Isabella Singer - Fanfic escrita por Violetta


Capítulo 13
Capítulo 13




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Levantei com um susto e dei uns passos para trás. Bati com a cabeça em algo, ou melhor, alguém. Olhei para trás e era Jeremy. Abracei ele, aliviada.
–O que está acontecendo aqui?-Ele perguntou.
–Estou com medo. Me tira daqui.-Falei, ainda abraçando ele.
Ele me soltou gentilmente e se direcionou a Henrique.
–O que você fez com ela?
–Nada. Só estávamos conversando. Afinal, ela era minha noiva.
Henrique não pareceu nem um pouco intimidado com Jeremy. Mas Jeremy estava decidido a tirá-lo de lá.
–'Era'. Caso você não saiba o que isso significa posso explicar a você.
Henrique riu.
–Não precisa. Estou de saída.
Ele passou por mim e segurou meu queixo.
–Até breve, Bella.
Jeremy fechou a cara e eu o segurei.
Henrique saiu.
–O que ele fez?- Perguntou Jeremy.
–Ele tinha uma noiva. E deu a entender que a morte dela não foi um acidente. E... ele é sobrinho da Daphne.-Falei quase chorando. Ele me abraçou.
–Não se preocupe. Não vou deixar ele se aproximar de você de novo.
***
Me recuperei e retoquei a maquiagem. Os pais de Jeremy chegaram.
A rainha sorriu e eu fiz uma reverência. O rei me olhou de cima a baixo e olhou para o filho. Sem cumprimentar eu, ou meus pais.
–Você é um idiota. Você vai voltar agora mesmo e vamos recomeçar a seleção.-Disse o rei Marcos.
Meu pai ia se pronunciar, mas para a surpresa dele Jeremy se antecipou.
–Eu não vou me casar através da seleção. Sou seu único filho, então se você quiser um sucessor, contente-se, por que agora vai ser do meu jeito.
Olhei para o meu pai. Ele estava impressionado com a atitude de Jeremy, acho que isso o lembrou do próprio passado. Fiquei feliz, agora eu tinha o apoio do meu pai.
–Vamos resolver isso. Se Jeremy gosta da Isabella, por que eles não se casam? Podemos fazer uma aliança entre Illéa e a Inglaterra.- Propôs meu pai.
–É o primeiro ano que a seleção acontece na Inglaterra, e você acha que eu vou voltar atrás na minha decisão? E por que eu iria querer fazer uma aliança logo com Illéa?
Meu pai estava ficando irritado, mas era um verdadeiro Rei, e iria se comportar como tal.
–Seria bom para os dois países, e para os nossos filhos.
–Vamos supor que eles se casem. Vão ser rei e rainha de Illéa ou da Inglaterra?
Olhei para Jeremy, eu ainda não tinha pensado nisso. E acho que meu pai também não.
O rei riu.
–Se Jeremy não quer ser um rei, eu arrumo um em poucas horas, a escolha é dele. Mas sua filha... Já não basta destruir a seleção? Pelo que sei das regras do seu país, essa é a oportunidade de um plebeu de Illéa se tornar da realeza.
–Correto- Disse meu pai.
–Mas meu filho não é de Illéa. Acho que seu povo não vai gostar nada disso.
Minha vontade era de matar esse rei infeliz. Olhei para Jeremy, depois para os meus pais. ninguém sabia o que fazer. Eu estava irritada. Ah, mas eu caso! Nem que eu tenha que virar Illéa de cabeça para baixo!

