Minhas Férias De Verão escrita por Liz Mar


Capítulo 7
Eis a questão.


Notas iniciais do capítulo

Hello, demorei mais cheguei.
Quero pedir obrigado a quem esta comentando. E quero pedir as fantasmas que me deem pelo menos um" oi " nos comentários.
Quero ao menos conhecer meus leitores.
Esse cap vai deixar bem claro, sobre o que vai acontecer ao longo do fic, afinal isso aqui é comedia romântica com altas doses de açúcar.
Ele está meio parado, por que na verdade é apenas uma pequena introdução para o outro que vai ser badalado. Ha-ha
Beijos, adoro vocês.



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Nunca termine o dia com raiva de alguém, afinal nunca se sabe quando o coração dela pode parar de bater.

Depois do episodio fatídico na sala de jantar, eu subi para tomar um banho e tirar aquele cheiro de morango do meu corpo. Esse dia ia ficar marcado para sempre na minha memória como o dia que “eu fui ensopada duas vezes no mesmo dia” e não iria ser de uma maneira boa.

Eu não fazia a mínima ideia se o projeto mal feito de cão dos infernos e meu primo já haviam ido para o tal “bar”, mas também não me importava.

Eu só queria tomar meu banho e ficar seca. Lavei meus cabelos, com um xampu de alguma fruta louca lá, que no fim tinha cheiro de noz moscada. Coloquei uma roupa de dormir, apesar de ainda ser cedo e eu não estar com um pingo de sono.

Sai do banheiro secando meus cabelos, encontrando com minhas primas deitadas nas suas respectivas camas, com cara de enterro.

–O que ouve? – perguntei, já imaginando a resposta. Agora me diz, quem, quem em sã consciência iria querer ir para um bar em uma cidade deserta que ninguém conhece para dança musica country ruim?

Só minha família mesmo.

–Eu quero ir ao bar. – Nanda disse, decidida do que queria.

–Todas querem. – Julia resmungou

Eu até poderia dizer que eu não queria ir, mas talvez fosse mentira. Às vezes ser curiosa pode ser ruim.

Clarita tinha aberto a aboca para dizer mais alguma coisa, porém sua voz cessou quando um barulho de hélice batendo se fez presente. Entreolhamos-nos correndo para a janela para ver quem tinha chego ao quintal de vovó.

E quando o helicóptero pouso e eu vim as iniciais M.C.C, revirei os olhos enquanto minhas primas comemoravam.

–Tia Paola! – e desciam, rindo, enquanto eu ficava para trás, esperando uma nem tão calorosa conversa com a minha mãe.

***

Eu amo minha mãe. Amo mesmo. Mas para que essas entradas triunfais? Ela não podia ser mais humilde? E chegar sei lá... de cavalo?

Quando a palavra cavalo veio a minha mente eu imediatamente me lembrei do inútil e percebi que eu tinha adorado a forma que minha mãe tinha chego.

Quando finalmente encontrei com minha mãe na sala, as minhas primas já estavam lá. Mamãe sempre foi uma tia muito amada, pelo fato dela ser uma tia muito jovial. Além de ser belíssima é claro. Às vezes eu odiava ir às lojas com ela, todo mundo pensava que ela era minha irmã e não minha mãe. Isso com toda certeza não é legal.

–Maria, filha senti sua falta. – ela disse,quando me viu, vindo meu abraçar com seus um metro e sessenta e dois. Com seu salto de doze centímetros é claro. Sorri.

–Oi mãe.

–Fez uma boa viagem querida?

Apenas acenei com a cabeça, sorrindo fraco.

Tudo que eu menos queria era conversar. Principalmente com minha mãe, que tinha excesso de energia apara falar.

–Precisamos conversar querida – Meu pesadelo pessoal se realizou quando minha mãe disse essas palavras.

De repente vovó apareceu na sala, sorrindo igual a uma boba.

–Paola!

Mamãe sorriu, calorosamente para vovó, indo abraçar a velhinha que parecia que ia chorara a qualquer momento.

