Isabella Singer - Fanfic escrita por Violetta


Capítulo 14
Capítulo 14




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Eles me colocaram em uma cadeira e amarraram minhas mãos a ela. Tentei me soltar, mas ele apertou mais forte.
Ele deve pensar que eu sou perigosa, por que em cima da mesa tem uma arma, e duas facas. Como se eu pudesse fazer alguma coisa estando amarrada.
–Por que você está fazendo isso?- Perguntei
–Porque a Daphne teve que se casar com um homem qualquer. Porque ela teve um filho, mas não conseguia gostar dele por ser filho de um homem desprezível. Por ela ter mandado seu filho para uma qualquer criar. E por que esse filho herdou a raiva dela por esse país.
–Você não é sobrinho dela. Ela é a sua mãe- Falei assustada.
–Ela nunca foi minha mãe, nunca esteve presente. Só me procurou quando precisou de mim.
–E porque você está ajudando ela?
–Não estou ajudando ela. Ela achava que eu iria me casar com você, e assim, sendo rei, eu podeira destruir Illéa. Mas você acha mesmo que eu ia perder a chance de governar um país tão rico?
–Você nunca gostou de mim, não é?- Perguntei.
Ele pegou uma faca e colocou na minha bochecha, fazendo pequenos circulos com a ponta, mas sem me arranhar.
–Você é bonitinha, mas é sem sal.
Eu ri com desprezo.
–E você é um idiota.
Ele fechou a cara e pressionou a faca com mais força. Senti uma gota de sangue escorrer, mas eu não ia dar a ele o gostinho de me ver chorar por causa disso. Cerrei os dentes.
–Mas tenho que admitir que você é bem decidida -Ele disse. -Espero que não seja idiota o suficiente para me rejeitar de novo,
–Prefiro morrer a me casar com você.
–Terei o maior prazer em realizar seu desejo. Já fiz isso uma vez, esqueceu?
Eu gelei só de lembrar da coitada da Elisa, será que ela passou a mesma coisa que eu?
–Você não amava a Elisa?-Perguntei.
–Eu a amava tanto, que não suportava vê-la longe de mim. Por isso fiz o que fiz.
–Você sabe que isso não tem lógica não é? Você é um psicopata!
Ele riu.
Nesse momento cinco pessoas entraram no galpão, três mulheres e dois homens.
–Quero te apresentar meus amigos, querida- Disse Henrique apontando para as pessoas. -Aquele é Teddy, o motorista e seu irmão, Vinny.
Os dois homens sorriram e acenaram. Fechei a cara, Henrique continuou.
–Aquelas são Gaby, Beatriz e Mirelly. Gaby é amiga de Daphne, e as outras são... suas aliadas.
–Por que você precisa de tanta gente aqui?- Perguntei assustada.
–Não acha que o sequestro da princesa de Illéa tinha que ser bem planejado? Isso vai repercutir bem. Preciso de reforços.
–O que você acha que vai ganhar com isso?
–Fim de papo! -Ele disse colocando o pano de volta na minha boca.
***
Já tinha se passado uma semana. Eu passei os últimos três dias sem comer ou beber qualquer coisa. Minha garganta estava seca e meu estômago estava doendo. Meus pulsos estavam machucados e já começaram a sangrar. Eu estava fraca.
Henrique raramente aparecia aqui. Mas Vinny e as meninas passavam o dia todo me torturando com comida. Se eu pudesse, já teria matado as três.
–A princesinha está com fome?- Perguntou Mirelly.
–Coitadinha, não está acostumada a isso, não é mesmo?-Provocou Gaby.
Beatriz se aproximou com um copo de suco, quando estava perto de mim, derrubou o suco no meu colo.
–Ops.- Ela disse sorrindo.
Eu estava quase surtando quando ouvi uma batida na porta, em seguida outra e logo ela abriu.
Fiquei aliviada quando vi Jeremy. Comecei a chorar e logo vi Landon e Edward. Meu pai vinha logo atrás.
Mirelly se pôs na minha frente, com uma faca na minha garganta, ameaçando qualquer um que chegasse perto.
Meu pai, Jeremy e Landon estavam lutando com Vinny e Teddy, que estavam armados.
Se eu tivesse forças, gritaria. Se eu tivesse forças, tentaria me soltar para ajudá-los. Mas eu mal consigo manter os olhos abertos. Minha garganta parece uma lixa.
Edward estava tentando passar por Gaby e Beatriz. Ele era um homem, não iria bater nelas, mesmo nessas circunstâncias. O tempo todo eu ouvia palavras deles para eu me manter calma e esperar. Mas minha mente estava rodando e eu não processava direito.
Perdi a maior parte da confusão. Só sei que de algum jeito, Edward tinha conseguido passar pelas duas, mesmo elas estando armadas. Meu pai, Jeremy e Landon tinham conseguido vencer Vinny e Teddy.
Eles correram na minha direção, de uma só vez. Mas pararam abruptamente. Não entendi o motivo, já que eles poderiam passar facilmente por Mirelly. Então eu ouvi a risada da garota e algo fazendo pressão sob a minha cabeça. Olhei para trás, mas Henrique forçou minha cabeça para frente novamente, e o que estava fazendo a pressão era o cano de uma arma.
–Se você fizer alguma coisa com ela, eu mato você-Disse Jeremy, com ódio.
Pude ouvir a risada de Henrique e logo depois um disparo.
Não ouvi mais nada.

