S.C.M escrita por lagrimas estelares


Capítulo 11
Ódio, moscas e morte.


Notas iniciais do capítulo

Pelo título, vocês devem estar com medo.

Pois tenham medo.

Desculpem só atualizar agora, mas eu tive uns contratempos e chutem: eu ainda não fui matriculada em escola nenhuma! Porém, eu arrumei briga em casa e eu só consegui entrar agora no computador. Enfim. Eu descontei a minha raiva nesse capítulo então não me matem.

:3 espero que "gostem".

p.s: eu não pude responder os reviews passados, mas eu agradeço de todo o coração à todos. Notas finais, leiam!



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❝Hold me close, don't let go, watch me burn in this hospital for souls.

Castiel acordou com algumas vozes. Ele sabia que era cedo demais, uma vez que dormia das 22h até as 7h.

O pequeno homem analisou o quarto, um pouco perdido.

Castiel não estava no seu quarto.

Castiel viu Gabriel dormir em uma cama ao lado.

Castiel se desesperou.

Castiel fechou os olhos e quando os abriu, deu de cara com Dean, dormindo.

Sua respiração se normalizou e ele pegou a coroa de flores que tinha colocado na cabeça do contador de histórias na tarde passada. Ele cutucou um pedaço de fita que não estava colada enquanto escutava os murmúrios do lado de fora da porta.

... você não pode fazer isso! Eu tenho que cuidar de Gabriel. Castiel precisa do Dean, e ele só teve um acesso! Você sabia que cedo ou tarde aconteceria, assim como pode acontecer comigo. Você sabia dos termos quando aceitou a gente aqui.

Eu posso fazer o que bem quiser, Sam. E você tem que se considerar sortudo por eu não estar demitindo você e o seu irmão. Olhe, Winchester, eu tenho um carinho enorme por vocês dois, vocês são ótimos profissionais, eu só estou pedindo para vocês tirarem duas semanas de férias. Você está com olheiras enormes e Dean... bem, eu nem preciso dizer nada sobre ele. O garoto está acabado.

Dean ficaria longe de si? Ele ficaria sem as histórias?

Castiel gritou para que Dean acordasse.

Castiel pulou em cima de Dean e estapeou o rosto dele, não se importando com o contato.

Castiel retirou o sobretudo de cima do corpo de Dean e recolocou, analisando algum efeito.

Castiel apenas imaginou as ações. Ele continuava sentado em sua poltrona, coberto por sua coberta. Quietamente com a coroa de flores nas mãos.

– Hey, Cass – a voz de Gabe o tirou dos pensamentos. Desde quando ele estava acordado? – Sam vai resolver isso, eu tenho certeza.

O coração de Castiel palpitou, seus olhos se irrigaram de sangue e ele fungou.

– Ah, Castiel. Não chore! Vamos lá, eu peço pro Sam roubar um pirulito pra você. O que acha?

Castiel tinha medo de pirulitos.

Castiel sentia medo de Gabe às vezes.

Castiel sabia que Gabe era inofensivo.

Mas Castiel ainda tinha medo de pirulitos.

Mas...

Samuel – Castiel sabia que Sam era o apelido de Sam, mas não sabia que Samuel era o seu nome – Gabriel... ele poderá ir com você. Eu acho que você tem responsabilidade e, uma vez que ele não tem parentes que deem autorização, eu mesma dou. Apenas o mantenha longe de remédios e o medique com os certos.

– E Castiel? Ele não v...

Castiel agora é assunto da direção. Meg está sendo investigada e temos mais provas do que precisávamos contra ela. Novak será encaminhado a outro enfermeiro, por enquanto.

Castiel estava aliviado.

Castiel estava amedrontado.

Castiel estava receoso.

Castiel não sabia o que fazer.

Seus pés cobertos pelas meias tocaram o chão e foram na direção da parede oposta do quarto. 1 2 3 4 5 6 7 8. 1 2 3 4 5 6 7 8. 1 2 3 4 5 6 7 8. 1 2 3 4 5 6 7 8. Ele batucou os dedos na parede.

Os olhos azuis vagaram o quarto todo, passando por Gabriel em um borrão rápido e chegando à silhueta de Dean que já mostrava sinais de que iria acordar. Os olhos se movendo por debaixo das pálpebras, movimentos dos dedos das mãos.

