Três Corações - o Coração que Me Amou escrita por mariana_cintra


Capítulo 9
Pedido


Notas iniciais do capítulo

Gnt, agora td tá começando a fazer sentido, então espero que entendam a história e gostem... E, claro, mandem ideias e opiniões.

Problemas aqui pra postar, me desculpem. Meu PC anda com problemas, e as fics são todas armazenadas nele. Mas prometo que isso vai melhorar

Já terminando o próximo capítulo ;P



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No dia seguinte, quando estava em casa, em repouso, Matt foi me visitar. Levou flores.

- Tá melhor, amor? – Perguntou-me.

- Sim. Bem melhor.

- Essas flores são pra você. – Estendeu-me o buquê.

- Obrigada. – Sorri.

- Será que pode se sentar comigo no jardim um instante? – Pediu-me, com olhos de cachorro que caiu do caminhão de mudança. - Claro. Lá fora, sentamo-nos num banco do jardim da minha casa. Estávamos sozinhos.

- Eu... Queria fazer um pedido.

- O que quiser, Matt.

- Bem... Você sabe do que eu sinto quando fico perto de você, não sabe?

- S-sim. – Corei.

- Então... E, desde o dia em que te vi pela primeira vez, não pude parar de pensar em você. E no quão especial se tornou pra mim.

- Onde quer chegar, Matt?

- No ponto em que eu te pergunto... Se, daqui a um mês, você não pode estar comemorando comigo.

- Comemorando o que, Matt?

- Um mês de namoro.

Ele me olhou com aqueles olhos castanho-claro suplicantes. Brilhantes. Carinhosos. Lindos. Corei ainda mais. Não sabia o que responder. Eu não podia aceitar logo de cara, principalmente depois do que havia acontecido entre mim e Dan. Eu não achava que gostasse de Matt. A realidade é que eu sentia que gostava mais de Dan que de Matt. Não podia enganá-lo, mas dizer isso a ele seria quase como atacá-lo. Eu o machucaria. Isso era tudo o que eu não queria fazer.

- Matt... Será que eu... Não posso pensar um pouco sobre isso? – Perguntei, fitando minhas mãos.

- Ah, claro. Eu... Não estou te exigindo nada. Muito menos uma resposta imediata.

- Obrigada.

- E lembre-se, Lana. Eu te amo. Mas se você não sentir o mesmo, não diga ‘sim’, porque isso vai me machucar muito mais no futuro do que um ‘não’ machucaria no presente. Eu prefiro te ver com outra pessoa, amando-a, sendo sincera comigo. Não quero que fique comigo sem me amar, muito menos se estiver comigo e estiver pensando em outra pessoa. Eu vou entender perfeitamente. Mas se você ficar comigo por pena, por não conseguir se negar, eu não te perdoarei. Nunca. Eu quero as pessoas perto de mim por sentimento, não por obrigação. E serei assim pra sempre. É algo que tem que saber sobre mim.

- Claro. Você está certíssimo. E eu não pretendo te deixar angustiado. Que tal 24 horas? É o tempo de que preciso.

- Um dia me parece perfeito. – Ele sorriu gentilmente.

- Então, procuro você amanhã.

- Ficarei esperando. Bem, então, acho que estou indo.

- Ah, tudo bem. Eu te acompanho até o carro.

- Claro.

Passei a tarde toda pensando. E, cada vez que meu pensamento voltava-se para Dan, pensava em jogar tudo pro alto e ficar com ele. Eu sabia que o que eu sentia por ele era muito mais forte do que o que eu sentia por Matt. Porém, tinha medo de ele não querer o mesmo compromisso sério que Matt queria. E tinha medo de dizer ‘não’ a Matt e acabar magoando-o. xXx Flashback On xXx “Lana, eu sei que você e o Matt estão juntos. E eu sei que eu não tinha o direito de te beijar. Mas você deveria saber o quanto era perigosa para mim. O quanto era magnética. A intensidade dessas sensações... Eu simplesmente não posso descrever. E eu sei que você vai me dar às costas agora... E correr pros braços dele. Mas você sabe que quando eu te der às costas, continuarei gostando de você. E é por isso que sei que você sabe que pode fazer de mim o que quiser. Mas eu peço que por favor não faça. Não brinque comigo. Não me magoe. Não me machuque. Você tem total poder para isso. Total poder de destruição. Mas eu peço que não faça nada disso, eu te imploro que não me machuque. Porque, mesmo se você me machucar, continuarei te amando, e então, me machucarei cada vez mais, e será por conta própria.” xXx Flashback Off xXx - Então, Dan... Eu acho que te amo. Você vai me dar às costas? – Fiz a mim mesma as perguntas que deveria estar fazendo ao Dan. Quem sabe eu tivesse uma chance de fazê-las? Quem sabe, dizer aquelas palavras não fosse melhor que guardá-las comigo para sempre? Se eu tivesse uma chance... Se houvesse uma maneira de falar com ele antes de falar com Matt. E se eu tivesse uma chance... Talvez eu pudesse ser feliz com a pessoa certa. Ouvi um barulho sutil na janela. Se fosse um filme, uma novela ou qualquer outra coisa, seriam pedrinhas. Mas esse tipo de coisa fazia parte de um mundo que não era o meu. O barulho continuou. Depois, seguiu-se de uma voz.

