Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 19
Sr. Palmer


Notas iniciais do capítulo

Oi amores. Desculpa a demora com esse capítulo, sei que isso é totalmente atípico, mas estou tendo semana de DAD na faculdade e não consegui tempo de escrever. Espero que gostem.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545598/chapter/19

Quando criança Thea vivia a me seguir, não importava qual atividade, lá estava ela, por esse motivo Tommy e eu a chamávamos de Speed. Ela me adorava, eu era seu herói particular e ela era minha princesa. As poucas atitudes certas que tomei antes de parar naquela Ilha foram em sua grande maioria para preservar a inocência e o coração puro da minha irmã. Roy parecia uma máquina, treinava há horas com um fone nos ouvidos, ignorando completamente a nossa presença. Consigo entender o que ele está sentindo, Thea é a vida dele. Se pudesse daria minha vida por aquela garotinha de volta... Agora aqui estou eu, sentado em uma cadeira na caverna de frente para meu melhor amigo e a mulher que amo prestes a contar que essa garotinha compactuou com diversas mortes apenas para me atrair.

–Primeiro vocês precisam saber que Malcom Merlin está vivo. –Comecei vendo os dois se assustarem. –Ele estava com Thea durante todo esse tempo. –Respirei fundo tentando conter toda a fúria que estava sentindo. –A treinando... Ela fugiu após escutar uma conversa que ele estava tendo por telefone, onde afirmou que se Starlling não caiu com o empreendimento ou Slaide, cairia com o que esta por vir. Ela afirmou que nunca o viu tão assustado antes, inventou uma viajem para ela com o intuito de mantê-la afastada de tudo isso. Ela trocou o destino e veio para avisar.

–Não faz sentido. –Felicity murmurava pensativa. –Você o matou! E quanto a esse perigo?

–Estou tão surpreso quanto você. –Afirmei tentando não descontar minha frustração nela.

–Não desprezaria algo capaz de assustar Malcom Merlin. –Acrescentou Dig.

–Muito menos eu. –Concordei. –Seja o que for capaz de fazê-lo fugir não é nada pequeno. Precisamos estar prontos.

–Ela não deu nenhum nome? Algo mais específico? –Pressionou Felicity em busca de algo para dar inicio a alguma pesquisa.

–Thea disse algo como o Demônio, mas não sei o que significa. Disse estar trabalhando nisso. -Suspirei massageando minhas têmporas tentando tirar de minha mente a imagem da minha irmã se colocando em perigo.

–Onde Thea está agora? –Perguntou Felicity preocupada.

–Ela não me disse. Falou que quando eu precisar, ela estará por perto. –Respondi sentindo um aperto em meu peito.

FELICITY SMOAK

Mais uma vez estava eu entrando na sala do novo CEO completamente apreensiva, só que agora acompanhada por Oliver. Contei a ele sobre minha conversa anterior com Ray e ele agiu exatamente como eu e imaginei, tendo um ataque de fúria. Oliver abriu a porta para mim entrando em seguida. Ray Palmer já nos aguardava, sentado a sua mesa com um semblante sereno e controlado.

–Bom dia Sr Quem. –Disse se levantando e oferecendo sua mão a Oliver que aceitou com um sorriso simpático no rosto. –Srta Smoak, é sempre um prazer vê-la! –Disse galante. Juro que se um olhar tivesse o poder de tirar a vida de alguém há essa hora o corpo de Palmer estaria sendo levado para o necrotério devido ao olhar que Oliver lhe deu. –Sentem-se. –Disse indicando as cadeiras a sua frente. Obedeci me sentando ao lado de Oliver, totalmente tremula. –A que devo a honra da visita?

–Vim pessoalmente te informar a respeito de meu relacionamento com a Srta Smoak. –Começou Oliver todo formal. –Nós estamos namorando a menos de uma semana. –Por um segundo o semblante de Ray mudou, para algo muito parecido com decepção. –Ela me contou de sua intenção em trocar nossas assistentes, porém não encaro isso como uma possibilidade.

–Não seria correto o senhor manter um relacionamento amoroso com sua assistente. –Respondeu calmamente. –Queen, sua família possui a segunda maior parte das ações da QC e Felicity é valiosa de mais para ser demitida. Estou tentando reerguer esta empresa e preciso de sua colaboração para isso.

–O senhor a tem. –Respondeu prontamente. –Mas não vejo onde minha assistente entra nisso. –Acrescentou firme.

–Vou tentar de outra forma. –Disse Ray mudando de posição em sua cadeira. –O que vai acontecer se isso. –Ele apontou de um para o outro. –Não der certo?

