Behind Black eyes escrita por AnnaBlack


Capítulo 7
Alec.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa pela demora, mas aconteceu um imprevisto e eu só cheguei em casa agora pouco :( mas tá aqui o capítulo e espero que vocês gostem! e, mais uma vez, obrigada pelos comentários! *-*



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Dormi tranquilamente naquela noite, sentia que tudo começava a se encaixar e eu estava verdadeiramente feliz. Não diria que eu estava apaixonada, não, eu não estava. Mas eu gostava de Seth e isso me fazia bem. Eu não tinha medo de saber que um dia eu poderia me apaixonar perdidamente por ele porque eu sabia, eu tinha certeza, de que ele nunca me magoaria.

A semana que se seguiu foi extremamente tranqüila, sem nenhum acontecimento especial. Eu e Seth estávamos cada vez mais próximos, mas ainda não havíamos nos beijado ou algo do tipo. Eu queria esperar até ter certeza de que realmente sentia e gostava dele da forma que ele merecia. Rachel havia ligado dizendo que teve alguns problemas com a passagem e que só chegaria na próxima semana.

Eu estava com saudades da minha irmã. Depois que mamãe morreu, eu e Rachel nos tornamos muito próximas. Nós nos ajudávamos mutuamente e nos tornávamos mais forte.

A semana seguinte teve início quando acordei na segunda-feira de manhã sentindo um emaranhado de cabelos caindo no meu rosto. Abri os olhos devagar, passando as mãos pelo rosto e soltei um grito quando vi Rachel me olhando com um sorriso no rosto.

– RACHEL! – exclamei e pulei em cima dela, a abraçando forte.

Ela riu e correspondeu o abraço, se levantando em seguida e me olhando de braços cruzados.

– Seth, é? – ela perguntou, com um sorrisinho malicioso no rosto.

Revirei os olhos e me levantei também, indo até o espelho para que eu pudesse arrumar meu cabelo.

– Paul, é? – retruquei e me virei para ela, com o mesmo sorriso estampado no rosto.

Ela suspirou derrotada e depois riu. – Em que mundo nos metemos, hein irmãzinha? Quem diria que estaríamos aqui, vendo nosso irmão se transformar em um lobo gigante.

– Pois é. – franzi o cenho e a olhei. – Rach, como você reagiu quando soube... de tudo?

Ela me olhou e depois sorriu, me abraçando de lado. – Bom, eu queria gritar no começo. Fugir, sei lá. Eu tava com medo. Paul não é muito estável, você sabe. – ela suspirou. – Então eu meio que descobri quando, depois que eu o impedi de comer um pedaço de bolo, ele simplesmente explodiu na forma de lobo na minha frente. Bom, depois disso, eu não sei o que foi pior. – ela riu e balançou a cabeça. – Eu tentava fugir dele e ele me perseguia tentando pedir desculpa e, então, simplesmente aconteceu. – deu de ombros. – Quando nos beijamos pela primeira vez, eu soube que não poderia existir nenhum outro homem na face da terra que poderia combinar tanto assim comigo. – ela sorriu e passou a mão pelo meu cabelo. – Tenho certeza de que Seth vai te fazer muito feliz. Mas você não precisa ter pressa, sabe? Tudo tem seu tempo.

Assenti e a abracei de novo. – Obrigada, Rach. – sorri e a olhei, com a sobrancelha arqueada. – Vai ficar aqui até quando?

– Eu, bem... Estou de férias. – ela riu. – Vou ficar bastante tempo, até que as férias acabem.

– Yay! Podemos fazer compras! – eu disse animada.

Ela riu e concordou com a cabeça. – É claro que vamos fazer compras. – sorriu e revirou os olhos ao ouvir Jacob a chamando. – Vamos descer. – ela disse, se virando para mim. – É pra você tomar café.

Eu ri e revirei os olhos, mas desci as escadas, com Rachel ao meu lado.

– Vai descer de pijama mesmo? – ela me perguntou, com a sobrancelha arqueada.

– Vou, por que? Tá só a gente aqui, não? – respondi, terminando de descer as escadas e pulando o último degrau.

– Bom, na verdade...

Ela foi interrompida pelo som de algo sendo quebrado. Arregalei os olhos e corri até a cozinha, que era de onde o som tinha vindo.

