Dreaming Again escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 11
Capitulo 10 - One And The Same


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores,
Eu sei, quanto tempo não posto DA, né? Pelas minhas contas, 24 dias, eu sei, que absurdo! Meus planos era postar mais ou menos no dia 12. Falhou, eu sei.
Perdoem-me. Espero que goste do capitulo.
Beijos,
Manu Schreave



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Sexta-feira somos bacanas

Segunda estamos malucas

Às vezes você faz as regras

Às vezes você sequer pensa

Mas podemos sair e dar risada

Certo, essa coisa de Romeu e Julieta não é tão ruim quanto pensei. É pior! Terei de gastar tempo da minha vida nisso, além de que terei de beijar o Mellark. Não é como se ele fosse feio, me odeio por pensar assim, mas ele não é. O problema é que ele é chato. Numa escala das pessoas mais irritantes do mundo, não são muitas pessoas que o vencem, mas uma certeza eu tenho, a diretora Coin conseguiu chegar ao topo facilmente. Agora, entendo completamente o fato dos alunos chamarem-na de Coin, a bruxa sem alma. Ela não se compadece do meu sofrimento por ser obrigada a participar desse teatro fuleiro, e ainda quer me obrigar a dedicar meu tempo nisso. Fora que fui muito zoada por isso. Gale ri de mim a todo instante, afinal, não foram poucos os momentos em que debochei dele sobre suas declarações para Madge. Aliás, tenho de falar com ele.

— Gaaale! — Saio gritando-o pela casa. — Gaale.

— O que foi? — responde gritando de alguma localização não identificada.

— Onde você está? — grito de volta.

— Na cozinha. — responde por fim. Desço as escadas apressadamente até chegar na cozinha e encontra-lo sentado, tomando café.

— Gale, maninho querido.

— O que você quer?

— Nossa, quem olha assim, pensa que sou interesseira e nada amorosa. — resmungo com falsa mágoa. — Chamei as meninas para dormir aqui de sexta para sábado.

— Certo, e o que eu tenho a ver com isto?

— Bem, você é namorado de uma delas, e vocês tem uma relação muito pegajosa.

— Pegajosa como a de Romeu e Julieta? — questiona tentando fazer uma piadinha.

— Essa nem teve graça, aliás, nenhuma teve, Gale. Mas, prosseguindo, teria como você se retirar da casa para não atrapalhar minha noite?

— Deixa eu ver se entendi o que você falou. Está me expulsando da minha própria casa? — questiona, esperando que eu negue veemente.

— Não estou te expulsando, estou pedindo para que saia.

— Na sexta, certo?

— Sim, amanhã.

— Ah, não vai dar, Kat, na realidade, você vai ter de cancelar sua noite das garotas.

— O quê? Por quê?

— Eu chamei os garotos para aproveitarmos a nova reforma da sala de jogos.

— Você tá brincando comigo, não é? Depois que me irritar muito, vai sorrir como se tudo fosse uma piada muito engraçada, e dizer que vai dormir na casa do Finn, ou talvez na casa dos Mellarks.

— Não, Kat, não é uma brincadeira. Será a noite dos garotos amanhã.

— Mas, Gale, você já deve ter feito isso mil vezes. É meu dia, é o dia das garotas.

— Nem vem, Katniss, eu já chamei os caras para vir, não adianta falar que é sua noite, porque não é.

— Mas, Gale...

— Qual o problema aqui? — Meu pai chega questionando, irritado pelo show que Gale e eu estamos protagonizando.

— Eu chamei as garotas para virem passar uma noite comigo aqui, e Gale cismou de chamar os amigos dele também. — narro irritada, esperando que meu pai faça algo.

— Certo, isso é um fato, agora qual é o problema?

— O problema é que Katniss não entende que amanhã é a noite dos garotos.

— Vocês são crescidos, conseguem trazer seus amigos e conviver como pessoas civilizadas, até porque, sã todos amigos entre si. Deixem de ser sexistas. — Meu pai reclama, mas assim que termina de falar, arregala os olhos, preocupado com algo. — Amanhã? — Assentimos. — Que saco, eu estava planejando um encontro com a Mary amanhã, afinal, é nosso aniversário de namoro.

— E qual o problema?

— Eu não posso deixar todos vocês aqui, sozinhos.

— Qual é o problema? — questiono. — Somos todos adultos, ou quase adultos, quando o senhor chegar a casa ainda estará inteira.

— Eu não sei, deixar você é Gale é uma coisa, convidar seus amigos para cá... Não sei se é seguro.

— Pai, já somos todos 'grandinhos', para que tanto medo? — Gale retruca.

— Se você não se lembra, senhor grandinho, a última vez que deixei você e seus amigos sozinhos, quando eu cheguei a casa estava uma baderna.

— Pode deixar na minha responsabilidade. — retruco sem nem mesmo acreditar que estou fazendo isso.

— E o que te faz acreditar que é muito mais responsável que seu irmão?

