Despedaçada escrita por GiGihh


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hey, agora vamos obter mais respostas, embora ainda possamos ver a confusão na cabeça do Luke.
Até:



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Capítulo quatro –

A cidade se mostrou ser nada além de poeira e mofo. Ela cumprira com o que prometera desde a primeira vez em que a avistaram: era deserta, um refúgio, totalmente abandonada. Todos escutavam o quebrar de galhos e folhas secas sobre os pés, cada um em um canto diferente percorrendo cinco quarteirões cada. Nada. A manhã já tinha ido por completo quando conseguiram encontrar um rancho vazio, mas com cavalos no fundo por si próprios. Seguiram aos pares pelos 10 quilometros seguintes até encontrarem a próxima cidade que provou ser tão decepicionante quanto a outra, embora esta fosse povoada. Não havia livrarias ou qualquer outro comércio que não fosse voltado para a Igreja. Não encontrariam a estrela de cinco pontas ali.

Como estavam em número ímpar, Luke seguia sempre sozinho. Nesse instante o herói havia desmontado para esticar as pernas e tentar acalmar a dor que sentia. Pegou uma faca que trazia consigo e sem pensar duas vezez cortou a pele do pulso esquerdo duas vezes. A linha fina de sangue que escorria até sua mão parecia levar um pouco da angustia embora, mas ele sabia que não era verdade. Quando ergueu os olhos tomou um susto que lhe fez pular. A sua frente se encontrava seu pai, o deus mensageiro, das estradas, dos ladrões, mantendo o olhar fixo no pulso do rapaz.

–Sente a falta dela? – ele perguntou com tristeza, sem se mover.

–A cada minuto desde que ela deu a vida por nós na Colina Meio-Sangue, a cada segundo depois da minha morte e a cada respirar do meu novo presente.

Hermes olhou-o nos olhos como se só agora o visse. Tentou sorrir para o filho sem conseguir, sabia que o rapaz amava a moça, sabia que o que ele mais desejava era a segurança e felicidade dela, mesmo que isso lhe custasse o mundo, como de fato custou, mas sem lucros. Deu-lhe uma mochila com bastante dinheiro mortal e um saco pequeno com drácmas de ouro.

–Sei que quer saber o que aconteceu com ela... – o deus não deu tempo de o filho confirmar – O esquife está rodando o mundo, a cada dia em um país diferente com um guardião diferente. Use um drácma por dia para vê-la e acalmar seu coração, assim não precisará descontar em cortes no pulso.

Não perdeu tempo, correu para um banheiro público, quebrou um cano e abriu uma janela. O arco-íris surgiu rapidamente como se soubesse dos conflitos que ele passava, jogou um drácma na água e mal o viu desaparecer apertou as mãos no peito e sussurrou angustiado:

–Por favor, deusa! Aceite minha oferta e me mostre Thalia.

Enquanto para Luke era por volta da hora do almoço, na imagem o por do sol se mostrava lindamente ao fundo. O esquife reluzia a luz cor de rosa e dourada do sol, mas água também refletia tal luz. Um conjunto arquitetonico ao fundo... O esquife e Thalia se encontravam na famosa Fontana di Trevi, na Itália. Uma sombra se moveu no fundo da imagem e ela se desfez. Não estava satisfeito, mas por outro lado, vê-la dera-lhe forças para continuar. Voltou ao cavalo com a mochila nas costas e a postura ainda mais ereta do que antes. Por onde passava mulheres e moças suspiravam olhando-o em tamaha beleza e superioridade. Encontrou os outros em uma praça, prenderam os cavalos em árvores e foram comer.

Contou sobre a Fontana di Trevi, sobre a mochila que ganhara do pai, mas não mencionou nada sobre cortes escondidos sobre uma camada de couro marrom que era sua luva.

–Não conseguimos nada nessa cidade...

–Vamos para a próxima.

–Tentei perguntar sobre a próxima cidade, mas não recebi nada além de olhares tortos e amargurados. Teve até um velho que cuspiu no chão! – Annabeth se exautou.

–Não importa – Luke resmungou – Vamos continuar.

–Já foram duas cidades em meio periodo... – Grover comemorou.

–Deveriam ter sido dez!

–Seu pessimismo não vai nos levar a lugar nenhum – a ruiva falou com ele em um tom longe de ser repreensivo, estava com a voz perdida; ela tentava se concentrar no Oráculo, precisava encontrar uma resposta...

–O otimismo também não. Vamos.

A terceira cidade lembrava muito a primeira em termos rústicos, mas era tão povoada quanto a cidade que deixaram para trás. Ali a atmosfera parecia mais leve, os cidadãos sorriam para os recém chegados, cumprimentavam-os com acenos e os convidavam para a assistir a festa. Obviamente era um lugar receptivo.

–Eles são livres – Dália comentou com meio sorriso – Não tem uma religião fixa, eles amam o deus que querem, comem o que querem, falam o que querem... Não são oprimidos como a cidade que passamos.

–Me sinto esperançoso.

–Tomara que aqui tenha uma lanchonete decente – Nico resmungou.

Havia um som bonito no ar. Era o som acústico de violões ou violas. Ainda montados seguiram o som como se estivessem todos infeitiçados. No centro da praça diversas mulheres e meninas dançavam com vestidos rodados, cabelos ao vento e jóias cintilando. Atrás delas se via um grande acampamento montado, tendas coloridas, tiras de cetim, o cheiro de insenso no ar...

–São ciganos! – Amber sorria.

Percy pareceu levar minutos para compreender o que ela dissera; estava encantado com aquela visão. Ciganos não eram assim tão comuns nesse país. De qualquer forma, o foco é Luke Castellan. Nosso herói observava embasbacado ela andando por entre a multidão, a cada segundo virando e sorrindo para ele de uma forma marota, como se dissesse “siga-me” e ele a seguiu. Atravessando a multidão seguindo nada além do que o instinto (já que presumimos até agora que a moça não era assim tão real) chegou a frente do povo que se reunia para assistir. A sua frente, Thalia sorriu. Veja só isso. Ela caminhou por entre as dançarinas parando perto de uma pequena garota de cabelos loiro escuros trançados que rodopiava seu vestido. Thalia olhava para o pescoço dela... Luke arfou quando o viu: o pentagrama prateado pendia do pescoço da criança. Voltou para olhar sua Thalia e ela sorria como se dissesse que era extamente aquilo que a traria de volta.

A garota parou e olhou diretamente para o homem que a encarava, dançou um pouco mais e, entre um giro e outro, um gesto discreto chamando-o para longe da multidão. Depois de meia hora conseguiram os dois chegarem ao fundo do acampamento. Era claro que ela era uma mestiça entre os ciganos.

–Oi, por que estava me olhando daquele jeito?

–Que jeito?

–Como se eu tivesse algo que você precisa desesperadamente.

–Você tem. O que é isso? – apontou para o colar – O que significa?

–O pentagrama? Venha comigo – ela pegou-o pela mão e saiu correndo por entre as barracas – Não sou a pessoa certa com quem deve falar. Ela está te esperando a três dias, levadinho. A proposito, seja gentil com ela...

–Ela quem?

–Minha irmã.


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Notas finais do capítulo

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