Weapon (HIATUS) escrita por vadiaoriginal


Capítulo 7
Eu Quero Voltar


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, mores s2 Espero que curtam essa capítulo, de verdade, e que não achem a história monótona. Muito obrigada por todos os comentários *-* fiquei extremamente happy!
(2 DAYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYS!!!!)
UMA PERGUNTA: Querem que eu faça um capítulo bônus narrado pela Savana? Ou por outro personagem? Se sim, digam qual querem.



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Era um lugar escuro, a luz pouco adentrava por uma fina e pequena brecha na porta de madeira velha. Savana definitivamente não sabia onde estava. Coisas passavam por seus pés rapidamente e enroscavam-se em sua perna, todavia, ela por algum motivo não conseguia mover-se para escapar das criaturas medonhas. Sangue se acumulava em sua roupa, descia por seu rosto e preenchia o chão do local em que a sola de seu sapato tocava, ao mesmo tempo em que um cheiro de enxofre tomava conta do ambiente, fazendo-a ter ânsia. Sua cabeça rodava por toda a casa no intuito de encontrar uma saída, não obtendo êxito. O ar se ia com o passar do tempo, seus pulmões trabalhavam intensamente para mantê-la acordada, fazendo a sua respiração tornar-se ofegante. Ela queria gritar, mas não podia, não conseguia.

– Dói? – Indagou uma voz vinda da escuridão intensa, fazendo Savana seguir o som no intuito de encontrar o dono da mesma. – É agoniante, não é? – Indagou novamente, porém, seu tom estava debochado.

A figura se fundia com a escuridão, nada se via além de trevas. Então, sem explicação, uma névoa branca começou a surgir das paredes, levando a negritude do lugar, restando apenas um cenário completamente branco banhado por sangue em seu solo. Aos poucos, Savana – que já conseguia mover-se – viu uma sombra aproximar-se lentamente, rodeada por várias silhuetas vermelhas. Em pouco tempo a pessoa já se localizava em sua frente e ela pôde compreender de quem se tratava: Niklaus Mikaelson. O olhar do homem estava diferente, evidenciava dor e sofrimento.

– Klaus?! Que lugar é esse? – Perguntou aproximando-se do vampiro e sendo repelida por um alguma força sobrenatural. – Mas que droga é essa? – Não recebeu nenhuma resposta, no entanto, foi surpreendida por um ataque ao seu companheiro de conversa. Niklaus começou a cuspir sangue enquanto uma estaca de madeira branca atravessava seu peito, fazendo-o arder em chamas pouco depois. Ao ver o corpo sem vida do híbrido caído em seus pés, Savana deixou escapar um pequeno grito, levantando o rosto e encontrando o responsável pelo ataque:

Ela.

– O que significa isso? – Indagou trêmula. A pessoa era exatamente igual a si, exceto por suas roupas, estas se assemelhavam às de filmes da Roma antiga. – Quem é você?

–Eu sou você. – Disse simples, fazendo Savana rir irônica.

– Não seja ridícula! – Revirou os olhos demonstrando impaciência. – Que lugar é esse?

– Esse é o lugar onde eu passei os últimos três mil anos da minha vida. Assustador, não é?

– Três mil anos? – A outra loira assentiu. – Eu sou sua duplicata. – Concluiu em tom baixo.

– Olha só, ela não é tão estúpida assim. – Sorriu enquanto rondava a sua companheira de conversa.

– O que você quer, vadia? – Vociferou.

– Eu? Eu quero voltar. – Disse simples. – E eu vou conseguir. – Dito isso, desapareceu, fazendo Savana perguntar-se o que aquilo significava. Antes que pudesse concluir seus pensamentos, mais dois Originais chegaram ao local, Kol prontamente se pôs ao seu lado direito e Elijah do esquerdo. Vagarosamente os dois vampiros enfiaram suas mãos em seus peitos, arrancando seus próprios corações fora, fazendo com que seus corpos caíssem ao lado do de Klaus. A duplicata olhava a cena com certo receio, estava explicito que isso representava algo, ela só precisava distinguir o quê – já que um turbilhão de pensamentos corria por sua mente naquele momento –.

– Eu voltarei, Savana. – Sua voz soou ao longe e todo o assombroso lugar foi ficando para trás.

