O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 39
Capítulo 37 - Arco Niger Flower: Piratas Não Precisam de Permissão


Notas iniciais do capítulo

Yo! Td bem, pessoal? Aproveitando que amanhã é feriado pra postar mais um capítulo! O/
Esse capítulo tem relação com o "Capítulo 4 - 'Nasci Onde Deveria Ter Nascido!'". Os Flash Blacks se completam. ^^

Boa leitura! ;)



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17 anos e 9 meses antes...

― Não! Me solta, Zoro! Não podemos deixá-lo lá! ―  não importava o quão forte era o melhor espadachim do mundo, era inacreditável a força que ele fazia para conseguir segurar Nami.

― Você não pode ir lá, Nami! Está tudo em chamas! ― Zoro já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha repetido aquelas palavras.

Não surtiam efeito algum.

Os outros Mugiwaras permaneciam em silêncio, observando o prédio ser queimado. As chamas trepidavam e o vento levava as cinzas para longe, assim como todas as esperanças que eles tinham da cura do capitão.

Depois de conseguirem tirar Vegapunk das mãos de Green Bull e de Kizaru, Nami, Chopper e Robin o levavam para o navio, com intenção de protegê-lo, quando tudo começou a pegar fogo. No meio da correria para fugir dali com vida tudo foi tão rápido que eles não tiveram chance nem mesmo de pensar no que fazer. Vegapunk feriu a perna no percurso e por isso tinha dificuldades para conseguir correr, Nami o ajudava quando uma das pilastras desabou exatamente sobre os dois. Caso Chopper não tivesse sido rápido o suficiente para pular em Nami, afastando-a, certamente a navegadora teria o mesmo destino que o cientista. Vegapunk não teve tanta sorte, entretanto. Pelo tamanho da pilastra desabada, seus órgãos foram todos esmagados, causando morte imediata. Nami não queria sair de forma alguma dali, alegando que tinham que o ajudar; o destino de Luffy estava nas mãos daquele homem e eles não podiam simplesmente deixá-lo morrer. Chopper e Robin até que tentaram fazê-la entender que não tinha mais jeito, mas foram obrigados a usar da força para tirá-la do lugar.

Agora ali estavam. Observando a Guerra chegar ao seu fim e com a perseverança que mantiveram em todos aqueles cinco anos ser esmagada e queimada junto de Vegapunk e suas pesquisas.

― Nami... tente se acalmar. ― Robin se aproximara, tentando ajudar ao namorado de alguma forma.

― Por que vocês não me deixaram o ajudar?! Podíamos tê-lo salvo! ― as lágrimas desciam constantes enquanto ela perdia o fôlego gritando.

― Nami-san! Não tinha como vocês ajudá-lo! Ele já estava... morto. ― era o cozinheiro do Sunny também tentando acalmar a companheira.

― Nós nem sequer nos aproximamos pra ter certeza! ― insistiu.

― Ele está morto, Nami! ― Chopper gritara firme, mesmo que seu coração estivesse tão destroçado quanto o da ruiva e as lágrimas em seu pequeno rosto fossem tão abundantes quanto as da amiga. ― Não existe possibilidade de ele ter sobrevivido àquilo!

― Então por que não salvou ele ao invés de mim?! ― desespero, essa era a palavra que mais se adequava ao estado da navegadora dos Chapéus de Palha.

― Não diga besteiras, Nami! ― Usopp fora ouvido pela primeira vez. Assim como os dois, também chorava. ― O que você acha que o Luffy diria se te deixássemos morrer porque dele?!

Parece que finalmente alguma coisa havia surtido efeito. A ruiva havia parado de se debater nos braços do espadachim e agora apenas não conseguia evitar que lágrimas e mais lágrimas brotassem de seus olhos castanhos.

Todos voltaram a ficar em silêncio.

― Me solta... ― pediu de cabeça baixa, em um sussurro, para o companheiro de cabelo verde que continuava a segurá-la firmemente.

― Nem a pau. ― deixou claro. Contudo, no mesmo instante, sentiu a mão de alguém em seus ombros e então afrouxou os braços, deixando assim que a ruiva se desvencilhasse, dessa forma, permitindo que outros braços a envolvessem.

Dessa vez, braços que ela conhecia perfeitamente sem sequer ter olhado quem a abraçou. Tudo o que fez foi se aninhar ali e permitir que as lágrimas continuassem a descer, silenciosas, embora infinitamente dolorosas.

Luffy havia acabado de derrotar Akainu e se encaminhava para onde seus companheiros estavam, quando lá presenciou a cena e compreendeu tudo no mesmo instante. Os Mugiwaras, por sua vez, baixaram a cabeça assim que viram o capitão chegar. Estavam envergonhados demais para encará-lo. Haviam quebrado uma promessa. Uma que custaria a vida daquele que nunca quebrara uma única de todas as que fizera.

