Real Life escrita por RTSM


Capítulo 29
Capítulo 28




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Alice consegui uma passagem para Londres e de Londres para São Paulo. Ninguém tentou interferir, Carlisle só pediu que eu tomasse cuidado para não ser reconhecida e não saísse ao sol. Isso era fácil. Se eu me cobrisse o máximo o possível, ninguém veria minha pele. Eu sai direto para o aeroporto com uma mala só. Eu não sabia quando aconteceria, por tanto ficaria vigiando minha mãe até que ela tentasse fazer isso. A viagem de avião foi super tranquila e assim que eu cheguei em São Paulo, liguei para Alice e disse que tinha chego e que estava tudo bem. Eu coloquei uma blusa de manga comprida e um chapéu bem grande. Peguei um taxi e fui para a minha cidade. Fiquei no hotel mais próximo da casa da minha mãe. A noite não demorou a chegar e eu fui para mais perto da casa deles. Maira não estava em casa e minha mãe e Pierre estavam na cozinha conversando.
- Pierre, me leva no cimirétio? Quero ver sua irmã. - minha mãe pediu
- Claro mãe, mas porque você não pode ver as fotos da gorda aqui em casa e pronto? - o Pierre não perdia essa mania
- Eu quero limpar o túmulo. - minha disse em um sussurro
- Mas a Ruh nem ta la. - ele tinha que fala isso?
- Eu sei, só que o onde ela estiver, ela vai ver que ainda cuido dela. 
- Ta bom mãe, depois da escola eu vou com você, mas se o Marcio descobre que eu to dirigindo o carro novo, você sabe que fico de castigo pro resto da vida, né? - como é? Meu irmão ta dirigindo? - Agora eu vou conversar com a turma na rua. Já volto! 
O Pierre saiu e sentou na calçada com mais 2 meninos. Como ele estava dirigindo? E meu pai era louco ou o que, de deixa um carro com ele? Se eles dessem pra Maira eu já ficaria preocupada, mas pro Pierre? Onde esse mundo vai parar? Mas enfim, o Pierre logo entrou em casa e foi dormir, minha mãe ficou assistindo tv até Maira chegar e as duas foram dormir. Eu voltei para o hotel com a certeza de seria amanhã que minha mãe faria o que eu vi.
Passei a noite inteira mergulhada em meus pensamentos. Eu iria usar uma arma que nunca pensei que usaria. Minha mãe é espírita e acredita em vida depois da morte, por tanto, eu iria aparecer como se fosse minha alma e diria para ele que estou sempre ao lado dela, que eu não queria que ela tentasse suicido a torto e a direto. Agora era esperar pra ver se ela iria cair. Depois que eu montei um plano a esse respeito, eu deixei que minha mente vagasse sem destino certo. Minha mente vagou até chegar exatamente onde eu não à queria. Eu não queria voltar para Cambridge e enfrentar o Enzo. Segundo Carlisle eu não poderia me estressar e eu iria cuidar para que isso não acontecesse. Eu não voltaria pra casa, não agora. Alice com certeza me ajudaria. Depois eu coloquei as mãos na barriga e fiquei falando com o meu filho como se ele me ouvisse. Assim que o sol nasceu eu coloquei um roupa que me cobrisse por inteiro e um boné. Sai e fiquei vigiando minha mãe. Ela não saiu de casa pra nada e os seus pensamentos eram muito confusos. Maira saiu para o trabalho e Pierre para a escola. Ela ficou no sofá olhando para o nada. Confesso que isso me deu mais certeza das suas intenções. Assim que o Pierre chegou, os dois almoçara e ele foi leva-la ao cemitério. Quando eu vi o carro que meu comprou para o Pierre, eu tive certeza de que ele estava pirando. Era Astra Cd preto e zero Km. Tipo, ainda não sei como meu irmão não enfiou o carro no primeiro poste que viu. Ele até que dirigiu bem até o Cemitério e disse que pegaria minha mãe em meia hora. Marcia desceu do carro e foi direto para o túmulo da familia do meu pai. Eu imagina a briga que deve ter sido para escolher onde eu seria "enterrada". Ela colocou um ramo de flores dentro de um vasinho e começou a falar como se eu estivesse ali ouvindo.
