More Than a Feeling escrita por Scherbatsky


Capítulo 8
Capítulo 8 – New Crowd


Notas iniciais do capítulo

Heey, peeps! Desculpem o sumiço, mas o começo do ano foi bem agitado para mim, e nessa semana eu estava indo direto para médicos, então ficou meio complicado de postar. Mas não se preocupem, estou atualizando essa agora, e assim que puder eu finalizo o capítulo da fic Skimmons "The Strange Feeling of Jealousy", se ainda não leram, deem uma passadinha lá, garanto que vão gostar :)
Boa leitura!



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POV Steve

Essa última missão não saía da minha cabeça. Além do tiro que acertaram em Natasha, ainda me espantava o fato de que havia sido muito fácil pegar aquela tal Pérola Negra. Ainda tinha algo por trás disso, e eu tenho quase certeza de que Natasha e Fury sentiam o mesmo; sentiam que havia algo errado ali.

Decidi deixar esses pensamentos de lado enquanto tomava um longo banho para então ir jantar com a Nat. Me deixa bastante tranquilo saber que o tiro não a havia prejudicado, porque na hora parecia sangrar muito, mas foi apenas de raspão.
Depois do banho, me enrolei numa toalha e procurei por uma roupa simples, porém agradável. Quando terminei de me arrumar, olhei para o relógio e vi que ainda faltavam cinco minutos para o horário combinado, porém decidi ir caminhando devagar até o refeitório. Geralmente, nesse horário, o local ficava praticamente deserto, a não ser por algumas pessoas que ainda ficavam na cozinha. Eles sabiam do nosso horário, por isso, sempre faziam algo em cima da hora para nós, e eu agradecia sempre, claro.

Sentei em uma das mesas perto da bancada, de modo que qualquer um que entrasse logo me visse. Não demorou muito para Natasha aparecer, e ela estava linda. Me levantei com um grande sorriso no rosto, sem esconder a alegria que senti por ela ter vindo.

– Nat, você está linda. – disse enquanto puxava a cadeira para que ela se sentasse. A vi sorrir para mim enquanto se sentava, como um agradecimento.

– Obrigada. Você também não está nada mal, Rogers. – ela piscou para mim. – Espero não estar atrasada.

– Não está, eu que quis chegar cedo. – dei de ombros. – Vamos pegar a comida agora?

– Vamos sim, estou morta de fome. – ela disse sorrindo, e eu ri. Nos levantamos e fomos até o balcão, onde um belo de um bife à milanesa esperava por nós. Cada um fez seu prato e eu até me ofereci para ajudá-la a carregar as coisas, mas claro que ela não deixou. Quando nos sentamos novamente, comecei a pensar em um assunto para acabar com aquele silêncio incômodo.

– Como está o ombro?

– Bem melhor, como se nada tivesse acontecido. – ela deu de ombros, como se realmente não se importasse. – Eu só estou incomodada com uma coisa.

– E o que é?

– Foi fácil demais recuperarmos aquela pedra. Eu não dou nem um dia inteiro para Fury nos chamar na sala dele e nos contar que tudo foi um engano e que devem ter mais pedras como essa por aí. Ou que essa nem é a verdadeira, sei lá. – a ruiva se mantinha séria, logo depois tomando um pouco do seu suco de laranja.

– Eu estava pensando a mesma coisa. – suspirei, passando a mão pelo rosto. – Mas vamos tentar esquecer sobre isso agora, que tal?

– Adorei a ideia. – sorriu. Era aquele sorriso que me deixava bobo. Antes que ela percebesse, olhei para minha comida e comecei a comer. O silêncio havia voltado, mas dessa vez não incômodo como antes, agora éramos só nós dois, jantando como bons amigos.

As horas se passaram rapidamente, nossa conversa até que evoluiu bastante, nós rimos, falamos sobre outras missões, eu contava coisas engraçadas do meu passado, e ela, bom, ela apenas ouvia e ria, até porque eu entendia um pouco do seu passado, o suficiente para não perguntar à ela e acabar de vez com o clima. E eu não queria deixar de ouvir o som do seu riso.

– Uma vez, tive uma missão solo na Irlanda, onde eu encontrei dentro de uma antiga loja de brinquedos, uma criança de aparentemente doze anos, se escondendo dos mafiosos atrás de um balcão. – ela contava, e eu via que ela sorria por algum motivo, mas até então eu não entendia o porquê. – Um deles me prendeu pelo braço, e minha arma foi parar perto da porta do balcão. Quando eu achava que teria de apelar pelo golpe baixo e chutar entre as pernas do cara, a garotinha pensou e agiu mais rápido do que eu. A cara dele, eu lembro até hoje. Um mafioso derrotado por uma criança de doze anos, quem diria. – eu acabei imaginando a expressão do homem, e conseguia imaginar a dor que ele teria sentido, mas ri mesmo assim.

– E a criança? Você achou a família dela?

– Ela me disse que era órfã. Fugiu do orfanato depois dele ter sido tomado pelos mafiosos. – eu ia falar, mas ela me interrompeu com um sorriso. – Não se preocupe, a SHIELD capturou todos eles e recuperou o artefato que eles tanto queriam.

– Assim fico mais tranquilo. – nós dois rimos.