― Minna... Está tudo bem. ― sorriu da forma como nunca deixara de sorrir para eles. Nami soluçou mais forte e os braços dele responderam também a envolvendo mais forte. ― Eu ainda estou aqui, não estou? ― perguntou de forma tranquila.

― Por mais quanto tempo? ― fora tudo o que a ruiva conseguira dizer. Tão baixo, que fora de se admirar que todos os outros companheiros tivessem ouvido.

E então o silêncio.

Ali, naquele momento, nem mesmo Zoro conseguira impedir que as lágrimas escorressem pelo seu rosto.

(...)

Mountain, Niger Flower ― 14:30

Depois de saberem mais sobre a cadeia montanhosa de Niger Flower, os Pirates of King se encaminharam para a cidade onde dariam início à subida nas montanhas. Seion, é claro, não podia estar mais agitado e seus companheiros realmente tinham que ter uma bela dose de paciência para aguentar o capitão.

― Mas ia ser tãoooo legal... ― retrucou o moreninho fazendo bico.

― Não! Não seria nada legal encontrar um monstro gigante no meio das montanhas, Seion! Seria assustado e daria trabalho! ― Ayssa insistia em contrariá-lo.

― Realmente iria ser difícil derrotar um ogro gigante ou algo do tipo, mas seria interessante ver um de perto. ― Issa comentou em seguida, pensativa. Os cinco caminhavam até o local de onde deveriam partir.

― Viu?! A Issa concorda comigo! ― afirmou novamente agitado.

― Ela sempre concorda com você. Na verdade, ela sempre concorda com todo mundo. ― Ken se intrometeu, provocando.

― Isso porque sou uma pessoa pacífica e que gosta de paz e amor entre as pessoas. ― a jovem médica afirmou ironizando, em tom formal, fazendo pose.

― Mas vai ser divertido encontrar um maluco desses por lá. Caso realmente existam. ― Nara comentou finalmente.

― É claro. ― Ayssa dizia sarcástica. ― Aí você poderá encontrar semelhantes seus.

― Ou talvez uns primos e tios seus. ― a morena rebateu tranquilamente.

― Espadachim mimada. ― a atiradora emburrou.

Estava difícil irritar Nara naquele dia. Isso fazia com que toda a graça de irritá-la não existisse, o que acabava irritando a própria Ayssa.

― Oh! Aqui! Chegamos! ― Seion partiu correndo antes mesmo de Ken gritar para ele não fazer isso.

― Argh! Idiota! ― o cozinheiro xingou enquanto corria com as três ao seu lado.

Ao chegarem à entrada do local, porém, tiveram que lidar com outro problema.

― Ô tio! Deixa eu entrar! ― Seion pedia emburrado ao segurança que guardava o portão da entrada do Parque Ambiental.

― Somente maiores de 18 anos podem entrar sem permissão dos responsáveis. Você não vai entrar sem isso. ― o homem alto deixara claro mais uma vez.

Seion iria protestar novamente, mas Issa entrou na frente.

― Senhor, o único que tem 18 aqui é o Ken. ― apontou para o amigo. ― Será que o Senhor não poderia abrir uma exceção? Já somos responsáveis por nós mesmos.

― Sem exceções. Menores de 18 só entram com autorização dos responsáveis. ― continuou com a mesma expressão carrancuda.

― Nós somos piratas! Não temos que ter permissão de nada. ― Ayssa reclamou irritada.

― Não importa o que sejam. Não vou repetir. E se insistirem terei que chamar a marinha local. Piratas. ― proferiu a última palavra de forma insinuante.

― Ora, seu... ― Ayssa realmente iria partir pra cima do segurança se Nara não a puxasse junto dos outros para longe.

Ken a ajudou.

― Tá pensando no quê, Nara?! Me solta! ― a atiradora ordenou alto.

― Eu é que pergunto! Você queria mesmo partir pra cima daquela montanha de três metros de altura? Idiota. ― perguntou em tom ofensivo.

― Como é?!

― Ai, ai, ai! Parem já com isso vocês duas! ― Issa pediu afastando as garotas, pela primeira vez, pelo menos de que Ayssa se lembrava, irritada. ― Temos que voltar já que não podemos subir!

― Sim, acho melhor procurarmos outra coisa pra fazer e enquanto não encontramos podemos voltar para o navio. Não foi dessa vez, Seion. ― Ken lamentou pelo capitão, mas não recebeu resposta.

Seion já havia sumido.

― Aquele idiota! ― Ayssa xingara assim que localizara o moreno.

Ele subia o muro que dividia a rua e o parque, enquanto o segurança carrancudo estava distraído informando a uma moça bonita sobre algo.

― Argh! ― os outros três foram em direção ao capitão.

Encrenca estava a caminho.

E já tinham aceitado isso quando pularam do outro lado do muro ao lado de Mokey D. Seion.


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Notas finais do capítulo

Até mais, povo! O/