- Oi Seth! A Alice exagerou na barriga, só pra você saber. - eu disse assim que o vi na escada

- Ela não falou sobre meu dom? 

- Eu não sou como o Ed! Eu copio o dom dos outro, por tanto, leio mentes, tenho visões, controlo parcialmente a mente dos outros, tenho o escudo da Bella, o dom da Nessie, provoco dor como a Jane, anestesio como o Alec, controlo o metal, controlo as emoções como Jazz e tenho a força do Emm. Agora sim o Sam vai pirar! - eu ri da cara de susto que ele fez

 - Não pense assim da sua irmã! Alice te disse que Carlisle vira aqui uma vez por mês? E que eu estou grávida? E que eu não sou como os outros? 

- Tipo, a Alice não disse nada, pelo visto. - ele disse exasperado 

- Vou te contar então!

Nos nos sentamos no sofá e eu contei tudo. Desde o avião, até a descoberta da minha gravidez. Ele ficou pasmo ao saber que eu ainda era um pouco humana e saiu logo para contar ao resto do bando. Ele era um menino legal, meio criança, mas legal. Eu voltei pra cama e me desliguei novamente.

Um mês se passou facilmente. Eu dormia as vezes e o bando do Jake já estava se acostumando comigo. Seth me visitava todos os dias e eu estava fazendo amizade com Quil e Embry. Eles até trouxeram comida humana pra mim, assim eu não precisei ir até o mercado. Cacei só 4 vezes no mês e Carlisle viria fazer uma ultra-som e alguns exames. Já estava amanhecendo e eu iria buscar Carlisle em menos de 2 horas. Alice me ligava todos os dias e ela sempre me dizia que Enzo estava a ponto de enlouquecer, por não saber onde eu estava. Eu agradecia sempre a ela por não dizer nada, ela se limitava a dizer que eu estava bem. Eu passava a maior parte do meu tempo chorando ou viajando. Seth até chegou a tentar me dar conselhos, o que acabou em muita gargalhada. Ela tentava parecer um psicólogo e eu não conseguia ficar sem rir. Foi totalmente hilario! 

As duas horas se passaram rapidamente e eu fui de ferrari, buscar Carlisle. Esperei no aeroporto por menos de cinco minutos, e logo estava de volta ao carro. Eu estava preocupada com a criança dentro de mim. Ela parecia estar crescendo um pouco mais rápido que o normal. Minha barriga parecia de 3 meses, no mínimo. Carlisle comprovou isso na ultra-som.

- É menina! - ele disse depois de um tempo observando a tela

- Já da pra ver o sexo? - eu perguntei extasiada

- Já! Ela esta com tamanho de umas 11 semanas. Esta crescendo um pouco mais rápido que um humano. Nessa velocidade, ela nascera com, aproximadamente, 7 meses. Nada com que se preocupar. Nessie nasceu em 1 mês! - Carlisle disse tranquilamente

Eu fiquei calada e Carlisle colheu uma amostra da criança, novamente. Eu passei o dia todo pensando nisso. Minha filha, Taína. Provavelmente ela seria parecida com a Nessie em alguns aspectos. Carlisle iria comparar as amostras da Nessie com a da Taína e me diria muitas coisas importante. Eu fiquei muito contente em saber que seria uma menina. Alice já deveria ter comprado quilos de roupas rosas! 

Assim que eu deixei Carlisle no aeroporto, Alice ligou toda alegrinha. Ela estava mesmo comprando muitas roupas rosas! Nessie disse que minha filha tinha roupas para vestir até os 30 anos e eu ri muito. Eu conversei com todas as mulheres da familia Cullen e Denali. Tania e Kate estavam contentissimas. E assim eu voltei para o meus pensamentos solitárias naquela casa enorme.  

Mais dois meses se passarem e minha barriga estava crescendo rápido, agora. Estava com 4 meses de gestação e, a estimativa, era de que nascesse em 3 meses. Ela chutava bastante e bem forte. Se eu fosse humana, já teria quebrado algumas costelas. Eu estava começando a ouvir seus poucos pensamentos e era muito bom ouvir algo que não fosse minha própria voz. Sue, a mãe do Seth e namorada do pai da Bella, estava cuidando muito bem de mim. Assim que ela soube que eu era um pouco humana e que estava grávida, ela passou a me mimar muito. Ela não tinha mais tanto preconceito contra os vampiros, segundo ela, agora ela tinha uma entiada vampira. Calisle agradeceu muito a ela em sua ultima visita. Era bom ter alguém por perto. Tinha dias que Alice me ligava só pra dizer que comprou alguma coisa pra Taína. Era muito engraçado ver a empolgarão de todas, mas ainda assim eu sentia falta de alguma coisa. Era um vazio enorme no meu peito, que era grande de mais para Taína cobri-lo totalmente. Me faltava uma pessoa ao meu lado, mas eu tinha medo de perdoá-lo. Como eu não atendia suas ligações, ele me mandou varias mensagens se explicando e pedindo, pelo amor de Deus, que eu voltasse. Eu nunca respondo, mas eu tinha vontade de ligar pra ele e dizer que estava voltando, ou que era pra ele vir me encontrar. Eu fiquei sabendo que Jamie, assim que soube que eu estava grávida, correu para os Volturi e provocou muita confusão para os Cullen. Carlisle conseguiu convencer Aro de que a criança era igual a Renesme e, depois de muita discussão, ele decidiu não vir atrás de mim. Eu, definitivamente, estava me segurando para não voltar pra casa.