— Bem, eu passei quase cinco anos morando 'sozinha'. Nunca ingeri drogas, não entrei em coma alcoólico, nunca engravidei, nem entrei em altas dívidas e minhas notas são as melhores. Mais alguma coisa? — Quando termino de falar, meu pai passa um tempo apenas observando, olho de Gale para mim, de mim para ele novamente.

— Tudo bem, confio em você.

— Por que confia nela e não em mim? — Gale choraminga como um crianção.

— Talvez, porque ela esteja merecendo mais confiança que você. — Meu pai responde ao nível certo. E eu mando meu olhar triunfante para Gale, meu famoso olhar “Olha, quem venceu de novo? Eu!”, e ele apenas revira os olhos.

— Então, se eu estou no comando...

— Não, Katniss, não é porque você é a responsável que vai poder chutar Gale e seus amigos para fora de casa.

— Tudo bem, tudo bem. Então, chame seus ‘amiguinhos’, Gale. — resmungo saindo da cozinha.

***

— Ah, para, Annie. Chega de choramingar, sim? — peço já cansada. Posso parecer uma péssima amiga, mas desde o começo da noite ela está choramingando, Madge já fugiu para unir aos garotos, Clove fingiu que ia tomar um gole de suco e não voltou mais, e aqui estou eu escutando Annie falar sobre essa coisa de fim de relacionamento. — Pare de chorar pelo leite derramado, vá no armazém, compre mais e seja feliz.

— Eu realmente não entendia metáfora. — Franze o cenho em dúvida.

— Olha, sei que você acabou de terminar um relacionamento e que arrumar outra tão rápido não é ideal, mas... — Dou de ombros, sem saber exatamente o que dizer. — Bem, eu posso amar a Inglaterra, mas a Califórnia é, sem dúvidas, o melhor lugar para se encontras caras gatos, musculosos, sem camisa — Conto nos dedos. —, e que sabem surfar. E você não é bonita, Annie, você é linda em dez segundos arruma um cara melhor que aquele babaca. — Mando uma piscadela por fim.

— Você acha que isso vai dar certo? E se eu me magoar?

— Vai dar tudo certo, ruiva! — Tento acalma-la.

— Mas, e se não der certo?

— Eu te ajudo a catar os caquinhos.

— Ajuda mesmo? — Ergue seus olhos verdes de ‘gato do Shrek’ para mim.

— Cada um deles! — garanto. — Agora, vamos descer, temos alguns garotos para atazanar e uma noite para nos divertir. — Ela olha para mim e sorri mais que agradecida.

— Vamos lá. — confirma. Descemos as escadas rapidamente, e logo encontramos todo mundo na sala de jogos, rindo alto e se divertindo. Gale jogando sinuca com Finnick, enquanto do outro lado da sala Peeta, Madge Cato e Clove estão jogando Pebolim, um homem e uma mulher em cada time. Decidimos nos aproximar do último grupo, cutuco Clove na coluna e estreito os olhos para ela.

— Suco demorado, hein, Clove? — ironizo e ela sorri amarelo.

— Me desculpa, mas eu não estava aguentando mais. — Revira os olhos. — Alias, como conseguiu dar fim a todo o chororô?

— Eu fiz uma promessa. — conto. — Uma promessa que estou disposta a cumprir.

— Então, Katze — Peeta me chama. —, você adora desafios, não? — questiona e eu apenas assinto. — Que tal um desafio? — Estreito os olhos em direção a ele, temendo esse desafio. Bem, estamos em uma sala de jogos, acredito que o desafio tenha algo haver com isto.

— Diga-me.

— Que tal um desafio no pebolim? — convida.

— O quê? Pebolim? Não, obrigada. — recuso de imediato, temerosa. Existem algumas coisas que posso ser considerada ‘boa’, natação, consolar, ajudar, atuar, mas pebolim? Sou horrível, consigo ser ainda pior que no futebol físico.

— Dispensando um desafio, Katze, está com medo? — debocha, fazendo-me ranger os dentes. Odeio ser considerada 'covarde’.

— Eu apenas não desejo um desafio neste momento, não covarde. — grunho irritada.

— Uou! Não te chamei de covarde, foi apenas uma brincadeirinha, não precisa me matar. — Ele sorri debochado. — Vamos nos divertir como pessoas civilizadas, sem desafios, mas você irá jogar conosco. — Reviro os olhos, mas assinto.

— O que eu tenho de fazer? — questiono contrariada.

— Simples, você está no meu time. — me posiciono ao lado dele. — Não tem que fazer muita coisa, vou deixar você que o goleiro, tudo bem? — assinto. — Então, tem apenas de evitar que os adversários, no caso Cato e Clove façam gols.

Logo o jogo começa, e eu entro em desespero. Eles giram a barra de jogadores com força e sem controle, o que me deixa atônita, a bola batendo de um lugar para o outro, esse jogo não tem logica, não tem como calcular um ângulo ou algo do tipo. A bola se aproxima do meu goleiro e eu o giro calmamente, fazendo com que acidentalmente, a bola entre no gol. Droga! Gol contra.

