Três Corações - o Coração que Me Amou escrita por mariana_cintra


Capítulo 6
O Primo Errado


Notas iniciais do capítulo

Gnt, continuando, enfim, a história... Agora ki tô jogando pra valer, pretendo escrever mto nessa história ateh chegar no ponto em ki ela fika interessante. Esperem soh e não desistam =P

Espero ki gostem do cap... Esse eh dedicado ao meu amigãaaaaao beeem grandãaaaao Lucas, q tem me incentivado a escrever mais e a crescer no Nyah... Ele ke tem me mandado reviews, lido minhas histórias, me auxiliado, me incentivado... Ele me faz ser essa escritora aki, ke, vcs gostando ou não, nunk vai parar de escrever. Lucas, vlw por td, amigo =D Smp vo lembrar di vsê como o cara ke me fez continuar escrevendo...


"It's the one that I've tried to write over and over again..."



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Acordei com o sol entrando pela janela. Matt estava sentado na poltrona ao lado da minha cama, com o corpo esticado e os olhos fechados. Aparentemente, estava dormindo. Sentei-me na cama, passei as mãos pelo cabelo, na esperança de fazê-los parecer algo melhor que palha. Na tentativa falha de me levantar sem acordar Matt, fiz barulho e, inevitavelmente, o acordei.

 

            - Bom dia. – Ele disse, piscando os olhos rapidamente.

            - Bom dia. Eu dormi demais?

            - Não. Acordei cedo hoje. Você está no time perfeito.

            - Ah.

            - Café da manhã?

            - Sim. Faminta.

            - OK. – Ele se virou e tirou da escrivaninha atrás dele uma bandeja com café da manhã.

            - Você é incrível. – Sorri para ele.

            - Eu sei.

            - Porém, não é modesto. – Admiti.

            - É, tem razão.

            - Eu sempre tenho. E também não sou modesta.

            - Eu sei. Nos encaixamos perfeitamente. E eu já gosto de você... Como se te conhecesse de uma vida toda. – Ele disse, fazendo com que eu me enrubescesse. Depois, colocou a bandeja de café no meu colo e aproveitou-se da proximidade para me beijar. Foi um beijo carinhoso, de princípio. Depois, tornou-se intenso. Matt causava-me sensações nunca sentidas antes. Porém, eu não senti meu coração pular dentro do peito, como achei que deveria ser.

 

            - Matt, por favor. – Eu disse, me afastando dele.

            - Claro, me desculpe.

 

 

 

 

 

            Terminei meu café e me troquei, dispensando Matt do quarto. Quando desci, ele e Dan estavam sentados no sofá da sala, conversando com um homem que, ao que me pareceu, era pai de Matt.

 

            - Lana, conheça meu pai, John. – Matt me apresentou ao homem, que logo se levantou e me estendeu a mão.

 

            - Prazer. – Sorri amigavelmente para ele, estendendo minha mão, num gesto igual ao dele.

            - O prazer é todo meu. – Ele devolveu-me o mesmo sorriso. – Então, Matt, essa é sua garota?

 

            Assim como eu, Matt ganhou um tom escarlate nas bochechas.

 

            - Bem...

 

            - Eu acho, tio, se me permite... Que ela ainda não é a garota do Matt. Mas ele não me parece querer perder tempo.

 

            Todos rimos com um pouco de vergonha, exceto John, que não tinha razão para se envergonhar.

 

 

            - Bom, garotos, desculpem-me, mas preciso ir para o hospital. Essa noite fiz um transplante em uma paciente e preciso ver como ela está.

 

            - É, transplante de coração é barra pesada... – Dan comentou...

 

            - Definitivamente, deve ser horrível. – Matt concordou.

 

            - Primeiramente, deve ser péssimo você saber que seu coração não é suficiente. Parece que a qualquer momento ele pode quebrar. – Comentei.

 

            - É... – Dan olhou pra mim. – Corações se quebram com mais facilidade do que pode parecer. Às vezes, quando eles se quebram, ninguém percebe, tudo parece bem. Mas nunca está...

