Destined Souls escrita por nathyfaith, HHenry, day637


Capítulo 4
Torn


Notas iniciais do capítulo

Oi povo do meu coração! Primeiro quero agradecer o apoio,a paciência e o carinho de vocês conosco.
Segundo queria dizer que agora além da autora louca aqui e da minha super co-autora, temos mais dois escritores que são a Day e o Henry, portanto doou a boa vinda a eles.
Este capitulo é principalmente da Day com algumas modificações do Henry e minhas.
Espero que gostem e vejo vocês no final do cap!

xoxo,
Nathy



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POV Bella

 

Meu mundo caiu! Mudar! Mudar?! Mudar!...

 

Essa palavra se repetia muitas e muitas vezes em minha mente. Aquela noite estava novamente presente em minha cabeça.

 

Não percebi que estava a chorar, enquanto pensava em tudo que seria obrigada a deixar para trás. Em Edward. Mesmo não estando juntos como estávamos antes, me sentia ligada a ele, como se ele fosse parte de mim. Como viveria longe dele?! COMO?!

 

Desde que me conheço por gente, ele sempre esteve comigo. Quando disse minha primeira palavra... Quando dei meu primeiro passo... Tudo isso ia ficar para trás, e em pouco tempo, não seria mais que uma vaga lembrança.

 

Deitada em minha cama, olhei para meu criado-mudo onde ficava além de algumas bugigangas minha foto favorita, estávamos na campina que ele dizia ser nossa; nosso local de refúgio. Peguei e abracei forte a foto, contra meu peito tentando voltar à realidade onde nós ainda poderíamos ser vizinhos e viver com a presença um do outro. Como queríamos. Para sempre. E assim adormeci. 

 

Edward POV

 

 Chegando da escola, praticamente correndo, eu queria chegar,  jogar minha mochila na cama e correr para levar meu anjo à escola.

 

Em casa entro correndo, mais parecendo um trovão, indo direto para meu quarto e jogando a mochila em qualquer lugar, sem nem ver onde, desci as escadas correndo, à procura de minha mãe para avisar aonde iria.

 

Ela estava na cozinha conversando com Renné – por quem desenvolvi uma leve aversão – fui diminuindo o passo; elas conversavam sobre um assunto sério.

 

- Renné, você tem certeza que isso é necessário? Uma mudança? Bella não irá se adaptar a tudo vai sofrer, sem conhecidos por perto! Sem falar que ela e Edward são como unha e carne, inseparáveis. Essa decisão vai machucar muito, a ambos!

 

- Esme, eu sei... Tentei convencer Charlie de que isso não é o certo, mas... ele está irredutível! Acha que estaremos melhores do outro lado do país só porque ele vai ter uma promoção, e o querem lá! Não sei o que fazer para mudar essa idéia!

 

Tudo parou. A energia que movia meu mundo, o levava em frente, estava prestes a ir embora!  Sem pensar, entrei furioso e magoado profundamente na cozinha. Quando elas repararam que eu ouvi, os olhos de minha mãe se encheram de lágrimas. Renné parecia abismada.

 

- Quando vocês iriam me contar?! – gritava alto, mais alto do que um corpo de um adolescente de 15 anos permitiria. Senti minha garganta arder em protesto.

 

 - Filho! Não era para você saber assim, não podemos fazer nada, já está tudo acertado!

 

- Edward, me perdoe, mas não há mais nada a fazer. Charlie já acertou tudo, iremos ao fim de semana.

 

- Não podem tirar a Bella de mim, não podem... – disse, e saí correndo para meu quarto, trancando a porta.

 

Senti meu rosto queimar. Por quê? Porque estão fazendo isso comigo? Querem tirar minha pequena, meu anjo, minha BELLA!

 

Sentei no chão, num canto do quarto e me permiti chorar. Ouvi batidas na porta, e minha mãe gritar, implorar para que eu abrisse. Mas não o fiz. Com o tempo, as batidas pararam.

 

Não prestei atenção nas horas, mas já devia ser de noite. Ouvi os passos de meu pai, quando ele chegou do trabalho. E conversar com minha mãe, também. Depois de tudo que ouvi, ela foi bater na porta de meu quarto, de novo.

 

 - Filho, Edward! Venha jantar, você ficou o dia inteiro sem comer, vai ficar doente! – Nada respondi, estava absorto demais em minha dor que não fiz menção de responder. Logo, só havia o silêncio e ela, e ouvi voz de meu pai.

 

- Deixe-o, Esme. Deixe ele se acalmar, desabafar, vai ser melhor. – em seguida somente passos à distância eram ouvidos, depois somente o silêncio.