Castiel tinha medo de que Dean acordasse como ele.

Castiel sabia que era doente.

Castiel não sentia pena de si mesmo.

Castiel estava preocupado com Dean.

A voz do enfermeiro mais novo se despedindo da diretora do hospital ressoou no quarto quando o mesmo abria a porta e entrava, voltando a fechá-la. Seus olhos cor-de-mel deram de cara com os azuis de Castiel, encostado na parede.

O paciente se aproximou de Sam calmamente, e o homem sorriu para ele um tanto triste: - Hey, Cass. Você está acordado há muito tempo?

– Não, Sam. Ele está acordado há uns belos dez minutos e deu pra ouvir tudo o que você falava lá fora.

O de cabelos compridos balançou a cabeça e colocou uma mão no ombro de Castiel: - Eu sinto muito, Castiel. Mas eu tenho certeza que o próximo enfermeiro vai ser ótimo pra você. E se não for, eu vou dar um soco na cara dele.

Castiel queria rir.

Castiel queria sorrir.

Castiel queria reproduzir algum som

Castiel ficou em silêncio e voltou a se sentar ao lado de Dean, enquanto Sam sussurrava que iria aplicar os medicamentos nos pacientes.

O pequeno homem estendeu o braço e Sam achou uma veia rapidamente, aplicando o medicamento e cobrindo as pernas de Cass. O paciente não tirava os olhos de Dean. Ele voltou a colocar a coroa de flores em sua cabeça, e fosse psicológico ou não, os dedos das mãos de Dean relaxaram.

– Castiel? – Gabriel o chamou mansamente, algo estranho para o paciente – Hm... você não quer ir tomar um banho comigo? Quer dizer, vamos tomar um banho, cada um no seu devido box e tal.

Castiel percebeu que estava suado, e por mais que quisesse ficar perto de Dean, não queria ficar fedido e afastá-lo. Então se levantou com cuidado, um pouco zonzo pelo medicamento antes aplicado e seguiu Gabriel para a porta, não antes de cobrir um ombro de Dean que estava exposto com o sobretudo cor de creme.

Gabriel e Castiel permaneceram em silêncio, o mais baixo um pouco inquieto enquanto Castiel percebia que, enquanto os pacientes não estavam acordados, aquele hospital era mais calmo e como deveria ser sempre.

Logo, ambos já estavam de banho tomado e Castiel foi na direção do seu quarto, colocando uma cueca sem elástico para evitar acidentes e as roupas do hospital, calçando uma meia de ursinhos azuis. Ele se levantou e iria atrás de Gabriel, se não fosse...

Pelo fato dele olhar pela janela.

Castiel arregalou os olhos.

Castiel falhou uma batida do coração.

Castiel viu Dean entrando em um carro parecendo um bêbado.

Castiel viu Dean com o seu sobretudo. E viu a coroa de flores cair no chão depois de Gabriel e Sam entrarem em um Impala.

Então Castiel correu. Correu tão rápido quanto suas pernas podiam, e ele se sentiu traído por Dean, por Gabriel e por Sam. Ele os odiava. Eles podiam ir embora.

Mas Castiel queria pegar nas mãos de Dean mais uma vez.

DEAN! – foi um urro de dor. Um grito rouco com a voz grossa que Castiel desconhecia ter passando por entre os lábios. O Impala desacelerou, como se Sam estivesse preocupado com Castiel – EU ODEIO VOCÊS! EU ODEIO TODO MUNDO! EU ESPERO QUE VOCÊS MORRAM! EU QUERO MORRER!

Antes, Castiel Novak diria que gostava de Dean mais do que gostava do número oito e odiava ficar longe dele mais do que odiava moscas.

Agora, Castiel Novak sabia que Dean Winchester era uma mosca.

Então Castiel conseguiu rasgar a coroa de flores com as mãos e dentes antes que fosse sedado e levado para a ala de isolamento intensivo do hospital.


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Notas finais do capítulo

Eu ia colocar uma dedicatória à todos aqui, mas não ia caber, então quem quiser a dedicatória completa, peça por mensagem privada. Vai ser um ctrl c + ctrl v, mas foi feito de coração.