Os meninos tinham acabado de quebrar um prato. Ao que pude entender, eles estavam disputando uma panqueca e colocaram força demais no pobre prato, que acabou se quebrando.

– Vocês parecem uns mortos de fome! – Rachel esbravejou da entrada da cozinha e entrou, dando um tapa na cabeça de Paul.

– Ai! – ele reclamou e a olhou. A olhou com tanta admiração que era possível sentir todo o amor que ele sentia por ela. – Desculpa, amor.

Ela o olhou com a expressão brava, mas piscou pra mim e eu segurei o riso. Sabia que ela pregaria uma peça nele.

– Sabe de quem era esse prato, Paul? – ela perguntou, apontando o dedo para ele. – Era da minha mãe! Nós não temos mais nada que pertencia a ela, sabe por que? Porque você quebrou! – ao ouvir essas últimas palavras, pude ver os meninos se encolherem e Paul olhar para Rachel com aquela cara de cachorro sem dono.

– Rach, me desculpa, por favor! – ele dizia e Rachel se esforçava para não rir. Até que ele se ajoelhou. Aí nenhuma de nós duas aguentou.

Eu gargalhei tão alto que os garotos parecem finalmente perceber a minha presença ali. Rachel tinha as mãos na barriga, se contorcendo de tanto rir e Paul nos olhava com o cenho franzido.

– Qual a graça? – ele perguntou em um tom baixo, olhando de Rachel para mim.

Ela balançou a cabeça, ainda rindo e lhe deu um selinho. – Estávamos brincando com você, meu amor. Não tem problema em ter quebrado o prato.

Ele arregalou os olhos e balançou a cabeça. – Não acredito. – ele disse, resmungando baixinho e voltando a comer.

Eu sorri com a cena e adentrei a cozinha, abrindo a geladeira em busca de leite, mas não encontrei.

Virei-me para a mesa e cruzei os braços. – Cadê o meu leite?

Pude ver Embry olhar para Jared que olhou para Quil que se encolheu e olhou para mim. – Eu acho que... acabou. – ele disse, baixinho.

Revirei os olhos e ri, me sentando em uma das cadeiras ao redor da mesa e me servindo de suco. – Me lembrem de comprar comida em dobro. – sorri para eles que devolveram o sorriso, meio sem graça.

Eu não me importava que eles comessem na minha casa ou estivessem lá praticamente o tempo todo. Eu cresci convivendo com eles e os considerava como irmãos pra mim. Tanto que estava ali, de pijama na frente deles, comendo sem me importar em parecer uma dama.

Mas aí eu ouvi o barulho da porta sendo aberta e antes que pudesse perguntar quem era, Seth entrou todo sorridente na cozinha. Seu sorriso apenas aumentou quando ele me viu. Quando eu o vi, engoli rapidamente o pedaço de pão que estava na minha boca e, estava tão desnorteada que acabei levando um tombo quando tentei levantar muito rápido da cadeira.

– Ai. – soltei um gemido baixinho de dor e coloquei a mão na cabeça, que acabei batendo na beirada da mesa.

Em menos de dez segundo, Seth estava parado a minha frente, me pegando no colo com uma facilidade extrema em seguida.

– Seth, eu to bem. – ri baixinho. – Foi só um tombo.

Ele balançou a cabeça e me levou para a sala, me colocando no sofá em seguida e se ajoelhando a minha frente.

– Você ta sentindo algum mal estar? Tontura ou algo assim? – ele perguntou e eu podia sentir o tom verdadeiramente preocupado em sua voz.

– Amanda! – Jacob entrou como um furacão na sala, mas suspirou aliviado ao me ver sentada no sofá olhando para ele. – Quando ouvi o barulho lá de fora, sabia que era você que tinha caído. Quer dizer, você sempre cai. – ele disse e se aproximou, batendo amigavelmente nas costas de Seth. – Vai ter que lidar com esses sustos, meu amigo. Acredite em mim, Amanda cai muito.

Revirei os olhos e mostrei a língua pra ele. – Deixa de ser chato.

Ele riu e beijou minha testa. – Bom ver que está bem. Vou dar uma passada na casa da Nessie, devo voltar só mais tarde. Tudo bem? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça. – Cuida dela, Seth.