 

Fiquei observando a lua através da janela, relembrando o dia em que pedi Bella em namoro. Estávamos em nossa clareira, e a lua parecia mais bonita. Meu anjo ficava magnífica iluminada pela luz da lua, que se refletia em seus cabelos cor de mogno. Sua pele parecia cristal. Cada vez que a luz da lua encontrava sua pele, ela parecia um conjunto de milhares de diamantes lapidados. Era só luz.

 

Lágrimas desciam silenciosamente pelo meu rosto, até que adormeci em meio a fragmentos de memórias que se tornariam lembranças distantes em pouco tempo.

 

Acordei, com dor nas costas, pela posição e lugar onde dormi. Lembrei de todo meu pesadelo vivido que se passava. E murmurei para mim mesmo.

 

  - Amanhã... amanhã é o ultimo dia que poderei ver meu anjo.

 

Com isso desci as escadas, determinado; iria a casa dela.

Passei por minha mãe, que me olhava com angústia. Nada disse, apenas saí de casa, indo direto ver quem mais me importava no momento.

Corri até sua casa estar em minha vista, e as lembranças, assolando minha mente.

Chegando perto, fui desacelerando o passo, pensava no que diria a ela, pensava em uma forma de mantê-la comigo, aqui...! Mas nada me vinha. Ela precisa dos pais como eu preciso dos meus.

Cheguei a sua porta e apertei a campainha, desesperado. Demorou um pouco a ser aberta, mas valeu à pena.

 

- Edward! – disse, com uma voz triste e vazia.

 

Não disse nada. Só a abracei, sentindo seu calor e seu corpo moldando-se ao meu. Demorou um pouco, mas ela correspondeu com um abraço fraco, cansado.

Levei a até seu jardim dos fundos, e sentei com ela no banco, com ela em meu colo. Não conseguia proferir nenhuma palavra; nem ela. Só ficamos assim por um tempo. Senti meu ombro molhado, bem no lugar onde sua cabeça repousava.

Fui consumido pela raiva, não raiva dela e sim de não poder fazer nada para evitar tudo isso; estava de mãos atadas, esta é a dura realidade.

 

- Bella, não chore... Mesmo estando separados, sempre estaremos juntos. Vou te visitar sempre que puder, e tenho certeza que sua mãe não vai fazer objeção em você vir nos visitar.

 

- Edward, você não entende... Não quero ir, tudo que sempre quis esta aqui, tenho uma casa que amo, amigos verdadeiros e meus tios. Do outro lado do país... – ela não conseguia terminar, mais lágrimas caíam sobre seu rosto e soluços tomaram conta de sua boca. – Eu não... tenho nada... – esta última palavra estava mais para um triste sussurro.

 

- E quanto a mim, e quanto a nós dois não vai sentir falta? – Disse, em um tom de brincadeira. Queria deixar a situação menos tensa o possível, mais foi um grande erro meu.

 

 - Edward, nós temos que conversar sobre isso. – disse, saindo de meu colo e sentando ao meu lado. – Edward, eu quero terminar.

 

   - NÃO! – disse, me levantando exasperado. – Pode me pedir qualquer coisa, menos isso, como pode me pedir isso!

 

 - Edward, é o melhor, para os dois! Vou estar do outro lado do país. Não tem o porquê de continuarmos com isso, foi muito bom enquanto durou. – dizia, com o olhar perdido pelo jardim. Suas palavras podiam ser firmes, mas sua voz estava vazia, sem emoção.

 

- Não me quer mais?! Se for isso que quiser não falarei mais nada – segurei sei queixo a obrigando-a a olhar em meus olhos. – Diga, OLHANDO nos MEUS OLHOS.

 

- NÃO O QUERO MAIS, ACABOU! Deixe-me mudar e recomeçar minha vida, e aconselho que faça o mesmo. – Olhei fundo em seus olhos, procurando traços de mentira, mas... tudo o que vi foi um olhar duro. Meus joelhos perderam a força e se chocaram contra o chão. Ela não me queria. Apenas se levantou e entrou em sua casa.

 

 Como o mundo de uma pessoa pode ruir assim, de um dia para o outro?! Não sei como tudo foi começar, só sei que a razão da minha vida, o único motivo para querer viver estava indo embora e me deixando com o coração fragmentado. Tudo que se repetia em minha cabeça eram suas palavras. NÃO O QUERO MAIS!!!!!!

 

Não tive coragem de ir ao aeroporto vê-la antes que se fosse. Só quis ficar em meu quarto, lembrando dos momentos felizes que tivemos e jurando que um dia, um dia, reconquistaria seu amor de novo.

 

Bella POV

 

Não pude encarar ninguém após minha terrível atitude. Não acreditava como podia ter feito aquilo com Edward, mesmo vendo o sofrimento e a dor em seus olhos. Tentava colocar em minha cabeça que sim, eu tinha tomado a atitude certa, e seria melhor para que ele não sofresse mais tarde... Mas não tava funcionando.