Todos ignoram meu gol contra, Peeta apenas olha para mim e sorri. Mais uma rodada, dessa vez, observo a bola mais atentamente, sem desviar os olhos dela por nenhum segundo. Peeta chuta, Cato devolve, Clove, Peeta, a bola vem na minha direção, é minha hora. Gol! A bola passou direto. Depois de mais algumas rodadas, Peeta fazer alguns gols e eu sofrer muitos, ninguém aguenta mais.

— Só uma dúvida. — Peeta chama minha atenção. — Você sabe que tem de chutar a bola para longe do gol, certo?

— Sei, Peeta, eu sei. — Reviro os olhos.

— Então, faça isso, por favor.

Após um tempo, Cato e Clove se cansam, Madge e Gale passam a jogar conosco, e mesmo assim, não consigo parar de perder.

— Eu cansei. — Gale confessa, e todos concordam. — A Kat é horrível no pebolim e ponto, não vamos conseguir mudar isso. Mas, podemos aproveitar o resto da noite.

— Eu tô com o Gale. — Cato retrucou. Todos olharam para mim que dei de ombros.

— O que vamos fazer? Isso é realmente uma droga, detesto ficar girando essa coisinha aqui. — resmungo.

— Hum... Que tal jogarmos algo? — Finn sugere.

— Mais jogos? — Madge revira as orbes verdes.

— Não qualquer jogo, verdade ou desafio. — Finnick completa e nos entreolhamos, questionando uns aos outros se esta é uma boa ideia, mas por fim damos de ombros.

Nos reunimos no meio da sala, e Gale pega uma garrafa para brincarmos, coloca-a no centro e gira. Finnick pergunta par Madge.

— Verdade ou desafio? — questiona.

— Verdade, sem dúvidas.

— O que você viu no Gale? Ele é feio, chato, canta mal e é de exatas. Exatas, quão chatas são as pessoas de exatas?

— Primeiro, você errou tudo. O Gale é lindo, incrível, e tá, ele realmente canta mal, mas continua sendo incrível. — declara-se Madge, com os brilhando. Eu olho para Annie que está ao meu lado, e ao mesmo tempo fingimos colocar o dedo na garganta. — Segundo, você é de Biológicas, cale a boca.

Assim que Madge termina de zoar com Finn, que realmente calou a boca, ela gira a garrafa. Annie pergunta para mim.

— Verdade ou desafio?

— Verdade.

— Ótimo, finalmente saberei as coisas que você esconde. — fala dando uma risada maléfica. — Como foi seu primeiro beijo?

— Hum... O que acontece se eu não quiser falar?

— Eu te obrigo a falar. — Dá de ombros, despreocupada.

— Eu tinha 14 anos, ele 16. Eu imaginava que ele beijava bem, mas na realidade, ele beijava muito mal, e eu não sabia o que fazer. O beijo foi horrível, muito molhado. — conto meio sem jeito, fazendo todos rirem.

— Ai, meu Deus! Agora entendo porque você não gosta de nos contar seus ‘segredos’. — Clove zoa.

— Parem! — peço, sentindo que em pouco tempo ficaria vermelha se não calassem a boca. — Estou ficando envergonhada.

— Essa é intenção, irmãzinha. — Ri Gale, eu apenas ignoro e giro a garrafa.

Após muitas rodadas e muitas risadas, todo mundo começou a reclamar que ninguém escolhia desafio. Quanta hipocrisia, reclamavam, mas não pediam. Por fim, quando é a vez de Cato perguntar para mim decido.

— Sei que vou me arrepender, mas quero desafio.

— Perfeito. — Ele sorri maléfico, me fazendo temer. — Te desafio a aceitar ter um encontro com meu irmão.

— Mas, ele não chamou para um encontro. — Sorrio nervosa.

— Esse é o problema? — questiona Peeta, e eu mexo a cabeça, tão atônita que faço que sim e não ao mesmo tempo. — Tudo bem. — Se aproxima de mim e sorri torto em minha direção. — Oh, Katze, querida, aceita ter um incrível encontro comigo no sábado que vem?

— E-Eu... — gagueja querendo negar, obviamente, olho na direção de Cato que dá um sorriso maléfico, como se gostasse de ver a desgraça pela qual a humanidade tem de passar. — Eu aceito. — resmungo.

— Não se chateie, Katze, esse será o melhor encontro da sua vida. Lembro-me que no dia que chegou, reclamou que os londrinos só te levavam à London Eye, ter quase namorado um alemão nazista e os franceses serem muito românticos. Para sua sorte, não vou te levar à London Eye, não sou neonazista, e prometo evitar ser romântico. Traduzindo, sou todos seus sonhos em único cara. Seu Romeu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que esperam desse encontro? Deem suas opiniões. Comentem o que acharam, sim? E, se achar que DA merece, favoritem ou recomendem, façam o que sentir vontade.
Estou com uma nova fanfic, caso queiram ler: http://fanfiction.com.br/historia/622877/Now_What/
Entrem no grupo do face: https://www.facebook.com/groups/655117534634266/
Beijos,
Manu Schreave