegado em um estado catastrófico de privação de sono por pelo menos quatro dias. Antes de ter sido levado ao hospital psiquiátrico, foi levado ao Pronto-Socorro da cidade e lá ele praticamente desmaiou. Entretanto, os pesadelos começaram e ele não tinha família com quem ficar.

Sam, obviamente, tomou as dores pelo mais baixo e pediu para que ele desse a entrada no hospital psiquiátrico. Os Winchesters filhos eram assim. Praticamente moravam dentro do hospital, simpatizados demais por todos ali para agirem como os funcionários normais. Eles – tendo como passado cheiro de bebidas, sangue e principalmente fogo – tinham uma conexão muito maior do que a de irmãos; eram melhores amigos.

A mãe deles havia morrido ainda quando Sam era um bebê em um incêndio em casa, e John enfiou a cara nas bebidas e aparentemente culpou Dean por ter esquecido de desligar o fogão que sua mãe havia pedido. Os pequenos passaram pelos cuidados do tio, que os visitava quatro dias da semana escondido para cuidar de Sam, que ainda tinha seis meses.

Quando o mesmo entrou para o ensino básico na mesma escola de Dean, John Winchester não só levava garrafas e garrafas de bebida para casa, mas como levava prostitutas que fediam a cigarro e sujeira. Não apenas de corpo, mas de falta de espírito. O mais velho dos irmãos foi reclamar com o pai, então. O inferno começou ali.

Primeiramente negligenciados pela figura paterna, Dean e Sam foram trancados dentro de casa durante meses e as regras para não apanharem era não fazerem barulho algum, não aparecerem nas vistas de John nenhuma vez e não fazer sujeira. Obviamente, como crianças, não puderam obedecer. O irmão mais velho começou a apanhar e Sam era obrigado a assistir, tendo pesadelos todas as noites e chorando sobre o corpo do irmão inconsciente no chão.

No dia em que foram salvos pelo pai adotivo – Bobby -, Sam gritava perdido em algum pesadelo insano e Dean convulsionava no chão.

– A gente está fazendo bem, não é Sammy? – Dean sussurrou, lembrando de quando acordou no hospital e se levantou, dizendo que tinha que ir para casa fazer o jantar do seu irmão – Quer dizer, olhe só pra nós: anos atrás eu estava com traumatismo craniano no hospital, quase em coma, e você estava na casa de Bobby, que não queria deixar você ser internado em um hospital desses. E hoje estamos aqui, sem sequelas. A gente está fazendo bem?

O Wincherster mais alto deu o maior sorriso que conseguia no momento: - Dean, é obvio que a gente está fazendo bem. E certo! A ideia de parecer mais simpático com essas coroas de flores foi ótima, sabia disso?

Dean podia sentir que ele queria falar mais alguma coisa, mas um baque foi ouvido e Sam logo se virava de costas, abraçando o pequeno corpo de Gabriel. O mesmo olhava com os olhos chorosos para Dean que entendeu perfeitamente a situação do mesmo e sorriu-lhe pequeno.

– Sam, e-eu...

– Vamos voltar para o quarto. Agora nós vamos dormir e você não vai ter pesadelo nenhum – e então Sam começou a arrastar Gabriel gentilmente até o quarto. Eles sumiram de sua vista tão rápido quanto Gabriel apareceu.

Os olhos verdes de Dean procuraram os azuis, que fugiam junto ao dono e abandonavam na mesa o pequeno pote com a abelha dentro do mesmo.

Dean fitou Charlie e percebeu que a ruivinha estava calma depois da conversa que eles tiveram pela manhã. Cada enfermeiro cuidava de pelo menos três pacientes, mas pelos problemas de comportamento de Ryan e a garota Dean ficou apenas com eles. Todavia, ele estava com esperanças de que o caso de Castiel se tornasse seu algum dia.

– Hey, Charlie – a depressiva bipolar estudou o rosto de Dean antes de fitar seus olhos, fechando seu livro.

– Dean... posso te fazer uma pergunta? – Dean odiava formalidades, então decidiu que todos tinham que lhe chamar pelo nome.

– É claro – ele lhe mandou um sorriso.

– Você acha aquela garota bonita? – a ruiva apontou para Bela, que ainda assistia Bob Esponja na presença de Jo.

Um dos segredos de Dean era tratar pacientes como amigos. Assim, eles sentir-se-iam à vontade para contar-lhe problemas, acelerando o processo de cuidados.

Então Dean analisou o corpo de Bela, e pensou que ela e Charlie combinavam quando estavam juntas.

Sua mente clareou-se de súbito e ele sorriu malicioso para Charlie, que corou e escondeu o rosto entre os cabelos vermelhos.

– Por que me analisa dessa forma? Eu só te perguntei uma coisa. Achei que enfermeiros estavam aqui para nos ajudar, e não nos constranger. Vou pedir para trocarem meu enfermeiro por alguma que pareça a Princesa Leia – devia ser a quarta vez que ela dizia isso, mas com o tempo Dean percebeu que era apenas uma brincadeira.

Apesar de tudo, ela tinha um senso de humor impressionante.

– Acho meio impossível ruivinha – sorriu – Mas Bela é muito bonita. Por que não a convida para irem ao jardim um dia desses, ou quem sabe irem a terapia de choque juntas?

Charlie bufou irritada, muxoxando algumas coisas em élfico ou qualquer língua que estivesse em seus livros: - Vá atrás do Cass logo. Ele está chateado.

A menina lhe empurrou pelo traseiro, acenando para o mesmo enquanto Dean se afastava de costas e arrumava a coroa de flores na cabeça. Ele ficou subitamente nervoso e decidiu pegar o pote com a abelha guardada mais por puro nervosismo e para ter assunto do que para perguntar a Cass sobre a mesma.

– Anjo – ele falou em um tom de voz ameno, sabendo como não assustar o pequeno homem.

O com nome de anjo lhe fitou da cabeça aos pés e apontou para a cadeira a sua frente, parecendo se perder em pensamentos por alguns segundos e querendo dizer algo. Seu pomo de adão se movimentava e Castiel parecia empalidecer cada vez mais.

– Tudo bem se não conseguir falar agora, ‘kay? Eu espero você achar as palavras certas e não vou sair daqui.

E Dean, de fato, esperou. Mas no momento em que Castiel apertou o sobretudo contra o corpo e começou a bater os dedos na parede mais vezes do que costumava fazer contando 1 2 3 4 5 6 7 8 baixinho pelo menos oito vezes seguidas, ele percebeu que havia algo de errado.

Ele entreabriu os lábios, pronto para soltar uma nota de indagação sobre o que estava errado.

– Enfermeira Meg. Moscas. Barulho. Malvada.

Castiel se levantou e deu a volta na mesa, pegando seu pote com a abelha e abraçando-o contra o corpo. Dean o seguiu até o corredor, mas percebeu que ele estava indo para o jardim para provavelmente soltar a abelhinha.

Só então ele se permitiu deixar o sangue ferver para ir atrás de Meg.


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Notas finais do capítulo

PUTS, QUEM ESTÁ SENTINDO TRETAS? :v eu amo tretas. Por isso, quando eu vou ler as fanfics da Mrs Slytherin, eu percebo aquelas tretas e fico 'o' 'o' 'o' 'o' 'o' MEU DEUS e eu prevejo tretas também.

Eu vou ter cartomante. u-u

Por isso eu prevejo muitos reviews nesse capítulo -_o



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