O Metamorfo escrita por Gaia


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Oooi, esse capítulo ta meio pequeno e corrido, mas acho que ta bom até, haha, espero que gostem



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William estava tentando fazer o máximo possível para deixar a sala apresentável. Primeiro, recolheu os pedaços maiores do chão, para depois, colocar tudo no lugar e limpar. Olhou em volta e pensou no que poderia causar tanto estrago em uma tarde. Várias possibilidades pasaram por sua mente, mas nenhuma boa o suficiente para explicar o que havia acontecido.
           
Enquanto ele tentava arrumar o estrago, Jennifer, aflita, corria para o hospital, com um Jude inconsciente na cadeira de rodas. Dizia, mais para ela do que para ele:
           
- Vai ficar tudo bem Jude, não se preocupe, estamos chegando. 
           
Aos poucos, viu a entrada do hospital e correu mais rápido, o hospital estava vazio, quase deserto. Entrou e logo viu uma atendente atrás de um balcão.
           
-Tenho uma emergência! Ele desmaiou, onde eu posso levá-lo? – Jennifer falou atropelando palavras.
           
- A senhorita poderia esperar alguns segundos? – respondeu a moça, olhando para o computador a sua frente.
           
- Mas ele pode estar morrendo! – a garota gritou irritada. – Escuta, eu só preciso de um médico, não tem nenhum outro paciente aqui!
           
A mulher levantou o olhar e econtrou com os de Jennifer. Depois rolou para onde Jude estava sentado e falou com indiferença:
           
- Segundo corredor a esquerda, terceira porta a direita. Fale com o Dr. Thompson.
           
Sem hesitar, a garota correu para o lugar dito e se deparou com uma sala pequena, com uma maca e alguns equipamentos.  Mais a frente, havia um homem careca, pequeno. Estava sentado atrás de uma mesa, lendo um grande livro.
           
- Dr. Thompson? – Jennifer se certificou mesmo lendo a pequena placa que estava sob a mesa com o nome do doutor.
           
O médico levantou o olhar, arrumou os óculos caidos sob seu nariz e acenou com a cabeça.
           
- Como posso ajudá-la?
           
Angustiada, a garota apontou para o cadeirante e disse:
           
- Ele desmaiou, eu não sei exatamente o que aconteceu, não estava lá.
           
O doutor assentiu e pediu para que a garota se retirasse da sala enquanto examinava Jude.
           
Jennifer estava sentada no corredor e encostada na parede quando a porta a sua frente abriu e dela saiu o Dr. Thompson.
           
- Ele só precisa descansar, os ferimentos mais graves vão cicatrizar com o tempo. Recomendo que fique três dias de repouso.
             
- Obrigada doutor! – Jennifer falou aliviada, já de pé. – Te devo alguma coisa? – hesitou a perguntar.
           
- Imagina. – o outro respondeu entrando para pegar a cadeira de rodas.
           
Ao ver Jude acordado e sem sangue, Jennifer suspirou de alivio. Depois se condenou por ter sido tão indiscreta. 

           
Andou ao encontro dele e colocou as mãos na cadeira de rodas, prestes a empurrá-la, sem dizer uma palavra. Não queria que ele se cansasse discutindo com ela, o que certamente aconteceria.
           
- Obrigada novamente doutor. – ela disse mais uma vez antes deste fechar a porta.
           
Logo após da porta bater, Jude levantou-se e espreguiçou-se bocejando.
           
- O que você está fazendo? Sente-se! – sobressaiu-se Jennifer.
           
- Relaxa Jenny, eu estou bem, não precisa se preocupar tanto comigo. – ele disse a olhando com orgulho.
           
Notando o olhar, a garota bufou.
           
- Primeiro, é Jen, sério, não é tão díficil de decorar. Segundo, eu não me preocupo tanto com você, ok? – ela retrucou.
           
Não adiantava o esforço que ela fazia para acreditar nas palavras ditas, Jennifer sabia que se preocupava cada vez mais com Jude, era como se os dois dias passados juntos fosse a vida toda.
           
