Nothing Left To Say escrita por Lary Souza


Capítulo 5
V Malia


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra vocês ^^



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O escuro da noite inundou a floresta como um raio, com a blusa manchada de sangue Alex caminhava com dificuldade apoiado em Malia, já fazia alguns minutos talvez mesmo horas que estavam a busca de abrigo e a chuva escassa aos poucos os molhavam. Malia tinha quase toda certeza do mundo que havia algo de errado, mas seus pensamentos foram rompidos quando seu ombro foi forçado para baixo junto ao corpo de Alex.

– Desculpe Malia, mas não consigo. – Malia se sentou ao lado dele e ficou o olhando como se não soubesse o que fazer. – O que está pensando?

– Estou pensando em como vou parar seu sangramento! – Ela respirou fundo e olhou para o céu e pela primeira vez conseguiu ver as estrelas. “Se eu não tivesse atirado nele não estaríamos nessa situação!” então balançou a cabeça para esquecer esse pensamento “Se eu não tivesse atirado provavelmente estaria morta...”.

– Você está bem? – Perguntou Leo.

Ela balançou a cabeça em sinal de concordância, e sem dizer nada a ninguém rasgou a manga da blusa de Alex para ver como estava o ferimento “Nada bem...” estava entre roxo e verde, e o sangue ainda escorria “Preciso fazer algo...”.

– Está doendo? – Ela apertou o lugar onde a flecha fora cravada e Alex concordou, ela apertou os lábios e se virou para Leo. – Será que poderia ir encontrar água? Precisamos limpar a ferida bem rápido.

Leo concordou e em alguns segundos já havia desaparecido diante da escuridão da floresta. Malia se levantou e saiu a busca de algo que fosse útil e que estava por perto, conseguiu achar apenas uma garrafa de vidro sem tampa e alguns cogumelos brancos que sem dúvidas teriam alguma utilidade. Quando era menor acampou em uma barraca no meio da floresta várias vezes com seu avô e aprendeu coisas que levaria para vida toda, entre elas diferenciar o que era comestível ou não, principalmente os cogumelos.

– Segure para mim. – Alex estendeu o braço e agarrou as coisas. Malia se aproximou de uma arvore e equilibrou-se com o pé esquerdo entre as folhas e o direito na arvore e com força conseguiu arrancar um pedaço de casca – Me passe a garrafa.

– O que você vai fazer? – Ela pegou a garrafa e começou subir na arvore, só parou quando encontrou um galho firme e se sentou. – Não vai me responder?

– Bem, como estamos na floresta espero que dê certo. Nessa época do ano é bem comum a “aparição” de vagalumes em muitos locais, e como precisamos de alguma luz – Então sua fala foi interrompida quando conseguiu pegar os primeiros vagalumes e com agilidade tampou a garrafa com a casca de arvore. – Haha! Consegui!

Então desceu da arvore e colocou a garrafa entre os dois, o silencio predominou por alguns minutos que pareceram bem longos.

– Ei – Chamou Alex – Como aprendeu tantas coisas? Tipo, que os vagalumes aparecem nessa época, a tirar cascas de arvores até mesmo escala-las? Aprendem tudo isso nos seus acampamentos?

– Bem na verdade eu... – Ela não queria dizer a ele que não tinha um lar, que não fazia parte de nenhum dos acampamentos. Ela aprendera tudo com seu avô que fora morto provavelmente pelo superior que comandava o tal acampamento de Alex, mas logo Leo apareceu correndo e do jeito que estava parecia ter encontrado algo, ela ficou aliviada por não ter que explicar nada ou terminar sua frase.

– Gente! Eu achei um abrigo, e fica aqui perto. É uma caverna pequena fica bem ao lado do rio. Vamos? –Eles se levantaram e Leo ajudou Malia carregar Alex, e depois de alguns minutos caminhando chegaram ao rio e de fato lá estava a caverna bem a frente. Ela era larga mas não muito alta, eles caberiam mas não conseguiriam levantar os braços sem relar no teto. Quando entraram Alex deitou no chão. – Agora já pode nos explicar tudo?

– Leo, temos coisas mais importantes para fazer, tipo arrumar a caverna e o ferimento. – Leo bufou como se não se importasse aos detalhes, ela saiu da caverna e pegou algumas folhas, algumas secas e outras molhadas e colocou agua no cantil que antes estava vazio. Voltou para a caverna e soltou os cipós que estavam na frente, a garrafa com os vagalumes agora estavam ao lado de Leo.

– Me passa as folhas secas – Pediu Leo. Ele as arrumou em um montinho e com um sopro em seu dedo agora tinham uma fogueira. As folhas molhadas agora serviam de travesseiro para Alex, com a fogueira os vagalumes foram soltos dando lugar a agua que agora fervia e cozinhava os cogumelos brancos e só agora com a fogueira os esquentando tivera noção do quanto estava com frio antes. Malia limpou a ferida de Alex e ela parecia ter melhorado, o néctar provavelmente estava fazendo efeito. – Ainda não sei porque salvamos ele, ele tentou nos matar. Mas por outro lado nem sei porque estou andando com você, você também tentou me matar, é uma conspiração contra Valdez!

Então a menina riu, a primeira vez desde bem... Muito tempo.

– Está melhor?

– Estou, bem melhor. E acho que devo agradecer por não terem me matado – ele riu –E acho que devo explicações a vocês.

– É, deve sim. – Disse Leo – Pode começar a falar tudo o que sabe sabichão.


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Notas finais do capítulo

Eai? Gostaram? ;p



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