Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 18
Companheira.


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Obrigada por todos os comentários, estava com medo de vocês odiarem o ultimo capítulo, mas o feedback foi super positivo o que me deixou muito feliz! Espero que curtam o capítulo de hoje. Boa leitura! Bjs



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Barry voltou antes dos outros como esperado. Dig e eu estávamos preocupados vigiando a porta a cada barulho. Barry aproveitou o tempo para nos colocar a par de alguns pontos que ocorreram no laboratório, como o retorno da irmã caçula de Oliver e o nome da Psicopata que desenvolveu uma paixonite por mim, mas não nos forneceu nenhum detalhe alegando que isso era algo que o Oliver deveria fazer. Depois de um tempo verdadeiramente longo Roy e Oliver passaram pela porta parecendo estar destruídos, os dois não nos olharam ou pararam, foram direto se trocar em silencio. Parecia que alguém havia morrido e os dois estavam de luto. –O que de certa forma aconteceu julgando pelo que Barry me contou da nova Thea. – Diggle colocou seu braço em meu ombro me abraçando de lado.

–Não leve para o pessoal se ele disser coisas rudes. –Pediu com carinho. –A cabeça dele deve estar cheia. –Balancei a cabeça concordando e me aconcheguei mais em seu abraço fraternal recebendo forças para suportar o que estava por vir.

Oliver saiu com uma camisa de gola v preta e Jeans, de cabeça baixa como se nós não estivéssemos lá, caminhou ate o computador. Nesse momento Roy saiu do banheiro com seu habitual moletom vermelho. Senti uma grande compaixão por ele, pois por mais que Oliver esteja sofrendo ele tem a quem recorrer caso precise de um abraço ou um ombro amigo para chorar, mas Roy só tinha a Thea, e agora nem ela... Tomada por uma coragem extrema me soltei do abraço de Diggle e corri atrás de Roy que já estava prestes a subir as escadas. Ele se virou olhando assustado para minha mão em seu braço, as lágrimas de seus olhos refletiram nos meus, então eu o abracei. Um abraço de amigos cheio de segurança e compreensão, para minha surpresa ele murmurou um “obrigado” em meu ouvido antes de se soltar e sair pela porta.

Quando me virei Barry e Diggle me olhavam com sorrisos de admiração. Sequei as lágrimas que rolavam por meu rosto voltando em direção a Oliver que estava sentado em minha cadeira com o rosto entre as mãos. Diggle e Barry passaram por mim, tocando meu braço, como despedida. Respirei fundo tomando coragem antes de tocar o ombro de Oliver.

–Oliver. –Pronunciei seu nome com carinho. Ele ergueu a cabeça com os olhos cheios de lágrimas, a dor neles era enorme. Desejei desesperadamente ter o poder de tomar para mim seu fardo, ou no mínimo dividi-lo com ele. –Posso te ajudar com alguma coisa?

–Pode. Indo embora. –Respondeu. Senti meu coração se partir em meu peito. –Preciso ficar sozinho agora. –Disse vagamente, sem deixar claro quais as reais intenções de suas palavras.

–Tudo bem. –Falei em um fio de voz, fazendo muita força para não desabar ali mesmo.

Peguei minha bolsa e parti. As lagrimas desceram junto com uma exorada de sentimentos conflitantes assim que entrei em meu carro, esperei alguns minutos para me acalmar antes de dar partida e dirigir até minha casa. Entrei ignorando propositalmente o pôster do Robin Hood, maldito Robin Hood! E segui direto para o banheiro, liguei o chuveiro, tirei minhas roupas e me sentei no chão do Box, embaixo da água quente abraçando minhas pernas enquanto chorava por minha dor e pela dor do homem que eu amo. Não sei por quanto tempo permaneci dessa forma, quando finalmente me levantei minha pele estava avermelhada e quente. Enrolei uma toalha na cabeça e outra no corpo antes de sair em direção a meu quarto.

Quase tive um AVC quando entrei e vi Oliver sentado na beirada de minha cama olhando para a porta.

–Me desculpa. –Disse assim que me viu. –Eu pensei que quisesse ficar sozinho, mas depois que saiu, eu percebi que só queria estar com você. –Disse me olhando com ar triste. –Eu não consigo acreditar Felicity que minha irmãzinha se transformou em uma assassina. –Ele parecia desolado.

