Behind Black eyes escrita por AnnaBlack


Capítulo 8
I love you.


Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpa pela demora, mas fiquei sem internet o dia todo -.- e, ah, obrigada aos que torceram por mim, no vestibular, fui aprovadaaaaaa, yay! s2 hahahahahah esse foi meu capítulo favorito, eu amei e espero que gostem tanto quanto eu, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569133/chapter/8

Perguntas foram despejadas sobre mim antes mesmo que eu pudesse abrir os olhos. Respirei fundo e me sentei, reparando que Seth estava sentado com minhas pernas em seu colo. Ele sorriu fraco para mim e segurou minha mão.

– Falem um de cada vez, não a estressem. – ele murmurou com a voz baixa para os outros. Sorri de leve para ele e me ajeitei no sofá.

– O que aconteceu? – Jacob perguntou e se ajoelhou a minha frente. Ele estava com a expressão fechada e parecia bravo. – Eles disseram que sentiram um cheiro de vampiro, mas um vampiro desconhecido. – ele suspirou e cerrou o punho. – Embry teve que segurar Seth para impedi-lo de ir atrás da criatura.

Arregalei os olhos e olhei para Seth que apenas bufou e virou a cara.

– Ele tinha que morrer, Jacob, será que você não entende? – ele exclamou, cruzando os braços e fechando a cara.

Jacob apenas suspirou e voltou seu olhar para mim. Aperte ai mão de Seth e senti seu corpo relaxar um pouco.

– Amanda, eu preciso saber o que aconteceu. – ele disse, me olhando. – Estou preocupado com você, não quero que nada ruim te aconteça. Me diz, quem era?

Balancei a cabeça várias vezes e mordi o lábio, segurando o choro. – Eu... Eu não sei o nome dele, Jake. – suspirei. – Mas ele me disse para... para te dizer que quem fez isso era um vampiro com poderes paralisantes e... – antes que eu pudesse terminar a frase, pude perceber o clima na sala ficando cada vez mais tenso.

– Alec. – Edward murmurou, abraçando Bella pelos ombros. – Você sabia, Jacob, sabia que ele viria.

Me assustei quando meu irmão socou a beirada do sofá. Seth me puxou rapidamente para perto de si e me abraçou pelos ombro, beijando minha testa.

– Jacob! – Seth disse, olhando para meu irmão. – Se acalma.

Respirei fundo e olhei confusa de um para outro.

– Jake, esse cara... esse tal de Alec, ele disse que você já o tinha irritado muito. – disse, olhando para meu irmão. – O que ele quis dizer com isso?

Pude ver Jacob trocar olhares rápidos com Edward. Em seguida, ele segurou as minhas mãos e me olhou nos olhos.

– Primeiramente, me desculpa por te colocar no meio de tudo isso. – ele disse, suspirando e balançando a cabeça. – Alec nunca se conformou com o fato de os Volturi não terem matado Bella e – ele engoliu em seco. – Nessi. Eles são como uma espécie de realeza para os vampiros. E Alec se estressou porque os Cullen saíram impunes por terem contado a uma humana sobre o segredo deles e por terem tido uma criança híbrida. E ele me considera parcialmente culpado nisso. – ele franziu o cenho. – É como se fosse por eu estar ali, por todos nós metamorfos estarmos fazendo parte disso tudo, que os Volturi não mataram nenhum de... nós. E, bom, ele me odeia mais do que todos porque, bem, todos que ele queria que estivessem mortos tem alguma relação comigo. E agora ele resolveu se vingar. Sozinho. – ele riu sem humor. – E Bella agora é uma deles, Nessie é híbrida e forte. Ou seja, você é a presa mais fácil para ele. – ele murmurou isso em um tom totalmente baixo, mas eu ainda pude ouvir.

Ele terminou de dizer e eu apenas pude concordar com a cabeça, em silêncio. Era muita informação. Fechei os olhos e respirei fundo, tentando digerir tudo aquilo.

– Então ele... ele quer me matar pra conseguir finalmente ver um de nós morto? – perguntei, baixo e percebi Seth encostando sua cabeça em meu ombro, suspirando fundo. Encostei minha cabeça na sua. Sabia que ele estava nervoso, preocupado e querendo matar Alec por tudo isso.

– Basicamente, é isso. – ouvi um vampiro grande, que encarava Paul com uma cara emburrada dizer. Era Emmett. – Mas ele é apenas um e nós somos... – ele olhou em volta, parecendo contar, mas simplesmente balançou a cabeça. – Bem, nós somos muitos.

Ri fraco de sua confusão. – Me desculpem por isso, eu juro que não queria colocar vocês em problemas, mas...

– Não é culpa sua. – Seth murmurou, ainda com o rosto afundado no vão entre meu ombro e meu pescoço. – A droga da culpa é minha. Eu não deveria ter te deixado sozinha, não deveria ter deixado ele fugir.

Levantei seu rosto e o olhei brava. – Se eu ouvir você dizendo isso mais uma vez, juro que te castro.