Narrador Observador

O corpo de Isabella caiu no chão em um baque. Os cabelos vermelhos cobriam-lhe o rosto, misturados ao sangue que escorria da sua cabeça.
Maxon correu para socorrer a filha, as lágrimas escorrendo de seu rosto.
Jeremy e Edward seguraram Henrique, para impedir que ele fugisse. Landon se levantou com raiva e bateu com força em Henrique.
Os guardas chegaram e logo o prenderam, colocando-o no carro.
Agora todas as atenções estavam voltadas para a menina ruiva deitada no chão. America correu e começou a chorar ao ver sua pequenina em uma poça de sangue, que havia aumentado significativamente.
Todos esperaram pela ambulância. Ninguém se quer tocou nela, para não piorar a situação. Os para-médicos chegaram e a colocaram na maca, sem dar espaço para perguntas.
Todos estavam na sala de visita do hospital. Jeremy andava de um lado para o outro, e estava prestes a abrir um buraco no chão. America e Maxon estavam abraçados juntos, em um choro incontrolável. Ahren estava com a cabeça no colo de Mabi, olhando diretamente para o teto, com os olhos vidrados. Landon e Edward estavam sentados em silêncio.
Todos se levantaram ao ver o médico se aproximando.
–Como ela está?-Perguntou Maxon.
O médico deu aquele típico olhar de consolo.
–A bala está alojada no cérebro. Teremos que fazer uma cirurgia.
–Mas como ela está?- Insistiu America.
–Isabella está em coma induzido.-Respondeu o médico.
Nesse momento todos abaixaram a cabeça.
–Mas ela vai ficar bem, não é?-Perguntou Jeremy.
–Não sabemos. Isabella pode nunca mais acordar.
–Não!-Gritou America.
–Eu quero vê-la-Disse Jeremy, com os olhos vermelhos.
O médico assentiu e levou todos para o corredor. Só poderia entrar um por vez.
America quis ser a primeira, e ninguém iria se opor.
Ela entrou no quarto com cuidado e começou a chorar descontroladamente ao ver a filha.
Isabella estava com a cabeça enfaixada. Os olhos fechados e tubos por toda parte. Um tubo que saía da sua boca, outro do nariz, e vários fininhos nas suas veias, e mãos.
America não aguentou e gritou. Maxon entrou correndo no quarto, e ficou paralisado ao ver a filha.
Ele abraçou America e ela pediu para sair dali. Ele concordou e levou a esposa.
Jeremy foi o próximo. Ao ver Isabella, ele começou a chorar. Mas foi aquele choro silencioso, que corta primeiro a alma antes de escorrer pelos olhos. Ele segurou na mão dela.
–Por favor -Pediu. -Não me deixe sozinho. Eu preciso de você.
Ele sabia que não iria obter resposta. Mas só o fato de poder falar com ela, o fez se sentir melhor.
–Eu amo você Isabella. E não vou suportar se você partir.
Landon e Edward foram visitas rápidas. Edward contou algumas histórias engraçadas, na esperança de que ela estivesse ouvindo. Afinal, ela adorava ele pelo fato de deixá-la contente. Landon contou histórias do passado, momentos que os dois tiveram juntos. E disse que ainda era amigo dela, e que a esperava aqui.
***
Isabella ainda estava em coma. Nada havia mudado desde a primeira visita de Jeremy, mas ele insistia em visitá-la todos os dias.
–Ei- Ele disse segurando a mão dela. -Já tem um mês que você está aqui, e eu não suporto mais vê-la assim. Eu preciso de você aqui comigo.
Ele falava como se ela pudesse ouvi-lo. Talvez até pudesse. Mas não podia responder.
–Olha, seu povo espera por você. Eles até me aceitaram como seu marido- Ele disse chorando. As lágrimas caindo sobre o lençol de Isabella.
–Nós só queremos que você fique bem. Eu te amo.
Ele esperou por um minuto, então dois. E logo meia hora havia se passado. Há um mês, Isabella não deu nenhum sinal de melhora.
E Jeremy se perguntou se algum dia ela voltaria.


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