–Eu... –Comecei a falar sendo interrompida por Oliver.

–Felicity é a pessoa mais profissional que eu conheço. –Defendeu Oliver começando a ficar exaltado. –E isso. –Repetiu dando destaque a palavra. –Não é um caso de patrão e empregada, nós estamos ao lado um do outro por anos, Felicity esteve comigo em todos os momentos, não como empregada, por que nunca a tratei dessa forma, ela era minha amiga e nossa amizade se transformou... Garanto a você que não teria iniciado esse relacionamento se não tivesse certeza de que é algo estável. –Não consegui evitar o sorriso que se formou em meu rosto. Oliver me olhou por um instante parecendo sentir a mesma satisfação que eu.

Ray inspirou profundamente nos olhando parecendo estar em conflito com si mesmo. –Tudo bem. –Disse por fim. –Não quero assumir uma posição em que qualquer um de nós esteja desconfortável. Preciso que confie em mim Sr Queen. Eu quero o mesmo que você, o melhor para a QC e para Starlling City. –Algo brilhou em seus olhos, o mesmo brilho que vejo em Oliver quando veste o capuz para salvar a cidade.

Oliver se levantou com um sorriso de gratidão no rosto estendendo a mão para o outro em um cumprimento. –Pode contar comigo para isso. –Respondeu.

–Só seja o mais discreto possível. –Acrescentou retribuindo o sorriso de Oliver ainda apertando as mãos. –E a partir de agora, vamos trabalhar lado a lado. –Oliver concordou com um aceno.

[...]

Sentei em minha mesa passando diversas por diversas vezes toda a cena anterior em minha mente. Sempre que vejo Ray sinto que existe mais do que aquele charme e segurança, às vezes penso que mesmo sua inteligência é uma espécie de fachada, definitivamente ele esconde algo. Tinha a mesma impressão com Oliver, e no fim das contas eu estava certa. A forma que falou querer o melhor para Starlling City, por um breve momento me levou a acreditar que ele conhecia a identidade secreta de Oliver.

–Felicity. –Chamou Oliver me trazendo de volta a realidade. –Vamos? -Me levantei juntando minhas coisas antes de segui-lo.

OLIVER

Parei meu carro na entrada da caverna. Felicity estava pensativa o dia todo. Anormalmente calada, da forma que ela fica apenas quando está me escondendo algo. Soltei meu sinto de segurança, mas ela nem mesmo percebeu que havíamos chegado. Estique minha mão para brincar com uma mecha de seu cabelo, meu toque pareceu trazê-la de volta.

–Um beijo por seus pensamentos. –Brinquei. Ela respirou fundo com um sorriso afetado nos lábios. –O que está acontecendo? –Perguntei agora buscando seus olhos.

–Não é nada sério Oliver. –Respondeu me olhando um pouco abobada. –Só um pressentimento... Sabe quando você sente que algo é mais do que aparenta? –Balancei a cabeça em resposta a incentivando a continuar. –Eu sinto isso sempre que vejo o Sr Palmer. –Começou a dizer pegando minha mão. –Não de uma forma ruim. -Acrescentou rapidamente.

–Quer me fazer ficar com ciúmes? –Brinquei cheio de verdade. –Por que está quase conseguindo! –Felicity soltou um riso baixo.

–Eu pensei que não fizesse seu tipo. –Começou a pensar alto. –Jurava que poderia me ver sem roupa que nem mesmo perceberia a falta dela! –Foi minha vez de rir.

–Você não faz ideia de quanto me esforçava pra fazer você acreditar nisso. –Desabafei. –Não sou cego Felicity e é impossível para qualquer homem em sã consciência ignorar você! Mas continue a dizer. –Ela me olhou confusa. –O Palmer. –Esclareci.

–Claro. Então, eu só senti isso uma vez. –Ela tocou meu rosto me olhando nos olhos. –Com você.

–Agora sim eu estou preocupado. –Falei sem esconder o desconforto que estava sentindo.

–Eu amo você. –Soltou com tamanha naturalidade e inocência que não consegui encontrar palavras para responder. –Não precisa ter ciúmes, eu apenas sinto que ele é mais do que aparenta. Assim como você. Mas aqui entre nós. –Ela me puxou pela gravata me fazendo chegar mais perto. –Ele nunca conseguiria subir naquelas barras como você, e nem deve ficar tão bem sem camisa! –Ela sussurrou em meu ouvido me fazendo sorrir.

–Desse jeito você me faz sentir como um pedaço de carne Srta Smoak. –Tentei fingir seriedade sem sucesso o que fez com que nós dois explodíssemos em gargalhadas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar ok?
Bjs!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mirros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.