Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 12
Doze


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Eu juro que o cap era pra ter saído ontem ujdçç]dkj~fkj mas só deu agora. Eu adorei escrever e espero que vcs tbm gostem de ler. Sobre a musica,eu ainda não usei nesse cap,acabei escolhendo Quase Sem Querer,que toca na novela na versão da Maria Gadú. Não coloquei a música toda,só as partes que mais combinavam com o momento. Mas pode deixar que eu vou usar em outro cap,em breve vcs vão ver. Ah,e antes que eu esqueça,quem me deu a ideia de fazer a Karina cantar na fic foi a Laureen,muito obrigada linda! Algo me diz que vão ter mais cenas assim hihi. Enjoy xx



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As palavras de Pedro não eram um pedido,muito menos uma ordem. Mas eu podia ver o quanto ele queria aquilo.

– Eu não sei se é uma boa ideia..... – e desviei o olhar,encarando meus pés. Sabia que se meu olhar cruzasse com o dele,não conseguiria voltar atrás.

– E você acha mesmo que eu vou deixar você ir embora assim? – Ele agora estava a uma proximidade nada segura. Ele pareceu se incomodar com a falta de contato e ergueu meu rosto,fazendo um carinho em minha bochecha. – Olha que você pode se arrepender de não aceitar. Sabe como é,eu posso não estar aqui amanhã....

Arregalei os olhos com aquelas palavras. Ele não podia ter dito aquilo justo pra mim,podia?!

– Como se eu fosse deixar isso acontecer.... – ri ironicamente e me afastei,nervosa. Eu estava de costas pra ele,mas podia sentir o olhar dele sobre mim.

– Posso considerar isso um sim?

Eu me virei pra ele e ele entendeu o que eu queria,começando a tocar a música que eu estava cantando antes dele chegar.

– Tenho andado distraído,impaciente e indeciso.... – Eu comecei a cantar,e ele pareceu ter gostado da minha voz.

–Ainda estou confuso só que agora é diferente,tô tão tranquilo e tão contente....

Quantas chances desperdicei

Quando o que eu mais queria

Era provar pra todo mundo

Que eu não precisava provar nada pra ninguém

Ele interpretava a música a medida que cantava,transmitia pela voz e pelo olhar o quanto queria estar ali,vivendo aquilo.

– Me fiz em mil pedaços,pra você juntar,e queria sempre achar explicação pra o que eu sentia.... – continuou cantando,e eu o acompanhei ,cantando a próxima.

Como um anjo caído,fiz questão de esquecer,que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira....

Mas não sou mais tão criança

A ponto de saber tudo

Já não me preocupo se eu não sei por que

Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê

– Eu sei que você sabe,quase sem querer.....que eu vejo o mesmo que você. - finalizamos o refrão juntos.

– Senhoras e senhores,palmas para Karina! – Ele gritou,e eu senti meu rosto queimar.

– Para,seu bobo! – Tentei bater em seu braço,mas ele foi mais forte e segurou minha mão,me rodando logo em seguida.

Ainda me prendendo,me puxou para perto dele. Quando dei por mim,lá estávamos nós. Perigosamente próximos.

As risadas que antes preenchiam o ambiente agora tinham sido substituídas por um silêncio repentino. Aquela pequena distância que nos separava estava prestes a ser diminuída quando ouvimos alguém entrar no auditório.

– É o seguinte,pombinhos: o amor é lindo e coisa e tal,mas já tá na hora de fechar o colégio. – E saiu.

Esperamos ele sair e explodimos em risadas.

– Será que ele pensou que nós....

– Sim,ele pensou. – Pedro pegou a guitarra e deixou aonde estava,sabia que o professor estaria a procura dela no dia seguinte. – Primeira semana de aula e já tem namorado,que isso hein Karina?

Nós rimos e dessa vez eu consegui bater nele.

– Ah,para! Não tem graça. – Eu disse e ele fez cara de quem discorda. – Mas será que ele não sabe que você hm...namora a Priscila? – perguntei,e vi a expressão feliz em seu rosto mudar.

– Ah,deve saber,mas ele não gosta dela. – ‘’E não é o único...’’ Ouvi ele sussurrar baixo para eu não ouvir,mas não adiantou. – Mas mudando de assunto,eu adorei cantar com você!

– Eu também,Pedro. E aí,eu canto bem ou não? – fiz a mesma pergunta que ele havia feito pra mim,mais cedo,enquanto saíamos do colégio.

Ele fez cara de quem estava pensando no assunto,e respondeu:

– Eu não sei,ainda não tenho uma opinião. Vou precisar ouvir mais vezes,pra você sabe.... – Ele riu no meio da frase. – Ok,falando sério agora. Eu amei a sua voz,mesmo. Você canta muito bem.

Senti meu rosto queimar novamente com o elogio,e sorri. Quando chegamos a praça,vimos Duca e Bianca. Ela estava abraçada a ele,enquanto ele a enchia de beijos.

– Olha quem tá ali.... – disse,feliz com aquela cena. – Ele são lindos juntos,não acha?

Percebi que ele não estava do memso jeito,muito pelo contrário. Olhava a cena de cara fechada,como se não quisesse estar vendo aquilo.