- Lana! Lana, você está aí? – Eu conhecia aquela voz que quase gritava. A minha sorte era que meu pai não estava. E que eu tinha um poder mágico de pensar e fazer acontecer. Era Dan.

- Dan! – Abri a janela, surpresa e feliz. – Pare de fazer escândalo!

- Então desça!

- Já estou indo. Espere. Vesti um moletom por cima do jeans e da camiseta e desci. Sabia que estava terrível. Meu cabelo estava um horror, então, prendi-o num rabo de cavalo baixo.

- Pare de fazer escândalo na janela dos outros!

- Precisava falar com você.

- O que quer?

- Saber se... Matt já falou com você.

- Sobre...? – Fingi não saber de que se tratava.

- Sobre vocês! Pare de me fazer falar isso. Ele já te pediu em namoro?

- Já. – Aguardei a reação dele.

- E você?

- Eu pedi um tempo.

- Por quê? – Seus olhos adquiriram um brilho suave.

- Droga, Dan! Vamos parar com esses joguinhos! Já estou cansada disso!

- Eu não estou com joguinhos! Você sabe exatamente o que eu sinto. Sabe exatamente o que eu quero.

- E você parece não perceber o que eu quero! – Zanguei-me. Estávamos, sim, discutindo.

– Eu quero você, droga! Ele me olhou assustado. - Diga o que quiser... Eu quero você... – Murmurei esse último trecho, cabisbaixa. Por que é que eu ficava daquele jeito quando me zangava? Estava rubra, zangada, com vontade de jogar tudo em cima dele. Uma lágrima ameaçou cair. Detive-a rapidamente.

- Lana, você fica com meu primo, fica comigo, sai falando que não sabe o que dizer a ele. Decida-se. Eu te amo, garota. Mas eu não vou esperar pra sempre.

- Quem foi que falou em esperar? Eu só disse ao Matt que precisava de um tempo para resposta porque eu tive medo de você não gostar de mim... Tanto quanto eu gosto de você.

- Droga, Lana! Quem foi que colocou o Matt no seu caminho antes de te colocar no meu? Se fôssemos só nós dois... Seria tão... tão fácil...

- Eu tenho medo de magoá-lo, Dan. – Olhei diretamente para seus olhos. Por essa razão, levei ainda algum tempo até falar de novo. – Não por não ficar com ele, nem por ficar com outro. E sim por esse outro ser você. Ele nunca vai me perdoar.

- Você já pensou que, se escolher ele, ficarei muito pior que ele vai ficar agora? Me parece que você tem mais problemas em magoar a ele do que em magoar a mim.

- Dan! Eu só não quero ser injusta com ele. Ele me deu o amor dele. E eu devolverei um beijo em seu próprio primo. Não acha que me sinto mal em fazer isso?

- Me diga uma coisa, apenas. – Dan aproximou-se mais, colou seu corpo ao meu e encostou sua testa na minha. Olhou para meus olhos. De seu corpo, emanava um calor gostoso, sadio. Fazia-me sentir-me viva.

- O que quiser. – Fechei os olhos.

- Vai ser injusta... Comigo?

- Dan...

- Eu te amo.

- Sim... Eu também te amo. Tente entender...

- Se eu te amo e você me ama, isso basta. O resto a gente resolve depois.

- Dan, por favor... Eu não quero machucar ninguém...

- Então não me rejeite.

- Eu não...

- Eu te amo. Em tão pouco tempo, já sou capaz de dizer isso. Então, ao menos uma vez, cale essa boca... E seja minha...

- Eu sou sua desde o dia em que você derrubou aquele drink em mim.

- E eu sou seu desde que eu nasci. Tenho certeza que vim ao mundo pra te amar, Lana. E farei tudo por você.

- Então prometa... Que você nunca via me magoar, nunca vai me machucar, nunca vai me abandonar...

- Nem num milhão de anos. Eu estarei sempre aqui, mesmo que isso me faça mal. - Prometa que, se um dia, deixar de me amar, fará tudo possível para não me magoar.

- Não prometo.

- Prometa.

- Nunca.

- Dan... – Tentei iniciar uma advertência.

- Eu não vou fazer isso. Eu nunca vou deixar de te amar. Nem que eu morra.

- Dan, eu sou sua...

- Sim... – Ele me beijou, e foi tão maravilhoso quanto da última vez. Não podia me imaginar longe dele. Me causaria dor. "Eu quero sofrer, eu quero morrer de dor. Se essa for a condição da minha felicidade."


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Notas finais do capítulo

Reviews, por favor


Espero que isso mereça um review ¬¬"