- Ok. – respondeu o garoto sorrindo. – Preciso te dizer uma coisa…
           
- Diga, mas depois de sentar. Você ouviu o que o doutor disse, você precisa descansar! – Jennifer disse examinando-o,
           
- Se é assim que você quer Sra. Eu não me preocupo tanto com você. – riu Jude sentando-se.
Jennifer bufou novamente, revirando os olhos.
           
- Não comece com as suas piadinhas, eu estou realmente brava com você. – ela disse com os braços cruzados.
           
- Por que? – o garoto riu alto. – Bom, não interessa, eu preciso te pedir desculpas.
           
- O que? – Jennifer indagou surpresa. Descruzou os braços e se posicionou na frente do rapaz.
           
- Desculpe. – ele repetiu, agora, olhando-a nos olhos. – Desculpa por não conseguir te proteger lá na mansão. Eu errei achando que aquele espectro era fraco.
           
- O que? – repetiu a garota, agora mais confusa. – Que mansão? Espectro? Jude… Mesmo não sabendo sobre o que se trata, eu tenho certeza que você não precisa se desculpar. Vamos para a minha casa e…
           
Ela hesitou, tinha esquecido do desastre que sua casa estava e do sumiço de seu avô, parecia que quando estava com Jude esquecia todos os seus problemas.  
           
- Não, presta atenção, já está mais do que na hora de você saber os perigos que você corre, Jen. – o loiro esclareceu sério.
           
- Mas eu não quero saber. – a garota respondeu desviando o olhar. – De verdade, eu não preciso disso agora Jude.
           
- Então tá. – ele concluiu vendo o nervosismo da garota. – Eu vi o estado que estava a sua casa, vamos para a minha.
           
- Não, eu vou lá arrumar e encontrar meu avô. 
           
Jude sorriu percebendo a ingenuidade de Jennifer. Esta, já estava no fim do corredor quando virou a cabeça e disse:
           
- Sério, você realmente precisa descansar. A gente se vê amanhã na escola.
           
A garota andou mais rápido não querendo que ele a alcançasse, não queria mais ficar ao lado de Jude e esquecer dos seus reais problemas, apesar do conforto que sentia perto dele, sabia que nesse momento precisava acordar.
           
Foi para a sua casa, sabendo o que a esperava. Chegou e encontrou-a muito mais apresentável e limpa do que antes, William havia tirado os móveis quebrados e limpado, a sala estava irreconhecível.
           
- Uau Will! Obrigada, você fez um ótimo trabalho, já pode casar hein? – Jennifer falou zombando do amigo ao entrar.
- Engraçadinha. Eu até tentei recuperar os móveis mas…
           
- Relaxa! Obrigada. É… Você… Achou alguma coisa? – ela perguntou, se referindo implicitamente ao seu avô.
           
O amigo a olhou e suspirou.
           
- Não. – respondeu olhando para o chão. – Mas eu prometi lembra? Eu ainda vou encontrar ele. – sorriu triste.
           
- Certo… - suspirou Jennifer. – Já tá tarde, não quer dormir aqui? Ah… Esquece, eu não tenho mais sofá.
           
- Eu não vou deixar você sozinha aqui Jen. – ele disse engrossando a voz. – Eu me viro, pode subir.
           
- Tem certeza? De verdade, eu sei me cuidar.
           
- Tenho, vai, anda, temos escola amanhã, esqueceu? – ele disse pegando a mão da amiga e a conduzindo escada a cima.
           
Ambos sabiam que não conseguiriam dormir aquela noite. Jennifer não teve a possibilidade de sonhar, pois ficou se virando na cama, observando os estragos mínimos de seu quarto. Ficava se perguntando o que havia acontecido e onde o seu avô estava. Apesar de só conhecê-lo de verdade a pouco tempo, tinha aquele sentimento de proteção e carinho que adquirira durante seis anos de sua vida.
           
Logo, as lágrimas vieram e, dessa vez, ela não as reprimiu, chorou com vontade, liberando tudo que aconteceu no dia. Realmente não conseguia entender como a sua vida poderia mudar tanto em um fim de semana. Foram apenas dois dias, mas para ela pareceram dois anos.
           
