Minhas Férias De Verão escrita por Liz Mar


Capítulo 6
Purê de batata voador


Notas iniciais do capítulo

Hey! Demorei mas cheguei.
Escrevi esse capitulo corridamente por que eu estou ATAREFADA! Final de ano chegando e cara.. professores são bichos do mau, pelo menos os meus.
Eu gostei de escreve-lo. Só para vocês entenderem uma coisa: A Maria Carolina é mimada. Não sei se vocês já tinham percebido, mas ela é mimada. Apesar de gostar de ler e ser um pouco "intelectual" ela também é um pouco artificial. Por isso eu digo, MLFDV é uma historia clichê, com o passar do tempo vocês vão percebendo isso..
Enfim! Chega de falar aqui. Comentem , comentem que o outro capitulo chega mais rápido.
obs:; esse não foi betado
Obs:; Obrigada a kitkat, pelo comentário. Isso foi motivador.
Até lá embaixo ;)



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Minha mãe precisa entender que eu faço coisas erradas pra no futuro ter histórias legais pra contar pros meus filhos.

Clarita dá língua para ele que sorri.

Roda os olhos pelo local e para em mim. Primeiro franze as sobrancelhas e depois arregala os olhos.

–Você!- Falamos juntos, eu me levantando saindo da minha transe e apontando para ele.

–Vocês... Vocês se conhecem?- Mateus pergunta, olhando para a nós dois.

Eu olho para seus olhos como se pudesse matar com meu olhar fuzilador, já ele me olha com zombaria, como se estivesse rindo de mim.

–É claro!-Grito quase pulando da mesa. - Esse... Esse imbecil jogou água de cavalo em mim!

Palavras erradas no momento errado.

Todo mundo. Eu repito. TODO MUNDO, começou rir.

Por que isso não soava tão engraçado aos meus ouvidos?

As únicas pessoas que não riam era eu e aquele caipira metido.

Ele só olhava para mim com os braços cruzados e um sorrisinho nos lábios.

Ah, mas eu to doida para pular dessa mesa e agarrar naquele gogo dele.

Foi apenas quando vovó entrou na sala de jantar que o pessoal se acalmou um pouco, já que todo mundo ou estava deitado ou ajoelhado no chão de tanto ri.

–O que ouve crianças?- Será que eu vou ter que explicar para vovó que não tem mais criança aqui? Poxa vó!- Maria Carolina?

Ela se virou para mim, a única pessoa sã daquela sala que não estava rindo, - por que o tal do Pedro não conta, - como se pedisse uma explicação.

–A vó, a senhora sabe, seus netos são sempre tão alegres e irradiam vida que resolveram rolar no chão igual a um porco espinho.

O garoto no canto da sala pareceu ter levado um tapa na cara quando eu disse aquelas palavras.

–A dona Betina é a sua vó? - ele fez a pergunta mais estúpida que alguém poderia fazer um dia.

O encaro, com meu melhor olhar mortal.

–É claro! Ou você acha que eu gosto de sentar no portão dos outros assim, como se eu fosse uma pessoa sem educação?

Ele apenas deu de ombros se dirigindo a minha avó e beijando sua mão enrugada pedindo benção. Pedindo benção da minha avó.

Babaca.

Sentei no meu lugar, ao lado de Julia, que parecia segurar uma gargalhada estrondosa. Olhei de cara feia para os meus primos, que pareciam pimentões de tão vermelhos.

–Vocês são péssimos primos.

–Que isso Carolzinha. -Mateus botou a mão em seu peito como se estivesse ofendido.Podia fazer papel para ator- Nós te amamos não é meninas?-

Todas concordaram crispando os lábios.

Vovó se sentou a mesa, sorridente e o imbecil do cavalo também. E adivinha onde ele sentou? Na minha frente.

Gemi de frustração. Maldita tradição de família que não nos deixa trocar de lugar. Olho para frente e aquele babaca esta sorrindo. Ele não para de sorrir?

–Vamos jantar.

O começo do jantar é tranquilo, quer dizer na base do possível. Já que toda hora meus primos soltam risinhos nada discretos.

Olho para frente e aquele imbecil que agora sei se chamar Pedro. Sinto um ódio descomunal dele. Sei que apenas o conheço a algumas horas. Se sequer o conheço, afinal o garoto pode ser um extraterrestre particularmente bonito que manipula mentes de pessoas indefesas, como minha avó, meu primo e minhas primas. Daí estaria o motivo pelo qual eu o odiava tão ardentemente...

Ok estou viajando. E percebo que estou encarando o imbecil quando ele ergue a sobrancelha para mim dando um sorriso de lado irônico que mataria qualquer uma, porém que só meu deu vontade de voar em seu gogo. Rosnei para ele – eu sei, eu sei muito maduro da minha parte. – e continuei comento a minha macarronada tranquilamente.