–Mãe!- ela sorriu. – A senhora parece mais jovem! Está bebendo alguma poção da juventude?

Vovó riu alto. Era tão normal qualquer uma das filhas dizer algo do tipo que ela já estvaa acostumadas. E nós também, apenas reviramos os olhos.

– Você demorou a aparecer. Mas, não veio falar comigo não é?

–Ah não mamãe, vim falar com sua neta. – Ela olhou pra mim e eu juro que vi algo de diferente em seu olhar.

–Acredito que sim. – vovó sorriu pra mim também, mais depois do episodio na cozinha, não consegui sorrir de volta.

Não me culpem! Eu sou rancorosa.

Mamãe suspirou e então sorriu.

–Bem, então vamos ter aquela conversa.

***

Eu e mamãe ficamos no maior quarto da casa.

Ou seja, o nosso.

Sentei-me na minha cama. Meu mau humor estava nas alturas e eu não aguentaria nenhuma bronca vinda da minha mãe aquele momento. Na verdade a única coisa que eu queria fazer era deitar, dormir e esquecer que aquele dia fatídico havia acontecido.

Mas nãão, claro que minha mãe tinha que chegar na fazenda de vovó de HELICOPTERO, sambando na minha cara, como se disse-se “haha! Eu posso andar de helicóptero, enquanto você vem de avião na segunda classe”

É claro que isso era supernormal da minha mãe.

–Então mãe, o que veio fazer aqui?

Ela deu uma risadinha.

–Isso é meio obvio não é filha? Vim conversar com você.- ela piscou. – Sabia que Nanda entrou para a Julliard?

Fiquei surpresa. Por que Nanda não havia contado isso para a gente ainda?

–Serio?

–Sim, ela vai contar a vocês, mas está com vergonha. Sabe, tudo bobeira.

Revirei os olhos, pensando em como as vezes ser jovial demais não era bom para dona Paola Cencine.

Cencine por que meu pai era de família Italiana. E era por que... Bem meu pai havia morrido quando eu tinha seis anos.

Imagine como foi para mim perder um pai amado e depois meu avô?

Fiquei desolada é claro e eu sempre fui muito apegada aos dois. Papai era meu companheiro de brincadeiras assim como meu avô.

Meu pai sempre fora m homem muito bem sucedido. Ele foi criador de uma empresa de Marketing, uma das melhores, que levava o nome de Maria Carolina Cencine. Por isso as inicias M.C.C. Minha mãe havia ficado arrasada com a morte do meu pai, porém ela sempre foi a mais bem decidida da família e foi ela mesmo que pegou o controle das empresas quando meu pai se foi.

Ela que sempre fora o tipo de mulher que nunca ia as empresas, e não gostava desses “tipos de coisas”, fez um curso de gestão empresarial para o controle até que eu completasse 21 anos e que pudesse comandar. Tudo que eu menos queria.

Antes de meu pai morrer, eu tinha minha mãe, carinhosa e decidida. Agora eu não tinha nenhum dos dois.

–Conversar? - perguntei incrédula.

–Sim. – ela acenou contente. - Conversar sobre algo importante!

Ok, mamãe estava me assustando.

E não era pouco. Ela parecia excessivamente feliz e isso não era bom.

–Mãe... - disse receosa. - Tem como à senhora adiantar o assunto?

Ela sorriu, concordando avidamente com a cabeça, puxando sua bolsa caríssima para seu colo.

–Chegou hoje de manhã e eu tomei a liberdade de mandar para a empresa quando chegasse...

Então entre suas palavras, ela puxou três envelopes de dentro de sua bolsa e eu senti meu coração falhar uma batida. Ou duas, ou três.

Por que ali, nas mãos da minha mãe, maluca com excesso de energia e completamente fora do padrão estava o meu futuro.

Ela colocou as três ao meu lado. Deixando claro que estava orgulhosa de mim e eu não conseguia desviar o olhar.

Ali estavam as cartas da faculdade. A primeira era vermelha, com “VE RI TAS” escrito em cima, deixando bem claro que Harvard havia me aceito.