Ele riu baixo e balançou a cabeça, mas ficou em silêncio.

– Então, é só matarmos o cara. – Paul se pronunciou, cerrando as mãos em punho.

– Não é simples assim. – Carlisle, o “pai” de todos disse. – Alec tem poderes que nós não conseguimos anular. Ele pode simplesmente paralisar todos nós e acabar com tudo em segundos.

Acabar com tudo, ou seja, me matar. Não pude evitar engolir em seco e suspirar pesadamente. Segurei firme na mão de Seth, que me olhou. Seu olhar misturava tristeza, preocupação, raiva e... amor.

– Não vou deixar ele encostar mais em você. – ele murmurou, tocando o corte fino no meu rosto. – Nunca mais. Me perdoa por hoje.

Eu sorri e encostei o dedo em seus lábios. – Não tem porque pedir perdão. Ele me encontraria de qualquer jeito, a culpa não é sua. – eu disse e me virei para todos a minha frente. – O que eu posso fazer para ajudar?

– Fique viva. Isso já basta. – Jacob murmurou e beijou minha testa. – Eu vou matar esse cara, Amanda. Nada vai acontecer com você, eu prometo. – ele disse e tentou esboçar um sorriso. Se levantou e andou até Edward. – Nós vamos... precisar da ajuda de vocês.

Edward concordou com a cabeça e me olhou, sorrindo. – Amanda é da família agora e nós lutamos pela família. – ele disse e olhou para os outros vampiros, que também balançaram a cabeça afirmativamente.

Depois de discutirem alguns planos – e confesso que alguns me assustavam – todos os Cullen foram embora.

Ficou decidido que os lobos se revezariam para patrulharem minha casa durante a madrugada. Jacob e Seth se voluntariaram para a primeira noite.

Depois de organizarem as coisas, todos saíram de casa, restando apenas eu, Seth, Jacob, Rachel e meu pai.

O último se dirigiu até mim e, pela primeira vez, se pronunciou.

– Eu nunca mais te deixarei sozinha. – ele disse e segurou em minhas mãos. – Preciso de você viva, Amanda. Me prometa que nunca mais vai sair andando sozinha por aí.

Eu concordei com a cabeça, sentindo meus olhos marejarem. Confesso que estava apavorada. Eu nunca fui do tipo de garota que tem medo de tudo, que chora por tudo, mas desde que voltei a La Push tudo parece estar mais intenso. Seth me faz sentir como se meus sentimentos estivessem a flor da pele.

Meu pai sorriu para mim e me desejou boa noite, juntamente com Rachel, que prometeu nunca mais me trocar por Paul. Eu ri e disse a ela que tudo bem, que ela poderia curtir seu namorado.

Jacob parecia abalado demais para me dizer algo e apenas saiu de casa. Pude ouvir quando se transformou em lobo e começou a andar. Suspirei fundo e olhei para Seth, que ainda estava ao meu lado.

Ele abriu a boca para dizer algo, mas eu o interrompi. – Se for pedir desculpas de novo, é melhor ficar quieto. – eu disse, cruzando os braços e me sentando de frente para ele, que apenas balançou a cabeça e tocou meu pescoço com a ponta dos dedos.

– Eu não consigo... não consigo nem ao menos imaginar ele te tocando sem querer estralhaçar aquela garganta. – ele sussurrou, fechando os olhos com força. Era estranho vê-lo daquela forma, porque ele sempre foi o mais calmo de todos. Jacob me disse que ele era o elo de paz entre vampiros e lobisomens. Sempre calmo, sempre controlado, sempre sorridente. E saber que ele estava bravo daquela forma por mim me fazia – e isso pode parecer egoísta – especial.

– Seth, não... não se arrisque, por favor, eu não agüentaria te ver machucado por minha culpa e... – essa foi a vez dele de colocar os dedos sobre meus lábios, me interrompendo.

– Você não entende, Amanda? – ele murmurou e me olhou nos olhos. – Eu não posso evitar me sentir assim. Eu não consigo pensar que ele teve a chance de... – ele engoliu em seco e vi uma lágrima solitária descer por seu rosto. – Ele podia ter te matado, Amanda. E eu não iria poder te trazer de volta. Quando você desmaiou em meus braços, minha mente se dividiu e começou a pensar em formas dolorosas de matá-lo e formas de fazer você se sentir bem. Se você morresse, eu não... Eu não iria conseguir sobreviver. – ele balançou a cabeça e voltou a me olhar. – Eu me apaixonei por você mesmo depois de ter tido um imprinting com você, Amanda. Eu teria me apaixonado por você mesmo que eu não fosse o que sou. Você é a garota mais maravilhosa que eu já conheci. – ele mantinha uma das mãos em meus lábios, me impedindo de interrompê-lo. – Eu te observo dormir, às vezes. E o jeito que você abre a boca para respirar quando sente falta de ar, o jeito que apóia a cabeça nas mãos para dormir... É lindo. Quando você acorda e seus olhos ainda estão inchados, eu só tenho vontade de beijar cada milímetro do seu rosto, porque você é simplesmente linda. – ele dizia, sorrindo, mas depois voltou a ficar sério. – E, me desculpe por isso, Amanda, mas eu não posso ignorar o fato de que tem um filho da puta de um vampiro tentando matar a minha razão de viver. – disse, ainda sério e me olhando fixamente.