 

 Mesmo meu pai ou minha mãe falando comigo, eu não respondia; apenas me tranquei no meu quarto, lamentando o que minha vida se tornara de um dia para outro. Como eu desejava que ele soubesse que nada daquilo era verdade, que minha garganta ardia, rasgava, queimava, cada vez que eu repetia aquelas palavras; que meus olhos se inundavam de lágrimas; que minhas pernas ficavam bambas, quase desmoronando e caindo de joelhos, ante aquelas palavras.

 

Edward POV

 

Dias foram se passando, e tudo perdeu a cor para mim. Fazia minhas obrigações, mecanicamente, tentava fingir que estava tudo bem, mais ainda sim, via o olhar preocupado de minha mãe sobre mim. Com o tempo fui me tornando assim, um ser humano com a imunidade aos sentimentos, rosto sem expressão e um olhar frio perdido no horizonte.

 

Se vai ser assim, então vai ser assim. Se ela não me quer, vou apagar todas minhas lembranças sobre o amor que tivemos. Bons e maus momentos, todos sendo deletados de minha mente, como um mero arquivo sendo descartado do disco rígido de um computador.

 

Ergui-me, limpei minhas lágrimas – a partir dali, nunca mais iria chorar – e jurei uma coisa: iria seguir minha vida em frente, ora com ou sem Bella. Peguei o maldito porta-retrato que usava para me torturar e joguei-o no chão, com força. O vidro se rompeu, em mil pedaços. Chutei-o novamente contra a parede; agora a moldura se rompera; e um pouco danificada, lá estava à foto.

 

Pude ouvir os passos desesperados de minha mãe, “o que houve?!”. Tratei de apressar o processo. Pus a imagem sobre minha mão, e a rasguei, bruscamente. Usei um isqueiro velho, praticamente inútil, que estava em meu quarto a um tempo, para queimar a foto. E tive o prazer de ver aquela imagem se carbonizando. “Filho, o que houve?!”. “Nada, mãe, nada... Apenas um acidente”.

 

Para mim, meu tempo com Bella era isso; apenas um acidente em minha vida. Agora, QUEM NÃO A QUER MAIS, SOU EU!

 

Há dois dias eu não conseguia mais comer, dormir ou me mexer. Estava lá, imóvel, no canto de meu quarto. Minha mãe fazia questão de tentar me tirar daqui, me alimentar, mas não deu em nada. Até meu pai tentara, mas nada adiantara. Minha garganta, seca, ardia, queimava.

Tudo o que eu necessitava minha mãe deixava sobre minha mesa de cabeceira. Toda manhã ela vinha por o café; à tarde, o almoço; à noite, o jantar. Mas eu, em nada tocava. Nesta manhã, ela deixara um pacote com papéis de carta; pelo que eu ouvira na noite anterior, Carlisle achava que eu precisava desabafar; cartas escritas que nunca seriam enviadas – o melhor meio?

Peguei papel e caneta e pus-me a escrever meus melhores momentos com Bella; por mais que eu pudesse esquecer, nunca poderei apagar de minha mente. Então, se registrasse isso, eu poderia esvaziar minha mente, um pouco. Não fiz cerimônias e, simplesmente, desabafei.

 

Querida Isabella Swan,

 

   Recordo-me sempre de você, da alvorada ao crepúsculo. Sinto dor e sofrimento toda vez que sua imagem me vem à cabeça. Nossos antigos sentimentos me corroem completamente por dentro. Estou louco para que chegue o dia em que eu possa ter você novamente em meus braços, acariciar seus belos cabelos, sentir seu doce cheiro, sua pele macia...

   Recordo-me do primeiro dia em que te vi; da primeira flor que dei a você, selando todo o amor que sentia; recordo-me do dia em que a pedi em namoro, você era meu sol, minha vida, e eu estava girando ao seu redor; eu precisava de sua luz. Uma luz que foi embora.

   Diga-me quando poderei novamente sentir que meu coração está se refazendo, meu mundo, se levantando de uma brusca queda, meu amor por você tornando-se forte a cada dia que se passa.

   Mas o que realmente importa é que você esteja bem, feliz, ao lado de sua luz. E espero que seja eu esta luz, assim como você é para mim. Lembre-se: eu sempre estarei lá para você. Ora você feliz, ora você triste, ora você viva, ora você morta. Vou do céu ao inferno para lhe fazer feliz; para poder ver novamente seu sorriso, o sorriso que amo.

   E não se esqueça de mim.

                               

 

                                                                                  Seu sempre amante,

                                                                                  Edward Cullen


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Notas finais do capítulo

N/A: Sim, eu sei um cap. dificil, mas necessário.
Ansiosa por seus comentários!
Bjus,
Nathy