Havia um assalto em curso no centro de Starlling. Roy e eu já estávamos no meio da ronda quando Felicity entrou em contato. Cinco homens armados com metralhadoras e mais de quinze reféns eu um supermercado famoso da região. –Sério? Agora eles roubam super mercados? Onde foi parar a classe desses bandidos? – Roy pareceu se animar instantaneamente com um pouco de ação. Eu sinceramente tenho pena desses bandidinhos de beira de estrada, não queria estar no lugar deles e enfrentar a fúria de um cara que acabou de ter o coração partido. Ainda mais quando esse cara foi treinado por mim!

Quando entramos no local, um dos caras tinha uma arma apontada para a cabeça do gerente e parecia estar prestes a atirar. Roy me olhou rapidamente antes de lançar uma flecha precisa que prendeu a arma do assaltante a parede, sorri para ele orgulhoso. Aquilo era tão fácil que estávamos praticamente brincando. Repetimos o ato com a maioria dos outros, lançando flechas com amarras em seguida em uma velocidade surpreendente, quando eu estava praticamente duvidando da capacidade intelectual dos idiotas, dois deles conseguiram fugir.

Deixei Roy cuidando dos reféns e sai em disparada atrás dos outros dois. Eles não pareciam mais tão burros em uma perseguição, escalando prédios sem nenhuma dificuldade.

–Felicity. –Chamei.

–Pode falar Oliver. –Respondeu imediatamente.

–Dois deles fugiram e estão prestes a se separarem, não posso correr atrás dos dois!

–Escolha um. –Disse simplesmente. –Eu vou rastrear o outro e te mantenho informado.

–O que eu faria sem você? –Perguntei já perseguindo o alvo escolhido.

–Provavelmente ainda teria aquela rede horrorosa de computadores aqui! –Respondeu me fazendo rir.

Alcancei rapidamente o bandido o imobilizado, Felicity entraria em contato com a policia e eles limpariam a bagunça. Ela aproveitou e me mandou a localização do segundo assaltante que não estava longe. Mas quando cheguei ao local ele já estava imobilizado no chão e havia uma loura vestindo couro preto com um bastão de ferro que atingiu em cheio a cabeça do marginal o deixando inconsciente.

–Sara! –Disse impressionado com o que via.

–Não pareça tão surpreso! –Falou prendendo o bastão em suas costas com um movimento rápido. –Não fiquei tanto tempo longe.

Caminhei apressado em sua direção lhe dando um abraço apertado. Pulamos de prédio em prédio até um lugar mais afastado onde poderíamos conversar.

–Não que eu não esteja feliz em vê-la, mas o que faz aqui em Starlling City? –Perguntei assim que paramos.

–Saudades da minha família. –Respondeu simplesmente recebendo um olhar contrariado meu. –Qual é Ollie? Não somos só a máscara, e precisamos de pessoas em nossas vidas que não usem uma. –Sorri concordando.

–Vai ficar por quanto tempo?

–Ollie. –Chamou com carinho. –Sabe que sempre vou estar por perto quando precisar de mim.

FELICITY

Roy voltou sozinho para a caverna, Diggle foi para a casa assim que ele chegou. Eles pensavam que me enganavam e que eu não sabia que sempre revezavam em fazer minha segurança nunca me deixando sozinha no esconderijo. Sorri para Roy quando ele por fim voltou com suas roupas normais.

–Como foi essa noite?

–Alguns caras armados, mas nada difícil o suficiente. –Respondeu se sentando a minha frente e me oferecendo um pequeno sorriso. –Eu queria agradecer pelo que fez ontem por mim. –Disse parecendo constrangido.

–Roy, aquilo foi apenas algo que um amigo faz pelo outro. –Me inclinei em sua direção pegando sua mão. –Podemos ser amigos? –Perguntei de forma quase infantil o fazendo rir.

–Vai ser legal. –Respondeu sorrindo e transformando nossas mãos entrelaçadas em um cumprimento tradicional. –Amigos.

–Amigos! –Repeti animada retribuindo o aperto de mão.

–Ela é sempre tão fofa! –Escutei uma voz conhecida. Oliver e Sara estavam encostados na mesa a nossa frente nos observando.