– Essa criança é a agente Closh, aqui da SHIELD. – eu arregalei os olhos, sem acreditar no que ela havia dito.

– Está brincando? Ela é muito boa, já a vi treinando. Você que a treinou? – Nat balançou a cabeça, e eu não pude deixar de sorrir como ela. – Meus parabéns, fez um ótimo trabalho, como sempre. – disse, com um sorriso sincero.

– Obrigada.

– Meu Deus já é quase meia noite! Amanhã temos que levantar cedo... – ela se levantou assim como eu, e após deixarmos a louça no balcão, fomos caminhando lado a lado até seu dormitório.

– Obrigada por hoje, Steve. Foi um ótimo jantar, e eu me diverti bastante. – ela disse assim que nós chegamos em frente à porta de seu dormitório.

– Eu que agradeço pela companhia. Podemos repetir outras vezes.

– Com certeza podemos. – senti seu corpo se aproximar do meu e depois um beijo demorado em minha bochecha. Meu rosto ficou completamente vermelho com um contato, e eu vi que ela percebeu, porque riu com o rosto colado ainda ao meu. – Boa noite, Capitão.

– B-boa noite. – acenei um pouco tímido enquanto ela fechava a porta, e depois, claro, briguei comigo mentalmente por ter gaguejado. Ela deve estar achando que eu sou um idiota agora, ótimo.

Depois de deixá-la em seu dormitório, eu caminhei até o meu e fui direto para a cama. Estava exausto, tão cansado que nem percebi quando acabei dormindo.

POV Natasha

No dia seguinte, eu acordei com bastante disposição, o que era estranho, já que era final de semana e geralmente eu não fazia nada além de treinar. Como não estava muito cansada, levantei rapidamente e fui para o banheiro, era a primeira coisa que eu fazia todos os dias.

Quando saí, escutei meu comunicador tocando, e vi que era uma mensagem do Stark. Revirei os olhos, era impressionante como até dando um recado importante o cara era insuportável. Mas deixei para lá, só me arrumei e fui para a sala de reuniões o mais rápido possível. Quando cheguei, quase todos os Vingadores estavam lá, exceto Clint, que ainda estava em missão, e Steve. Tomei um lugar da mesa e cumprimentei todos com um rápido “bom dia”.

– Hm, a noite então foi boa, Romanoff? – como sempre, Stark dando seu jeito de estragar meu dia. Estava muito bom para ser verdade.

– Cala a boca, lata velha. – resmunguei de cara feia, e ia continuar falando, mas Steve e Fury entraram na sala e eu me calei.

– Temos um importante comunicado para dar. – nossa, bom dia para você também, Fury. – Como sabem, perdemos vários companheiros no dia da invasão Chitauri, inclusive nosso querido agente Phil Coulson. – todos nós na mesa baixamos a cabeça, um pouco incomodados com o assunto. Coulson fazia bastante falta, para todos nós. – Porém, como já acontecera antes... – um chiado irritante acabou interrompendo a fala do diretor, e uma voz e um rosto bastante conhecido preencheu o local.

– Bom dia, Vingadores. Bom dia, senhor. – eu não conseguia acreditar no que estava vendo e ouvindo, e pelo jeito eu não era a única ali.

– Agente Coulson??? – Stark foi o primeiro a se pronunciar. – Que isso? A SHIELD é feita por fantasmas agora? – era só o que faltava.

– Stark, cala a boca! – depois de perder a paciência com a lata velha, eu respirei fundo e me dirigi à tela. – Phil... Você está vivo! Seu... Por que fez isso? – minha expressão foi de alívio e felicidade para raiva. Primeiro Fury, depois Coulson, aquilo era uma pegadinha? Algum tipo de teste com os agentes?

– Agente Romanoff, é bom revê-la. – droga, ele era muito legal, não dá para ficar com raiva. – Eu não posso dar detalhes, apenas devo dizer que estou vivo, e que trago pessoas para ajudá-los com a missão em andamento. Espero que se deem bem e... – um vulto atravessou a câmera e ficou ao lado de Coulson. Era uma garota morena, e bastante empolgada.

– EU ESTOU FALANDO COM OS VINGADORES??? Meu sonho se realizou, eu não acredito, eu vou ter um treco! – ela praticamente gritava, o que fazia o áudio chiar. Uma voz ao fundo se fez presente.

– Ai meu Deus, Skye! Simmons, verifique a frequência cardíaca dela... – era uma voz com um sotaque inglês forte, mas antes de sabermos quem era quem, e de quem pertencia aquela voz, Coulson deu um sorriso sem graça e a gravação foi encerrada.

– Bom, era isso. Vocês estão liberados. – Fury suspirou e deixou a sala um pouco com pressa. Nós olhamos um para a cara do outro, sem acreditar no que havíamos acabado de assistir. Eu estava sonhando? Porque, com certeza, era muita loucura para ser realidade. Eu fui logo a segunda a sair da sala, deixando ainda todos ali dentro tentando descobrir - ou melhor, engolir - o que havia acabado de acontecer. Teria que buscar por informações, e era isso que eu iria fazer. Afinal, quem eram aquelas pessoas com Coulson? E elas trabalhariam conosco? Bendito seja Fury, que nem para passar uma informação concreta. Novamente, sobrava para a agente Romanoff pegar as respostas que desejava obter.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do capítulo? Comentem, please!