O clima na mesa estava na medida do possível confortável. Minhas primas conversavam animadamente entre elas e vovó, enquanto Matheus e o Alien conversam animadamente sobre alguma coisa estranha chamada LoL e eu me concentrava na minha macarronada com purê de batatas mais divo do mundo (por que qualquer comida feita na fazenda da minha avó é diva).

Olhando aquele purê de batata... Eu tive uma ideia brilhante. Por que é claro eu sou uma mente brilhante.

Peguei a colher da sobremesa, que não era muito grande, mais ou menos média e a enchi, completamente com purê de batata, coloquei em uma posição favorável, onde apenas uma encostadinha e puf! Purê de batata voador. Nossa! Isso era tão infantil! Mas, eu admitiria isso? Nunca nessa vida.

Posicionei meu cotovelo com minha melhor cara de tédio enquanto o Alien manipulador de mentes estava distraído. Ou assim eu pensava. Por que quando o purê voador fez efeito, no mesmo momento, no exato momento Pedro se levantou atirando um copo de suco de morango em mim.

–Droga!- levanto, sentindo todos os músculos do meu corpo se contrair de raiva, enquanto o suco de morango cai da minha cabeça. – Já é a segunda vez no mesmo dia garoto! Qual é o seu problema com água?! – eu quase grito com ele, mas me contenho para não parecer uma louca histérica, o que eu devo admitir eu sou. – Você é filho de Poseidon por acaso?

Seu rosto está vermelho de raiva e eu sei que apenas não estou gargalhando alto por que estou molhada da cabeça aos pés.

– Filho de que...? Você começou! – ele, diferente de mim, fala mais alto que o normal – Você que tacou purê em mim primeiro! Maluca! Olha a minha blusa!

E eu olho, e novamente me da vontade de gargalhar. Apesar de o purê está delicioso, na blusa de Pedro mais parece que alguém golfou nele. Uma mancha redonda. Não sabia que dava tanto purê em uma colher.

–Para o seu governo...

– Chega!- vovó interrompe qualquer resposta inteligente que eu iria dar ao imbecil. – Crianças! Pelo amor de Deus! Qual o motivo disso... - ela insinua com as mãos sem saber o que dizer o que era “aquilo”

Parecíamos duas crianças. Eu o encarava com uma mistura de ódio, raiva e com uma vontade imensa de gargalhar e ele fazia mesmo. Menos na parte de gargalhar. Eu acho.

–Foi ele quem começou vó. – Digo apenas a verdade, apontando para aquele projeto de anticristo a minha frente.

Vovó balança a cabeça, enquanto Pedro me olhava perplexo. Há! Mas quem jogou água em mim no portão da minha avó? Com certeza eu não me molhei sozinha.

– Não quero saber quem começou. - Minha avó parecia àquelas professoras da alfabetização. – Peça desculpa a ele Maria Carolina.

Hãm? Olhei atônita para minha avó, não acreditando no que estava ouvindo. Isso era serio? Ela realmente iria fazer isso comigo?

– A senhora não está falando serio.

Ela balança a cabeça sem tirar sua expressão seria do rosto.

–Você tem que aprender bons modos. O Pedro é visita, peça desculpas. – ela pausa. –Agora.

Olho para os meus primos e até eles parecem atônitos quanto eu. Julia tem seus olhos tão arregalados que poderia ser comparado a um cachorro, Clarita tinha parado no meio de sua degustação, com a colher a caminho e boca aberta, Nanda era discreta, mas estava tão assustada quanto às outras, até Mateus que era amigo do projeto mal feito de cão do inferno estava assustado com vovó. Mas ninguém parecia disposta a me ajudar. Afinal quem vai querer enfrentar a ira de dona Betina Albuquerque?

O caipira. O caipira está sorrindo quando olho para seu rosto que eu adoraria arranhar.

Sabe o, mas engraçado? Passo anos sem vim na casa da velha e o idiota que é visita.

Puxo profundamente o ar, contendo toda minha raiva e digo entre dentes.

–Desculpa.

– O que? Não ouvi. - ele diz, sorrindo. Que irônico! Também vou sorrir quando enterrar todas as minhas unhas na sua cara!

Aperto minhas mãos em punhos enquanto todos parecem prender a respiração.

– Desculpa. – deixo que minha voz saia normal e me seguro para não me arrepender mais tarde.

O clima tenso se dissipou quando vovó bateu palmas sorrindo orgulhosa, chamando atenção de todos na mesa.

–Mateus leve o Pedro para trocar colocar uma blusa. – sua voz tinha voltado ao tom normal = doce e calma voz de avó. Porém eu ainda sentia medo dela.

–Claro Vó- Mateus falava com calma e suavidade, com medo de que vovó começa-se a brigar com ele também.