–Então deixa eu ver se eu entendi..- Me pronunciei pela primeira vez. -Eu não posso me casar com Jeremy porque meu povo não vai aceitá-lo como Rei no meu país, e você não vai me aceitar como Rainha no seu?
–Exatamente- O rei concordou.
–Ótimo. Vou comprar um país só para a gente governar. Que tal?- Falei irritada.
Meus pais me olharam com reprovação. Eu obviamente estava estragando as coisas. Mas eu estava irritada.
–Você pode comprar o que quiser -Disse o rei Marcos -Contanto que não seja com o meu filho.
Jeremy se pronunciou.
–E se nós não quisermos ser rei e rainha? Podemos nos casar e morar em qualquer outro lugar.
O rei respondeu.
–Você eu tenho certeza que não se importa com a família. Mas e você?- Ele perguntou para mim. -Quer mesmo destruir a reputação dos seus pais? Colocar o país em um escândalo?
Eu olhei para os meus pais. Já causei confusão demais para eles. Os conselheiros estavam furiosos e o povo já estava comentando.
–Eu só quero fazer minhas próprias escolhas.-Falei.
Meu pai olhou para mim
–Vamos tentar resolver, filha. Por que você e Jeremy não vão passear pelo jardim? Assim que tivermos notícias, eu mando chamar vocês.
Saí dali feliz por me livrar dessa chateação. Jeremy me abraçou e ficamos sentados em um banco.
–O que vai acontecer?- Perguntei.
–Não sei. Mas eu não volto para a Inglaterra se for para a seleção.
–Você deixaria mesmo sua família, seu trono, e sua herança?- Perguntei.
–Claro que sim. Mas a pergunta é: Você deixaria?
–Se fosse por mim, sim. Mas tem os meus pais e o meu irmão.
Ele me abraçou mais forte.
–Então não sei o que faremos.
Ficamos assim por um longo tempo, até que meu irmão se aproximou, de mãos dadas com Mabi.
Ela me abraçou, faz tempo que não conversamos.
–Me desculpa por brigar com você. Eu sei o que é o peso da pressão que depositam em nós-Disse meu irmão.
–Tudo bem, Ahren.
–Nós temos uma ideia- Disse ele.
–Qual?- Perguntei animada.
–Se você quiser pode se casar com Jeremy. Eu com certeza seria o próximo alvo da seleção.
–Mas e a Mabi? Você vai fraudar o sorteio?
–Não- Ele respondeu rindo. -Os conselheiros não vão dar mais nenhuma brecha.
–Mas e então? Vocês não podem se separar por minha causa.
–Não vamos nos separar- Respondeu Mabi.
–Como assim?- Perguntou Jeremy.
Ahren respondeu.
–É só para ganharmos tempo. Depois que vocês se casarem, eu faço um escândalo com a minha seleção, assim como você. Isso vai deixar os conselheiros com muita raiva, mas eu vou me recusar a casar.
–Ainda não entendi- Falei confusa.
–Eu não vou estar casado, mas você sim. E você ainda é a mais velha. Ou te aceitam como rainha, ou te aceitam.
–Ahren, obrigada por tentar. Mas isso não vai dar certo. Isso iria por em risco o reinado dos nossos pais. Esse país vai ficar de cabeça para baixo.
–Isa, você fugiu do seu casamento, disse que abria mão da coroa, cancelou a seleção, fugiu com um motoqueiro e voltou noiva do príncipe da Inglaterra. Tem certeza que você já não fez coisa demais para desistir agora?
–Desse jeito parece até que eu sou maluca- Falei rindo.
–O povo sempre gostou de você. Você sempre foi a queridinha. Depois que você já estiver casada, vão aceitar seu marido, mesmo que ele não seja de Illéa.
Todos ficamos em silêncio.
–Tudo bem- Concordei. -Mas se prepare para uma guerra.
Ele riu.
***
No final das contas, passamos o dia explicando para os conselheiros que meu irmão faria a seleção, e que eu abria mão da coroa. Eles quase voaram em cima de mim, furioso. Mas não contamos todo o plano.
Anunciaram a seleção do meu irmão e logo já tinham centenas de inscritas. Me senti culpada por iludi-las dessa forma.
Algo dentro de mim diz que esse plano não vai dar certo, mas é o que me resta. O rei não ficou nada satisfeito com nosso casamento, e retornou para a Inglaterra.
Estava no meu quarto, guardando meu vestido de noiva. Encontrei um bilhete dizendo para eu ir para a praça, perto do palácio. O bilhete estava com o nome de Jeremy, então fui.
Cheguei na praça, e fiquei esperando. Vi que alguém se sentou no banco atrás de mim, e me virei pensando que era Jeremy.
–Olá Isa- Disse Henrique.
Gritei de susto e me levantei. Ele se aproximou e pegou meu pulso.
–Não se preocupe. Só quero passear com você um pouco.
Tentei me soltar, mas ele segurou com mais força e me colocou dentro de um carro. Não vi quem estava dirigindo. Gritei mas ele colocou um pano na minha boca e amarrou minhas mãos.
–Quando a Elise disse que não queria mais se casar comigo, eu a levei para um passeio de carro, como esse. Eu insisti para ela voltar para mim, mas ela não quis. Não terminou muito bem para ela. Cuidado com o que você vai me dizer, Bella.
Tentei me soltar, mas isso só causou cortes nos meus pulsos.
Demorou alguns minutos e o carro parou. O motorista ajudou Henrique a me tirar do carro. Era um lugar deserto, parecia uma floresta. E tinha apenas um galpão vazio. Eles me conduziram, eu ainda estava com as mãos amarradas. Enquanto o motorista se distraía com Henrique tentando abrir a porta, dei uma cotovelada nele, na cabeça. Henrique tentou me segurar mas eu dei uma joelhada nele, o mais forte que pude. Ele caiu no chão e eu corri, agradecendo a minha mãe pelas dicas.
Me escondi na floresta e desamarrei minhas mãos. Tirei o pano da boca, que estava me deixando com vontade de vomitar. Corri o mais rápido que pude, mas conseguia ouvir os passos e as vozes deles muito perto.
Depois de correr por horas, estava exausta. Tropecei e caí de mau jeito, tentei mas não consegui me levantar. Logo fui alcançada.
Eles me arrastaram de volta enquanto eu gritava o mais alto que podia, na esperança de que alguém me escutasse. De que Jeremy me escutasse.


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