–-

Os olhos da garota abriram-se de forma extremamente rápida, fazendo seu corpo pular – devido a uma contração de seus músculos –, sua respiração se encontrava demasiadamente acelerada e seu coração pulsava arduamente. Aos poucos ela foi recuperando os sentidos e a sua visão, antes turva, normalizou-se, fazendo-a ver todo o cenário em que se encontrava: ainda no bar.

– O que aconteceu aqui? – Indagou ainda um pouco desnorteada, sentando-se com uma de suas mãos sobre a testa.

– Você falou besteira e Niklaus quebrou seu pescoço. – Respondeu-a Kol, que estava sentado sobre o balcão do local sendo acompanhado por uma loira.

– Eu o quê? – Alarmou-se. – Não me lembro de nada. – Levantou-se vagarosamente e observou que Niklaus ainda estava no lugar e esbanjava uma feição nada agradável enquanto falava com alguém por seu celular.

– Então temos um problema, querida.

Após alimentá-la para dar-lhe forças, Klaus retirou cuidadosamente a estaca que estava atravessa em seu corpo, puxando os braços da menina fortemente, colocando-os em seu devido lugar. Savana então abriu os olhos e o mirou de uma maneira estranha – não percebida por Niklaus –, pondo seu corpo de pé em poucos segundos. A loira girou sua cabeça por todo o bar, observando atentamente tudo o que havia acontecido naquele local.

– Você pode me explicar o que aconteceu aqui? – Direcionou-se à ela, apontando para todos os corpos jogados no chão. – E o que ele está fazendo aqui? – Dessa vez pontou apenas para Kol.

– Como você quer que eu saiba? Não sou supernanny para cuidar desses vampirinhos nojentos. E seu irmão... Bom, o irmão é seu.

E onde está Elijah? – Continuou a bombardear a garota de perguntas.

– Em um dos becos do French Quarter... – Disse simples. – Com uma estaca enfiada na testa. – Completou.

– O que você fez? – Cerrou os punhos de um modo que expressava toda a raiva sentida por ele naquele momento.

– Apenas me defendi, querido. Aliás, tenho regras novas para estabelecer. – Sentou no balcão do bar, ao mesmo tempo em que apreciava a feição raivosa do vampiro. – Primeiro: agora eu dito como as coisas irão ser, vocês precisam de mim, mas eu não preciso de vocês. Ou você me dá autonomia ou eu arrumo um modo de você não conseguir completar absolutamente nada do que está planejando, nem que eu tenha que me matar para isso!

– Como se atreve a me ameaçar? – Indagou entredentes, tentando controlar a raiva que brotava. Sou imortal, sou o ser mais poderoso da terra, meu plano não depende apenas de você... Sempre há um plano B, C, D... Você sabe o alfabeto, não sabe? – Tragou a saliva. – Eu posso matá-la no momento que me cansar de você, não duvide. Então se quiser se matar vai em frente, faça isso e facilite o meu trabalho. Veja se eu me importo.

– Você é patético. – Levantou-se e pôs-se de frente para ele, erguendo a cabeça de forma provocativa. – E obviamente não me conhece. Saberei sobre seus inimigos, suas fraquezas e as usarei contra você, Niklaus. Desvendarei todos os seus demônios e o torturarei com isso. O farei implorar por piedade. – Disse ríspida e Niklaus apenas sorriu, aproximando-se com uma velocidade não humana, quebrando violentamente o pescoço de Savana e passando a superfície de sua mão na boca, como uma forma de limpar toda a saliva gasta com a menina.

– Você ainda não me disse o que está fazendo aqui e quem o trouxe de volta, Kol. – Observou de uma maneira desconfiada enquanto desligava seu celular e o colocava em seu bolço. – Minha tese é que há algo que você não quer contar para o seu irmão. Mas nada que uma boa adaga não resolva.

– Niklaus, não creio que está desconfiando de seu irmão caçula. Relaxe, querido. – Sorriu descendo do balcão. – E eu não sou a Rebekah, você não irá me controlar ou manipular, nunca esqueça disso. Na verdade, acho que a nossa irmã meretriz era muito burra e carente, porque esse provavelmente é o único motivo para ela ter continuado tantos anos te suportando... Nem o Elijah conseguiu. – O provocou. – Ah é, mas no final de tudo ela queria que Mikael o matasse. – Ao ouvi-lo Klaus preparou-se para atacá-lo, tamanha era sua raiva, Kol havia tocado uma de suas feridas não cicatrizadas.