Fechou os olhos com força, pronta para dormir, mas todos os seus pensamentos e dúvidas a impediram de relaxar. Assim, colocou fones de ouvido com uma música bem alta a fim de não ouvir seus pensamentos, mas estes gritavam, a enlouquecendo. Desistindo de suprimi-los, decidiu enfrentá-los e decidiu, de uma vez por todas, saber toda a verdade, no dia seguinte, falaria com Jude e esclareceria tudo.
           
William estava inquieto no andar de baixo, o que estava acontecendo? Primeiro Jennifer some do nada e reaparece um bom tempo depois. Depois, a casa dela aparece toda destruída e seu avô desaparece. Algo estava errado e ele tiha certeza de que a amiga estava escondendo algo e que não iria contár a ele mesmo se quisesse.
           
Sentia que estava perdendo a confiança da amiga, sempre foram muito abertos um com o outro e, agora, ela estava escondendo coisas.
- Will? Você está acordado? – ouviu Jennifer sussurar.
           
Ele virou a cabeça e a encontrou de camisola com os olhos vermelhos.
           
- Sim. O que houve? – ele perguntou levantando-se.
            -
 Nada. É que… Eu… Preciso te falar uma.. Umas coisas. – Jennifer suspirou, decidindo não esconder mais nada do melhor amigo. Era muito injusto com tudo que ele estava fazendo por ela.
           
“Que irônia.”, ele pensou.
           
- Sério? Agora é hora Jenny? Acho que alguém não vai acordar para a escola amanhã. – ele disse sorrindo.
           
- Sim, Willy. Ah, senta ai vai, não vou conseguir dormir sem compartilhar isso. – a amiga disse agora mais tranquila.
           
- Willy? Sério? – ele riu.
           
- Jenny? Sério? Bom… É o seguinte… - a garota começou com tudo o que seu avô havia lhe dito, sobre os clãs e as criaturas sobrenaturais. E assim, ela foi contando tudo, desde Jude até o que aconteceu na floresta. William a olhava tenso, com os olhos atentos.
           
Reagira melhor que ela, acreditou de primeira, apesar de demorar um tempo para sintetizar toda a informação. Logo, veio as dúvidas, que eram as mesmas que as de Jennifer.
           
- Eu sei, eu sei, eu também não sei tudo isso. Por isso vou perguntar para Jude amanhã, cansei de andar no escuro. Quero encontrar meu avô, e acho que o primeiro passo, é saber de tudo. – ela concluiu.
           
- Jennifer… Isso tudo é uma loucura, tinha que ser você, né? Ë sempre com você que acontece essas coisas estranhas… - ele falou tenso.
           
- Ah, como se eu pedisse isso. Como se eu quisesse que essas coisas estivessem tentando me matar ou sei lá. – ela baixou o olhar.
           
- Ei, eu não quis dizer isso… - William a envolveu nos braços. De novo, aquele sentimento de proteção o dominou e pensou que, agora, mais do que nunca, tinha que ser seu amigo. – Agora, anda, amanhã vai ser um dia longo. Vamos dormir.
           
Ela o olhou com admiração, apenas William ouviria todas aquelas informações e entenderia sem fazer perguntas impróprias. Era realmente o melhor amigo que ela poderia ter.
           
- Ok, mamãe, já estou indo. Sabe, o andar de cima não está muito destruido, você pode dormir no quarto do meu avô. – ela completou olhando para o chão onde ele estava deitado com almofadas.
           
- Por quê não pensamos nisso antes? – ele riu fingindo dor nas costas.
           
Os dois subiram e se separaram no corredor, Jennifer estava com os pensamentos mais leves, apesar de ainda estar conturbada, finalmente tinha com quem compartilhar.
           
Já William, apesar de demonstrar indiferença e bom humor, estava chocado e assustado com tudo que acabara de ouvir, nunca pensara que poderia acontecer coisas desse tipo, nem em sonhos.
           
Os dois acabaram dormindo inquietos e ansiosos para o dia seguinte, quando finalmente saberiam as respostas de suas dúvidas, que sempre palpitavam em um momento de relaxo. a279;


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Notas finais do capítulo

É isso ae, prometo que o próximo capítulo vai ser mais emocionante, hahah. Comenteem, beijos :*



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