A Garota Que Me Tornei escrita por Anne
Notas iniciais do capítulo
Ei lindos do meu core...
Bom o capitulo hoje ficou um pouco parado, até porque não dá pra colocar a emoção toda em um capitulo só...
Gostaria de informa-lhes que todos os meus personagens são baseados em alguém na vida real, alguns baseados nas características físicas, outras nas psicológicas e etc.
Nos vemos nas notas finais :* :3
O garoto que senta a minha frente se chama John, ele é do tipo “gordinho simpático”, tem a pele clara, cabelos de um loiro reluzente como ouro, porém ensebados como se tivesse os banhado em óleo de cozinha. Ele é o estereótipo de beleza invertido.
Ele olha para mim com seu típico sorriso “não precisa nem pedir que eu faço”. John se levanta e pega uma carteira a colocando do lado da minha. Logo após ele me olha sorrindo como se estivesse satisfeito consigo mesmo e faz um “joia” com o dedão. Lhe respondo com um breve aceno com a cabeça e meu típico sorriso “ você não tinha que ter feito isso”. Ele se volta para o seu acento e logo após o garoto já está andando em minha direção, quero dizer, em direção a sua carteira.
Seu andar é um pouco engraçado, quase como se estivesse mancando, mais ainda assim é elegante e compassado. O mesmo se senta, depositando a mochila no chão ao seu lado.
Ele apenas olha para à frente, com seriedade e então me toco que não retirei minha apostila de dentro da mochila, pego-a e coloco sobre a mesa, entre nós dois, olho para a lousa afim de me informar sobre em que página abrir.
— 59! — Ouço o garoto dizer e eu o olho sem entender. — Página 59!. — Levo uma fração de segundos para captar o que queria dizer, e então sem pestanejar folheio minha apostila até a página indicada.
— Como você sabia em que página abrir? Quero dizer, você entrou em sala praticamente agora… — Digo de repente mais para puxar algum assunto (por mais idiota que seja) do que para realmente obter a resposta da minha pergunta.
— Eu estava entrando na sala quando ele estava falando. — Ele diz olhando para mim como se eu fosse uma completa idiota fazendo uma pergunta mais idiota ainda. E é assim que eu estou me sentindo.
— Ah sim! — Faço uma pausa e então gesticulo minha mandibula como se fosse dizer algo, desisto. Porém abro minha boca novamente e dessa vez digo. — Desculpe-me por aquilo, lá fora sabe?! Antes da aula… Não foi um bom jeito de te agradecer.
— Tudo bem, se fosse eu, talvez, teria feito pior. — Ele me lança um sorriso de canto, confesso que se não o mais, um dos sorrisos mais perfeitos e encantadores do mundo. Sabe aquele sorriso tão lindo que chega a ser contagiante? Assim é o dele. E ele tem um sotaque que eu já ouvi antes, um sotaque europeu, que odeio admitir, mas é carregado de uma sensualidade desconhecida.
— Mas então… Ao que parece eu ainda não sei seu nome. — Coloco uma mecha solta do meu cabelo atrás da orelha e mordo meu lábio inferior, o que claramente é um sinal de que ou eu estou com vergonha, distraída demais, concentrada demais, divagando em pensamentos ou flertando com ele. Difícil dizer.
— Meu nome é Peter, e você nem precisa dizer o seu que eu já sei! — Ele me estende a mão e eu ofereço a minha em um cumprimento amigável, seu aperto de mão é firme. — Sarah! — Ele deposita um beijo no dorso da mesma. Um pouco clichê. mas um clichê que eu só via em filme e lia em livros, um clichê adorável.
Puder sentir meu rosto sendo tomado por um leve rubor, o qual, por sorte, consegui controlar.
— Eu quero que você, com seus respectivos parceiros, façam uma redação. — é a voz do professor que nos interrompe. — O tema será: Rivalidade na Europa. Não importa qual o tipo de rivalidade, seja ela, cultural, política, social ou econômica. Isso fica a critério de vocês. A redação deverá ser entregue depois de amanhã, podem começar agora!
Olho para Peter e tomo notas mentais de uma coisa: Fazermos esse trabalho juntos significa ter que encontra-lo fora do horário de aula.
— Sobre o que vamos falar na redação? — Pergunto o olhando assim que o professor para de falar.
— Olha, eu tenho uma ideia, mas quero saber se você tem algo em mente. — Quando ele diz isso posso ver a sombra de um sorriso se formando no canto de sua boca.
— Não tenho nada em mente, então seja lá o que for sua ideia vamos usa-la. — Dou de ombros, pego meu caderno e meu estojo, abro em uma folha limpa qualquer e fico esperando o que ele vai dizer para poder começar anotar.
— Pensei na rivalidade entre ligas de assassinos da Europa. — Aceno com a cabeça para que ele prossiga com sua linha de raciocínio, mas antes que ele possa continuar o interrompo com uma pergunta.
— Mas isso existe mesmo? Pensei que fosse coisas de filmes e livros. — Devo admitir que o assunto me interessou bastante, acho que essa redação vai ser mais interessante que as aulas de História.
— Sim, existem… A duas grandes ligas deste tipo na Europa, uma desde o século XII e a outro desde o século XIII, as duas são grandes rivais e travam uma batalha silenciosa, onde todos os dias pessoas morrem e ninguém fica sabendo.
— E como você sabe isso tudo? — Indago a Peter.
— Bom é que eu vim da Europa, então meu pai sempre me contou histórias deste tipo. — O olho perplexa, esse assunto merece ser mais aprofundado.
— E o que um garoto como você da Europa veio fazer em Long Island faltando duas semanas para as férias de inverno? — O observo com atenção, tanta atenção que sei exatamente cada músculo que se moveu em sua face quando abriu a boca para responder.
E então o sino toca, e assim eu fico sem minha resposta.
Peter pega sua mochila no chão e consulta uma folha de papel oficio, pelo visto já entregam seu horário.
Minha próxima aula é história, pego minha mochila, jogo meu material dentro.
— Tchau Peter. — Digo já me levantando e colocando a mochila nas costas.
— Ei Sarah?! Será que a gente pode se encontrar para fazer o a redação hoje? — Ele parece um pouco sem jeito ao perguntar.
— Claro... — Sorrio, — 13:30 está bom para você? — Pergunto tentando não sorrir como uma idiota e não parecer rabugenta feito a professora de matemática.
— Está ótimo... Aqui na frente da escola?
— Sim, em frente a escola. — Saio dando passos firmes até a porta e então quando atravesso a mesma e sei que ele já não pode me ver saio correndo em direção ao meu armário.
"13:30 em frente a escola, não posso me esquecer de forma alguma." - Penso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom gente é isso ai...
Não deixem de comentar, porque eu só posso melhorar se eu souber o que vocês acham...
Vou ver se posto toda a terça, vou fazer o possível.
Beijos já amo vocês leitores queridos :3