Mais 2 meses se passaram e eu decidi que estava na hora de voltar. Era mais fácil pra todo mundo que eu estivesse em casa para ter a criança. Pegaria o avião no dia seguinte e a ansiedade estava me corroendo por dentro. Eu estava disposta a ouvir Enzo e, dependendo, perdoá-lo. Eu precisava fazer isso ates que eu morresse, definitivamente. Uma voz na minha cabeça me dizia que eu devia perdoá-lo, e uma voz na minha barriga também. É, Taína estava pensando bastante agora. Nos já batíamos altos papos uma com a outra. Eu adorava ficar falando com ela. Faltavam 2 horas para mim ir para o aeroporto, as malas já estavam prontas e eu, mesmo com um barrigão, estava andando de um lado para o outro, era até capaz de furar o chão. Depois de um tempo eu me sentei no sofá, exausta pelo peso extra que eu carregava, e ainda faltavam 1 hora. Decidi ir logo para o aeroporto, ates que tivesse um síncope. Lógico que cheguei no aeroporto cedo de mais, mas me contentei em esperar. A viajem de avião foi demorada de mais e eu estava quase quicando de um lado para o outro, de tanta ansiedade. Uma coisa já estava decidida, eu ficaria com Enzo custe o que custar. Assim que eu o visse eu diria isso.  Eu desci do avião quase correndo, só não corri porque a Taína reclamou do meu nervosismo e eu achei melhor não incomoda-la. Logo avistei Alice e ela veio sorrindo até mim. Ela já sabia da minha decisão, por mim e por uma visão. 

- Que saudades! - ela disse me abraçando

- Eu também! - eu disse contendo o choro

Ela demorou pra me soltar e depois foi a vez da Tania, que estava junto com ela. Tania demorou pra me soltar, também. Assim que eu me vi livre dela e olhei ao redor e um par de olhos dourados me prendeu. Enzo estava um pouco afastado, os olhos em um dourado claro e com uma roupa simples, ou seja, mais lindo do que nunca, pelo menos pra mim. Alice percebeu que nossos olhares estavam grudados um ao olutro e soltou uma risadinha.

- Eu e a Tania vamos esperar la no carro! - ela disse antes de arrastar Tania para longe

Eu dei um passo hesitante e Enzo fez o mesmo sorrindo bobamente, agora. Eu sorri também e andei rápido ao seu encontro. Assim que nos encontramos no meio do caminho, eu envolvi seu pescoço e lhe beijei com vontade. Ele segurou os dois lados da minha cintura bolota e retribuiu o beijo. Era um beijo urgente e repleto de saudades. Tivemos que para de nos beijar, pois tínhamos que fingir respirar. Nos dois estávamos sorrindo abertamente. Como eu consegui ficar tanto tempo longe disso? Nem eu sabia. 

- Ruby, eu queria pedir desculpa! Ela me pegou... - ele começou a dizer, mas eu interrompi

- Eu não quero saber! Só quero que você prometa que nunca mais vai deixar que isso aconteça! - ele sorriu diante das minhas palavras e eu senti que ele ficou mais calmo com isso

- Eu prometo! - ele disse

- Espero mesmo! - eu sorri e olhei nos seus olhos novamente- Eu te amo!

- Eu amo vocês duas! - ele colocou a mão na minha barriga e Tíana chutou bem onde estava sua mão - Forte!

- Você não sabe o quanto! - eu lhe beijei novamente

Nossos lábios se moviam em perfeita sincronia e nossas línguas brincavam na boca do outro. Eu acho que havia me esquecido de como era bom o sabor da boca dele. Depois de longos minuto, nos fomos para o carro, os dois com um sorriso bobo no rosto.

- Até que enfim! - Alice disse e depois sorriu ao ver nossas mãos - Foi isso mesmo que eu vi!

Eu ri e entrei no carro, no banco de trás junto com o Enzo. Alice começou a falar das roupas da Taína e do quarto. Ela não se cansava disso? Mas eu estava gostando de tudo isso. E, agora que não havia mais o vazio no meu peito, minha vida estava voltando a parecer um conto de fadas!