A segunda era azul e parecia ser algo tão impressionante que eu sequer pude acreditar que Oxford pudesse escolher a mim!

E a terceira, talvez a menos importante para minha mãe, mas talvez a mais importante para mim também era azul, transmitindo que Julliard a faculdade dos meus sonhos tinha decidido que eu era boa o suficiente.

Eu estava atônita e eram tantos sentimentos acima de mim que eu não conseguia nem me mover.

As únicas coisas que eu pensava eram “Eu fui aceita, eu fui aceita, eu fui aceita”

Entendeu agora, caro leitor o motivo de eu estar tão p*** da vida por causa de uma nota vermelha?

Eu havia feito a prova para as três faculdades. Um ano de intercambio com o terceiro ano escolar e depois o curso dos meus sonhos.

–Mãe... – meus olhos transbordavam, enquanto transmitiam orgulho de mim mesma. Eu sequer acreditava que isso estava acontecendo.

–Eu sei.

–Eu fui...

Ela sorriu, demonstrando apenas com aquelas palavras o orgulho que sentia.

–Eu sei.

Não conseguindo conter a emoção, pulei e abracei minha mãe.

–Eu vou para Julliard!

Qualquer uma das Albuquerque’s tinha o sonho de ir para Julliard. Nos tínhamos uma pquena inclinação no mundo das artes. E qualquer mãe ficaria feliz com isso.

Menos a minha é claro.

–Maria, você deve pensar bem na suas escolhas.- ela disse, me soltando e sugurando meus braços com força.- É o seu futuro que está em jogo.

Ela me deu um beijo e sorriu.

–Preciso ir, tenho que estar na empresa antes das oito amanha. – ela sorriu calmamente. – Tem o verão todo para pensar.

Então ela sorriu, mais não para mim e sim para as três garotas que me olhavam ansiosas.

–Vou deixar vocês juntas. Até mais querida.

E se foi, me deixando com minhas primas e com uma duvida cruel na cabeça.

***

–Julliard ou Oxford? eis a questão.-

Olhei sorrindo para Julia.

–Desde quando você cita Shakespeare?

–E ainda tem Harvard, não se esqueça. - Clarita, que penteava os cabelos com seu pijama de joaninha disse.

Já havia passado mais ou menos uma hora que minha mãe tinha partido e estávamos eu e minhas primas no nosso quarto. Eu estava sentada, alisando os cabelos de Fernanda, enquanto Clarita penteava os cabelos e Julia lia e relia minhas cartas de admissão.

– Sim, mas nossa querida Carolina – ela apontou para mim, com a carta de Julliard em mãos – disse que nem sequer pensa em ir para uma das melhores faculdades do mundo, então só nos sobra essas aqui, velhas e sem graça.

– Não disse que não quero ir para Harvard. – revirei os olhos. – Disse que esse não é o meu preferido, nem Oxford é...

–Então, você quer ir para Julliard?- Nanda sorri largamente.

Aceno, mas não sinto vontade de sorrir.

Estou feliz e triste ao mesmo tempo. Sinto-me um verdadeiro paradoxo.

Ficamos em silencio por alguns segundos até Julia dar um pulo.

–Tenho uma ideia!- ela diz e todas gemem de medo.

– Eu to fora!- digo.- Da ultima vez fui molhada e zoada.

–Julia ,suas ideias não são legais.- Clarita reclama indo em direção a sua cama.- E além do mais, estamos exaustas.

–Concordo com a Rita. – Nanda resmunga com a cara no meu travesseiro, enquanto todas sorriem do apelido de infância de Clarita.

–Ah vamos, animação crianças. – Julia, pula com uma animação absurda.- Vamos. Comemorar a entrada da nossa Carolzinha para faculdade.

Franzo a sobrancelha. Minha entrada...?

Me levanto, empurrando Nanda para fora da minha cama e a olho acusadoramente.

–Enlouqueceu Maria?- ela reclama.

–Você não contou a elas?!

