Weapon (HIATUS) escrita por vadiaoriginal


Capítulo 6
Seja Bem-Vinda Ao Meu Inferno


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil perdões por esse capítulo. Ele não ficou muito legal, desculpem mesmo. Fico extremamente desgostosa com esse fato. Mas enfim, quero agradecer por todos os comentários, de verdade



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– Como? – Indagou ainda boquiaberto. Ele estava feliz, mas sua curiosidade e seu espanto não lhe permitiam demonstrar.

– Ah, você sabe: uma bruxa reencarnada, um plano de vingança inacabado, uma sobrinha filha do diabo, literalmente... Acha que eu iria perder a diversão? – Respondeu-lhe com um meio sorriso estampando seu rosto. O homem, passados poucos segundos, sorriu também, se dirigindo a Kol e abraçando-lhe fraternalmente.

Savana apenas observava a cena, ela havia reconhecido o moreno que conversava com Kol anteriormente. Era o mesmo homem que estava em um dos quartos da mansão Mikaelson: o de terno e elegante.

– Senti sua falta, irmão. – Informou-o separando-se do abraço, quando então, em um ato razoavelmente rápido, mirou Savana pela primeira vez como se estivesse notando sua presença naquele instante. Ele fitava-a um tanto preocupado, dirigindo seu olhar para Kol após analisa-la minuciosamente. Aquele olhar exigia uma explicação.

– Resolveram começar a iniciação 72 horas mais cedo. Por isso que odeio bruxas, sempre instáveis. – Disse por fim, mirando a loira ainda sentada sobre o chão, suspirando logo em seguida. – Elijah, o apresento a nova vampira Original do French Quarter. – Apontou para Savana. – Niklaus irá adorar a novidade.

– Ela completou a transição? – Indagou voltando a mirar Savana, reparando no corpo mutilado no chão ao lado da garota. O homem então olhou para Kol, arqueando uma sobrancelha e no intuito de se defender do futuro sermão o Mikaelson mais novo levantou os braços em forma de rendição.

– Parece que facilitaram o processo. Ela não bebeu sangue humano, mas já sofre todos os efeitos de uma transição completa. – Explicou. – E tivemos um pequeno incidente com lobisomem... Sabe que eu não resisto à uma donzela em perigo.

– Os dois aí, poderiam para de falar de mim como se eu não estivesse presente? – Interrompeu-os visivelmente impaciente, sorrindo irônica logo em seguida.

– Acha que ela morrerá se não se alimentar durante essas 24 horas? – Continuou Elijah, ignorando o pedido da loira.

– Descobriremos em breve. – Savana abriu a boca para contestar, todavia, foi impedida por gritos de desespero e barulhos de janelas se quebrando. O som vinha de um lugar perto de onde estavam. Os três miraram-se desconfiados, até que os dois homens decidiram ir em direção ao local de onde vinha o som, deixando a garota só.

– Ei! Vão me deixar aqui? – Gritou para os dois vampiros que atravessavam a rua, indo a caminho de um bar. – Ótimo. – Sussurrou entredentes. Trevinna mirou a rua mais um pouco, quando pareceu lembrar-se de algo e sorriu com tal lembrança. A garota pôs uma mão dentro de um dos bolsos de sua calça, retirando-a logo em seguida, junto com um pequeno cigarro branco que continha um minúsculo desenho de uma planta formada por três pétalas verdes.

Savana suspirou, pegou um pequeno isqueiro e ascendeu seu cigarro, dando pequenas tragadas. A loira se aconchegou no muro do beco enquanto fumava prazerosamente. Ela realmente não estava interessada em saber o que acontecia dentro daquele bar. Não era problema seu, na verdade, tudo o que mais desejava era deixar toda a sua nova vida em New Orleans para trás e voltar para sua casa na Califórnia. Esse seu novo estado era uma piada. Se havia algum lado bom em ser uma duplicata ela ainda não havia descoberto.

A mais nova vampira interrompeu seus devaneios ao sentir seu nariz coçar, alguma coisa a estava incomodando. Um cheiro penetrava sua mente e a fazia perder os sentidos, a hipnotizava. Sangue...