– Fala sério,Pedro! Ciúmes de irmã,é isso mesmo? – eu perguntei,rindo.

– Eu não estou com ciúmes,Ka. – retrucou de imediato,e eu explodi em risadas vendo ele negar algo tão óbvio.

– Não,claro que não. – ironizei.

– Não é nada disso,é que.... – começou,mexendo nos cabelos e bagunçando os fios. – Eu conheço o Duca desde sempre. Eu sei muito bem como ele age quando o assunto é mulher. Ele é daqueles que pega várias e não se apega a nenhuma. – Ele encarava os dois do outro lado da rua,ela sorria pra ele,os braços repousando no pescoço do dele. - Eu só não quero ver a minha irmã sofrer,entende?

– Entendo sim,mas você já tentou falar isso com ele? – perguntei e ele negou. – Tentem conversar sobre ela. Mas se quiser minha opinião,pra mim ele parece gostar dela de verdade.

– Tomara que você esteja certa.

– X –

Duca saiu do treino e rumou em direção a praça José Wilker. Recebeu uma mensagem de Bianca,dizendo para esperá-la ali quando saísse.

Sabia que hoje era o dia do grande teste para a peça teatral da Ribalta,e o quanto a menina ansiava pelo papel principal. Ele tinha certeza que a menina tiraria de letra e conseguiria - disse isso a ela a semana toda -mas a morena ainda tinha suas dúvidas

Sentou-se em um dos bancos e esperou. Não demorou a sentir duas mãos tamparem seus olhos.

– Adivinha quem é. – ouviu a voz que ele sabia ser de Bianca perguntar.

– Hum,deixa eu ver.... – ele fingiu pensar. – É a Mulher Maravilha?

– Não,mas hoje eu tô me sentindo a própria. Tenta de novo.

– É a Pequena Sereia? – fingiu perguntar,e sabia que Bianca estava revirando os olhos sem mesmo olhar pra ela.

– Não. Última chance,lutador.

– Última? Então deixa eu ver....Ah,já sei! – Fingiu surpresa e se segurou para não rir. – É a bruxa do setenta e um!

– Ah,para Duca! Aí também não,né? – A menina afastou as mãos dos olhos do menino,parando na frente dele.

– Ah,é a minha princesinha! – Ele sorriu abertamente para ela,e antes que ela pudesse falar mais alguma coisa,a beijou.

– Aqui não,Duca,e se meu irmão chega? – retrucou,entre um beijo e outro.

– Relaxa,depois eu me entendo com ele. – E beijou o rosto da atriz. – E além do mais,ele nem aqui tá. Cê não disse que ele tá ensaiando com o pessoal da banda,na casa do Nando?

– Isso foi o que eu ouvi daquela Priranha,mas nem sei se é verdade.

– Você não gosta mesmo dela,né? – Duca perguntou.

– Não,não gosto e nem nunca vou gostar. Você sabe que ela faz mal pra ele....

– Agora chega de falar dela,vamos falar de coisa boa. – Duca tinha os braços repousados na cintura de Bianca,enquanto os braços dela estavam entrelaçados em seu pescoço. – E o teste,como foi?

Ela pedira a ela que a esperasse justamente para contar,mas entre um beijo e outro,acabou esquecendo. Abriu um sorriso e disse:

– Eu passei! – Ela sorria,enquanto ele a fitava com um sorriso bobo. – Eu consegui o papel principal!

– Ah,mas eu sabia! – Gritou Duca,girando a menina pela praça. – Eu sabia que você ia conseguir,Bi.

– Conseguir o que? – Uma voz mais ao longe perguntou,fazendo os dois se virarem para ver quem era.

– O papel na peça,Pedro! – Bianca respondeu,abraçada ao lutador.

Duca percebeu o olhar de Pedro para eles,mas não disse nada. Ele sabia que o guitarrista tampouco iria tocar no assunto naquele momento. Talvez precisasse mesmo conversar com ele sobre Bianca.

– Parabéns,Bi! Você merece! – Karina disse,abraçando a amiga,e logo estavam as duas gritando pela praça.

– Será que tem espaço pro irmão da mais nova top atriz da Ribalta aí? – brincou Pedro,se aproximando da irmã com um sorriso no rosto. – Parabéns,maninha! – E a abraçou forte,como a muito tempo não fazia. -Eu sabia que você ia conseguir.

– Vem cá,tem como pensar um pouquinho antes de dizer? Tá difícil ser original por aqui viu. – Disse Duca,fingindo estar ofendido.

Todos riram e Pedro lhe deu um ''pescotapa''.

– Larga de ser pela saco,moleque! – Respondeu Pedro. – Acho que tem alguém aqui com saudade da aula de balé,isso sim.

Encerraram a noite rindo,rumo a casa de Pedro e Bianca.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do capitulo? Simm,eles cantaram juntos < 3 confesso que ia ser um pouquinho má nesse cap,mas quando eu vi todo mundo pedindo,não resisti!! E o momento Duanca? me contem o que esperam pro próximo capitulo,vou adorar ler e responder todos. Um beijo grande e até o próximo :)