– Isso é sério? – Indagou a loira do bar, limpando copos e olhando a cena incrédula. – Acabaram de sofrer um ataque e estão dando espaço para discussões bobas? Deveriam se unir, porque é isso que famílias fazem: se unem na hora dos problemas. – Negou com a cabeça. Os dois Originais iriam responder, contudo, uma quinta presença no bar chamou-lhes a atenção. Elijah havia acabado de adentrar o local, ele mirou Savana – que estava sentada em uma das cadeiras pensativa – com uma expressão indecifrável, enquanto enfiava seus dedos em sua testa e retirava o pedaço de madeira que ali estava, jogando-o no chão.

– Elijah! Pensei que não voltaria mais para a festa, irmão. – Disse Klaus, com sarcasmo evidente.

– Houve um contratempo. – Devolveu mirando Savana, que o olhou de volta com suas sobrancelhas arqueadas. – Já está sabendo que Mikael retornou, suponho. – Observou arrumando seu paletó. – O que pretende fazer a respeito?

– Matar. Mandá-lo de volta para o inferno, juntamente com quem o trouxe de volta. – Respondeu de modo neutro, contido. – Mas para isso nosso querido irmão, que retornou dos mortos, precisa abrir a boca. Se eles voltaram significa que qualquer um poderá retornar.

Ao ouvir as palavras finais de Klaus, Savana sentiu uma lembrança recente lhe invadir a mente: sua conversa com a bruxa matriarca. Seria mesmo possível que aquilo representasse mais que um sonho? Seria possível que ela voltasse a viver?

– Suas palavras de afeto me convenceram, Niklaus. – Meditou um pouco antes de começar. – Quando o Outro Lado foi destruído por completo, cada um de nós foi mandado para uma realidade diferente, onde não nos lembrávamos de absolutamente nada, vivíamos nossas vidas como meros e inúteis mortais. Todos os dias se repetiam, sempre a mesma coisa, era estranho. Um mundo paralelo. Mas ontem à noite eu fui arrastado por algo que me levou até uma floresta desconhecida, e uma ventania me sugou e me vomitou em New Orleans, devolvendo todas as lembranças. – Finalizou. – E não se preocupe, Niklaus, ficarei aqui por pouco tempo, tenho dois Gilbert para torturar e matar.

– E quem fez o feitiço para trazê-lo de volta? – Foi a vez de Elijah pronunciar-se.

– Esqueci de perguntar, desculpe. – Respondeu-o de forma debochada.

– Acho que temos um problema com uma certa bruxa de três mil anos. – Savana enfim pronunciou-se, chamando a atenção de todos no local.

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– Klaus não está nada contente com Savana. – Informou o moreno.

– E o Klaus é capaz de sentir alegria? – Retrucou a jovem bruxa de cabelos castanhos.

– Davina... – Chamou-a a atenção e foi interrompido.

– Não me venha com sermão, Marcell, você sabe que estou certa. – Suspirou. – Aparentemente vocês encontraram outra pessoa para manipular, usar e controlar. – Disse enquanto levemente passava o pincel na tela em branco. – Eu admiro essa menina, ela fez algo que eu demorei demais para fazer.

– E o que foi? – Indagou, olhando atentamente o caminho que o pincel na mão da garota fazia.

– Revidar.

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– Precisamos de Bernadet. – Concluiu o híbrido ao ouvir tudo que foi relatado por Savana, e afastou-se de todos durante o tempo em que pegava seu celular.

Elijah encaminhou-se discretamente até a mesa em que Kol estava, sentando-se com o mesmo, olhando-o firmemente.

– Serei breve, irmão. – Informou-o. – Se você estiver envolvido com a bruxa reencarnada, que muito possivelmente é Esther, eu mesmo o matarei, esquecerei de que somos irmãos. Duvido muito que tenham lhe devolvido a vida só por bondade, e não tenho ideia do preço que aceitou pagar para voltar. Toque em Hope e será a última coisa que fará. – Encerrou, levantando-se e saindo do mesmo modo elegante em que chegou.

– Existem coisas que não devem ser ditas, irmão. – Cuspiu Kol, ao ver que Elijah se afastava, pronunciando o “irmão” de maneira repulsiva. O homem de terno apenas ignorou-o, se encaminhando em direção à Savana.

Savana estava sentada em uma das cadeiras do balcão, mas de forma afastada. Seus pensamentos voavam ao longe. Tudo estava acontecendo muito rápido, ela deveria ser mais forte do que nunca, não poderia demonstrar fraqueza nem que existe uma vantagem em sua manga, porque três guerras aconteciam naquele mesmo instante: contra as bruxas, contra os Originais e outra contra si mesma – esta que era a mais difícil de ganhar –, e ela haveria de conquistar vitória em todas!