Acho que nenhuma de nós já tinha visto algo assim. Muito menos eu, que costumava sempre ser a mais cuidada das quatro. Eu realmente fiquei sentida com o tom de voz que ela usou comigo para me obrigara a pedir desculpas ao Pedro. Afinal ele tinha começado isso!

– Vocês ainda sairão hoje? – ela perguntou quando eu me sentei novamente à mesa, me sentindo humilhada demais para ficar em pé.

–Sim dona Betina, na verdade... - ele olhou para todos na sala de jantar, se demorando mais do o normal em mim. Não gostei. Abusado. – Eu iria perguntar, se eu não poderia dormir aqui.

Meus ouvidos zumbiram naquele exato momento... Eu poderia ter um infarto com 16, só com aquelas palavras. Não conseguia me imaginar debaixo do mesmo teto do que aquele garoto sem pegar a faca da cozinha e mata-lo de madrugada. Isso era quase uma... Uma... Brincadeira de mau gosto comigo.

– Espera ai... – Fernanda se levanta me tirando do transe. – Vocês vão sair hoje?

Mateus sorri convencido enquanto começo a ficar confusa.

– Sim, sister. – Ele pisca, falando em inglês igual a um gay. -Eu e o Pedrinho aqui vamos ao bar da cidade!

O que? Que cidade?!O Mateus tem algum retardo?!

– O que?!- Julia se manifesta, levantando tão rápido que fez sua comida cair no chão. – Com assim vocês vão ao bar?!

–Novas de mais... - Mateus cantarola.

–Isso é inaceitável! – Clarita grita, parecendo enfurecida. - Eu também quero ir!

– E eu tenho a mesma idade que você!

– Vocês são novas e chatas...

Imagine quatro adolescentes discutido, gritando. Três garotas contra um, uma avó repetindo “crianças”, um Alien parecendo entediado e eu. Super confusa.

Então subi em cima da mesa, completamente encharcada de suco de morango, e faço a pergunta que todos queremos saber a resposta:

– Aqui tem cidade?

Todo mundo olha para mim, em completo silencio e... Ignoram-me.

Ignoram-me como se essa fosse à pergunta mais idiota do século. Sinto-me injustiçada, quando o caipira começa a dar risinhos, então faço o meu melhor: dou um dedo feio para ele que retribui com outro.

–CHEGA! – Vovó grita e até o grilo do lado de fora para de cantar ( ou gritar, seja lá o que grilos façam.) – Vocês parecem o maternal!

Todos ficam envergonhados, até eu desço da mesa, me sentando ao lado de Julia, com a cabeça abaixada. Vovó suspira aparentemente cansada.

– Mateus, leve o Pedro para trocar de roupa. Agora. – Mateus nem hesita em se levantar puxando o Pedro junto, escada a cima. Vovó se vira para nós. - E garotas, vocês não vão ao bar, por que isso não é lugar de meninas de família. Ainda mas essa hora.

Ela se levanta, parando ao meu lado. Por incrível que pareça ela beija meus cabelos sujos de morango, me sorri e diz:

–Tome um banho querida. Você está cheirando a morango.

E dito isso, ela foi à cozinha, pegara algo para limpar a sujeira “que as crianças fizeram?”.

Ficamos em silencio por alguns segundos. Até que Julia se manifesta:

–Vovó é bipolar.

Todas acenamos com a cabeça, enquanto ninguém se manifesta.

–Até parece que o Mateus não é da família – Clarita reclama.

–Bem que podia não ser.

–Ei Julia! Ele ainda é meu irmão.

Julia resmunga algo como “infelizmente”

–Então- digo a primeira palavra desde a minha pergunta estúpida. - O que nós vamos fazer?

Elas olharam para mim sorrindo.

– Nós eu não sei. –Nanda prende um riso- Mas, você vai tomar banho.

Reviro os olhos, eu só sentia o maldito cheiro de morango.

–Culpa daquele projeto de anticristo. Eu estava limpa, seca e cheirosa.

Julia veio para o meu lado, abraçando meu ombro.

–Adorei quando seu purê de batata voou na blusa dele. Estou orgulhosa.

–Foi histórico. – Clarita concorda.

– Realmente – até Nanda sorri.

Ficamos sorrindo. Pensando em como foi legal quando meu purê voou bem na blusa do imbecil.

Esquecendo temporariamente ao tal “bar” que elas não iam.

Ou pelo menos pensaram que não iam...

Continua..

Leia as notas finais


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Notas finais do capítulo

Achei meio ... sem graça.
Bom, eu queria saber ... alguém ai gosta de Percy Jackson? Eu to começando a escrever uma shortfic sobre HdO depois da guerra contra Gaia (¬¬' )( especial de natal ) e gostaria de saber se eu tenho algum leitor que gosta daquele garoto estranho que só gosta de azul. Se sim, mande um review, se não mande também ;)



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