Três Corações - o Coração que Me Amou escrita por mariana_cintra


Capítulo 3
O Começo de Algo Novo


Notas iniciais do capítulo

Gnt, não tá parecendo mto romance até agora, ateh pk o verdadeiro amor da Lana ainda não apareceu... tecnicamente.


Mas esperem e NÃO DESISTAM.



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- Você parecia estranha lá no meio da festa quando eu te chamei. – Matt comentou enquanto dirigia.

            - Eu... Me distraí. Aquele garoto derrubou bebida em mim.

            - Eu nem vi quem era, pra ser sincero.

            - Bom, eu não estava gostando da festa mesmo – declarei.

            - Você não parece ser o tipo de garota que gosta de festas. Não nasceu pra agitar.

            - Ah, muito obrigada! – arfei, irônica

            - Isso é um bom sinal. Quem pode agitar o mundo, raramente tem a capacidade de agitar um coração. – Ele parou o Audi em frente à minha casa e virou-se para olhar pra mim. Quando sorriu, seus olhos brilharam. No momento, achei romântico o que ele disse, mas logo espantei os pensamentos que me rondavam.

            - Bom, então eu agradeço a carona. Mas eu estou cansada e com frio. Preciso entrar. E se, um dia desses, estiver andando por aqui entediado e quiser companhia, sabe onde me encontrar.

            - Claro, claro. Mas, primeiro, vou procurar nos bancos.

            - Haha. Claro, sempre sentada. – Sorri, depositei um beijo em seu rosto e saí do carro. Quando o Audi dele virou a esquina, suspirei.

           

            Matt era incrível. Em uma noite eu o conheci, falei poucos minutos com ele e já o achava incrível. Eu torcia para que aquilo fosse o começo de algo novo.

            Apesar de que, naquele momento, o que poderia ser mais incrível ali era a minha cama e o meu edredom. Estava frio e eu estava cansada, poxa!

 

 

            Dormi tanto naquela noite que até perdi a conta de quantas horas dormi. Acordei às onze, congelando de frio. Saí da cama enrolada no edredom e calcei minhas pantufas vermelhas. Quando passei pela cozinha, vi um bilhete do meu pai dizendo que ia passar o dia fora. Bom, se ele podia fazer isso, eu também podia. Peguei um copo de leite, tomei, voltei pro quarto e me arrumei, colocando um jeans básico, uma regata preta, um sobretudo e minha querida bota cinza de cano longo.

            Saí de casa e fiquei andando á toa pelas ruas, ouvindo música nos fones de ouvido e tirando fotos de coisas bobas e bonitas. Quando passei perto de um parque, decidi que aquele seria o lugar perfeito pra sentar e pensar um pouco. Me acomodei num banco, usando todo seu espaço e fiquei lá, pensando, refletindo e imaginando coisas.

           

            - Parece que era pra acontecer. – ouvi aquela voz, mas não pude acreditar. Apenas concebi que estava acordada quando vi Matt na minha frente. – Nos encontramos de novo – Ele disse, sorridente. Mas estava mais que claro que ele me encontrou

            - É... – admiti, tentando não deixar que ele percebesse o grau da minha felicidade. Se ele percebesse, certamente me julgaria louca. – Mas foi você que me encontrou.

            - Bom, talvez porque eu tenha procurado um pouco. – ele sorriu lindamente e se sentou numa ponta do banco que eu liberei, tirando os pés. – Você adora bancos.

            - É. Eles não são cômodos? – eu ri

            - Prefiro poltronas.

            - Não é fácil achar uma poltrona ao ar livre. Mas e aí, como foi que me achou?

            - Eu estava indo pra sua casa... Te procurar. Mas aí eu te vi aqui.

            - Humm. Compreensível.

            - Você já almoçou?

            - Não, não. Na verdade, desde que acordei, só tomei um copo de leite. – admiti. Eu estava faminta, afinal.

            - Então... Na próxima esquina tem um restaurante ótimo. E eu tenho dinheiro.