Os devaneios da loira foram interrompidos por leves passos atrás de si, fazendo-a revirar os olhos já sabendo de quem se tratava.

– O que quer? Debater sobre marcas de roupas íntimas?! Porque se for, perdeu o seu tempo, eu não uso. – O alfinetou de maneira sutil e sem olhá-lo.

– Creio que começamos de um modo equivocado. – Sentou-se ao seu lado. – Não é justo que roubemos sua vida sem dar ao menos uma explicação. Deve ser difícil para você, tão jovem, passar por tudo isso. – Falou de forma solidaria e Savana o mirou de esguelha.

– Não me importa nada do que tenha para dizer, a única coisa que eu preciso saber é o fato de você ser um dos que querem meu sangue. – Bebericou o copo de uísque que roubou do bar.

– De qualquer forma, acho que seja o correto a se fazer. – Savana bufou. – Meus irmãos e eu criamos muitos inimigos ao decorrer do tempo, principalmente o Niklaus, entretanto, há uns meses descobrimos que existia uma mulher esperando um herdeiro seu... – Foi interrompido.

– Calma aí. Ele é um vampiro, não sou a expert em vampirismo, mas sei que isso é completamente impossível. – Finalmente virou-se para ele.

– Está correto, só que Niklaus é híbrido, metade lobisomem e metade vampiro, e lobos podem procriar. – Tragou a saliva e prosseguiu. – Mesmo sem ao menos nascer, a minha sobrinha já obtinha inúmeros inimigos, pessoas que queriam matá-la. Seu parto foi realizado por uma bruxa, que a pegou e levou para ser sacrificada. No entanto, conseguimos resgatá-la e a mandamos para longe, fazendo todos acreditarem que ela havia se perdido para sempre. Só queríamos que Hope conseguisse uma vida feliz... Você, mais do que ninguém, deve saber como é doloroso uma infância sem amor, estou correto? – O silêncio pairou entre os dois. – Você é a única garantia de que ganharemos essa guerra e que Hope ficará a salvo. – Passou a língua entre os lábios, esperando a resposta de Savana.

Klaus, após aproximadamente 20 minutos, retornou para o bar, avaliando tudo o que estava acontecendo: Kol se alimentando de uma pobre mulher que entrou no estabelecimento em uma péssima hora, Camille olhando tudo com desgosto durante o tempo que tentava arrumar a bagunça, e Savana e Elijah conversando amigavelmente – coisa que não pareceu viável para o híbrido –. Niklaus não pensou duas vezes antes de interrompê-los.

– Confraternizando com a duplicata a fim de controla-la mais facilmente... Boa ideia, Elijah. Você está cada vez mais parecido comigo, irmão. – Sorriu dando tapinhas amigáveis nas costas do moreno. – Adoramos uma boa diplomacia. – Relatou para a loira, sorrindo ao mesmo tempo em que fazia uma breve careta. – Sinto muito interromper vocês, mas devemos ir para casa. Nós dois temos um problema para resolver, e você... – Apontou para Savana. – Tem muito trabalho pela frente. – A alertou e saiu em direção à Camille.

– São tempos escuros, Savana. – Concluiu o Original, sua companheira de conversa apenas levantou-se e encaminhou-se à um dos vampiros mortos, o fazendo fitar a cena atento.

A loira abaixou-se e retirou o anel que um dos finados utilizava, pondo em seu dedo polegar – já que o vampiro dono do anel era excepcionalmente maior que ela – Elijah encarava-a de forma duvidosa, certamente perguntando-se como ela sabia que este anel a protegeria do sol.

– Sei que você e seus irmãos usam anéis iguais, e coincidentemente não queimam no sol... Uma matemática fácil. Eu sou observadora, Elijah. – Informou-o com um sorriso maldoso contido, enquanto dirigia-se novamente ao balcão, pegando o copo que bebia e aproximando-se do ouvido do Mikaelson. – O fogo queima mais intensamente na escuridão, querido. – Sussurrou e saiu, deixando-o intrigado.


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Notas finais do capítulo

O que têm a dizer sobre o capítulo? Hm, hm, hm?
(Preciso compartilhar com vocês a minha felicidade pelo fato do Kol ter uma webserie!!!!!!!! OMG)



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