Real Life escrita por RTSM


Capítulo 25
Capítulo 24




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O resto da semana foi uma rotina gostosa. Eu ia pra escola com Enzo, nos namorávamos durante o almoço, voltávamos pra casa juntos, passávamos a tarde com o resto da familia, iamos para os nossos quartos, e durante a noite eu ia para o quarto dele ou ele vinha para o meu. As vezes Jamie dava em cima do Enzo, mas ele estava aprendendo a cortar as peninhas dela, pelo menos na minha frente. Cerlisle e Edward continuaram pesquisando sobre o meu caso e eles pediram minha permissão para pedir ajuda ao Eleazor. Eu não me opus, mas pedi que ele não contasse a ninguém. Os três juntos descobriram algumas coisas através de amostras do meu cabelo, saliva e uma tentativa de colher meu sangue. Essa idéia não foi muito boa. Carlisle quebrou umas cinco agulhas antes de desistir. Por fim eles pegaram uma amostra da minha pele. Segundo eles isso era a maior descoberta entre os vampiros. Eu não gostava de ser uma coisa unica, mas tinha seu lado bom de tudo isso.
Num passeio ao Shopping com as meninas, eu e Alice tivemos que fingir que iríamos a uma loja inventada por Alice, para que eu pudesse comer em um fest food. Aquilo foi estranho, mas me deu um alivio enorme. Do nada eu senti uma tremenda fome e tive que fugir. Alice fazia caretas enquanto eu comia meu lanche e eu morria de rir das suas caretas. 
No final de semana os Denali se mudaram para a casa deles e ficou mais difícil pra mim e pro Enzo. Geralmente eu fugia pela janela e ia até a casa dele, só as vezes que ele vinha a minha casa. Nos concordamos que em casa tinha muita gente. Todos sabiam das minhas fugas, mas fingiam não saber nada, o que era muito melhor pra mim. Teve uma noite que eu acabei dormindo por quase 3 horas. Carlisle disse que era perfeitamente normal, pois se eu tinha que comer, também teria que dormir. Foi uma experiência boa e Alice ficou de guarda na porta do meu quarto pra que ninguém entrasse. Ed veio me ver umas duas vezes e disse que eu falava dormindo assim como Bella quando era humana. 
Hoje completava um mês que eu e Enzo estávamos juntos e eu estava eufórica atrás de um presente pra ele. Até Tania e Kate decidiram me ajudar. Depois de um dia rodando o shopping inteiro, eu decidi dar uma maquina fotagrafica pra ele. Há uma semana atrás ele havia me dito que gostava de tirar fotos, mas não tinha uma câmera ainda. Foi o melhor que eu consegui pensar. Como a bolsa de valores estava me rendendo um bom dinheiro, eu já tinha feito meu dinheiro quatriplicar de tamanho, sem contar que Carlisle fazia questão que eu tivesse uma mesada mensal, que não era pouca. As meninas me disseram que Enzo estava preparando uma noite hot muito especial pra comemorarmos um mês de namoro, mas não falaram o que era nem sobre tortura.
Minha vida, eu arriscava dizer que estava perfeita. Eu tinha um ótimo namorado, uma ótima familia e minha mãe biológica já estava melhor. Eu tinha tudo e mais um pouco. Esme era mais que uma mãe pra todos nos e Carlisle era ótimo como pai. Eu já estava até acostumada com os Volturi. Alec era muito legal e educado, só fazia muito os caprichos da irmã, mas isso era compreensivo. Jane tinha um gênio forte e era muito parecida com Pierre, eu conseguia lidar com ela assim como fazia com meu irmão, era tudo questão de jeito. Jemie vivia dando em cima do Enzo, mas estava desistindo aos poucos, pelo menos é o que parecia. Alice estava sempre de bom humor e acabava passando esse estado de espírito pra todos da casa. Minha vida estava o melhor possível. 
Quando cheguei em casa, corri para o meu quarto pra me arrumar antes do Enzo chegar. Alice, é claro, já havia escolhido minha roupa e devo admitir que era linda. Era um vestido de bolinhas, preto e branco, com detalhes em vermelho, um sapato preto e vermelho e uma bolsa combinado perfeitamenete. Fiquei me perguntando o que Enzo estava aprontando e estava muito entusiasmada e ansiosa para a surpresa. Desci as escadas bem devagar, não estava exatamente em mim. Ainda estava com medo de acordar e descobrir que foi tudo um sonho. Cheguei ao ultimo degrau de cabeça baixa, presa em meus próprios pensamentos. Nem olhei pra frente e acabei trombando com alguém, quer dizer, com Enzo que me olhava diferente.
- Desculpa! - eu disse me equilibrando
- Hum... Um vampiro perdendo o equilíbrio?! - ele disse pra si mesmo me ajudando a firmar o pé
- Pois é - eu disse meio hesitante e olhei pra ele. Ele usava uma calça jeans escura, uma camisa de botões estilo social e um blazer cinza. Em uma palavra, magnifico. - Err... Você esta lindo!
- Não tanto quanto você! - ele disse e eu fiz uma careta. Não gosto que fiquem me elogiando assim! - Ta, não falo mais!
- E pra onde vamos? 
- É surpresa! Vamos?
- Vamos!
Ele me estendeu uma mão e eu peguei. Ele me guiou ate o seu carro, abriu a porta e eu entrei. Ainda estava encabulada com essa coisa de surpresa. Fomos o caminho todo em silencio. Já era costume isso acontecer entre nos dois. Era ruim quando estávamos perto de um dos Volturis, pois eu não podia ficar respondendo suas perguntas mentais ou reclamar quando ele me trancava pra fora da sua cabeça, mas quando estávamos sós, não precisávamos de palavras. As vezes conversavamos só pelo olhar. Faziam dois meses e um pouco que o avião havia caido e Alice havia me achado, mas durante esse tempo minha vida não poderia ser melhor. Há vezes em que me deixo pensar em tudo isso, eu me recordo que "tudo que é bom sempre acaba". As coisas, pra mim, estão boas de mais e tenho medo que elas acabem. Só espero que a outra frase também sirva, "Tudo que é bom, dura tempo suficiente para ser inesquecível". Eu só quero aproveitar cada segundo como se fosse o ultimo. 
Nos últimos dias, eu estou muito diferente. Eu mesmo não me reconheço as vezes. Eu não tenho vergonha, me deixo levar toda vez que estou com Enzo. Eu não era assim antes da transformação e nem depois. Isso começou de uma ou duas semanas pra cá. Carlisle e Ed dizem que é porque eu estou confiando mais em mim mesma. Alice fala que é o amor, e disso eu não discordo. Enzo me altera totalmente. Acho que não consigo mais ficar um minuto sem pensar ao menos em seu nome. Isso é totalmente estranho pra mim. Sinto que os anos que guardei esses sentimentos, foram somente por teimosia. Sofrer faz parte da vida e eu não tinha coragem o suficiente para por a cara a tapa. Porém, agora, estou me jogando de corpo e alma, se é que eu tenho uma, e estou confiando em uma pessoa para me segurar casso esse buraco tenha um fim, mas se essa pessoa não estiver lá para me pegar, eu irei cair sem nada para, se quer, amortecer a queda. A unica a se machucar serei eu e mais ninguém. Acredito que os ferimentos não serão dos mais leves. Eu estou confiante de que, se caso isso aconteça, eu conseguirei me curar sozinha, mas não tenho certeza disso. Acordei dos meus pensamento quando o carro parou e Enzo se virou para me encarar.


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