            - Que novidade! Acho que dá pra ver sua grana pelo Audi preto que me deixou em casa ontem.

            - É... Presente de dezoito anos – ele admitiu.

            - O pai de alguém deve ser rico... Sabe qual foi o meu presente de dezoito anos? Uma câmera. Uma câmera, Matt. O seu Audi deve custar cem vezes mais que isso!

            - Hei, uma câmera pode te oferecer diferentes serviços. Você pode se divertir com as fotos!

            - Um carro pode te levar a qualquer lugar – eu disse á ele, fazendo uma cara de sonsa.

            - Tudo bem, você venceu. Ah, meu pai é o melhor cardiologista do estado. Ele tem grana pra isso!

            - Não tem um assunto melhor pra gente discutir no nosso pré-encontro?

            - Hei, isso é um encontro?

            - Tecnicamente, não é um encontro. Mas, se você me chamar pra sair hoje á noite, tecnicamente será um encontro.

            - Eu te pego ás oito.

            - Tudo bem.

            - Está a fim de almoçar ou não?

            - Totalmente a fim.

 

 

            Fomos andando até o restaurante do qual ele tinha falado. Era um restaurante simples, não muito grande, porém, com decoração luxuosa e acolhedora.

 

            Pedimos capelettis para o almoço e, sinceramente, estavam maravilhosos, apesar de eu ter prestado mais atenção nele que na comida. Conversamos muito. Matt era tão mais incrível do que eu pude ver no dia anterior que eu não tinha nem palavras. Ele falava tão bem, majestosamente até. Era inteligente, sensível, engraçado e impressionantemente romântico nas indiretas que lançava. Era maravilhoso estar com ele, apesar de eu não ter muita experiência nessa parte de ‘estar com ele’.

 

            Depois que saímos do restaurante, ficamos andando á toa. Entrávamos numa rua, saíamos pela outra, tirávamos fotos, trocávamos experiências e ríamos por nada. Depois de uns quarenta minutos, ele me disse que tinha que voltar pra casa. Precisava resolver alguns ‘assuntos’ pra estar livre à noite.

 

            - Tudo bem. Te espero de noite, então. – eu disse, chateada por ter que deixá-lo, porém, feliz em saber que estive com ele.

            - Passo na sua casa às oito.

            - Tá. Mas... ãhn... Que tipo de encontro? É que eu tenho que saber o que vestir.

            - Bem... Curte cinema?

            - Adoro.

            - Já sabe o que vestir pra ir lá, então. – ele sorriu e deu uma piscadinha.

 

            Matt deu um beijo no meu rosto e logo eu vi ele se virar pra ir embora. Estava sem o carro, obviamente. Era tão ruim vê-lo ir embora. Ao contrário de vê-lo chegando. Isso sim, tornava tudo maravilhoso. Dois dias foi tudo o que eu precisei pra ficar tão encantada com ele. Ou talvez por seu cabelo loiro, seu corpo desenhado, sua sensibilidade e sua conversa gostosa. Variava, conforme meu humor.

 

            Passei o dia pensando no que vestir, me arrumando, arrumando meus fios louro escuro, esfoliando o rosto e tentando não aparecer com uma cara de sono. No fim, não coloquei nenhuma das roupas que planejei. Vesti um tomara-que-caia azul escuro, justo da cintura pra cima e levemente rodado da cintura pra baixo. Coloquei um dos meus saltos pretos e escolhi minha única bolsa preta pra fazer o par. Os cabelos estavam presos com uma presilha de strass.

            Quando Matt apareceu em frente à minha casa, eu já o tinha visto pela janela, mesmo que ele não tivesse tocado a campainha. Então, de repente, eu estava nervosa demais pra pensar em qualquer outra coisa. Parecia uma garotinha fútil esperando pelo cara super-popular. Não era. Mas também não era uma mulher esperando pelo seu grande amor. E eu logo descobriria isso.

 


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Notas finais do capítulo

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