– Não precisava nem pedir, Jake. – Seth disse e sorriu, se virando para mim assim que Jacob saiu. – Se a cada tombo que você levar eu sentir meu coração acelerar de preocupação, acho que vou enfartar antes de chegar aos 20 anos. – brincou, mas ainda me olhava com preocupação.

– Seth, é sério. – toquei seu rosto com a ponta dos dedos e beijei sua testa. – To bem. – ri baixo e segurei sua mão. – Como o Jake disse, eu sempre caio. Me tornei resistente a tombos. – ri e pisquei para ele.

– Mas eu não me tornei resistente a ver você caindo! – ele disse meio exasperado e balançou a cabeça.

– Já que você acostuma. – ouvi a voz de Rachel e me virei para vê-la encostada no batente da porta, sorrindo. – Oi, Seth.

– Hey, Rachel. – ele sorriu para ela e se levantou, me puxando pela mão e beijando minha bochecha. – Vou fazer ronda hoje durante a tarde com o Embry, tudo bem? – ele me disse. – Mas venho te ver a noite.

– Tudo bem. – concordei com a cabeça e beijei sua bochecha. – Tome cuidado.

Ele riu e me abraçou. – Eu sempre tomo. – ele disse e se afastou, se despedindo de Rachel e chamando Embry para ir com ele.

Me virei para Rachel, sorrindo. – O que vamos fazer hoje?

Vi quando ela sorriu sem graça e se encolheu levemente. – Eu, bem, eu combinei de sair com o Paul... – ela disse baixinho. – Mas se você quiser eu posso desmarcar, sem problemas.

Eu ri e balancei as mãos. – Tá tudo bem, Rach. Vá curtir seu namorado. – pisquei para ela e sorri, mas no fundo eu estava me sentindo incomodada. Meu pai havia saído com uns caras do conselho, Jacob foi visitar Nessie, Seth faria a ronda e Rachel sairia com Paul. O que significa que eu ficaria sozinha. A tarde toda.

Rachel sorriu para mim, como se agradecesse e saiu da sala. Suspirei e me sentei de novo.

Os outros não demoraram a ir embora também. Cada um com seu próprio compromisso.

Subi para meu quarto assim que me encontrei sozinha e coloquei uma calça jeans, uma bota e uma blusa velha, amarrando um casaco na cintura. Bom, eu ficaria sozinha a tarde toda, mas nada me obrigaria a ficar sozinha em casa.

Passei na cozinha e peguei umas barrinhas, colocando dentro da minha mochila. Eu iria dar uma volta pela floresta. Eu sempre gostei de trilhas e coisas do tipo e uma das coisas que mais fez falta em Los Angeles foi a paisagem natural. A floresta de Forks, o típico cheiro de terra molhada, era tudo maravilhoso.

Muitos diriam que era estupidez se aventurar sozinha dentro de uma floresta como aquela, mas não era um território desconhecido para mim. E, além disso, sabia que Seth e Embry estariam patrulhando a área. Portanto, sem riscos.

Sai de casa e andei um pouco até a orla da floresta. Respirei fundo antes de entrar e, em seguida, comecei a caminhar. O já conhecido cheiro da floresta adentrou minhas narinas e eu não pude evitar sorrir.

Meu único temor naquele momento era que aparecesse algum tipo de cobra ali. Eu tinha algum tipo de medo patológico de cobras. Não sabia o porque, mas eu simplesmente perdia toda e qualquer capacidade de movimento quando via aquele animal da minha frente. E, sim, já tinha me deparado com cobras algumas vezes.

Continuei a andar, parando apenas para tirar algumas fotos de flores que cresciam coloridas e chamativas nos lugares mais inusitados, como uma flor vermelho-sangue que estava na rachadura de um tronco de uma das árvores.

– Droga. – murmurei quando senti um galho arranhar meu rosto. Passei a mão por minha bochecha e percebi que o corte sangrava um pouco. Não me preocupei muito, sabia que aquilo logo cicatrizaria.

Só parei de andar quando cheguei a uma clareira. A mesma clareira à qual Seth havia me levado na noite anterior. Sorri ao me lembrar dos acontecimentos da noite passada e me sentei, abrindo a mochila e puxando um pano de lá de dentro. Passei-o pelo meu rosto, na intenção de limpar algum resíduo de terra, mas me surpreendi ao ver que o corte não havia cicatrizado ainda.