A duplicata virou sua cabeça lentamente, mirando o corpo sem vida ao seu lado. Todo aquele sangue a atraía de uma maneira descomunal. Ela tentava a todo custo resistir, mas parecia que o cheiro ficava mais forte a cada minuto. Com a mesma frequência que o aroma sanguinário ficava mais intenso, sons desconhecidos faziam doer sua cabeça, eram muitas palavras ao mesmo tempo e seus olhos só conseguiam ficar vidrados no lugar onde antes ficava o pescoço do lobo.

– Droga. – Sussurrou entregando-se finalmente ao desejo que lhe penetrava. Lentamente ela passou o dedo no grande buraco ensanguentado – sentindo um pequeno pedaço de osso perfura-lo –, e o levando até os lábios. Aquilo era revigorante, uma sensação maravilhosa, como o ápice do prazer. Sem que pudesse se conter, Savana repetiu o ato outras inúmeras vezes, deliciando-se com o liquido vermelho que escorria por sua boca. Até que um som invadiu seus ouvidos, fazendo-a parar.

“- Pai?! Como? – Indagou com surpresa evidente em sua voz."

"- Olá, meus filhos. – Cumprimentou-os.”

Savana reconhecia uma daquelas vozes: Elijah. “Eles devem estar tendo um patético reencontro familiar”, pensou, mas os grunhidos e gritos que se seguiram a fizeram mudar de opinião. Isso não era bom.

Antes que pudesse arrumar um modo de escapar daquele local sem queimar até a morte, sentiu a presença de alguém, o que a fez voltar sua cabeça em direção a quem quer que estivesse aproximando-se. Era um homem um pouco velho e de cabelos grisalhos, seu terno estava rasgado e sujo de sangue, assim como seu rosto, e em sua mão direita ele carregava um objeto branco. Logo que notou os grandes olhos azuis sobre si sorriu para ela, mas um sorriso sombrio.

Poucos segundos depois o homem já se encontrava parado na entrada do beco onde ela estava. Ao vê-lo, Savana procurou desesperadamente algo que pudesse usar para se defender, não encontrando absolutamente nada. Aos poucos o desconhecido ia chegando mais perto.

– O que você quer? – Vociferou ferozmente, no intuito de parecer intimidadora.

– Tenho assuntos pendentes. – Disse por fim, pegando-a rapidamente e prensando-a na parede. – Me chamo Mikael Mikaelson, e seja bem-vinda ao meu inferno. – Completou, enfiando sua mão no peito esquerdo da garota, agarrando seu coração e o apertando, fazendo Savana gemer.

Savana! – Gritou ao longe, chamando a atenção de Mikael. Essa foi distração que Savana precisava para agilmente roubar a estaca branca da mão do vampiro e finca-la em sua barriga, o fazendo cair de joelhos ao chão com a mão sobre a madeira em seu corpo.

– Bem-vindo ao meu inferno. – Deu ênfase no “meu”, e sem pensar duas vezes chutou o rosto do Mikaelson, quebrando seu pescoço. – Patético.

– Você está bem? – Indagou ofegante, chegando ao local (também sujo de sangue) e fitando o corpo de seu pai jogado ao lado dos restos mortais do lobo.

– Você se importa? – Respondeu-o com outra pergunta e não o deixou falar. – De qualquer forma eu não preciso da sua proteção, Elijah, eu sei muito bem me virar sozinha. Faço isso desde os sete anos de idade.

– Eu sinto muito. – Ao ouvir isso, a loira revirou os olhos. – Mas você se encontra em um universo imensamente diferente do que está habituada. Precisa de ajuda.

– Pelo amor de Deus, Elijah. Não seja hipócrita! – Gritou. – Vocês estão me criando como um porco para o abate, não venha com falsas preocupações comigo, quando é evidente que vocês só se preocupam que eu esteja viva e sofrendo absolutamente até o terceiro estágio. E eu não posso fazer nada para revidar. Eu não posso matar vocês! Suas palavras me fazem ter ânsia de vomito. Eu tenho vontade de pular no seu pescoço e sugar todo o seu sangue só para vomitá-lo na sua cara. – Virou seu corpo para o lado contrário ao de Elijah. – Me poupe de seu cinismo.

Depois de ouvir todo o desabafo da adolescente, Elijah sentiu-se imensamente culpado, mas ele não tinha escolha. Sua face estava com uma expressão de dor, ele sentia pena daquela pobre menina.