 

            Eu e Matt olhamos assombrados para Dan.

 

            - Bem, estou indo. – John disse, abrir a porta da rua e sair. Ninguém prestou atenção nele. Houve um cruzamento impressionante de olhares entre nós três. Sem razão, ficamos atordoados pelo que Dan disse. Matt quebrou o silêncio.

 

 

            - Lana, se incomoda se eu for tomar banho antes de sairmos de novo? – Ele perguntou-me.

 

            - Claro que não. – Respondi. – Pode ir.

 

            Matt me deixou com Dan na sala, subindo as escadas sem olhar pra trás.

 

 

            - Então, Dan... – Tomei coragem para falar. – Você já teve seu coração partido?

            - Por que a pergunta?

            - Foi você quem disse... Você parecia saber exatamente como é...

            - Eu prefiro que você não saiba... Você é tão doce e meiga, não merece saber o que é um coração partido...

            - Dan, todos temos nossos corações partidos, todos os dias, nos pequenos atos. Qualquer pequena coisa que nos chateie, nos magoe, nos faça sofrer, qualquer pequenina coisa como essas podem quebrar nossos corações. Mesmo que seja pouco, uma minúscula trinca, eles se quebram. Todos os dias. E nunca são os mesmos corações. Nem hoje como ontem, nem amanhã como hoje. Um coração partido é como um espelho que se quebra. Você até pode consertá-lo, mas a trinca estará lá para sempre, e você verá isso. Eu já tive meu coração quebrado, de diferentes maneiras. Provavelmente, nenhuma delas se compara com a sua. Mas ele foi quebrado. E isso é suficiente para que você ganhe coragem pra me contar de que maneira seu coração se quebrou.

 

            - Você não tem que se preocupar com o meu coração. Eu sou o primo errado.

            - Primo errado?

            - Preocupe-se com o coração do Matt. – Dan pareceu levemente zangado. Ele se levantou e rumou, a passos firmes, até a porta.

            - Dan! Espere! – Levantei-me, preocupada em tê-lo chateado. Segurei-o pelo braço. – Eu disse algo demais? Me desculpe se me intrometi demais na sua vida.

            - Não é nada disso, Lana. Esqueça.

            - Por que é que você ficou assim? – Puxei-lhe um pouco o braço, e olhei-lhe suplicante.

            - Não venha perguntar pra mim.

            - Que história era aquela de primo errado?

            - Chega, Lana! Pare de tentar saber da minha vida, do meu coração. Você tem que se preocupar é com a vida do Matt, não com a minha. Sou o primo errado. Pra tudo. Pro dinheiro, pra família, pra garota. Sempre serei o primo errado. E, agora, sou o primo errado pra você se preocupar.

            - Para com isso, Dan! O que é que tá acontecendo?

            - Acontecendo? Nada demais. Só que o que me manteve preso a esse lugar, desde o meu primeiro dia aqui, já se foi. Como tudo que eu gosto.

            - Dan, o que foi que você perdeu dessa vez?

            - Eu me perdi. – Ele puxou o braço da minha mão e saiu. Fiquei sem entender. Pra variar.

 

 

 

 

            Em casa, à tarde, fiquei pensando em tudo que tinha acontecido naqueles dois dias. Matt. Dan. Beijo. Vergonha. Timidez. Irritação. Sensações estranhas. Preocupação com estranhos. Apresentações. Confusão de sentimentos.

            A verdade toda era que eu não sabia o que estava acontecendo. Me sentia estranha perto de Matt, mas não estava apaixonada por ele. Por outro lado, perto de Dan, sentia-me estranhamente viva. Não conseguia distinguir o que estava sentindo. Desde o dia em que o vi pela primeira vez, na festa de formatura, tinha seus olhos, suas palavras, seus gestos, tudo dele, na minha cabeça. Me perdi dentro dele.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews pra mim
Q eu continuo escrevendo...
Simples assim
Podem ir obedecendo ;P