Julia franze a sobrancelha confusa.

–Contar o que ?

Nanda se levanta bufando, mas escondendo um sorriso e Clarita se senta em sua cama de repente interessada.

– Bom eu não ia conta agora...

– Odeio enrolação. Abre logo o bico – Julia corta Nanda, no melhor jeito Julia de ser.

A loira revira os olhos , sorrindo largamente.

– Eu passei para Julliard! Antes da Maria. – ela se gabou, e eu apenas dei língua para ela sorrindo.

Clarita parecia que ia ter um infarto, quando sorriu e disse:

–Nanda, isso é...

–Uma merda! Só eu que não passei para Julliard? – Julia reclamou, emburrada.

–Calma Ju, sua carta vai chegar. – ela abraçou Julia de lado. – e ai, todas vamos para Julliard!

–Esperai, Clarita. Você também passou? – Nnada perguntou atônita.

Clarita sorriu, e seus dentes brancos quase me mataram de cegueira.

–Chegou hoje de manha. Antes da Maria.- legal, agora ia virar moda botar “antes da Maria o final das frases”

–Isso é demais! – Fiquei feliz pela as minhas primas. Afinal não é todo dia que se passa para Julliard.- Tá, eu não sei se vou para Julliard, mas estou feliz por vocês!

–Demais?! Minhas primas vão para Julliard e eu vou ficar aqui? Fazendo faculdade de que? Gestão de “ como ser uma fracassada”?

– Ah Ju- Nanda abraçou um Julia, bem emburrada. Sua carta vai chegar.

–Espero. –ela suspirou triste.

Para animar Julia, faço uma pergunta que não devia.

–Então Julia qual é a sua ideia?

Todas as outras duas olham para mim como se dissessem “eu vou te matar Maria Carolina”

Menos Julia, que volta a sorrir.

–Eu ia sugerir, que já que os garotos vão sair, nós também temos direito de se divertir. – foi até sua cama, puxando a ponta de seu pôster, se virando para nós maliciosa.- Depois da noticia que três de nós passaram na faculdade dos nossos sonhos, a gente precisa comemorar.

E então, Julia tinha uma chave de carro nas mãos.

Julia era verdadeiramente uma peste.

–De quem é essa chave?- Nanda perguntou, acusadoramente.

–Uma copia do Valence. O caseiro. – ela deu de ombros como se isso não importa-se.

–E como você conseguiu?

Julia sorriu, perversamente.

–Tenho meus métodos.

Dei de ombros. Pouco ligando. Estava em êxtase. Feliz demais, esquecendo completamente daquele dia horrendo e lembrando só da parte do “aceita”.

–Nem quero saber quais são. – sorri. - Eu quero ir.

–Você?- Clarita perguntou incrédula. - Que acabou de perguntar se aqui tinha cidade?

–Na verdade ainda estou confusa com isso e para suprir essa curiosidade quero ir nesse tal bar.

–Maria Carolina, menos. Por favor. – Julia revira os olhos.

– Sabe, - Nanda se pronuncia. - Eu também quero ir .

–Você sabe que a vovó não sabe que nós va,os não é Nanda?

OK foi uma grande surpresa quando Nanda disse isso. Nanda era sempre a mais certa e ela seria a primeira a vetar.

Diante dos nossos olhares surpresos, ela apenas deu de ombros.

– Mas não é esse o legal da coisa?- minha prima perguntou confusa, já que para ela devia ser algo totalmente novo.- Eu passei na faculdade, mereço bebermorar!

Todas reviramos os olhos nessa frase antiquada.

–Falando assim, você parece até a vovó Betina.

–Realmente.

–Caladas.

–E então? Todas concordam?- Julia olha diretamente para Clarita, que diante de tantos olhares intimidadores, acena com cabeça calmamente.

Julia da um pulo de alegria, enquanto sorria.

–Vamos comemorar então! Vamos para o bar da cidade.

E eu percebi que aquela seria uma noite fora do comum.

E incrivelmente eu estava feliz com isso.


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