– Savana... – Tocou seu ombro e uma forte ardência tomou conta de seu corpo. Savana o havia atacado com uma estaca de madeira que se encontrava no bolço de Mikael, agora o objeto estava atravessado em sua testa, lhe causando fortes dores e o levando ao solo. Ela definitivamente já sabia todos os seus “dons” de vampira.

– Elijah, eu não sou uma pobrezinha indefesa, não se engane, querido. – Sorriu falsamente, quebrando o pedaço da estaca que estava para fora da testa do Original. – Como você acha que eu me mantive no poder de Stockton todos esses anos? Você deveria aprender a reconhecer mentiras. – Elijah estava abismado com o ataque sofrido, como ele fora tão burro? – As regras agora mudaram. Vocês precisam de mim, não o contrário.

– Parabéns! – Uma voz sussurrou atrás da garota, fazendo-a virar rapidamente para descobrir quem era o dono da mesma, não encontrando nada. Ao virar-se novamente em direção a Elijah, ela apenas encontrou o corpo do vampiro desacordado caído no chão. – Você é realmente cheia de truques, mocinha. – Completou com sarcasmo.

– Mikael? Mas eu te matei. Como você está aqui? – Indagou nervosa.

– Não se pode matar o que já está morto. – Completou simples, puxando-a fortemente, a fazendo ir de encontro ao chão. Mikael, com uma de suas mãos, agarrou todo o cabelo da duplicata ainda não chão, arrastando-a em direção à rua.

(...)

– Não! – Gritava enquanto contorcia-se e sentia seu corpo aos poucos ser tomado por chamas.

Os gritos de dor da menina foram ficando cada vez mais fortes, seu corpo agora queimava intensamente. As pessoas que passavam pela rua olhavam a cena assustadas, mas nenhuma se atrevia a aproximar-se.

Chegando ao bar – que estava com suas janelas quebradas e corpos espalhados por todo seu interior – Mikael lançou a garota no chão, atravessando uma estaca de sua barriga até suas costas, torcendo seus braços de uma forma que a impedia de retirar o objeto cravado em si.

Kol estava jogado desacordado ao seu lado – provavelmente com o pescoço quebrado –, e seu corpo estava banhado por sangue. O patriarca Mikaelson apenas observava a cena com prazer explicito enquanto bebia um copo de uísque.

– Kol. – Sussurrava com bastante dificuldade por conta do estado em que se encontrava. – Kol... Acorda. – Suplicava. Ela odiava fazer isso, mas alguém precisava “salvar” o dia.

– Que tal tornarmos mais interessante? Mais ameaçador? – Dito isso, ele exibiu um frasco com um liquido transparente cheio pequeninas plantas rosadas e o abriu, derramando todo o conteúdo encima dos dois, fazendo seus corpos queimarem (como se lâminas estivessem os cortando por inteiro) e a loira agonizar. – Sabe o que é verbena?

– A única coisa que eu sei é que irei lhe matar! – O ameaçou e uma risada alta ecoou por todo o local.

Mikael iria pronunciar-se e zombar do estado atual da garota, todavia, interrompeu-se e concentrou-se em algo, voltando a olhar para Savana logo em seguida.

– Diga ao Niklaus que ele será o próximo. – Alertou se retirando do bar que minutos depois o vampiro, o qual invadiu sua casa, adentrava.

Ao ver a cena Niklaus exibiu uma feição nada agradável. Ele estava nervoso e ao mesmo tempo frustrado. Até que seus olhos – que estavam rodando por todo o ambiente – pararam em Trevinna. Sem pestanejar, o híbrido foi rapidamente em direção à garota.

– O que houve aqui? – Indagou enquanto abaixava-se ao lado de Savana e mordia seu próprio pulso arrancando um pedaço de sua pele, ao mesmo tempo em que fitava Kol. Ele iria querem uma boa explicação para tudo isso.

Klaus delicadamente pegou a cabeça de Trevinna e a apoiou em seu peito, colocando o seu pulso sobre a boca dela, obrigando-a a beber seu sangue durante o tempo em que afastava os cabelos loiros de seu rosto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Sério, gente, desculpem pela qualidade do capítulo. Eu estava com muita dor de cabeça mas precisava postar.



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