Os Pequeninos escrita por Meire Degaki


Capítulo 4
Presos


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal,

Muitas emoções estão por vir.

Beijocas...



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Ao acordar de manhã, senti o vazio por ele não estar mais na cama. Me levantei e, supreendentemente, meu tornozelo não doía mais. Senti aquele cheiro delicioso de café, o que fez meu estômago roncar. Instintivamente, segui o aroma até uma pequena cozinha, onde Castle estava preparando uma bandeja maravilhosa. Tinha café, pão, biscoitos e um pedaço generoso de cereja. Tudo enfeitado com pequenas flores do campo.

— Hummm! Isso parece bom. – ele não me viu chegar e, sem querer, acabei assustando-o.

— Olha só para você, voltou a ser bípede. – não existia melhor maneira de acordar de manhã.

— Graças a Alexis. Onde ela está? Queria agradecer a gentileza. – me servi de café e um pouco de pão.

— Ainda está terminando o feitiço mas, falta pouco. Eu estava montando esta bandeja para você. – ele parecia um pouco decepcionado por eu ter levantado antes da hora.

— Eu acordei e não vi você e, não consegui resistir ao cheiro do café. Como você adivinhou que eu gosto de cerejas? – disse apontando para a fruta.

— Não é tão difícil, você cheira a cerejas. – eu nunca tinha reparado nisso mas, como ele dormiu abraçado comigo, devia ser verdade.

— Ah! E quando nos encontrarmos com meus pais, é melhor não comentar que nós dormimos juntos. Meu pai não vai gostar nadinha. – o sorriso dele desapareceu.

— Eu nunca ia dizer isso a ele e, nós só dormimos, não aconteceu nada. – ele ficava tão fofo assim, apavorado.

— Eu sei disso, você sabe disso mas, meu pai não. Então, é melhor guardar segredo. Ninguém precisa saber disso.

— Eu sei. – levei um grande susto e quase derrubei meu café. Naquela casa pequenina, até esqueci que somos hóspedes de uma humana.

— Bom dia, Alexis. Queria agradecer pela poção. É realmente muito eficaz. – fui andando em direção a jovem bruxa.

— Não há de quê. Só vim avisar que o feitiço está quase pronto, ainda preciso de um fio de cabelo dos dois. – eu e Castle nos olhamos e, dando de ombros, entregamos nossos fios de cabelo.

Alexis colocou os ingredientes finais num caldeirão e, após uma pequena explosão de fumaça roxa, vimos surgir uma trilha brilhante que adentrava a floresta.

— Então? Está funcionando? – Alexis perguntou para nós.

— Você não vê? – perguntamos juntos e, nos olhamos. Era estranho.

— Não. Foi por isso que pedi o cabelo de vocês. Apenas vocês dois e, o Gordo é claro, poderão ver a trilha. Assim não terá o perigo de pessoas curiosas encontrarem a cidade. – definitivamente, estou apaixonada por essa bruxinha. Ela acaba de se tornar minha melhor amiga.

— Obrigada Alexis, nem sei como agradecer por tudo o que fez por nós.

— É só cuidar direitinho do meu amigo aqui, ele é meio miolo mole mas, tem um bom coração. – ela deu um sorriso jovial.

— Ei! Miolo mole? Eu pensei que me amava? – Castle fez bico igual a uma criança contrariada.

— É claro que eu te amo, seu bobinho mas, não vou mentir só para você impressionar a garota. – ela piscou para mim e, eu não consegui segurar a gargalhada. A cara que o Castle fez, foi muito engraçada.

— Ok, são duas contra um e, eu nunca conseguirei ganhar essa parada. Alexis, obrigada mais uma vez e, Beckett, acho melhor irmos. A viagem será muito longa. – ele acenou para Alexis e para mim e, se retirou para arrumar as coisas para a viagem.

Nos despedimos e, montados no Gordo novamente, começamos a seguir o brilho arroxeado. Minhas esperanças estavam renovadas pois, mesmo que a trilha não me levasse a Arrietty, com certeza me levaria até os meus pais.

Parávamos apenas para comer e dormir e, mesmo com o transporte felino, essa viagem estava se estendendo além do que eu imaginava. Eu e Castle, nos tornamos mais íntimos a cada dia. Durante o dia, ele me contava sobre suas inúmeras aventuras e, a noite, dormíamos abraçados para nos proteger do frio. Bem, era isso que eu tentava me convencer mas, a verdade era que eu estava me acostumando a ficar em seus braços, sentir o seu cheiro e, ouvir sua voz baixinha em meu ouvido até adormecer. Acho que estava ficando apaixonada.

Ao final do décimo dia, paramos para descansar um pouco, quando ouvimos uma voz clamando por ajuda. Sem pensar duas vezes, saímos em busca da voz, correndo para dentro de uma caverna. Foi quando aconteceu o que eu temia, a entrada da caverna desmoronou. Estávamos presos.

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Notas finais do capítulo

E agora? Como eles sairão dessa?

Beijocas...



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