Eu ouvia tudo em silêncio, mas não contive um sorriso ao ouvir tudo aquilo. Não sei se vocês já leram A culpa é das estrelas, não sei se vocês conhecem o livro. Eu não sou do tipo de garota que gosta de romances clichês, mas gostava desse. E, naquele momento, eu me sentia Hazel Grace encarando Augustus Waters. Ao ouvi-lo dizer aquilo tudo, eu senti exatamente o que Hazel sentiu. Eu me apaixonei da mesma forma que eu caia no sono. Gradativamente e de repente, de uma hora para a outra.

Eu não sei exatamente de onde tirei coragem, mas eu não conseguia segurar minhas vontades por muito mais tempo.

Inclinei meu rosto e encostei meus lábios levemente sobre os dele. Apenas aquele simples e fino contato já me fez sentir no paraíso. Exatamente como Rachel disse, senti como se não pudesse existir outro homem na face da terra que pudesse me completar daquela forma.

Ele pareceu surpreso, pois arregalou os olhos extremamente pretos e me olhou confuso. Seu rosto estava adorável. Não contive o riso e passei os braços por seu pescoço, fechando os olhos e encostando meus lábios aos seus novamente.

Ele finalmente pareceu entender. Senti sua boca se abrir em um sorriso, antes que ele pudesse finalmente passar seus braços ao redor de minha cintura e aprofundar o beijo.

Foi como mágica. Tudo se encaixava. Eu nunca acreditei em almas gêmeas, nunca acreditei que realmente existisse uma outra metade minha perdida em algum lugar no mundo. Mas então Seth apareceu e resolveu mudar todos os meus conceitos sobre o mundo.

Aquele beijo me fez perceber que ele me completava. Era ele que eu via em meus sonhos mesmo sem conhecê-lo. Era ele que não me permitia apaixonar por outros garotos. Porque os outros garotos não eram, nunca foram e nunca seriam Seth Clearwater.

Nos separamos quando sentimos que o ar faltava. Me afastei dele, e desci minhas mãos para seu tórax. Ele acariciava e fazia um caminho delicado com os dedos por toda a extensão das minhas costas.

Permaneci com os olhos fechados e não contive um suspiro ao senti-lo tocar meu rosto.

Abri os olhos devagar, mordendo o lábio e sentindo minhas bochechas coradas. Minha respiração e meus batimentos cardíacos ainda não haviam voltado ao normal.

Ele me olhava, sorrindo torto. – Você é a garota mais surpreendente que eu já conheci. – ele disse, arrumando uma mecha do meu cabelo.

– Por que? – perguntei, ainda com a voz falha. Me senti uma idiota por ser tão humana e não ter ao menos controle sobre minha respiração. Seth parecia normal, a não ser pelo sorriso de 32 dentes estampado em seu rosto.

– Você me fez querer morrer e estar vivo, tudo durante o mesmo dia. – ele murmurou e riu baixo.

Não contive um sorriso a segurei seu rosto entre minhas mãos, lhe dando um demorado selinho. Me afastei dele e encostei nossas testas, o olhando.

– Será que é muito cedo para... – eu engoli em seco. O que eu estava prestes a dizer para ele era algo que eu nunca havia dito a alguém que não pertencesse a minha família ou fosse um de meus amigos. Suspirei fundo e tentei me esquecer de todo o controle que minha mente tentava impor sobre meu corpo. Naquele momento, tudo o que me importava era seguir o meu coração.

– Para...? – ele perguntou, me incentivando a continuar.

O olhei e suspirei fundo. – Seth, eu amo você. – disse rapidamente e senti o sangue subir até minhas bochechas na velocidade da luz.

A reação dele só fez com que eu tivesse mais certeza ainda de meus sentimentos. Ele parecia não conseguir conter seu sorriso. Seus olhos brilhavam intensamente e indicavam toda a felicidade que parecia transbordar de si.

Ele se levantou e me pegou no colo, me girando no ar. Eu ri e me abracei a seu pescoço.

– Amanda, eu amo você! – ele disse, sorridente, finalmente beijando cada milímetro do meu rosto, deixando por último o fino corte na minha bochecha e, por fim, meus lábios.

Eu me senti em total êxtase. Aquele era provavelmente o momento mais feliz da minha vida. E, pela primeira vez naquele dia em que me deixaram sozinha e eu quase fui morta por um vampiro maluco com sede de vingança, eu me senti completa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preciso dizer que chorei escrevendo - e lendo - a declaração do Seth :'( espero que tenham gostado! e comentem, por favor! *-* Beijinhos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Behind Black eyes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.