–Sara! –Disse me levantando e parando no meio do caminho sem saber se seria apropriado abraçá-la. Ela pareceu perceber minha confusão, pois se adiantou cobrindo a distancia entre nós e me envolvendo com seus braços.

–Quais são as novidades Felicity? –Perguntou sorrindo engoli em seco e olhei para Oliver, apreensiva o que fez com que os dois dessem risada.

–Ela já sabe. –Disse Oliver caminhando em minha direção e colocando suas mãos em meus ombros.

–E estou muito feliz. –Falou com sinceridade. –Ollie precisa de alguém como você na vida dele. E gosto de pensar em todo o trabalho que ele vai ter se esforçando muito para merecer alguém como você. –Acrescentou piscando para mim com um sorriso cúmplice nos lábios.

OLIVER

Acabei de parar meu carro em frente à casa de Felicity por volta das quatro da manhã, agradecendo por ser sábado e não ter trabalho na QC.

–Quer entrar? –Perguntou insegura.

–Quer mesmo que eu entre? –Questionei erguendo uma sobrancelha com um meio sorriso.

–Claro que eu quero Oliver. –Respondeu rapidamente.

A segui em silencio observando sua casa com atenção, cada centímetro tinha sua cara. Almofadas coloridas no sofá, as paredes alternadas em branco e azul escuro, meus olhos pararam no quadro do Robin Hood que ficava em cima de sua televisão. Ela percebeu o que eu olhava e seu rosto ganhou um tom rosado imediatamente.

–Não é a primeira vez que você está vendo isso. –Argumentou envergonhada.

–Então você é fã do Robin Hood. –Provoquei colocando minhas mãos em sua cintura a puxando para meus braços.

–Tenho uma queda por arqueiros que usam verde e salvam donzelas. –Disse com o olhar preso ao meu. –Acho que é um fetiche. –Ela pareceu se arrepender quando percebeu o que disse.

–Eu acho um charme quando você diz todas essas coisas sem pensar, que acabam parecendo obscenas. –Debochei. –Pode ser meu fetiche. –Falei descendo o fecho de seu vestido, ainda olhando em seus olhos.

Felicity permaneceu parada me olhando com olhos assustados enquanto seu vestido deslizava por seu corpo até o chão revelando um conjunto de lingerie rendada branca. Tirei minha camisa em seguida o que surtiu efeito imediato a fazendo pular em meu colo. Segurei suas pernas em volta do meu quadril com cuidado, selando nossos lábios a levando em direção ao quarto.

–Pensei nisso o dia todo. –Admiti enquanto a colocava na cama.

–Eu também. –Respondeu ofegante enquanto eu tirava seu sutiã.

Passamos o resto da madrugada fazendo amor. Algo que Sara disse mexeu comigo. Eu preciso de pessoas em minha vida, e passei tempo muito tempo sozinho o que havia me feito esquecer o quanto é bom dividir a vida com alguém que você ama. Quando terminamos, por volta da seis horas da manhã Felicity se aninhou em meus braços enterrando seu rosto em meu peito.

–Isso foi bom. –Disse de sua maneira doce.

–Nós dois juntos. –Comecei a dizer levantando seu rosto para olhá-la nos olhos. –É certo, nada pode ser ruim quando se está com a pessoa certa. –Felicity me beijou com ternura por um tempo antes de separar rapidamente, parecendo ter descoberto a cura do câncer.

Ela pulou para fora da cama sem parecer se importar com o fato de estar completamente nua, me sentei assustado e deliciado com a cena ao mesmo tempo.

–Acho que descobri. –Disse andando de um lado para o outro do quarto.

–Então divide comigo.

–Estava bem na nossa cara o tempo todo. –Ela se sentou a minha frente muito séria de repente. –Thea disse algo como o demônio não foi?

–Sim, mas não faz sentido.

–Não acha estranho que Sara apareça agora? –Questionou. –Quando ela apareceu com a Liga dos Assassinos, Nissa se apresentou como filha de Ra’s Al Ghul, herdeira do demônio.

Como não pensei nisso antes? Agora sim estamos muito mais que ferrados.

–Que grande merda. -Praguejei.