- Oi filha. A mamãe veio só fazer uma visita. O Pi não demora pra vir me buscar. Como será que é ai onde você esta? Será que me deixariam ficar perto de você? - eu estava certa. Na cabeça dela o plano que ela pensou a manhã inteira, era revisado enquanto ela falava.
Era hora de eu agir. Estava bem sol, por tanto eu iria brilhar bastante. Eu tirei o boné e a blusa de manga comprida. Eu estava com uma calça branca e um tope branco. Deixei a blusa e o boné atrás de uma lapide e corri até ela. Foi rápido de mais para que ela visse que eu vim correndo. Ela só viu quando eu já estava atrás dela.
- Mãe! - eu chamei e ela se virou lentamente.
- Ruby! - ela perguntou assustada
- Sim. Eu vim pra te impedir de fazer o que você estava prestes a fazer! - eu disse
- Como você sabe? 
- É complicado mãe. Eu só quero que você não faça isso. Pensa na Maira e no Pierre. Eles precisam de você. Só não estrague sua vida. 
- Você esta bem? - ela perguntou hesitante
- Melhor impossível. Tenho que ir. Meu tempo é curto aqui. - eu sai correndo antes que ela pudesse falar algo. 
Ela tinha acreditado em tudo e ia fazer o que eu pedi. Ela chorou um pouco e logo o Pierre chegou para busca-la. Quando ela contou que tinha me visto ele pensou em leva-la a um psiquiatra e eu acabei rindo. Minha mãe nunca iria, ou se fosso, deixaria o medico louco. Eu coloquei a blusa e o boné e fui embora. Chegando ao hotel era hora de ver o que eu faria. Liguei para Alice e ela atendeu no primeiro toque.
- Posso saber porque eu não te vejo voltando pra casa? - ela perguntou assim que atendeu
- Eu estou muito bem, obrigada. E você? - eu brinquei
- Eu estou bem. Você não respondeu minha pergunta.
- Tem alguém ai por perto?
- Não. Jazz foi caçar e eu estou sozinha no meu quarto.
- Ótimo! Eu preciso de ajuda pra achar um lugar pra ir, de preferência no continente Americano. 
- Porque? Não gostou da nossa familia? 
- Claro que gostei! Eu só quero ter meu filho em paz.
- Mas você não pode fiar sozinha!
- Quem disse?
- Você precisa de acompanhamento médico!
- Alice, o Carlisle pode fazer o parto depois, mas até lá eu quero ficar em paz. 
- Tudo bem, mas eu te visito pelo menos uma vez por mês. VocÊ pode ir pra Forks e dizer que comprou nossa casa lá. O bando do Jake é de lá, eu vou manda ele avisar que você esta indo ficar na nossa casa. O tratado não existe mais, por isso você esta livre para ir e vir. Pegue um avião para Washington e depois um pra Port Angeles. Forks fica a uns vinte minutos de carro. Eu mando os seus carros pra você em três dias. Certo?
- Certíssimo! Só que não espalha onde eu to. Quero sossego. Pode ser?
- Claro!
- Obrigada Ali. Sabe que eu te amo, né? 
- Claro! Todo mundo me ama.
- Convencida! Tchau
- Tchau
Eu desliguei e fui pegar um taxi. Quando estava chegando em São Paulo, recebi um mensagem da Alice.
"Adorei sua performance como anjo da guarda. RSRSRS. Sua mãe vai falar nisso o ano todo."
Eu ri muito com esse jeito extrovertido da Alice. Chegando no aeroporto, peguei o primeiro vôo para Washington e depois para Port Angeles. Forks ficava bem perto e cheguei a casa dos Cullen em menos de uma hora. Era uma casa linda, branca e com algumas paredes de vidro. A porta estava aberta e eu fui logo para um dos quartos. Parecia ter sido da Alice, pois era todo Rosa. Me deitei na cama que havia no quarto e me desliguei do mundo. 

 


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