Caminhei em sua direção parando em sua frente. –Posso? –Perguntei Antes de abraçá-lo. Oliver concordou abrindo os braços como um convite. Fiquei em pé entre suas pernas o envolvendo com meus braços, por ele estar sentado, sua cabeça estava apoiada em meu peito. Acaricie seus cabelos murmurando palavras de consolo por um tempo muito longo, aos poucos as lágrimas diminuíram e sua respiração se acalmou.

–Obrigado. –Disse baixinho.

–Não por isso. –Respondi.

Oliver me olhou menos frágil, parecendo agora se dar conta do que eu estava vestindo. Ele estendeu suas mãos para a minha cabeça tirando a toalha que estava enrolada em meus cabelos, os fazendo cair ondulados emoldurando minha face, que o fez esboçar um sorriso mínimo. Seus olhos lentamente desceram para a base acima de meus seios onde a toalha estava presa, Oliver me olhou nos olhos como que pedindo permissão. Levantei meus braços em resposta segurando meus cabelos. Imediatamente ele soltou a toalha que deslizou por meu corpo até o chão. Fiquei parada em sua frente completamente nua, seu olhar sobre mim estava repleto de desejo e carinho.

–Você é completamente linda. –Disse observando meu corpo sem nenhum pudor.

–Eu não sei como responder... O que se fala nessas horas? –Comecei a dizer confusa. Oliver sorriu antes de me puxar pela cintura me fazendo ficar sentada em seu colo.

– Não precisa dizer nada. –Falou me abraçando. -Eu amo você. –Sussurrou em meu ouvido antes de me beijar fazendo um sorriso bobo se espalhar por meu rosto.

Ele me tomou em seus braços me deitando com cuidado em minha cama, retirei sua camisa vendo todas as suas cicatrizes recentes e antigas, acariciei seu abdômen beijando todas as marcas ali expostas Oliver permaneceu imóvel aceitando o carinho de bom grado. Voltei a beijá-lo com mais amor do que antes sendo retribuída da mesma forma em uma intensidade inebriante. Ele acabou de se livrar de suas roupas e finalmente éramos um só, nos amando como nunca pensei ser possível.

–Nunca pensei que existia algo em que você fosse melhor do que hackear sistemas. –Brincou me aninhando em seus braços, dando um beijo no alto da minha cabeça. –Mas isso foi incrível!

–Oliver. –Chamei buscando seus olhos, ele me olhou com um pequeno sorriso nos lábios esperando. –Você sabe que eu também amo você não sabe? –Perguntei. O sorriso em seus lábios se alargou ainda mais. –É por que você disse antes, mas eu me esqueci de responder... –Oliver me beijou me impedindo de terminar a frase, parecia que a cada beijo a sensação era ainda melhor. Ele tirou alguns fios de cabelo que cobriam meu rosto com a ponta dos dedos.

–Eu sempre soube. –Respondeu simplesmente, voltando a me beijar de forma intensa o que acabou levando a outras coisas...

Acordei na manhã seguinte ao som do meu despertador. Por um segundo tentei permanecer dormindo tudo o que aconteceu na noite anterior foi muito bom para ser verdade, tive medo de tudo não passar de um sonho. Meus temores foram em vão quando senti um par de braços fortes e musculosos me puxando para mais perto. Abri meus olhos ainda com dificuldade e lá estava ele em carne, osso e toda aquela beleza que não consigo nem mesmo descrever.

–Bom dia preguiçosa. –Brincou. –Seu despertador está tocando há muito tempo, e como seu chefe não posso deixar que se atrase para o trabalho.

–Bom dia. –Respondi sorrindo. –A qual é? Você nunca chegou no horário em sua vida! –Provoquei. –Não saberia mesmo se eu me atrasasse todos os dias!

Ele soltou um riso divertido. –Tenho que concordar com isso.

–Oliver. Precisamos conversar sobre a Thea. –Pronunciei cada palavra com cuidado. Ele murmurou contrariado se levantando da cama.

–Eu sei. –Disse com o semblante fechado. –Vamos fazer isso, só que prefiro dizer uma vez só, se importa se eu contar a você e Diggle ao mesmo tempo.

–Claro que não. –Sorri compreensiva vendo sua face relaxar imediatamente. –Vem, vamos tomar café!


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Notas finais do capítulo

Então, espero ter compensado a falta do casal no capítulo anterior! Não esqueçam de comentar e dizer o que estão achando ok?
Bjnhos!!!!!