– Mas que droga. – murmurei para mim mesma e pressionei o corte com o pedaço de pano. – Já era pra essa merdinha ter cicatrizado.

– Ah, mas por que? O cheiro do seu sangue é tão maravilhosamente delicioso. – ouvi uma voz desconhecida, masculina e extremamente grave dizer.

Senti meu sangue gelar. Sabia que a criatura dona daquela voz era um vampiro. Respirei fundo, tentando não entrar em desespero e ergui o olhar.

– Q-quem é você? – perguntei, me amaldiçoando mentalmente ao perceber que tinha gaguejado.

Ele riu e em questão de milésimos estava abaixado a minha frente, tocando meu rosto com os dedos gelados e lambendo o sangue em seguida. – Está com medo, é? – ele disse, em um tom de voz baixo, que parecia ainda mais assustador. O olhei e não pude me sentir mais apavorada. Os olhos vermelhos brilhavam intensamente.

Fechei os olhos e me encolhi, tentando levantar em seguida. Mas ele era obviamente mais rápido e forte que eu e segurou meu braço, me impedindo de me mover.

– Ei, ei, ei, onde pensa que vai, meu amor? – ele sussurrou perto do meu ouvido, segurando meu pescoço com uma das mãos. Não pude evitar estremecer.

Eu estava apavorada. Nunca havia me sentido tão próxima assim da morte.

– Você não respondeu minha pergunta. – eu disse, reunindo toda força e coragem que ainda existia dentro de mim. – Quem é você e o que quer comigo?

Ele riu maliciosamente e passou os lábios pelo meu pescoço. – Quando contar ao seu irmão sobre o acontecido, diga a ele que foi um vampiro que consegue paralisar os sentidos de suas vítimas que te procurou. – ele disse, ainda com os lábios encostados em meu pescoço. Ele me deixaria viver. Ao menos por hoje. – Quanto ao meu desejo com você... Bom, tudo o que você precisa saber é que seu irmão já me irritou muito. Primeiro com a Bella, depois com a Renesmee... Eu preciso achar uma forma de me vingar dele, entende? – ele murmurou. – E elas são intocáveis... Você é o elo frágil das relações do seu irmão... Mas espero que entenda que não é nada pessoal, okay? – ele disse e se afastou, segurando meu rosto entre suas mãos. Fechei os olhos e virei o rosto. – Olha pra mim, Amanda. – ordenou e eu não pude desobedecer. Abri os olhos e o olhei. – Muito bem, garota esperta. – ele sorriu malignamente.

– Porque você não... não esquece tudo isso e me deixa em paz? – murmurei com a voz trêmula, ainda sem forças para tentar fugir.

– Eu não posso, meu amor. – ele murmurou e aproximou o rosto do meu. – Você é meu próximo jogo. – ele disse e olhou em volta, sorrindo vitoriosamente. – Sentiram meu cheiro. Acho que é hora de eu ir embora. – ele disse e se afastou de mim. – Não esqueça de transmitir meu recado. – ordenou, antes de se virar e desaparecer pela floresta.

Assim que ele sumiu, me sentei no chão e abracei as pernas, não conseguindo conter o choro. Eu odiava ser a fraca da situação, eu odiava não ter forças para fazer algo, para poder ajudar. E agora eu estava aqui, encurralada, nas mãos de um vampiro que eu nem ao menos sabia o nome.

Poucos minutos depois, senti meu coração parar novamente quando ouvi um barulho, mas assim que olhei em volta, vi que era apenas Seth e Embry em sua forma de lobo.

Seth parecia extremamente irritado, como se estivesse prestes a... prestes a matar. Ele parou quando me viu e se aproximou de mim, mas eu tremia e chorava tanto que não sabia como reagir.

O medo tomou conta de mim e, devido ao tempo que fiquei sem comer e a toda tontura e desespero que eu sentia, minha vista embaçou e tudo ficou escuro. Depois disso, só me lembro de acordar em casa, com todos os garotos e os Cullen a minha volta, me olhando preocupados e, obviamente, esperando uma explicação.


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Notas finais do capítulo

O lance do Jake com o Alec vai ser explicado no próximo capítulo, aí vocês vão entender melhor kkkk espero que tenham gostado, meus amores e, comentem que amanhã tem mais! Beijinhos



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